ANO B


23 de Janeiro de
2015
Mc 3,13-19
Comentário do
Evangelho
A escolha dos Doze é fruto da
liberdade e da vontade do Senhor
É o terceiro relato de vocação do evangelho de Marcos.
Encontramos dois outros relatos em 1,16-20 e 2,13-14. Nos três relatos a
iniciativa é de Jesus; é o Mestre quem chama os seus discípulos, e não os
discípulos que escolhem o seu Mestre. A montanha é o lugar do encontro, da
revelação de Deus, da manifestação da sua vontade (cf. Ex 19,1ss). Isso
significa que a escolha dos Doze é fruto, poderíamos dizer, da oração de Jesus.
“Chamou a si os que ele quis”, isto é, a escolha dos Doze é, ainda, fruto da
liberdade e da vontade do Senhor. Por isso, ele poderá dizer: “não fostes vós
que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi...” (Jo 15,16). O que deve
caracterizar a vida dos Doze é a união com Jesus e a missão. A eleição dos
Doze, fazendo referência às doze tribos de Israel, aponta para a perspectiva do
novo povo de Deus, constituído não pela descendência do sangue, mas pela adesão
livre à pessoa de Jesus Cristo. A missão dos Doze é dupla e indissociável:
anunciar a Boa-Nova e expulsar demônios. O mal que desfigura o ser humano não
pode dominar quem recebe de coração o anúncio da Boa-Nova de Jesus Cristo.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, apesar da minha fraqueza, sei que
contas comigo para o serviço do teu Reino. Vem em meu auxílio, para que eu seja
um instrumento útil em tuas mãos.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
A escolha dos doze apóstolos nos mostra a
intenção que Jesus tem de formar o novo povo de Deus que irá substituir o povo
da Antiga Aliança. De fato, a escolha dos doze não foi obra do ocaso, mas
manifesta uma intenção. Assim como no Antigo Testamento, Deus forma o povo de
Israel a partir das doze tribos dos descendentes de Abraão, a Igreja é o novo
povo de Deus, o povo da Nova Aliança, formado a partir dos doze apóstolos de
Jesus, que ele escolheu e enviou com poder para pregar e com autoridade para
expulsar todo tipo de mal. Desse modo, entendemos que a Igreja é o novo povo de
Deus, o povo da Nova Aliança.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
OS
COMPANHEIROS DE JESUS
A escolha dos primeiros companheiros de Jesus
foi feita a dedo. Foi chamado quem ele quis. De nada adiantava se oferecer,
pedir para ser recebido como discípulo ou apresentar prerrogativas pessoais.
Jesus sabia quem deveria tomar parte naquele grupinho mais chegado a ele.
A
quantidade dos escolhidos tinha um valor simbólico. O número doze evocava as
doze tribos do antigo Israel, libertado da escravidão do Egito. O grupinho de
discípulo estava, pois, destinado a ser semente de um povo novo. E tomaria o
lugar do Israel do passado, cujas funções na história já haviam se esgotado.
Seu sucessor é o grupo formado por Jesus.
Os
doze receberam como incumbência dar continuidade à dupla face da missão de
Jesus. Eles seriam enviados para ser anunciadores da boa-nova do Reino,
destinada a transformar a vida dos indivíduos. A pregação consistiria num
chamado insistente à conversão, com seu componente de mudança de vida e de
mentalidade. A pregação seria ratificada com a realização de gestos poderosos
de expulsão dos demônios. A vitória sobre os demônios seria um sinal da
eficácia do Reino no coração das pessoas.
A ação
dos discípulos, desta forma, faria a ação de Jesus continuar a dar seus frutos
na história. Esta é a tarefa de todo discípulo autêntico.
Oração
Senhor Jesus, tu me
chamaste pelo nome para seguir-te. Ajuda-me a levar adiante a missão de
proclamar o Reino e fazê-lo frutificar na vida das pessoas.
(O
comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em
Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e
todo-poderoso, que governais o céu e a terra, escutai com bondade as preces do
vosso povo e dai ao nosso tempo a vossa paz. Por Nosso Senhor Jesus Cristo,
Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE:
dom total

24 de Janeiro de
2015
Mc 3,20-21
Mc 3,20-21
Comentário do
Evangelho
Jesus não se omite em ajudar
quem o procura
Jesus é um Messias itinerante. Mesmo quando se recolhe em casa,
lugar do convívio familiar, Jesus é procurado pela multidão. Ele não se esquiva
das pessoas; não deixa de dirigir-lhes a palavra para ensinar, nem se omite em ajudar
quem quer que seja. A compaixão, sentimento que o domina (cf. Mc 6,34), faz com
que seja totalmente pelos outros, sem deixar, contudo, de se afastar dos
afazeres cotidianos para, no silêncio, rezar (cf. Mc 1,35). Não somente o ritmo
da vida de Jesus, mas também o que ele dizia e fazia, parecia também para os
seus familiares uma loucura, pois saía do que se considerava um padrão normal
de comportamento. Com este parecer também concorda a sua própria mãe, conforme
se pode concluir do episódio de Mc 3,31-35. A boa intenção da família de Jesus
está baseada num equívoco e na incompreensão, por ora, fruto da incredulidade.
Mais adiante, no relato evangélico, Jesus faz um lamento significativo sobre a
rejeição na sinagoga de Nazaré, incluindo também os seus parentes. A parentela
de Jesus figura na lista dos que rejeitam ou não compreendem a sua missão e o
seu comportamento (cf. Mc 6,4).
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Senhor,
orientai meu coração, para que eu esteja sempre atento e disponível ao serviço
dos meus irmãos.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
A família humana pode fazer com que toda
prática de uma pessoa seja vista apenas com olhos humanos, e o resultado disso
é a interpretação incorreta dos fatos que devem ser analisados à luz da fé. Os
parentes de Jesus não foram capazes de ver o dedo de Deus agindo, e, por isso,
achavam que Jesus estava fora de si. Mas o povo foi capaz de ver o que
realmente estava acontecendo, pois os corações de todos estavam abertos ao
momento presente e à ação do próprio Deus, procurando ver a vida e os
ensinamentos de Jesus à luz da fé. Por isso, o povo se reunia em número cada
vez maior em torno de Jesus, de modo que ele e seus discípulos nem sequer
podiam comer.
FONTE: CNBB

25 de Janeiro de
2015
Mc 1,14-20
Comentário do
Evangelho
A conversão é fé na palavra e
na pessoa de Jesus Cristo
O livro do profeta Jonas é
utilizado nos evangelhos de Lucas e Mateus; ambos os evangelistas apresentam os
ninivitas como exemplo de conversão (Mt 12,41; Lc 11,29-32): eles ouviram a
pregação de Jonas e deram provas do desejo de converterem-se. Os contemporâneos
de Jesus, ao contrário, resistem a ouvi-lo e, por isso, não podem reconhecer
nas obras e palavras de Jesus a presença de Deus. Em Mt 12,40, Jonas, que
passou três dias no ventre de uma baleia, é apresentado como figura de Cristo,
que passou três dias no sepulcro, antes de ressuscitar dos mortos. Mas o mais
importante no trecho do livro do profeta Jonas é o acento na misericórdia de
Deus, que se estende a todos os povos, mesmo aos inimigos de Israel. O Deus de
Israel é um Deus sempre pronto a perdoar (cf. Jr 18,7-8), um Deus que deseja
que todos se convertam. No evangelho, depois da prisão de João Batista, Jesus
começa o seu ministério público. Há uma distinção entre o tempo do Batista e o
de Jesus, do qual João é o precursor. Termina o tempo da promessa; é
inaugurado, agora, com Jesus, o tempo da realização da promessa. Mas a missão
de Jesus começa dando continuidade ao convite de conversão do Batista. Na boca
de Jesus, a conversão tem conteúdo bastante preciso: trata-se de crer no
Evangelho. A conversão é, então, fé na palavra e na pessoa de Jesus Cristo,
Filho de Deus. Trata-se de um convite universal, dirigido a todos os povos, a
abrirem-se à palavra de Jesus para reconhecerem na sua obra o mistério de Deus.
Sem essa confiança, não é possível reconhecer em Jesus o tempo da visita
salvífica de Deus nem colher os frutos da salvação. Ao convite à conversão,
segue-se o primeiro relato de vocação do evangelho de Marcos, baseado em 1Rs
19,19-21. O olhar penetrante de Jesus, que conhece a pessoa para além de
qualquer aparência, pois conhece o coração de cada uma, precede o chamado. O
chamado sucessivo feito às duas duplas de irmãos deve ser considerado na sua
unidade. Nas duas ocasiões são postas condições válidas e exigidas de todos os
que respondem positivamente ao apelo do Senhor. Para seguir Jesus é preciso
desapego das coisas materiais e dos laços afetivos. Sem essa liberdade não será
possível viver a vida de Jesus Cristo. O advérbio de tempo utilizado mostra a
urgência da resposta que deve ser generosa, sem condições da parte daquele que
é chamado e aceita o convite.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Senhor,
vos agradecemos pelas vocações que chamastes para servir o vosso povo.
FONTE:
PAULINAS
Comentário do Evangelho
OS SEGUIDORES
DE JESUS
Dois traços marcaram o ministério de Jesus
desde os seus primórdios. Ele não foi um pregador solitário, apegado à tarefa
recebida do Pai, sem partilhá-la com ninguém. Pelo contrário, quis contar com
colaboradores que o ajudassem a levar a cabo sua missão. Os escolhidos foram
pessoas simples, pescadores do lago da Galiléia, cujas vidas se transformaram
totalmente, a partir do encontro com o Senhor. Eles foram convidados a deixar
tudo e seguir o Mestre, que lhes deu como missão saírem pelo mundo, atraindo as
pessoas para Deus. Um horizonte novo despontou para eles. O desafio lançado por
Jesus foi acolhido com generosidade. Nada os impediu de romper com o mundo e
seguir o Mestre.
Outro
traço do ministério de Jesus: ao chamar os discípulos e confiar-lhes uma
missão, o Senhor deu a entender que sua obra deveria ser levada adiante e
expandir-se, a partir da sementinha lançada por ele.
Jesus
anunciou a chegada do Reino e realizou sinais indicadores de sua presença.
Durante sua vida terrena, não se poupou para fazer o Reino acontecer. Agora,
cabia aos discípulos levar adiante o anúncio da Boa-Nova, para que o apelo do
Reino atingisse a todos, sem distinção. Jesus colocou diante deles um mar
diferente, a humanidade inteira, onde a função de pescadores haveria de
continuar. Era hora de pescar muitas pessoas para Deus.
Oração
Senhor Jesus, faze-me ter
sempre mais consciência de ter sido chamado para colaborar contigo no anúncio
da Boa-Nova do Reino a toda humanidade.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, dirigi a nossa vida segundo o
vosso amor, para que possamos, em nome do vosso Filho, frutificar em boas
obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE:
dom total

26 de Janeiro de
2015
Lc 10, 1-9
Comentário do
Evangelho
A missão dada é para a
colheita, não para o plantio
- Assim como na escolha dos Doze, é o Senhor quem toma a
iniciativa na escolha dos setenta e dois discípulos. O texto parece sugerir que
a missão primeira dos setenta e dois é preparar as pessoas para acolherem o
Senhor, que passará em seguida por toda a cidade e lugar, pois o evangelista
observa que o Senhor os enviou à sua frente. O número “setenta e dois” é
significativo e indica a universalidade da missão cristã. Segundo o livro do
Gênesis, o número das nações da terra é setenta. A missão dada é para a
colheita, não para o plantio. Há de se supor que o “agricultor” que plantou a
boa semente frutificada seja Deus. As orientações dadas aos setenta e dois são
para essa missão universal da colheita. Por palavras e gestos, eles devem
anunciar a proximidade do Reino de Deus. A missão não é fácil; os discípulos
vão enfrentar dificuldades e resistências, mas sua vida está nas mãos de Deus,
em quem eles devem confiar. O despojamento, tendo em vista a confiança no
Senhor e a disponibilidade, é exigência da missão, pois é preciso que os
destinatários da Boa-Nova vejam realizada nos discípulos a mensagem que eles
transmitem.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Enviai,
Senhor, operários para a vossa messe, pois a messe é grande e os operários são
poucos.
FONTE:
PAULINAS
Comentário do Evangelho
A NECESSIDADE
DE OPERÁRIOS
Confrontando-se com a grandiosidade da missão,
Jesus reconhece a necessidade de contar com colaboradores, para poder levá-la
adiante, a contento. Depois de ter enviado os doze apóstolos, o Mestre enviou,
também, outros setenta e dois discípulos, com a tarefa de preparar as cidades e
povoados para a sua passagem, ou seja, predispô-los para acolher a sua mensagem.
Os
discípulos são orientados a suplicar ao Pai - Senhor da messe - para enviar
muitas outras pessoas, dispostas a assumirem a missão evangelizadora. É ele
quem tem a iniciativa da vocação e da missão. Devem evitar qualquer pretensão
humana de querer arrogar-se tais dons. Todos dependem de quem os chamou e
enviou.
Que
tipo de operário requer-se para o serviço do Reino? É preciso que seja uma
pessoa cheia de coragem, predisposta a viver na pobreza, capaz de adaptar-se a
qualquer tipo de acolhida que lhe for oferecida, disposta a partilhar a vida de
quem a acolhe, totalmente disponível para o serviço aos doentes e
marginalizados, pronta a viver a experiência do fracasso, com otimismo, sem
deixar-se abater.
Quem
tem estas disposições internas, deve estar atento. Pode ser que o Senhor queira
enviá-lo para trabalhar na sua messe. Por que não dizer um sim corajoso e
generoso?
Oração
Espírito de coragem e
generosidade, predisponha-me para trabalhar na messe do Senhor, concedendo-me
os pré-requisitos necessários para um serviço eficaz.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que ornastes são Timóteo e são Tito com as virtudes
dos apóstolos, concedei-nos, pela intercessão de ambos, viver neste mundo com
piedade e justiça, para chegar ao céu, nossa pátria. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE:
dom total

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