ANO A
24/11/2014 a 29/11/2014
ANO B
30/11/2014


24 de Novembro de 2014
Lc 21,1-4
Comentário do Evangelho
A
atitude de confiança e de entrega total.
O Templo de Jerusalém
não somente era admirado por sua riqueza (vv. 5-11), mas havia se transformado
num lugar de ostentação e exploração. O comércio no Templo era tão intenso que
tinha, inclusive, uma moeda própria, que devia ser pura, sem nenhuma efígie. O
câmbio de moeda para adquirir os animais para o sacrifício era feito no próprio
Templo. A atitude de Jesus de expulsar do Templo os cambistas e vendedores visa
devolver ao Templo a sua função de lugar de oração (cf. Lc 19,45-48). Em meio a
tudo isso e às controvérsias com os sumos sacerdotes, escribas e anciãos do
povo, Jesus elogia a atitude de uma mulher viúva. Havia no Templo cofres para a
deposição de impostos do culto e para as ofertas voluntárias. Jesus observa que
a viúva havia depositado apenas duas moedinhas, em contraposição a outras
pessoas que depositavam parte do que tinham de sobra. A razão do elogio é que
ela, na sua pobreza, deu tudo o que tinha para viver. No Reino inaugurado e
presente em Jesus, a quantidade é absolutamente secundária, pois o que conta é
a atitude de confiança e de entrega total.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
dá-me um coração de pobre, capaz de partilhar até do que me é necessário,
porque confio totalmente no teu amor providente.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
Muitas
vezes somos injustos com as pessoas porque fazemos do elemento quantitativo a
principal fonte dos nossos juízos e das nossas decisões em relação a elas.
Assumindo os critérios do mundo, o número cada vez mais torna-se o principal
critério para a nossa avaliação. Jesus nos mostra que diante de Deus, devemos
pensar de forma diferente. Não é o quanto foi dado que manifesta a generosidade
da pessoa, mas o como, o porquê e o significado da quantia que são realmente
importantes, pois nos revela o relacionamento da pessoa com Deus e o seu
envolvimento com ele.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
O ÓBOLO DA VIÚVA
A vaidade dos
ricos foi objeto de crítica severa por parte de Jesus. Contando com a segurança
que lhes proporcionavam os bens acumulados, pensavam poder impressionar a Deus,
à custa de gestos exagerados de vaidade e exibicionismo.
O
cofre de esmolas do Templo era um local privilegiado para atrair as atenções
sobre si, e crescer na consideração do povo. Dar esmolas generosas soava como
gesto de generosidade e largueza de coração. E mais, como manifestação de uma
piedade sólida e de reverência a Deus, a quem se pretendia honrar com tal ação.
O
óbolo da pobre viúva, comparado com a prodigalidade dos ricos, passava
despercebido. Para que serviriam uns poucos centavos? Quantitativamente
considerados, nada representavam. Uma oferta inútil, irrelevante, sem nenhuma
importância.
Na
percepção de Jesus, o gesto da pobre viúva foi ponderado de maneira diferente.
Tendo ela oferecido tudo quanto lhe restava para viver, expressava total
confiança na providência divina.
Os
ricos permitiam-se ao luxo de oferecer quantias vultosas, porque davam do seu
supérfluo. A viúva, pelo contrário, foi capaz de arriscar tudo, por saber que
tudo era dom de Deus. Não tinha ânsia de acumular, nem corria o perigo de
confiar nos bens materiais, colocando Deus em segundo plano. A sua era a verdadeira
piedade!
Oração
Espírito de confiança na Providência divina, a exemplo dessa
pobre viúva, que meu coração se liberte da obsessão de acumular. Faze-me,
antes, colocar meus bens a serviço do próximo.
(O
comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em
Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, fonte e origem de toda paternidade, que destes aos
santos mártires André e seus companheiros serem fiéis à cruz do vosso filho até
a efusão do sangue, concedei, por sua intercessão, que, propagando o vosso amor
entre os irmãos, possamos ser chamados vossos filhos e filhas e realmente o
sejamos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo.
FONTE: dom total

25 de Novembro de 2014
Lc 21,5-11
Comentário do Evangelho
Discernimento
permanente.
O vaticínio sobre a
destruição do Templo é uma profecia ex-evento. Não é previsão de futuro. Sua
finalidade é ajudar os discípulos a colocarem a sua confiança naquilo que não
passa, ao mesmo tempo que visa ajudá-los a superar as provações decorrentes do
exercício da missão. A confiança e a esperança devem ser características da vida
dos discípulos: não importa o que aconteça, não se deve esmorecer nem temer. É
preciso manter a vida apoiada em valores verdadeiros e sólidos, isto é, nos
valores do Reino de Deus. Até o Templo, ornado com tantas riquezas, figura
entre as coisas que passam. A linguagem utilizada por Jesus, aqui, para
transmitir a sua mensagem, é apocalíptica. Ela não faz previsão de nenhuma
data, mas alerta para um discernimento permanente. Em meio às vicissitudes de
cada tempo, é preciso atenção e ponderação para não ser enganado pelos arautos
e aproveitadores da desgraça. Se Jesus não responde à pergunta sobre quando e
qual o sinal de que a destruição estaria próxima, é para exortar os discípulos
à confiança e ao testemunho. No tempo do Espírito, a história é para os cristãos
o lugar do testemunho de Cristo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
teu Filho Jesus é sinal de tua presença no meio da humanidade. Que eu saiba
acolhê-lo como manifestação de tua misericórdia, e só nele colocar toda a minha
segurança.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
Não podemos
por na realidade material o sentido final da nossa vida e a causa da nossa
felicidade, pois o mundo material é transitório e só encontra o seu verdadeiro
sentido enquanto é relacionado com o definitivo, ou seja, o mundo espiritual, e
contribui para que a pessoa encontre nos valores que não são transitórios a
causa da sua vida e da sua felicidade. Assim, devemos ser capazes de submeter
os valores transitórios aos valores definitivos, pois somente eles podem nos
garantir a nossa plena realização.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
UMA FRÁGIL BELEZA
O discurso
sobre o fim do mundo revela a fragilidade das realidades humanas. Nem mesmo o
Templo, construído para ser a habitação de Deus no meio do povo, estaria à
salvo da destruição.
A
constatação de Jesus a respeito da destruição do Templo expressa o destino das
realidades humanas: "Não ficará pedra sobre pedra". O fim de tudo é a
sua ruína. Experiência dolorosa, que será acompanhada de tentativas de engano:
muitos se apresentarão como messias, anunciando a chegada de fim. Guerras e
revoluções, terremotos e epidemias, prodígios e sinais no céu revelarão,
também, essa chegada. Mas, ao contrário do que diziam os falsos profetas, Jesus
afirma que "não será ainda o fim".
O
Mestre assegura isso, com a linguagem apocalíptica da época. Não lhe interessa,
porém, inculcar em seus ouvintes os sentimentos dos quais esta linguagem estava
carregada. Ele quer tão-somente conscientizar a comunidade acerca da
importância de dedicar-se às coisas impossíveis de serem destruídas: a fé e o
amor. Quando tudo tiver chegado ao fim, apenas estas duas realidades
subsistirão. Só elas podem oferecer segurança e levar o discípulo a superar o
medo terrificante que o confronto com a escatologia provoca. A beleza sólida da
fé e do amor permanecerão, mesmo quando tudo o mais se tiver reduzido a
escombros. Isto porque são obras de Deus.
Oração
Espírito de fé e de amor, livra-me de centrar minha vida no
que é passível de destruição, e faze-me testemunhar a fé e praticar o amor.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Levantai, ó Deus, o ânimo dos vossos filhos e filhas, para
que, aproveitando melhor as vossas graças, obtenham de vossa paternal bondade
mais poderosos auxílio. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade
do Espírito Santo.
FONTE: dom total

26 de Novembro de 2014
Lc 21,12-19
Comentário do Evangelho
Sem esmorecer
nem renunciar à fé.
Jesus já havia prevenido
os discípulos acerca da possibilidade da hostilidade, da perseguição e da
rejeição da missão cristã (cf. Lc 9,5; 10,3.10-12). O evangelho proposto para
hoje é a continuidade do discurso escatológico; discurso desconcertante e
apavorante para quem não se esforça por compreender a linguagem apocalíptica. A
hostilidade e a perseguição devem ser vividas pelos discípulos como ocasião ao
testemunho, sem esmorecer nem renunciar à fé, tentação que ameaçava os cristãos
do primeiro século. É Deus a força e a inspiração dos que ele escolheu; é ele
quem protege a vida dos seus eleitos. Na segunda parte da obra lucana, os Atos
dos Apóstolos, a atitude de Pedro e João diante do Sinédrio é inspiradora: na
perseguição, na prisão e nas humilhações eles encontram motivos para se
identificarem com o Senhor de quem eram testemunhas (cf. At 5,41). É no
mistério pascal de Jesus Cristo que a vida do cristão deve estar apoiada, pois
o conteúdo da esperança cristã é a participação na vitória de Cristo sobre o
mal e sobre a morte. É esse apoio que permite perseverar até o fim.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
dá-me uma fé profunda que me possibilite perseverar nos momentos de
dificuldade, sem abrir mão da tarefa que recebi: levar adiante o projeto de
Jesus.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
Ganhar a vida
eterna significa ser capaz de lutar no dia a dia pelos valores que a
caracterizam. Mas os valores que caracterizam a vida eterna são completamente
diferentes dos valores que caracterizam a nossa sociedade de hoje, sendo que a
conseqüência dessa diferença é o conflito, que é seguido da perseguição, do
ódio e, muitas vezes, da morte. Mas quem de fato acredita na vida eterna e a
deseja ardentemente para si assume o projeto de Deus e os valores do Reino dos
céus e luta constantemente por eles, não temendo a perseguição e desafiando até
mesmo a morte, porque sabe que nada o separará da vida e vida em abundância.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
O SOFRIMENTO DO DISCÍPULO
A perseguição
e o sofrimento do discípulo são tidos por Jesus como sinais premonitórios do
fim. O testemunho de seu nome atrairia de tal forma a ira dos inimigos que
estes lançariam mão de toda sorte de maldade contra os seguidores do Mestre.
Sofrimento, perseguição, prisões, acusações na sinagoga, morte e ódio era o que
lhes aguardava. Até mesmo, a perseguição por parte dos próprios familiares.
Tudo isso por causa da fidelidade ao Mestre Jesus. Era preciso, pois, avivar
neles a chama da perseverança. Tarefa desafiadora!
Não
obstante isso, nos momentos mais difíceis os discípulos receberiam a ajuda
divina, de forma que não precisariam preparar a própria defesa. Receberiam,
também, uma sabedoria tão sublime, capaz de levá-los a convencer seus
adversários.
Além
da perseverança, os discípulos necessitarão de uma grande fé em Deus. "Nem
um só cabelo cairá de vossa cabeça" - garante Jesus ao grupo de
discípulos, facilmente contamináveis pelo medo. A luta, afinal de contas, é do
Mestre. Os discípulos são unicamente seus mediadores. O Pai os protege,
preservando-os do mal, porque é o Senhor. Ninguém como Deus tem nas mãos a vida
dos discípulos, e, por conseguinte, tem o poder de livrá-los do mal.
Oração
Espírito que me livra do mal, não permitas que eu sucumba às
forças do egoísmo e do mal, mesmo tendo de suportar sofrimentos e perseguições.
(O
comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em
Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Levantai, ó Deus, o ânimo dos vossos filhos e filhas, para
que, aproveitando melhor as vossas graças, obtenham de vossa paternal bondade
mais poderosos auxílio. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade
do Espírito Santo.
FONTE: dom total

27 de
Novembro de 2014
Lc 21,20-28
Comentário
do Evangelho
Fixar o
olhar em Cristo.
Pensava-se que a segunda
vinda de Cristo seria iminente. O atraso da parusia criou uma situação de
frustração, comodismo e laxismo no seio da comunidade cristã. Lucas vai
corrigir essa ideia, propondo viver as vicissitudes do tempo presente como
lugar aberto ao testemunho dos cristãos. As especulações acerca da segunda
vinda de Cristo deram origem ao discurso milenarista, do qual muitos se
aproveitaram e se aproveitam para promover-se através do engano e da confusão.
Mais ainda, a expectativa de uma segunda volta de Cristo uniu a esse advento
fenômenos atmosféricos que anunciariam o fim do mundo. Deus seria o autor da
destruição motivado pela decepção do ser humano que ele criou. Ora, contra o
engano, a confusão, o desânimo, o medo, é preciso “erguer a cabeça” para olhar
o futuro, para fixar o olhar em Cristo. Não somente o Templo passa, mas também
o sofrimento, a perseguição e a morte. Todas essas realidades não são a última
palavra da existência humana. Em Jesus Cristo, vencedor do mal e da morte,
todas essas realidades serão transformadas em alegria e em consolação, pois é
por ele que todos participam de sua vitória.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
faze-se adequar meu existir à novidade que me é oferecida por Jesus, como dom
teu à humanidade, de modo que eu possa usufruir dos benefícios de tua salvação.
FONTE: PAULINAS
Reflexão
Reflexão
A libertação
verdadeira da pessoa humana é fruto de dois elementos importantes: o primeiro é
o seu compromisso pessoal e comunitário com o Reino de Deus e com a comunidade
à qual pertence, de modo que a sua vida passa a ser uma constante luta
histórica de transformação da realidade tendo como critério os valores do
Evangelho; o segundo é a confiança inabalável da presença atuante de Deus na
sua vida e na história dos homens como o grande parceiro que está ao lado dos
que assumem a luta por um mundo novo. Somente a união entre esses dois
elementos pode garantir um processo histórico verdadeiramente libertador.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
LEVANTEM A CABEÇA!
Na
Bíblia, a destruição de certas cidades é apresentada como lição para a
humanidade. A ruína de Sodoma e Gomorra simboliza o fim da maldade humana. A
queda da Samaria representa o castigo da cidade que trocou Deus pelos ídolos e
se deixou contaminar pela injustiça. A queda de Nínive e da Babilônia foram
celebradas como o fim de impérios prepotentes, cuja ação nefasta foi causa de
sofrimento e morte para muitos povos.
A
devastação de Jerusalém foi, também, marcada de simbolismo. Cidade de grande
evocação teológica - lugar da habitação de Deus no meio de seu povo -
converteu-se em cidade assassinada dos profetas, surda aos apelos dos enviados.
Para os cristãos, caracterizou-se como cidade assassina do Filho de Deus, o
qual tentou, inutilmente, chamá-la à conversão. Tendo perdido sua razão de ser,
só lhe restava ser votada à destruição.
Ao mesmo tempo em que fala dessa destruição, Jesus abre o coração dos discípulos para a esperança. Por um lado, fala-se em grandes calamidades no país: flagelos, morte, exílio, ruína. Por outro, alude-se ao Filho do Homem "vindo sobre as nuvens, com grande poder e glória". O fim de Jerusalém corresponde ao início de uma realidade nova, à libertação que se aproxima.
Portanto, os discípulos têm motivos para se conservarem esperançosos, banindo todo temor. A proximidade da libertação é motivo de alegria!
Ao mesmo tempo em que fala dessa destruição, Jesus abre o coração dos discípulos para a esperança. Por um lado, fala-se em grandes calamidades no país: flagelos, morte, exílio, ruína. Por outro, alude-se ao Filho do Homem "vindo sobre as nuvens, com grande poder e glória". O fim de Jerusalém corresponde ao início de uma realidade nova, à libertação que se aproxima.
Portanto, os discípulos têm motivos para se conservarem esperançosos, banindo todo temor. A proximidade da libertação é motivo de alegria!
Oração
Espírito
de alegre esperança, que a perspectiva do fim seja, para mim razão de confiar e
esperar no Senhor que veio para nos trazer a libertação.
(O
comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em
Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Levantai,
Ó Deus, o ânimo dos vossos filhos e filhas, para que, aproveitando melhor as
vossas graças, obtenham de vossa paternal bondade mais poderosos auxílios. Por
Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE:
dom total

28 de Novembro de 2014
Lc 21,29-33
Comentário do Evangelho
O que é
definitivo.
Na continuidade do
discurso escatológico, discurso sobre o fim, isto é, sobre o que é definitivo,
Jesus conta essa parábola da figueira que é a ilustração do dito no versículo
28. A fé e a esperança que brota da fé é que fazem levantar a cabeça. Nossa condição
de cristãos, enquanto somos peregrinos neste mundo, é viver na esperança. A
esperança não é simplesmente um bom desejo para o futuro, mas a experiência de
viver a vida apoiada na palavra e no destino final de Jesus Cristo, que venceu
o mal e a morte. O conteúdo próprio da esperança cristã é a participação no
destino final do Senhor. Mais uma vez, a conclusão dessa breve parábola exorta
à confiança no que não passa, no que dá firmeza e sustenta a esperança, a
saber, a palavra de Jesus. Para o fiel cristão é preciso, mesmo nas situações
mais dramáticas da existência humana, experimentar, ao menos saber, que o
Senhor está perto, e manter o olhar fixo nele, pois é dele que nos vêm o
auxílio e a proteção; é ele nosso refúgio e fortaleza.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
reforça a sinceridade de minha fé nas palavras de teu Filho Jesus, pois nele o
teu Reino se faz presente na nossa história, realizando, assim, tua promessa de
salvação.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
Devemos ser
capazes de reconhecer os sinais dos tempos para que possamos perceber os apelos
do Reino de Deus na nossa vida, assim como sermos capazes de descobrir a
presença de Jesus na história das pessoas. Somente quando somos capazes de
analisar os acontecimentos a partir da ótica da fé é que somos capazes de
interpretar os fatos como sendo sinal dos tempos e ação da graça divina no
nosso dia a dia. Para que isso seja possível, a Palavra de Jesus deve ser o
critério fundamental para a interpretação dos acontecimentos.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
A LIÇÃO DA FIGUEIRA
Os cristãos
são admoestados a se manterem em contínuo estado de vigilância em relação à
história, uma vez que ela está sendo fermentada pelas realidades escatológicas.
Urge, pois, perceber como nela se manifestam os sinais do fim.
A
mensagem de Jesus nada tem a ver com os apocalipses da época, reservados a um
grupo restrito de iniciados. Jesus ensina publicamente, sem a preocupação de
selecionar seus ouvintes. Embora só os discípulos o compreendam, sua doutrina
deve ser anunciada a todos os povos. Basta abrir-se para ele, para entender o
conteúdo de seus ensinamentos.
A
figueira e as demais árvores foram empregadas para ilustrar a parábola da
escatologia. Vendo-as frutificar, é possível afirmar, sem perigo de engano, que
o verão se aproxima. Igualmente, pode-se declarar que algo de novo estará
acontecendo na história, quando a morte ceder lugar à vida, a escravidão abrir
espaço para a liberdade, a injustiça for sobrepujada pela justiça, o ódio e a
inimizade forem vencidos pelo amor e pela reconciliação.
Este
germinar de esperança é um sinal evidente da presença do Filho do Homem,
fazendo a escatologia acontecer. Chegará um tempo de plenitude. Este, porém,
está sendo preparado pela aproximação paulatina daquilo que todos esperamos.
Oração
Espírito de atento discernimento, dá-me olhos para perceber
os sinais da aproximação do Senhor, cuja libertação vai, pouco a pouco,
concretizando-se na nossa história.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe.
Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Levantai, Ó Deus, o ânimo dos vossos filhos e filhas, para
que, aproveitando melhor as vossas graças, obtenham de vossa paternal bondade
mais poderosos auxílios. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade
do Espírito Santo.
FONTE: dom total

29 de Novembro de 2014

29 de Novembro de 2014
Lc 21,34-36
Comentário do Evangelho
Oração
e atitude de vigilância permanentes.
Último trecho do
discurso escatológico, nosso texto se refere à parusia de Jesus Cristo.
Fundamentalmente, o nosso texto diz que a maneira de esperar e de se preparar
para a vinda do Senhor não é a fixação de uma data, mas a oração e a
consequente atitude de vigilância permanentes. São essas duas atitudes que
permitem discernir a presença do Senhor que continuamente vem ao encontro do
seu povo, envolto no mistério (cf. At 1,9-11). As preocupações excessivas com a
vida, com as coisas deste mundo, podem desviar a atenção das coisas de Deus e
impedir de reconhecer que cada tempo é tempo de graça e que em todos os tempos
e situações o Senhor se aproxima do seu povo. A atitude de vigilância requer a
centralidade do Reino de Deus e a confiança no cuidado e na providência divinos
(cf. Lc 12,22-32). A vinda do Filho do Homem tem um caráter de surpresa. É essa
realidade que muitas parábolas de Jesus nos ensinam a viver, engajados no
compromisso próprio da missão recebida do Senhor (Lc 12,35-48; 17,22-37;
19,11-27).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
ajuda-me a estar em permanente vigilância e oração, preparando-me para o
encontro com teu Filho Jesus e ser acolhido por ele.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
A nossa vida é
marcada por preocupações constantes que são exigências da agitada vida moderna.
Essas preocupações muitas vezes acabam por fazer de si mesmas o centro da nossa
vida. Na verdade, a gente deixa de viver a vida que a gente quer para viver a
vida que é exigida de nós. Assim, não temos tempo para a oração, para a
contemplação, para o encontro com Deus e o estabelecimento de comunhão com ele.
O resultado de tudo isso é que deixamos de viver na sua presença e nos fechamos
num mundo que cada vez mais nos escraviza e nos impede de viver a verdadeira
vida, a vida dos filhos e filhas de Deus em perfeita comunhão e relação com o
Pai.
FONTE: CNBB
Comentário do Evangelho
VIGIAI E ORAI
O grande
perigo das pessoas em relação à escatologia é a dissipação do coração. Os
atrativos e prazeres da vida, o acúmulo exagerado de bens materiais, a
liberação dos instintos egoístas são todos elementos que corrompem o coração humano,
impedindo-o de se preparar para o encontro com o Senhor.
Jesus
recomenda vigilância e oração como as formas melhores de nos colocarmos em
clima de espera. Vigiar é ser capaz de detectar tudo quanto possa desviar nossa
atenção do fim almejado, acabando por nos afastar dos caminhos de Deus. São
muitas as formas como que o mau espírito procura atuar, para alcançar o seu
fim. Quem cochila, acaba caindo na armadilha para pegar os incautos. Só os
vigilantes conseguem safar-se das investidas do maligno.
A oração,
por sua vez, coloca-nos em contínua ligação com Deus, de quem recebemos luz e
força para permanecer em pé, vigilante à espera do Senhor. Ela predispõe-nos
para escutar os apelos divinos e deixar-nos guiar por eles. Sensibiliza-nos
para realizar o projeto de Deus. Mantém-nos sempre atentos à prática do bem,
como faz o Pai em benefício da humanidade.
Portanto,
perseverar na espera requer uma atitude de atenção à história e de comunhão
profunda com Deus.
Oração
Espírito de espera perseverante, livra-me de toda espécie de
corrupção e de vício, que me afastam de Deus e desvirtuam minha decisão de
esperar o Senhor.
(O
comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em
Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Levantai, ó Deus, o ânimo dos vossos filhos e filhas, para
que, aproveitando melhor as vossas graças, obtenham de vossa paternal bondade
mais poderosos auxílio. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade
do Espírito Santo.
FONTE: dom total


30 de Novembro de 2014
Mc 13,33-37
Comentário do Evangelho
Advento,
tempo de graça.
Com o primeiro domingo
do Advento, começamos um novo ano litúrgico. Para os cristãos, trata-se de um
verdadeiro início de ano, pois a vida cristã é marcada pela celebração do
mistério de Deus, revelado em Jesus Cristo. O Advento é um tempo de graça, um
itinerário que nos prepara para celebrarmos o mistério do Natal do Senhor. A
disposição requerida para esse tempo é a “vigilância”.
No centro do trecho do livro do profeta Isaías
está a confissão da culpa do povo: ele se afastou do Deus único e verdadeiro. É
em razão dessa distância que o povo não consegue mais reconhecer a face de Deus
(64,6). O mal em nós oculta a imagem de Deus, faz os nossos olhos pesados,
incapazes de reconhecer o Senhor e a sua ação, na história, em favor do povo,
porção de sua herança. “Escondeste de nós a tua face” (64,6). O autor do nosso
texto talvez não imaginasse que a verdadeira face de Deus só poderia ser conhecida
em Jesus Cristo, “imagem do Deus invisível” (Cl 1,15).
O capítulo treze do evangelho de Marcos é
denominado de discurso escatológico de Jesus, isto é, discurso sobre as coisas
últimas ou definitivas. Esse tipo de discurso não tem por finalidade prever ou
contar como será o futuro, mas insiste sobre a necessidade de se estar
espiritualmente preparado para os eventos que acontecerão. Fundamentalmente,
podemos falar de três aspectos dessa preparação espiritual: “superar a
superficialidade da vida; vencer as armadilhas da sensualidade que nos mantêm
prisioneiros das coisas terrenas; desmontar o engano proveniente das
necessidades da existência”, que fecham cada um na busca desenfreada do seu
próprio bem-estar. Nesse sentido, a vigilância é uma atitude de quem está
atento aos enganos do inimigo da natureza humana e, com a graça de Cristo,
supera suas armadilhas. “Vigiar” é, ainda, se manter fiel à tarefa dada por
Deus; trata-se de assumir o seu papel e sua tarefa no Reino de Deus. A
vigilância exige, ainda, a oração para não cair no poder da tentação (cf. Lc
22,46).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Senhor
Jesus, que eu esteja vigilante à tua espera, para ser encontrado perseverante
no amor e cheio de esperança de ser acolhido por ti.
FONTE:
PAULINAS
Comentário do Evangelho
VIGIAI E ORAI
Este é o
primeiro domingos do Advento! Inicia-se o tempo em que, junto à comunidade
cristã, desejamos renovar a nossa disposição para celebrarmos a alegria da
vinda do Senhor e a força que essa esperança alimenta o seu povo. Nele, em
Jesus Cristo, somos chamados à comunhão plena, de vida e santidade, conforme o
anúncio dos profetas. Para isso, que o Espírito do Pai nos ajude a
permanecermos sempre vigilantes e preparados, pois a visita de Deus a seu povo
é a promessa que se cumpre em seu amado Filho Jesus.
Oração
Ó Deus todo-poderoso, concedei a vossos fiéis o ardente
desejo de possuir o reino celeste, para que, acorrendo com as nossas boas obras
ao encontro do Cristo que vem, sejamos reunidos à sua direita na comunidade dos
justos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo.
FONTE: dom total


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