ANO B

Mc 16,1-7
Comentário do
Evangelho
Cristo ressuscitou
Depois do descanso sabático, na madrugada do
primeiro dia da semana, chamado pelos antigos de dia do sol, as mesmas mulheres
que estavam ao pé cruz (Mc 15,40) compram aromas com a intenção de ungir o
corpo de Jesus. Esse fato evoca 14,3-9, em que uma mulher anônima unge a cabeça
de Jesus com perfume de nardo; Jesus mesmo interpreta esse gesto realizado na
casa de Simão, o leproso, em relação à sua própria morte. Aqui, em nosso
relato, a intenção de ungir o corpo de Jesus com perfume se abre para a perspectiva
da ressurreição do Senhor. A preocupação delas era a remoção da pedra que
vedava a entrada do sepulcro. Chegaram ao sepulcro, e a “pedra havia sido
retirada”. Trata-se de um passivo divino, para indicar a ação de Deus. Entraram
no sepulcro, pois a pedra que impossibilitava o acesso já não estava bloqueando
a entrada. Encontraram-se, em primeiro lugar, com um jovem vestido de branco, o
que significa que a mensagem que ele tem para transmitir é uma revelação
celeste. A proclamação é esta: “Ele ressuscitou!”. O túmulo vazio não é prova
da ressurreição, mas consequência da fé pascal. À proclamação do anjo segue-se
a tarefa de anunciar aos outros discípulos, começando por Pedro, que Jesus, o
crucificado, ressuscitou e se fará “ver” na Galileia. O Ressuscitado será
encontrado na terra de sua atuação.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Ó Deus, que alegrastes o
mundo com a ressurreição de vosso Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso,
concedei-nos, vo-lo suplicamos, que por sua Mãe a Virgem Maria alcancemos as
alegrias da vida eterna.
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=04%2F04%2F2015
Vivendo a Palavra
Na primeira leitura, a história da Criação. É bom
lembrá-la para sentirmos o quanto somos amados por Deus, que antes de nos
criar, formou o Paraíso para nos receber. É nele – um jardim e não um vale de
lágrimas – que o nosso Pai nos deseja vivos e felizes. E para ele é que nos
dirige o Seu Filho Unigênito.
Meditando o Evangelho
À ESPERA DA
RESSURREIÇÃO
A morte e a
sepultura de Jesus impactou profundamente os discípulos. Eles não compreendiam
como o Mestre, tão justo e fiel a Deus, tivesse padecido a morte dos
malfeitores; como tivesse sido reduzido à mais total impotência e fraqueza, já
que se manifestara poderoso em gestos e palavras; como pudesse ter morrido no
mais total abandono, tendo sempre vivido em profunda comunhão com Deus e
servido incansavelmente ao povo. Quem havia considerado Jesus um Messias
político e esperado dele a libertação do jugo romano, passava pela decepção de
ver seus planos frustrados. Quem havia nutrido uma grande amizade por ele,
chorava a perda do amigo querido, na dor da saudade de não tê-lo mais junto de
si.
Num primeiro momento, a comunidade dos discípulos considerou a morte de Jesus
num prisma puramente humano, não contando com a intervenção do Pai. Por isso, o
dia seguinte à sepultura foi tempo de dor e perplexidade para eles, diante da
perda do Mestre.
Porém, a Ressurreição ofereceu uma luz nova para a compreensão da morte de
Jesus, e levou a comunidade cristã a transformar em tempo de esperança aquele
que medeia a morte e sepultura do Senhor e sua Ressurreição. O grão de trigo,
tendo sido lançado à terra e morrido, estava destinado a produzir frutos de
vida para a humanidade.
Oração
Senhor
Jesus, abre o meu coração para a esperança, que me leva a superar o desespero e
a frustração diante do mistério da cruz.
Oração Final
Pai Santo, dá-nos amor como o
da Madalena. Amanhã, quando cheios de dor e saudade, formos com ela ao túmulo
para onde nossos pecados levaram Jesus, nós o encontremos vazio. E, então, nos
alegraremos junto com todos os irmãos, porque Tu, Pai amoroso, o ressuscitaste.
Ele vive em nós para sempre!

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