ANO B


27 de Maio de
2015
Comentário do Evangelho
Mc 10,32-45
É Deus a recompensa de quem
segue o Senhor
Jesus caminha, subindo para Jerusalém, e os seus
discípulos vão com ele; Jesus na frente e os discípulos atrás. Jesus caminha
decidido, consciente de que caminha para a sua morte. Os discípulos, ao
contrário, vão assombrados. O medo é falta de fé. Jesus começa, então, a falar
da proximidade de sua paixão e morte. Esse anúncio provoca nos discípulos uma
reação diametralmente oposta aos valores propostos por Jesus. Essa reação é
fruto da incompreensão e da incredulidade. Os filhos de Zebedeu, Tiago e João,
os primeiros a serem chamados por Jesus, pedem a Jesus uma recompensa:
sentarem-se um à direita e outro à esquerda do Cristo glorioso; o que eles
pedem é um lugar de destaque, para poderem participar do julgamento de todo
mundo. Mas o que importa mesmo é outra decisão, a saber, de ir ou não até o fim
com Jesus, passando pela paixão e morte. Não há acesso direto à glória sem
passar pela paixão. É Deus a recompensa de quem segue o Senhor. Aos discípulos,
compete a tarefa de construírem uma comunidade caracterizada pelo serviço
gratuito e generoso, imagem de Cristo que não veio para “servir, mas para dar a
sua vida em resgate de muitos”.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, a exemplo de Jesus,
transforma-me em servidor de meus semelhantes, e não me deixes ter medo de
colocar minha vida a serviço de quem precisa de mim.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
Todas as pessoas querem, e muito, participar da
glória de Deus, mas poucas pessoas querem assumir um compromisso maior com o
reino de Deus. O evangelho de hoje nos mostra um pouco isso quando Jesus
anuncia o mistério da cruz, mas os discípulos estão mais interessados na sua
participação na sua glória. Assim, nos dias de hoje nós vemos muitas pessoas
exaltando o amor de Deus, cantando os seus louvores, mas sem o menor
compromisso com o serviço ao Reino de Deus, principalmente no que se refere à
questão dos pobres, dos sofredores, dos marginalizados e dos excluídos.Todos
querem ser os maiores, mas poucos estão dispostos a servir.
FONTE: CNBB
Meditando
o Evangelho
O PEDIDO INCONSIDERADO
Quanto mais os
discípulos se aproximavam de Jerusalém, onde Jesus haveria de morrer e
ressuscitar, tanto mais nutriam esperanças equivocadas a seu respeito. Uma
falsa expectativa consistia em identificar Jesus com o Messias davídico, que
estava para realizar a esperança popular de restauração do reino de Israel. Não
lhes parecia haver mal algum em garantir logo os primeiros lugares na corte do
futuro rei.
Jesus questionou
esta mentalidade mundana descrevendo o Messias como servo e não como senhor,
deslocando o eixo de sua ação da autoridade para o serviço. Os grandes do mundo
fazem questão de impor-se sobre os demais e serem tratados como senhores. Eles
se comportam como se fossem proprietários das pessoas, exigindo-lhes submissão.
No contexto do Reino, as coisas se passam de forma muito diversa, revertendo os
esquemas do mundo. Nele, a grandeza consiste em fazer-se servidor de todos e o
ocupante do primeiro lugar será quem se predispuser a ser submisso a todos. Por
conseguinte, quem é grande no Reino não coisifica seu semelhante. Ele vê no
outro um irmão a quem é chamado a servir, com disponibilidade e generosidade.
A vida de Jesus,
o Filho do Homem, ilustra seu ensinamento. Toda ela se definiu como serviço à
humanidade, para resgatá-la do pecado. Ele não veio para ser servido.
Oração
Senhor Jesus, livra-me da ambição humana de grandezas e faz
de mim um servidor de todos.
FONTE: dom total

28 de Maio de
2015
Comentário do
Evangelho
A fé é iluminação que permite ver
Jericó, um verdadeiro oásis no deserto da Judeia;
Jesus está subindo para Jerusalém acompanhado por seus discípulos e por uma
grande multidão que deseja ouvi-lo e tocá-lo, na esperança da cura dos seus
males. À beira do caminho estava um cego, Bartimeu. Estava à margem de tudo, da
sociedade, inclusive de Deus, por causa da mentalidade da época; por isso
também se diz que ele estava “à beira do caminho”. Grita a Jesus com
insistência porque tem um grande desejo: ver. O seu clamor foi ouvido. Jesus
manda chamá-lo e ele, deixando o manto, foi de um salto até Jesus. O manto era
símbolo do poder do homem, por isso se diz que tirou o manto para ir até Jesus.
Sem humildade não há possibilidade de receber o dom da visão. Perguntado pelo
seu desejo, ele responde: “que eu veja”. A fé é iluminação que permite ver. Consequência da luz da
fé é o seguimento de Jesus Cristo. Bartimeu é o modelo do discípulo que,
iluminado pela fé, segue Jesus no caminho que o conduz à paixão.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Senhor Jesus, cura minha
cegueira espiritual para que, iluminado pela luz da fé, eu te siga, com toda a
confiança, no caminho do discipulado.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
Existem muitas
pessoas que passam por sérias dificuldades e sofrimentos, que resultam em
exclusão social. O Evangelho de hoje nos mostra uma realidade muito triste: a
maioria das pessoas que são excluídas da sociedade também são excluídas da
Igreja e do próprio relacionamento com Deus. Vemos que os seguidores de Jesus,
que deveriam contribuir com ele para que houvesse a inclusão de todos no Reino
são os primeiros que excluem o cego Bartimeu, pois querem que ele se cale. O
Evangelho de hoje exige de todos nós um sério exame de consciência sobre os
nossos valores e sobre a forma como nós vemos a religião e o seguimento de
Jesus para que, em nome dele, não excluamos ninguém. O Mestre chama, conduzamos
até ele.
FONTE: CNBB
Meditando
o Evangelho
QUE EU VEJA!
O episódio do cego de Jericó ilustra o caminho
percorrido pelos discípulos do Reino. O homem passou da cegueira, da
mendicância e da marginalização à condição de discípulo, que segue Jesus no
caminho para Jerusalém, portanto, lugar de sua morte e ressurreição. Ele foi
curado porque insistiu, resistindo às pressões de quem queria fazê-lo calar-se.
Sua fé não lhe permitiu resignar-se com sua condição de excluído.
O discipulado consiste na cura da cegueira que
considera Jesus a partir de esquemas mundanos e a espera dele coisas incompatíveis
com seu projeto. A cegueira faz do discípulo um decepcionado e revoltado que se
vê sempre mais distanciado de suas esperanças mesquinhas. A recuperação da
vista permite-o ser realista nas suas expectativas. Quem realmente vê não se
frustra.
A pobreza, expressa no fato da mendicância, é
superada quando o discípulo passa a acumular os bens verdadeiros e
imperecíveis, a riqueza do Reino, que não se identifica com a concentração de
bens materiais. Ele não precisa mais mendigar falsos bens.
A marginalização, simbolizada no sentar-se à
beira da estrada, torna-se participação quando o discípulo põe-se a seguir
Jesus, fazendo seu o projeto do Mestre. Só uma profunda fé em Jesus pode
colocar o discípulo neste caminho de salvação.
Oração
Senhor Jesus, tira de mim a cegueira que me impede de ver,
com realismo, o caminho da cruz e ressurreição pelo qual estou indo contigo.
FONTE: dom total

29 de Maio de
2015
Mc 11,11-26
Comentário do
Evangelho
Produzir
frutos
À primeira vista,
o episódio da figueira amaldiçoada por Jesus causa certa estranheza ao leitor,
pois parece mais um capricho de pessoa mimada. Marcos observa que não era tempo
de figos (cf. vv. 11-13b). Essa observação leva a buscar o significado do gesto
de Jesus numa outra direção. O episódio pode ser caracterizado como uma ação
simbólica, ao estilo dos grandes profetas do Antigo Testamento. Qual é, então,
o conteúdo do ensinamento de Jesus aos discípulos, ao qual a ação simbólica é
um apoio? O episódio está dividido em duas partes: a maldição e a realização da
maldição. Entre essas duas partes, há o relato da expulsão dos comerciantes do
templo. O tema de todo o conjunto literário é o “fruto”: Jesus procura o fruto
na árvore cheia de folhagens e não o encontra; vai ao templo e não encontra o
fruto que esperava encontrar, a saber, um lugar de oração. A figueira, entre
outras árvores, é símbolo do povo de Deus (cf. Jr 8,13; Os 9,10), e do povo de
Deus que não deu frutos (cf. Os 9,16; Mq 7,1; Ez 17,24; ver tb. Lc 13,6-9).
Seja como for, a ação simbólica de Jesus serve de preparação para os discípulos
para que eles compreendam o gesto de Jesus de purificar o templo.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, ensina-me a viver a
religião pura e agradável a ti. Cheio de fé e disposto a perdoar e a viver
reconciliado, que eu possa rejeitar tudo o que desvirtua a verdadeira religião.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
O Evangelho de hoje nos leva a questionar se a
Igreja é para nós o local privilegiado para o encontro com Deus e o crescimento
da fé ou é o local de práticas que têm por finalidade a nossa promoção pessoal,
o lucro, a competição e a concorrência entre as pessoas, o desenvolvimento de
sentimentos como ciúmes, rancor, raiva, ira, inveja, etc. A Igreja deve ser o
local onde se cria comunhão entre nós e o próprio Deus e entre nós mesmos, como
irmãos e irmãs. Tudo o que diverge disso não corresponde ao plano de Deus e faz
com que a nossa presença na Igreja seja ocasião de pecado.
FONTE: CNBB
Meditando
o Evangelho
A ESTERILIDADE PUNIDA
O episódio da
figueira tem, à primeira vista, um quê de inexplicável. A maldição lançada
sobre ela, por Jesus, parece não se justificar. Se não era tempo de figos, como
ele esperava encontrar frutos? Estaria pretendendo que o ciclo natural daquela
planta se adaptasse às suas exigências? Teria Jesus dado vazão a uma
agressividade infantil?
Estas
questões são irrelevantes, diante do valor parabólico do relato. A figueira
simboliza o povo de Israel. Jesus, o Filho enviado, contava com os frutos
produzidos por este povo predileto de Deus. Encontrou-o, ao invés, na mais
completa esterilidade. Foi o que também ficou patente, quando, certa vez, Jesus
entrou no Templo. Aí se deparou com uma religião transformada em comércio, em
exploração, sem nenhuma preocupação com a prática da misericórdia e da justiça.
A casa de Deus fora profanada de maneira flagrante, e ninguém se levantava para
pôr um basta nesta situação. Era possível esperar grandes coisas de um povo que
agia desta maneira? E o que teria sentido Deus diante desta situação?
Na
teologia de Israel, a infidelidade era sempre punida. Fazer a figueira secar
até à raiz apontava para o castigo a ser infligido ao Israel infiel, incapaz de
dar os frutos esperados por Deus.
Não foi
Jesus o primeiro a tocar neste assunto. Antes dele, já os profetas haviam
alertado o povo infiel para o castigo que lhe estava reservado.
Oração
Espírito de fecundidade, livra-me de viver de modo
incompatível com o projeto de Deus. Que minha vida dê frutos de justiça e caridade.
FONTE: dom total

30 de Maio de
2015
Mc 11,27-33
Comentário do
Evangelho
Sem fé não é possível conhecer
a origem de Jesus
Nós estamos na
segunda parte do evangelho segundo Marcos, dominada pelos relatos da paixão de
Jesus. Nas proximidades de sua paixão, o conflito de Jesus com as autoridades
religiosas do seu tempo vai se tornando cada vez mais intenso. O trecho do
evangelho de hoje é uma controvérsia. A questão apresentada pelo grupo é acerca
da origem da autoridade de Jesus, pela qual ele ensina e age. Lembremo-nos de
que, no início do evangelho, as pessoas se admiram do ensinamento de Jesus
feito com autoridade. Jesus não responde, porque nenhuma resposta seria
satisfatória para os seus opositores, uma vez que já haviam decidido matar
Jesus (cf. Mc 3,6). Sem fé não é possível conhecer e admitir a origem divina de
Jesus. O Espírito com o qual ele foi ungido é o que o reveste de autoridade. A
dureza do coração e a inveja impedem de reconhecer a origem divina da
autoridade de Jesus, autoridade pela qual ele expulsa os comerciantes do templo.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, faze-me esperto no trato
com os inimigos do Reino, de modo a não ser vítima de suas ciladas e de suas
intenções perversas.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
O Evangelho de
hoje nos mostra os sumos sacerdotes, os fariseus e os doutores da lei
questionando Jesus sobre sua autoridade. Muitas vezes, vemos pessoas que
duvidam das verdades da fé e questionam o próprio Deus sobre a legitimidade de
suas ações e de seus princípios, mas se formos analisar mais a fundo a vida das
pessoas que manifestam tal atitude, veremos que na verdade as suas vidas é que
apresentam aspectos contraditórios porque os seus princípios de vida não são
legítimos. Essas pessoas querem, na verdade, legitimar a sua vida marcada pelo
erro e pelo pecado, por princípios que, na verdade, encontram o seu fundamento
unicamente no egoísmo.
FONTE: CNBB
Meditando
o Evangelho
A AUTORIDADE DE JESUS
Os ensinamentos
de Jesus deixavam perplexos certos tipos de ouvintes, especialmente, os mestres
da Lei e os detentores da autoridade religiosa. Jesus não se identificava com
nenhuma das correntes religiosas da época e mantinha sua autonomia em relação
às tendências em voga. Por outro lado, seu saber não tinha sido adquirido junto
a nenhum mestre famoso. E de onde provinha sua capacidade de realizar gestos
prodigiosos? A ausência destes referenciais gerava suspeitas sobre as
credenciais de Jesus para o exercício de suas atividades de pregador e
taumaturgo.
Jesus
esquivou-se de responder a seus críticos, quando foi confrontado com a questão
da autoridade com que realizava gestos prodigiosos. Ele tinha consciência de
estar agindo com a autoridade concedida pelo Pai. Ou seja, a fonte de suas
palavras e ações era o Pai. Esse havia confiado ao filho proclamar o Reino de
Deus e realizar as obras sinalizadoras de sua presença. O Pai garantia,
portanto, a ação do Filho.
Os mestres da
Lei e os anciãos não conheciam outros caminhos para obter competência para o
ministério senão os convencionais. E teriam ridicularizado Jesus se este
invocasse o Pai como fundamento de sua ação. Por isso, Jesus não lhes responde.
Quem está sintonizado com Jesus, sabe muito bem com que autoridade ele exerce
seu ministério.
Oração
Senhor Jesus, que eu saiba descobrir, na raiz de tuas
palavras e ações, a autoridade conferida a ti pelo Pai.
FONTE: dom total


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