ANO B

Mt 13,10-17
Comentário do Evangelho
A formação dos discípulos
À diferença de Marcos e Lucas, em que os discípulos se perguntam sobre o sentido das parábolas (Mc 4,10; Lc 8,9), em Mateus os discípulos perguntam o porquê do ensinamento em parábolas às multidões (v. 10). Nosso trecho é de difícil compreensão. Por sua própria natureza, a parábola tem e faz sentido para os que estão perto de Jesus, mas para os que estão longe pode ser uma palavra enigmática, incompreensível. Na sua resposta aos discípulos, Jesus faz distinção entre eles e as multidões. Aos discípulos é dado conhecer os mistérios do Reino de Deus, isto é, o ensinamento em parábolas enriquecerá ainda mais os iniciados, pois os fará entrar mais plenamente no mistério de Deus. Os discípulos são aqueles que fazem a vontade de Deus (7,21; 12,50), engajando-se no seguimento de Jesus. Eles fazem parte da família de Jesus (12,46-50) e, de dentro, compreendem a palavra de Jesus, que para os outros é incompreensível. Notemos que não se trata de discriminação, mas de uma constatação. No entanto, essa distinção só existe porque Deus permite. Isso quer dizer que Deus respeita profundamente a liberdade do ser humano.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, dobra a dureza do meu coração que me impede de ouvir e compreender a palavra de teu Filho. Faze-me penetrar nos mistérios do Reino escondido nas parábolas.
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=23%2F07%2F2015
Vivendo a Palavra
A simplicidade das parábolas chega a agredir a nossa sede de altos estudos teológicos. Para entendermos a Mensagem de Jesus – que era Ele próprio, com sua vida e seu jeito de ser – nós devemos nos tornar crianças, confiantes no Pai, sabendo que Ele nos ama e deseja nos abraçar no Lar Paterno por toda a eternidade.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php
Reflexão
Quem procura ter os olhos, os ouvidos e o coração abertos para a mensagem de Jesus entende o que ele quer dizer com as parábolas, mas quem vive preocupado com interesses mesquinhos, busca de satisfação pessoal, fundamentando a sua vida no egoísmo, não entende as parábolas de Jesus. Somente aquelas pessoas que procuram fazer a vontade de Deus, buscando uma abertura para ele e para os irmãos e irmãs no sentido de viver cada vez mais e melhor o amor pode entender as parábolas de Jesus, pois essas pessoas procuram abrir espaço para que a graça de Deus atue, condição fundamental para que haja de fato entendimento da palavra de Jesus.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2015&mes=7&dia=23
Comentário do Evangelho
O MODO CONVENIENTE DE ENSINAR
Aparentemente, as parábolas parecem ser um modo inconveniente de ensinar. Jesus mesmo explica que fala em parábolas para que "olhando, não vejam e, embora ouvindo, não escutem nem compreendam". Se a finalidade da pregação era instruir os ouvintes, por que escolher um a maneira difícil de falar, de forma que o sentido das palavras não seria imediatamente captado? Qual terá sido a intenção de Jesus, ao optar por esta forma de ensinamento?
No Evangelho aparecem duas categorias de pessoas: a multidão e os discípulos. A multidão é formada por quem ouve Jesus por simples curiosidade, ou, pior ainda, com prevenção contra ele. A falta de uma prévia abertura para o Mestre impede-a de captar o sentido de seus ensinamentos. Resultado: a multidão permanece na superficialidade das palavras, como se tivesse tapado os ouvidos, e fechado os olhos, tornando-se incapaz de compreender e de se converter a Jesus. Para ela, as parábolas eram desprovidas de sentido.
Já os discípulos, por sua adesão sincera ao Mestre, estão aptos para conhecer os mistérios do Reino revelados nas parábolas. Ou seja, seus olhos vêem, e seus ouvidos ouvem. Para eles as parábolas atingem seu objetivo, e, deste modo, revelam-se como o modo mais conveniente de ensinar.
Jesus declara-os bem-aventurados por terem uma sorte bem diferente daquela da multidão. Eles experimentam o que os antigos profetas e justos ansiaram por experimentar.
Oração
Espírito que sensibiliza o coração, faze-me conhecer os mistérios do Reino revelados nas parábolas, pois eles correspondem ao desígnio do Pai para mim.
http://domtotal.com/religiao/meudiacomdeus.php?data=2015-7-23
HOMILIA DIÁRIA
Acolhamos as riquezas do Reino de Deus em nossa vida
Acolhamos as riquezas do Reino de Deus em nossa vida para que tomemos posse da cura, da conversão e da salvação.
“Eles ouviram com má vontade e fecharam seus olhos, para não ver com os olhos nem ouvir com os ouvidos, nem compreender com o coração, de modo que se convertam e eu os cure.” (Mateus 13, 15)
A Palavra de Deus, hoje apresentada ao nosso coração, explica qual é o sentido das parábolas de Jesus. “Parábolas” não são coisas enigmáticas; pelo contrário, elas contêm em si a riqueza do tesouro que é o Reino de Deus. Por isso Jesus faz questão de contá-las, porque o Reino de Deus tem uma dimensão tão grande a ponto de não caber dentro das palavras. Elas [parábolas] apresentam um leque de dimensões profundas para que possamos explorar a riqueza que é o Reino de Deus.
Contudo, muitas pessoas não compreendem, não entendem e não conseguem entrar na lógica das parábolas contadas por Jesus, por isso Ele as exorta: “A vós foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não é dado” (Mateus 13, 11). E talvez você pense: “Mas Jesus faz distinção de pessoas?”, pelo contrário, são as pessoas que fazem distinção de Jesus e de Seu Reino, porque muitas ouvem a Palavra de Deus com má vontade e não abrem o coração para entrar na riqueza dos mistérios de Deus.
As coisas de Deus devem ser ouvidas de coração aberto; não devem ser simplesmente para ouvirmos as palavras proferidas. É preciso deixar que as palavras do Senhor entrem em nosso coração e em nossa vida! Desse modo, pouco a pouco elas vão tomando corpo, dando sentido e iluminando a nossa existência.
No entanto, se ouvimos a Palavra de Deus com relaxamento e com má vontade, tudo se torna muito difícil e muito obscuro. Há pessoas que entram na igreja e não compreendem nada, sentem-se perdidas em lugares assim e dizem: “O que eu estou fazendo aqui!?”. Desculpe-me, mas estas pessoas ainda não se abriram para a graça de Deus.
Contudo, nós não podemos transformar nossas igrejas em circos para que as pessoas sejam atraídas por isso ou por aquilo. Não, isso não está correto! As nossas igrejas precisam ser cada vez mais o lugar da pregação da Palavra de Deus, que deve ser bem pregada, bem falada, bem ensinada. Ao fazer isso, podemos ter dinâmica e didática, mas o mais importante não é isso, mas sim a Palavra pregada e anunciada. Para alguns, isso significa alegria, contentamento; para outros: “Eu não entendi nada! Não compreendi nada! Não sei de nada do que o padre [ou o pregador] falou!”.
Se não nos abrirmos para a dinâmica do Reino de Deus em nossa vida, os nossos olhos não contemplarão, nossos ouvidos não escutarão e o nosso coração não compreenderá tudo aquilo que ouvimos de Deus.
Que Deus quebre toda insensibilidade da nossa alma e do nosso coração para que possamos acolher as riquezas do Reino d’Ele!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
http://homilia.cancaonova.com/homilia/acolhamos-as-riquezas-do-reino-de-deus-em-nossa-vida/
Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a manter a simplicidade das crianças. Que o nosso viver seja modesto, despretensioso e alegre. Alegre, não por causa das muitas posses, mas pela certeza de sermos amados por Ti e termos por Irmão o Cristo Jesus, teu Filho Unigênito, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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