ANO B

Mt 9,14-15
Comentário do
Evangelho
De que jejum se trata?
Jesus, sendo um judeu piedoso, deixaria de lado o jejum
prescrito pela lei por ocasião do perdão dos pecados? Certamente não é a esse
jejum que o texto faz referência nem pelo qual os discípulos de Jesus são
criticados. Os fariseus, nós sabemos por Lucas, jejuavam duas vezes por semana,
o que era para eles um ponto de vaidade (cf. Lc 18,12); dos discípulos de João,
no entanto, não temos nenhuma notícia. Os fariseus que consideravam a si mesmos
justos queriam impor a todo o povo as suas práticas ascéticas. É bastante
provável que é disso que se trate. Jesus, antes de iniciar o seu ministério
público, jejuou durante quarenta dias (Mt 4,2; Lc 4,2). Há, no Antigo
Testamento, passagens em que um jejum puramente exterior, incapaz de
transformar a vida da pessoa, é duramente criticado. Isaías e Zacarias, por
exemplo, relativizam o jejum em face do amor e da misericórdia, que são
exigências primordiais da Lei (Is 58,1-12; Zc 7). Jesus centra a prática do
jejum na cristologia, a saber, é em relação à ausência do “noivo”, uma
referência à sua morte, que o jejum deve ser praticado.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Senhor Jesus, dá-me um coração simples para
compreender a riqueza de ensinamentos escondida em tua Palavra. Que eu não
tenha medo de escutá-la e vivê-la conforme a tua vontade.
Vivendo a Palavra
Os discípulos de João ‘faziam jejum’ – isto é,
praticavam os atos rituais que a sua religião recomendava. Eles se esqueciam do
jejum verdadeiro que o Senhor havia pedido através do Profeta Isaías e que Jesus
e seus discípulos viviam em estado permanente: fazer o bem aos irmãos.
Reflexão
As práticas religiosas não podem ser simples
ritualismos que cumprimos por costume ou tradição. Os fariseus e os discípulos
de João faziam jejum, cumprindo os valores tradicionais da religiosidade de sua
época, mas o cumprimento desses valores não lhes foi suficiente para que se
tornassem capazes de reconhecer o tempo em que estavam vivendo e por quem foram
visitados, de modo que não puderam viver a alegria de quem tem o próprio Deus
presente em suas vidas e nem puderam usufruir de forma mais plena essa presença
de graça. Somente quem viver uma verdadeira religiosidade que seja capaz de
estabelecer um relacionamento profundo e maduro com Deus e perceber os seus
apelos nos dos sinais dos tempos pode colher os frutos dessa religiosidade.
Comentário do Evangelho
O ESPOSO ESTÁ
PARA PARTIR
Os discípulos de João, atrelados aos dos
fariseus, ficavam incomodados com o comportamento dos discípulos de Jesus, no
tocante à prática do jejum. Ao supervalorizar este ato de piedade, imaginavam
estar dando mostras de santidade e de seriedade de vida. Não acontecendo o
mesmo com o grupo de Jesus, concluíam faltar-lhes profundidade. Quiçá os
considerassem levianos e desregrados.
Estas
considerações não chegaram a influenciar a pedagogia de Jesus, no trato com os
discípulos. Servindo-se da metáfora da festa de casamento, estabeleceu uma
clara distinção entre o tempo de alegrar-se e o tempo de jejuar. O primeiro
corresponderia ao tempo de sua presença, qual um noivo, junto dos que escolhera
para estar consigo. Seria o tempo de festejar, comemorar, desfrutar de uma
presença tão querida. O segundo diz respeito ao tempo de sua ausência, a ser
consumada por meio da morte de cruz. Figurativamente, seria o tempo da ausência
do noivo, no qual todos se preparam para sua chegada, e se privam de alimentos,
em vista do banquete que será oferecido.
Portanto,
os discípulos não jejuavam simplesmente pelo fato de terem ainda Jesus junto de
si. O tempo em que o esposo lhes seria tirado estava se aproximando. Aí, sim, o
jejum seria uma exigência, em vista de preparar-se para acolher a segunda vinda
do Senhor.
Oração
Pai, desejo preparar-me
bem para celebrar a Páscoa, tempo de reencontro com o Ressuscitado. Que o jejum
me predisponha, do melhor modo possível, para este momento.
http://domtotal.com/religiao/meudiacomdeus.php?data=2015-2-20
REFLEXÕES DE HOJE

DIA 20 DE FEVEREIRO–SEXTA
http://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/
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Dias virão em que o esposo lhes será tirado, e então jejuarão.

Dias virão em que o esposo lhes será tirado, e então jejuarão.

HOMILIA
- Mt 9,14-15
O
VERDADEIRO JEJUM
Vocês
acham que os convidados de um casamento podem estar tristes enquanto o noivo
está com eles? Claro que não! Mas chegará o tempo em que o noivo será tirado do
meio deles; então sim eles vão jejuar”! Com estas palavras Jesus não aboliu nem
o jejum e nem a oração.
Simplesmente
Ele quis dizer aos discípulos de João Batista, e todos aqueles que ainda
estavam presos ao passado que, jejum é feito em casos específicos, quando
queremos servir melhor a Deus, quando estamos passando por tribulações,
perseguições, doenças e calamidades, nos arrependimentos de pecados por nós e
pelo povo, e conversões em massa.
Alías,
Jejum, oração e boas obras são mencionados frequentemente por ambos judeus e
cristãos. Oração não fica a frente do jejum, e boas obras, independente deles,
mas como algo que os liga de dentro. O mais completo entendimento da oração é
particularmente oferecido em conexão com o jejum. Quando nós olhamos o que é
dito sobre a oração, e como ela é definida, nós podemos ver que a ênfase é
naturalmente mais no estado do coração e alma que no corpo, como possível expressão
da oração em geral.
Segundo
São João Damasceno: “Oração é a subida da mente e do coração de alguém a Deus
ou o pedido das boas coisas de Deus”.
Primariamente,
a conversa com Deus como atividade espiritual é enfatizada. Todavia, há também
a prática e a experiência de que não apenas pensamentos, conversa e atos
espirituais por si só estão inclusos na oração, mas também é o corpo. A oração
torna-se mais completa por meio do corpo e do movimento, que acompanha as
palavras da oração. O corpo e seu movimento tornam a oração mais completa e
expressiva para que ela possa mais facilmente envolver a pessoa inteira.
A
unificação do corpo e da alma na oração é particularmente manifestada em jejuar
e orar. O jejum físico torna a oração mais completa. Uma pessoa que jejua reza
melhor e uma pessoa que reza, jejua mais facilmente. Desta forma, a oração não
permanece somente uma expressão ou palavras, mas cobre o ser humano inteiro. O
jejum físico é uma admissão para Deus diante dos homens que alguém não pode
fazer sozinho e necessita de ajuda. Uma pessoa experimenta sua impotência mais
facilmente quando ela jejua, e por isso, por meio do jejum físico, a alma está
mais aberta a Deus. Sem jejum, nossas palavras na oração permanecem sem uma
fundação verdadeira. No Antigo Testamento, os crentes jejuavam e rezavam
individualmente, em grupos e em várias situações da vida. Por causa disso, eles
sempre experimentavam a ajuda de Deus. Jesus confere uma força especial ao
jejum e a oração, especialmente na batalha contra os espíritos do mal.
O jejum
é um tipo de penitência no qual abrimos mão de algo que nos agrada, e
oferecemos esse “sacrifício” por alguma boa intenção. E aqui entra um detalhe:
só Deus precisa saber desse jejum! Não precisa sair por aí se gabando de
jejuar, ou se mostrando abatido por causa do jejum! Pelo contrário, o
verdadeiro jejum é feito escondido, para que somente o nosso Deus, que vê o que
está escondido, tome conhecimento.
No evangelho de hoje, Jesus justificou que os seus discípulos não estavam em jejum porque Ele próprio estava presente, e isso era motivo de festa! E festa não combina com jejum! Chegaria o dia em que Jesus não estaria mais com eles. E aí sim, eles jejuariam. Querendo, pois fazer uma caminhada de penitência, sigámo-l’O. Hoje é o dia esta é a hora da prática do jejum. Abrindo mão de certos prazeres, ou até oferecendo as nossas dores e sofrimentos a Deus, a fim de que Ele amenize o sofrimento nosso ou de outras pessoas.
Pai, desejo preparar-me bem para celebrar a Páscoa, tempo de reencontro com o Ressuscitado. Que o jejum me predisponha, do melhor modo possível, para este momento.
Fonte Padre BANTU SAYLA
No evangelho de hoje, Jesus justificou que os seus discípulos não estavam em jejum porque Ele próprio estava presente, e isso era motivo de festa! E festa não combina com jejum! Chegaria o dia em que Jesus não estaria mais com eles. E aí sim, eles jejuariam. Querendo, pois fazer uma caminhada de penitência, sigámo-l’O. Hoje é o dia esta é a hora da prática do jejum. Abrindo mão de certos prazeres, ou até oferecendo as nossas dores e sofrimentos a Deus, a fim de que Ele amenize o sofrimento nosso ou de outras pessoas.
Pai, desejo preparar-me bem para celebrar a Páscoa, tempo de reencontro com o Ressuscitado. Que o jejum me predisponha, do melhor modo possível, para este momento.
Fonte Padre BANTU SAYLA
HOMILIA
O
jejum nos ajuda a romper com os vícios
Com
a força de Deus, o jejum nos ajuda a romper com a escravidão dos vícios e
pecados e a ter disciplina e autocontrole.
“Acaso
o jejum que me agrada não é outro: quebrar as cadeias injustas, desligar as
amarras do jugo, tornar livres os que estão detidos, enfim, romper com todo
tipo de escravidão?” (Isaías
58, 6).
No Evangelho de hoje o tema do jejum vem à frente da discussão,
porque os discípulos de João perguntam a Jesus por que eles e também os
fariseus praticavam o jejum, enquanto os discípulos d’Ele não o praticavam. É
como se Jesus lhes dissesse: “não adianta o jejum pelo jejum, é preciso o
espírito e a disposição nova para vivê-lo”.
O jejum é a graça de nos desprendermos daquilo que pensamos,
fazemos e somos para abraçar o Noivo que chegou. O Noivo é Jesus, Aquele que
traz até nós a Sua noiva, que é a Igreja. A Igreja, em Jesus, nos leva ao coração do Pai. Então, com Jesus no meio de nós, nós
acolhemos o jejum com alegria e não com espírito de tristeza, que, muitas
vezes, essa prática espiritual nos leva a viver.
O jejum é mais do que necessário para moderar nossos impulsos,
para termos mais controle sobre nossas ações e para sermos disciplinados. Mas
há um tipo de jejum que agrada profundamente o coração de Deus, porque o jejum
pelo jejum não nos salva, ele não produz frutos se não ele estiver ligado à
libertação do nosso coração. Por isso, quer façamos um jejum mais rigoroso quer
o façamos de modo mais simples, essa atitude deve provocar em nós conversão.
O jejum que agrada a Deus é aquele que nos ajuda a quebrar as
cadeias injustas e a repararmos as injustiças que cometemos a quem
prejudicamos. O jejum deve nos provocar a vontade de desligar as amarras do
jugo. Quanto julgamento há entre nós! Muitas vezes, estamos amarrados a pessoas
e as pessoas amarradas em nosso coração, porque as julgamos, as rotulamos e as
tratamos com indiferença ou com preconceito.
Enfim, o jejum deve fazer romper em nós toda e
qualquer escravidão, pois somos escravos dos alimentos e de outros vícios, como
a bebida e o cigarro, da sexualidade errada, de comportamentos que não são
adequados, da mentira, da fofoca. Enfim, há uma lista enorme de coisas que nos mantêm cativos e
escravos, por isso precisamos da força de Deus para romper com o jugo da
escravidão, romper com as práticas erradas da nossa vida e permitir que o nosso
coração seja livre para amar e para querer bem o nosso próximo.
Deus
abençoe você!


Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
http://homilia.cancaonova.com/homilia/o-jejum-nos-ajuda-a-romper-com-os-vicios/
Oração
Final
Pai
Santo, inspira-nos a praticar os exercícios quaresmais – jejum, esmola e oração
– do jeito vivido por Jesus de Nazaré: vencendo nossos desejos e paixões,
deixando o egoísmo pelo desapego e buscando permanecer na tua presença em
orações tranquilas de escuta e alento para nossa alma. Pelo Cristo Jesus, teu
Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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