ANO A


8 de
Setembro de 2014
Mt
1, 1-16.18-23 (breve 1, 18-23)
Comentário
do Evangelho
Em
Jesus, uma nova história do universo começa.
A genealogia tinha
para os antigos uma importância capital, pois ela inseria a pessoa no tecido
social e histórico de um povo. À diferença de Lucas, que remete a origem de
Jesus a Deus (Lc 3,23-38), Mateus a faz remontar a Abraão (v. 1). A finalidade
é mostrar que ele é plenamente membro do povo de Israel. Davi também é
mencionado no primeiro versículo porque, para os judeus, o Messias seria
descendente de Davi, e para a fé cristã Jesus é descendente de Davi segundo a
carne (Rm 1,3; Lc 1,32). A Abraão é prometida a bênção da qual todas as nações
seriam beneficiadas. Desse modo, fazer remontar a genealogia de Jesus a Abraão
é um modo de afirmar o caráter universal da missão de Jesus. Mais ainda, para o
cristão a genealogia de Jesus visa fazer compreender que nele se resume toda a
história passada de Israel. Em Jesus, uma nova história do universo começa.
Segue-se à genealogia o anúncio do anjo a José sobre o nascimento de Jesus. A
maternidade de Maria é obra do Espírito Santo (v. 18). Se José pensa deixar Maria
ir livremente, é porque ele tem consciência do mistério de Deus presente na
gravidez dela. É exatamente nisso que ele é justo: não quer tomar para si o que
Deus reservou para Ele. Mas a palavra do anjo, isto é, a revelação de Deus,
converte a atitude pretendida de José, e ele acolheu Maria como sua esposa da
forma que o anjo havia mandado (v. 24).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
que a presença de teu Filho Jesus, na História, leve à plenitude a obra de tua
criação, fazendo desabrochar, em cada coração humano, o amor para o qual foi criado.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
Jesus se insere na
história da humanidade e, ao fazê-lo, também passa a ter uma história. Ele é
verdadeiramente homem e assume em tudo a condição humana, menos o pecado. Ao
comemorarmos o nascimento da Virgem Maria, estamos comemorando um fato da
história do próprio Cristo, pois o seu nascimento está condicionado ao dela,
uma vez que ele é seu descendente, já que ela é sua mãe. Com isso, podemos
perceber o Senhor da história se inserindo e agindo na própria história da
humanidade, para nela realizar o seu plano de amor e salvação.
FONTE: CNBB
Recadinho
Em que consiste sua
devoção a Nossa Senhora? - Que título dado a ela mais lhe agrada? - O que
poderíamos oferecer a ela, celebrando seu aniversário? - O que é Maria em sua
vida? - Faça-lhe uma prece.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE:
a12 – santuário-nacional
Comentário do Evangelho
Mateus inicia seu
Evangelho com uma genealogia de Jesus, através de José, incluindo-o na
descendência de Davi. Enquanto em Lucas o anúncio do nascimento de Jesus é
feito a Maria, em Mateus este anúncio é dirigido a José. O destaque dado a José
valoriza esta genealogia. Jesus seria o messias poderoso, que atenderia às
expectativas do judaísmo, conforme o Antigo Testamento. Contudo, a herança
messiânica a partir da paternidade de José pode ser descartada. Prevalece a
maternidade divina de Maria, pela qual é concedido o dom da vida eterna a
todos, homens e mulheres.
Oração
Senhor
Jesus, apesar de minhas fraquezas e limitações, conta também comigo para ser
servidor do teu Reino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório –
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado
neste Portal a cada mês)
Oração
Abri,
ó Deus, para os vossos servos e servas os tesouros da vossa graça: e, assim
como a maternidade de Maria foi a aurora da salvação, a festa do seu nascimento
aumente em nós a vossa paz. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE:
dom total

9 de
Setembro de 2014
Lc 6,12-19
Comentário
do Evangelho
Fruto
da eleição divina.
É o terceiro relato do chamado
dos discípulos. O primeiro relato de vocação dos discípulos se dá junto ao Mar
da Galileia (5,1-11); o segundo é o chamado de Levi, o publicano (5,27-28).
Isso mostra que o grupo dos Doze, como o círculo maior dos discípulos, foi se
constituindo aos poucos e não de uma única vez. A montanha é o lugar da
revelação de Deus e de seus desígnios. A informação de que Jesus passou a noite
em oração sobre a montanha e, depois, escolheu dentre os discípulos Doze,
revela que eles são fruto da eleição divina. Na lista com o nome dos Doze, ao
de Judas é acrescentada a observação de que ele se tornou o traidor. Observe-se
que, não obstante o querer de Deus, a liberdade do ser humano e a sua ambição
podem levá-lo a agir contra a vontade de Deus e o seu plano de amor. O nosso
relato distingue entre o grupo dos discípulos e os Doze. Que sejam doze os
apóstolos escolhidos por Jesus significa que eles são símbolo de todo o Israel
(cf. Lc 22,28-30). O auditório amplo presente, judeus e pagãos, sinaliza para a
universalidade da missão da Igreja.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
transforma-me em apóstolo de teu Filho Jesus para que, movido pelo Espírito, eu
possa ser sinal da presença dele neste mundo tão carente de salvação.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
Jesus não quis
realizar sozinho a obra do Reino, mas chamou apóstolos e discípulos para serem
seus colaboradores. Nós, ao contrário, muitas vezes queremos fazer tudo
sozinhos e afirmamos que os outros mais atrapalham que ajudam. Com isso,
negamos a principal característica da obra evangelizadora que é a sua dimensão
comunitário-participativa, além de nos fazermos auto-suficientes,
perfeccionistas e maquiavélicos, pois em nome do resultado do trabalho
evangelizador, excluímos os próprios evangelizadores, fazendo com que os fins
justifiquem os meios e vivendo a mentalidade do mundo moderno da política de
resultados, isto porque muitas vezes não somos evangelizadores, mas adoradores
de nós mesmos.
FONTE: CNBB
Recadinho
Antes de escolher seus discípulos, Jesus se
retirou para rezar. - Você reza em que momentos, em que circunstâncias? - Reza
quando precisa tomar uma decisão importante? - Que tipo de oração mais lhe
agrada? - Sabe ser grato a Deus que faz maravilhas? - Cite o testemunho de
alguém que seja apóstolo(a) dos tempos modernos.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 –
santuário-nacional
Comentário do Evangelho
UMA ESCOLHA FEITA COM DISCERNIMENTO
A escolha dos
doze Apóstolos deu-se num processo de oração e de discernimento. Tratava-se de
um ato importante no contexto da missão de Jesus. Ele não podia ser movido por
critérios que não fossem aqueles do Reino. Teria incorrido em erro se
escolhesse somente quem lhe era simpático, quem fosse rico ou de família nobre
ou, então, quem lhe pudesse oferecer ajuda financeira.
Só a
obediência ao Pai, depois de uma noite passada em oração, explica por que Jesus
escolheu um punhado de pessoas humanamente tão pouco qualificadas. E mais:
gente que haveria de traí-lo, abandoná-lo, renegá-lo. Entretanto, foi assim que
se manifestou a sabedoria divina. A consolidação do Reino, na história humana,
haveria de ser obra de Deus. A precariedade de dotes nas pessoas escolhidas
para serem instrumento de sua ação demonstrou-o muito bem.
Embora
humanamente cheios de limitações, os doze Apóstolos receberam a missão de levar
adiante a missão iniciada por Jesus, o enviado do Pai. A ação deles revelou-se
grandiosa, porque souberam confiar plenamente em Deus e deixar-se guiar por ele.
O tempo
demonstrou o acerto de Jesus na escolha dos doze. Excetuando Judas Iscariotes,
que não soube confiar no perdão misericordioso de Jesus, todos os demais
apóstolos assumiram com um ardor incrível sua missão de servidores do Reino.
Oração
Senhor
Jesus, apesar de minhas fraquezas e limitações, conta também comigo para ser
servidor do teu Reino.
(O comentário do Evangelho é
feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica,
Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, Pai de bondade, que nos redimistes e adotastes como
filhos e filhas, concedei aos que crêem em Cristo a verdadeira liberdade e a
herança eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo.
FONTE:
dom total

10 de
Setembro de 2014
Lc 6,20-26
Comentário
do Evangelho
O Reino
de Deus como promessa de transformação.
Os destinatários deste trecho
do sermão da planície são os discípulos. São eles que estão compreendidos no
“vós” dos macarismos. Assim como em Mateus, o discurso se abre com os
macarismos que em Lucas somam somente quatro. Uma das características do discurso
da planície é que ele pode ser considerado um desdobramento do discurso de
Jesus na sinagoga de Nazaré (4,16-30). Os quatro macarismos são seguidos de
quatro lamentações. Aos macarismos e lamentações subjaz uma promessa: a
transformação da realidade deste mundo. Na verdade, o Reino de Deus é o objeto
dessa promessa de transformação. O substantivo “pobre” tem, aqui, um duplo
significado: trata-se daqueles que não têm os bens necessários para sobreviver
e, também, os discípulos que são perseguidos em razão de sua fé em Jesus
Cristo. As lamentações estão em paralelo com os macarismos. Por “ricos”
entenda-se aqueles que levam uma vida confortável sem se preocupar com os seus
semelhantes (cf. Lc 16,19-31). Jesus não se propõe resolver os problemas
socioeconômicos do povo, nem promete uma vida fácil para os discípulos. O que
ele promete e anuncia é o Reino de Deus que, através dos seus valores, é capaz
de transformar o coração do ser humano e a realidade (cf. Mt 13).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
faze-me solidário com os mais pobres deste mundo, e ensina-me a partilhar, de
modo que chegue até eles a esperança e a alegria que Jesus veio nos trazer.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
O mundo nos
prega valores que não são do Reino de Deus. Se formos viver de acordo com os
valores do mundo, seremos egoístas e buscaremos unicamente a nossa própria
satisfação. Porém, se quisermos viver de acordo com os valores do Reino de
Deus, deveremos ser capazes de amar e, em nome do amor, buscar a felicidade, a
satisfação e o bem estar de todos, e denunciar com coragem profética todos os que
vivem e pregam os valores que não são do Reino de Deus. As consequências dessas
posturas são que os que vivem de acordo com os valores do mundo, terão a
consolação do mundo, e os que vivem de acordo com os valores do Reino, terão a
consolação do Reino.
FONTE: CNBB
Recadinho
O que se faz em sua comunidade em favor dos pobres, dos que
passam fome? - Como é praticada a justiça em seu meio? - Conhece alguém que é
rico e sabe usar seus bens em favor dos mais necessitados? - Por quem seremos
saciados? Dê exemplo de alguém que é pobre mas sente-se feliz.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 – santuário-nacional
Comentário do Evangelho
BEM-AVENTURANÇAS E MALDIÇÕES
A postura
diante de Deus e de seu Reino gerava um nítido contraste mesmo entre os
discípulos de Jesus. De um lado, estavam os declarados bem-aventurados. Do
outro, os que se tornaram objeto de maldição. Os primeiros eram os que viviam
na pobreza, padeciam fome e choravam e eram odiados por causa de Jesus. Sua
opção pelo Reino não lhes permitia pactuar com a maldade do mundo, nem os
deixava cair na tentação de serem aliciados por suas falsas promessas de
riqueza e bem-estar. Sua recompensa só podia vir do Pai. Assim, era possível
rejubilar e saltar de alegria, mesmo padecendo privações.
No polo oposto, estavam os que não contavam efetivamente com Deus e julgavam
poder construir sua salvação com as próprias mãos. Confiavam na riqueza e
viviam na fartura. Sua vida era feita de alegrias efêmeras. Cuidavam de ser
louvados e bem-vistos por todos. Este projeto de vida, a longo prazo, se
mostraria inconsistente e seu resultado, desolador. A riqueza transformar-se-ia
em privação, a fartura em fome, a alegria em luto e pranto, a fama em opróbrio.
Trata-se, portanto, de um projeto de vida do qual o discípulo deve precaver-se.
Tanto as bem-aventuranças quanto as maldições referem-se aos discípulos de
Jesus. Ou seja, o seguimento do Mestre nem sempre os levava a comungarem
efetivamente com o projeto de Jesus. As palavras dele, pois, funcionavam como
um forte alerta.
Oração
Senhor
Jesus, faze-me sempre trilhar o caminho das bem-aventuranças, colocando toda
minha vida e minha esperança nas mãos do Pai.
(O comentário do Evangelho é
feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica,
Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, Pai de bondade, que nos redimistes e adotastes como
filhos e filhas, concedei aos que crêem em Cristo a verdadeira liberdade e a
herança eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo.
FONTE:
dom total

11 de
Setembro de 2014
Lc 6,27-38
Comentário
do Evangelho
O
dinamismo do amor.
O tema dominante do evangelho
de hoje é o amor aos inimigos com a consequente gratuidade e generosidade que
esse dinamismo de vida exige. É no amor aos inimigos e através da generosidade
e gratuidade que a vida do cristão exprime a misericórdia semelhante à
misericórdia de Deus (v. 36). O amor cristão não é uma ideia, nem belos
propósitos; é um modo de viver que dá sentido e valor a todas as coisas e move
o coração do ser humano na direção do bem a ser realizado, inclusive em favor
dos inimigos. Os destinatários deste trecho do discurso da planície são aqueles
que ouvem Jesus, isto é, aqueles para os quais o ensinamento de Jesus faz
sentido, aqueles que ouvem a palavra do Senhor, a saber, os que deixam a
palavra de Jesus cair no mais profundo do coração, lá onde só Deus pode chegar
e agir. Exigência da vida de seguimento de Jesus Cristo é a identificação com a
atitude e o coração de Deus (v. 36). Essa identificação se exprime na prática
do amor aos inimigos, no cultivo da disposição de fazer o bem não importa a
quem. O que se propõe, outrossim, neste trecho é a superação da teologia da
retribuição pelo amor, através do qual as barreiras da inimizade são rompidas.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
predispõe-me a amar meus inimigos e perseguidores. Só assim estarei dando
testemunho do amor que devotas a cada ser humano.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
A regra do ouro
da vida do cristão é resumida por Jesus na frase: 'O que vós desejais que os
outros vos façam, fazei-o também vós a eles'. Todas as pessoas desejam ser
amadas, compreendidas e servidas, por isso, todos devem amar, compreender e
servir. Devemos ser diferentes das pessoas que vivem a reciprocidade: devemos
viver a gratuidade, ser diferentes dos que vivem fazendo justiça: devemos ser
misericordiosos. O critério do nosso agir em relação aos outros não pode ser o agir
dos outros, mas sim o próprio Deus, que não nos trata segundo nossas faltas,
mas ama a todas as pessoas, indistintamente, com amor eterno e as cumula com a
abundância dos seus bens. Se vivermos segundo esse critério, seremos filhos do
Altíssimo e será grande a nossa recompensa nos céus.
FONTE: CNBB
Recadinho
Quero ser perdoado? O caminho é começar aprendendo a lição
do perdão! - Acho justo pedir a Deus perdão quando não sei perdoar meu próximo?
- Se sinto que sou pouco amado, não é porque demonstro pouco amor para com meu
próximo? - O que mais humilha uma pessoa, ter que perdoar ou ter que pedir
perdão? - Será que às vezes não corro o risco de fazer o bem buscando algo em
troca?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 – santuário-nacional
Comentário do Evangelho
O PAI, MODELO DE MISERICÓRDIA
O ensinamento
de Jesus a respeito do amor aos inimigos é o maior desafio para quem aceita
tornar-se seu discípulo. Este amor aos inimigos foi especificado de várias
maneiras. Responder o ódio com a prática do bem, a maldição com a bênção e a
calúnia com a oração são todas formas de amar os inimigos e, assim, quebrar a
espiral da violência. Oferecer a outra face a que o esbofeteou e dar a túnica a
quem lhe tirou o manto são também sinais deste amor. O discípulo, agindo assim,
reverte uma maneira esteriotipada de reagir, pela qual as pessoas tendem a
revidar o mal com o mal e a violência com violência. Só é capaz de agir assim
quem tem o coração repleto da misericórdia do Pai. Caso contrário, não terá
condições de realizar os gestos heroicos propostos por Jesus.
O modelo
inspirador da ação cristã é a misericórdia do Pai. Ele é igualmente bondoso para
bons e maus. Se ele respondesse às ofensas humanas, eliminando o pecador, boa
parte da humanidade deveria desaparecer. O Pai tem paciência com os ingratos e
malvados por nutrir a esperança de que se convertam para a misericórdia no
trato mútuo.
O mesmo se dá
com o discípulo. A capacidade de fazer frente à violência, com o amor,
justifica-se pela esperança de conquistar o malvado para o Reino. A atitude
cristã pode fazer o perverso abandonar seu caminho de violência e levá-lo a
optar pelo caminho indicado por Jesus.
Oração
Senhor
Jesus, dá-me força e coragem para retribuir o ódio com o amor e, assim, poder
conquistar meus inimigos para o Reino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório –
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado
neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, Pai de bondade, que nos redimistes e adotastes como
filhos e filhas, concedei aos que crêem em Cristo a verdadeira liberdade e a
herança eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo.
FONTE:
dom total

12 de
Setembro de 2014
Lc 6,39-42
Comentário
do Evangelho
Autocrítica
e misericórdia.
Nós não temos acesso ao
contexto histórico original em que Jesus contou cada uma das parábolas. Em
nosso caso, é o contexto literário que deve ser levado em consideração. Em
razão disso, a parábola que nos é proposta para hoje deve ser compreendida à
luz das exigências precedentes que formam o conteúdo do sermão da planície. O
“guia cego” é o discípulo que não aceita a sua condição de servo e não se
submete ao ensinamento do seu Mestre; por isso, não vê os seus semelhantes com
o olhar de misericórdia de Jesus. É, ainda, aquele que resiste à identificação
com o Senhor (v. 40; Mt 10,24-25). O texto reflete um problema interno à
comunidade dos discípulos, mas que podemos estender a todos os âmbitos da vida
humana: a crítica aos outros desprovida de autocrítica e de verdadeira
misericórdia. A parábola da palha e da trave (vv. 41-42) apela para a
necessidade de autocrítica e de misericórdia. A trave não permite enxergar bem,
ela distorce e diminui a visão, e até mesmo a impede. Um comportamento desses
cria uma situação ainda pior. Certamente a preocupação que o evangelho traduz é
a tensão interna à comunidade cristã entre os cristãos comuns e aqueles que se
sentem mais iluminados e pretendem instruir os outros na vida espiritual e na
ética cristã. Para poder ajudar alguém é preciso humildade e consciência dos
próprios limites.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
concede-me suficiente autocrítica que me predisponha a corrigir meu semelhante,
sem incorrer na malícia dos hipócritas.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
A nossa vida
espiritual deve ser marcada por um constante aprendizado, de modo que sejamos,
ao mesmo tempo, evangelizadores e evangelizados, e o crescimento na fé
realize-se principalmente na experiência da vida comunitária, na troca de
experiência e na valorização de tudo o que os outros podem nos oferecer, sem
ficar vendo apenas as dificuldades, os problemas e os erros das pessoas que
estão ao nosso lado. Mas tudo isso deve ser iluminado por uma mística: devemos
ser dóceis ao Espírito Santo, nos deixar ser conduzidos por ele, já que não
somos os donos da verdade e ele é o Espírito da Verdade, que nos conduzirá à
plena verdade. Somente agindo assim é que não seremos os cegos que guiam outros
cegos, mas sim todos guiados pelo próprio Deus.
FONTE: CNBB
Recadinho
Existe o risco de alguém não saber nada e
querer ensinar? - E o que dizer de quem quer se colocar como exemplo? - É fácil
reconhecer os próprios erros e defeitos? - Será que estamos dispostos e atentos
para aprender? - Você se esforça para conhecer cada vez mais a Palavra de Deus?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 –
santuário-nacional
Comentário do Evangelho
CUIDADO COM OS FALSOS LÍDERES
Jesus
criticava a postura dos fariseus, mas também se preocupava com a mentalidade
corrente entre os seus discípulos. Os fariseus pretendiam ser um exemplo
consumado de piedade, só porque davam mostras de ser zelosos no cumprimento da
Lei.
Muitos
ficavam bem impressionados com o testemunho de fidelidade a Deus, que eles
davam. Jesus, porém, não se deixava enganar, pois conhecia a falta de solidez
do estilo de vida dos fariseus. Pouca coisa restava além de exibicionismo.
Portanto, era loucura deixar-se encantar por um testemunho de vida desse
quilate. Seria como se um cego pretendesse ser guiado, com segurança, por outro
cego.
Entre
os discípulos, difundia-se, também, uma perigosa mentalidade. Havia os que se
mostravam severos com o irmão, censurando-lhe as mínimas faltas, sem estarem
dispostos a corrigir as próprias faltas pessoais, muito mais graves. Eram
hábeis para perceber um cisquinho no olho alheio, mas incapazes de dar-se conta
da trave que tinham no próprio olho.
Jesus
não podia suportar tal hipocrisia. Para estar em condições de censurar o
próximo, era preciso dispor-se a corrigir as próprias faltas. Neste caso, a
severidade daria lugar à benevolência, e a impaciência, à compreensão. A
atitude de juiz dos pecados alheios seria substituída pela solidariedade com a
fraqueza humana.
Oração
Espírito de benevolente compreensão, dá-me um coração que
saiba solidarizar-se com as fraquezas do próximo, sem cair na tentação de
tornar-me seu juiz.
(O comentário do Evangelho é
feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica,
Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, Pai de bondade, que nos redimistes e adotastes como
filhos e filhas, concedei aos que crêem em Cristo a verdadeira liberdade e a
herança eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo.
FONTE:
dom total

13 de
Setembro de 2014
Lc 6,43-49
Comentário
do Evangelho
É pondo
em prática o ensinamento de Jesus que se produz fruto.
O sermão da planície termina de
forma semelhante ao Sermão da Montanha de Mateus (Mt 7,15-27). Trata-se de um
apelo à coerência interna, isto é, ao acordo de si consigo mesmo, e,
consequentemente, à renúncia da hipocrisia. É acolhendo e pondo em prática o
ensinamento de Jesus que se produz fruto. “Fruto”, aqui, é um comportamento
ético em conformidade com as exigências e valores próprios da vida cristã. Os
discursos pseudopersuasivos e as belas palavras podem levar a própria pessoa a
viver na ilusão e induzir os outros a erro, como se a vida cristã reiterasse
uma espiritualidade desencarnada. Ao contrário, a adesão livre à pessoa de
Jesus Cristo exige um comportamento condizente com a vida que o Senhor propõe (Tg
3,13-18). A parábola das duas casas é a imagem da vida do fiel que pode ser
construída no esforço da escuta e realização da palavra de Jesus Cristo, ou,
então, no esquecimento de que a aceitação do ensinamento do Senhor exige uma
conduta condizente (Tg 1,21-25).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
desejo viver com coerência minha fé. Seja o meu agir uma expressão transparente
de minha adesão ao Senhor, e meu amor, uma prova de que sou teu filho.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
Podemos falar
muitas coisas a respeito dos valores que devem nortear as nossas vidas e dos
fundamentos mais profundos desses valores, porém o maior discurso que nós
podemos fazer sobre o Reino de Deus e a Vida Nova em Cristo é o discurso da
vida, uma vez que a nossa vida expressa o que de fato cremos e que valores de
fato temos. Se temos uma vida marcada pelo amor e pela solidariedade, na busca
da justiça e da fraternidade, é porque de fato a nossa fé é verdadeira, que
possui o seu alicerce na verdadeira rocha, que é o próprio Jesus.
FONTE: CNBB
Recadinho
Que tipo de “árvore” você se considera? - Dá
bons frutos? - Cite pelo menos um fato que demonstre seus bons frutos. - Sabe
aceitar alguma correção com humildade ou quer sempre estar com a verdade? -
Comente a expressão “a boca fala da abundância do coração!”
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 –
santuário-nacional
Comentário do Evangelho
A ÁRVORE E SEUS FRUTOS
Jesus
procurava evitar que, entre seus discípulos, houvesse lugar para a
inautenticidade. Afinal, eles tinham recebido a tarefa de levar adiante a
missão do Mestre, e estariam sempre em evidência. Sua condição de mestres
poderia levá-los a se despreocuparem em praticar o que ensinavam. Como os
fariseus, corriam o risco de se tornarem hipócritas e ensinarem normas severas
para os outros, e suaves para si.
Jesus alertou
os seus discípulos para estarem atentos quanto ao modo de vida dos líderes da
comunidade. Belas palavras seriam inúteis, sem o respaldo de um vida condizente
com os ensinamentos. Quando o modo de proceder do líder é censurável, é mais
prudente não dar ouvido às suas palavras. Sua vida testemunha a incapacidade de
penetrar no sentido das exigências do Reino. Sem esta compreensão prévia, é
ousado pretender arvorar-se em guia da comunidade. Os frutos mostram tratar-se
de uma árvore má.
É no coração
que o ser humano esconde seu verdadeiro tesouro, e não na boca. Quem tem o
coração repleto de coisas boas, diz e faz coisas dignas de serem imitadas. Quem
tem o coração repleto de maldade, por mais que ensine coisas bonitas, será
incapaz de realizá-las. Por conseguinte, é melhor não lhe dar crédito.
O testemunho
de vida é a prova inequívoca do que se passa no coração. Em outras palavras,
revela o que a pessoa é.
Oração
Espírito de coerência, reforça meu desejo de viver, com
autenticidade, aquilo que prego, sem descambar para a hipocrisia e para o
contratestemunho.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório –
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado
neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, força dos que em vós esperam, que fizestes brilhar
na vossa Igreja o bispo são João Crisóstomo por admirável eloquência e grande
coragem nas provações, dai-nos seguir os seus ensinamentos e robustecer-nos com
sua invencível fortaleza. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na
unidade do Espírito Santo.
FONTE:
dom total

14 de
Setembro de 2014
Jo 3,13-17
Comentário
do Evangelho
A cruz
de Jesus Cristo é expressão do amor de Deus.
A festa da exaltação da Santa
Cruz remonta a meados do século IV d.C., quando o bispo de Jerusalém, na festa
da dedicação da dupla basílica, constituída por duas igrejas, a igreja da
Ressurreição e a igreja do martírio, levantou uma relíquia da cruz e a
apresentou ao povo para a veneração. Desse gesto é que deriva o nome de
exaltação da Santa Cruz. Mas é na Sexta-Feira Santa que, a cada ano, os
cristãos veneramos a cruz do Senhor como penhor de nossa salvação. A cruz de
Jesus Cristo é expressão do amor de Deus por toda a humanidade. No entanto,
tenhamos todos muito claro que a mística cristã não é a mística da cruz, mas a
mística do Crucificado.
O evangelho de hoje faz referência explícita ao
episódio relatado no livro dos Números que lemos na primeira leitura. Durante a
travessia pelo deserto rumo à terra da promessa, a tentação frequente do povo,
que Deus havia tirado da casa da servidão, era de voltar atrás (Nm 21,5). Tinha
sido libertado por Deus da escravidão, mas não tinha superado e se libertado da
mentalidade de escravo. Será preciso um longo e dolorido caminho para que essa
páscoa aconteça. A causa do que eles imaginavam ser o castigo de Deus, era, na
verdade, consequência da falta de confiança e da murmuração contra Deus. A
serpente de bronze levantada numa haste era expressão de uma crença de que,
tendo o inimigo numa imagem, ele seria controlado. O texto apresenta uma novidade
em relação a outros prodígios de Deus ao longo da travessia pelo deserto; ele
exige, de quem quer ser salvo, fixar o olhar no emblema (vv. 8-9). O livro da
Sabedoria, relendo esse fato, dá a ele um alcance teológico: é Deus quem
liberta de todo mal (Sb 16,5-8).
Para o trecho do evangelho de hoje, no qual o
episódio do livro dos Números é utilizado, a elevação de Jesus Cristo é o
antítipo da serpente elevada. O trecho faz parte da catequese batismal do
capítulo 3 do evangelho de João. Essa nossa perícope dá uma interpretação
cristológica ao episódio narrado pelo autor do livro dos Números: quem salva e
cura da morte é Jesus Cristo. É pela fé em Jesus Cristo, crucificado, morto e
ressuscitado, que se é salvo e se tem a vida eterna.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Senhor
Jesus, que a exaltação da cruz desperte em mim um empenho sempre maior de
trilhar os teus caminhos.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
Todos os que
crêem no Filho de Deus elevado entre o céu e a terra, suspenso na cruz, recebem
dele a vida eterna. A cruz, instrumento de suplício e de maldição, torna-se, em
Jesus Cristo, instrumento de salvação para todas as pessoas. Por isso, somos
convidados a nos associar à cruz de Cristo. Quando falamos em união à cruz,
logo pensamos em sofrimento, mas devemos pensar em algo que é mais importante
que o sofrimento: Jesus, no alto da cruz, não era nada para si, mas todo para
os outros, nos mostrando, assim, que cruz significa não viver para nós mesmos,
mas fazer da nossa vida um serviço a Deus e aos irmãos e irmãs. A cruz só pode
ser verdadeiramente compreendida sob o horizonte do amor maior.
FONTE: CNBB
Recadinho
Que lugar ocupa a cruz, como símbolo, em sua
vida? - Você faz o sinal da cruz? Mencione alguma circunstância concreta. - Em
meio às cruzes de sua vida, você se lembra de Cristo na cruz? - Mencione algum
local em que há uma cruz. - A cruz mencionada lhe diz alguma coisa de concreto?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 –
santuário-nacional
Comentário do Evangelho
SALVOS PELA CRUZ
A expressão
“exaltação da cruz” deve ser corretamente compreendida para se evitar mal
entendidos. Erraria quem a interpretasse como uma apologia do sofrimento,
privando-a do contexto em que se deu na vida de Jesus.
O diálogo com Nicodemos ajuda-nos a encontrar o sentido da cruz, no conjunto do
ministério do Mestre. Evocando a serpente de bronze erguida por Moisés no
deserto, Jesus afirmava ser necessário que ele também fosse elevado para salvar
os que haveriam de crer nele. Como a serpente de bronze era penhor de vida para
o povo pecador que a contemplava no alto do mastro, o mesmo aconteceria com o
Messias. A força salvadora do Filho erguido na cruz era uma clara manifestação
da presença do Pai em sua vida. Afinal, na cruz, o Filho revelava sua mais
absoluta fidelidade ao Pai. Por se recusar a não trilhar o caminho traçado pelo
Pai, teve de se confrontar com a terrível experiência de sofrer a morte dos
malfeitores. Assim, tornou-se fonte de salvação.
A exaltação da cruz tem por objetivo glorificar Jesus por seu testemunho de
adesão incondicional ao querer do Pai. Só é capaz deste gesto quem acolheu a
salvação de que é portadora, e deseja mostrar-se agradecido a Jesus, por
tamanha prova de amor. Quem se dispõe a abrir o coração e deixar a cruz dar seus
frutos de vida e salvação, irá beneficiar-se do amor infinito que o Pai
demonstrou pela humanidade pecadora.
Oração
Pai, ao exaltar a cruz de teu Filho Jesus, quero abrir meu
coração para que ela frutifique em mim, renovando minha disposição de ser
totalmente fiel a ti.
(O comentário do Evangelho é
feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica,
Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que, para salvar a todos, dispusestes que o vosso
Filho morresse na cruz, a nós, que conhecemos na terra esse mistério, dai-nos
colher no céu os frutos da redenção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE:
dom total

15 de
Setembro de 2014
Lc 2,33-35 Ou Jo 19,25-27
Comentário
do Evangelho
O
Cristo Jesus é a luz que ilumina todos os povos.
Trecho dos relatos da infância,
o nosso texto de hoje é parte de uma unidade literária mais ampla do que os
poucos versículos que nos são oferecidos para a liturgia da palavra da festa de
Nossa Senhora das Dores; devoção que remete o fiel à paixão e morte de Jesus. O
episódio narrado pelo evangelho de hoje se situa no Templo de Jerusalém, no
contexto da apresentação do menino Jesus ao Senhor. Quem toma a palavra neste
breve relato é o velho Simeão, símbolo do Antigo Testamento, que, depois de um
longo período de espera, vê a promessa de Deus se realizar. Essa nos parece ser
a intenção do evangelista ao fazer com que Maria e José, tendo Jesus nos
braços, se encontrem com Simeão e, depois, com a profetiza Ana, cujo nome é o
mesmo da mãe de Samuel (1Sm 1,19-20). Se a cada noite a Igreja canta o nunc
dimitis, é para proclamar diariamente a realidade da salvação oferecida
indistintamente a toda a humanidade. O Cristo Jesus é a luz que ilumina todos
os povos. As palavras de Simeão a Maria são a antecipação narrativa da paixão e
morte de Jesus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, a
prática do amor e da justiça revele tua ação no íntimo do meu coração,
transformando-me em instrumento de tua misericórdia, que eleva a humanidade
decaída.
FONTE:
PAULINAS
Reflexão
A presença de
Maria junto ao seu Filho no momento do seu suplício mostra para nós a realização
da profecia de Simeão: “E quanto a ti, uma espada de dor transpassará a tua
alma”. Esta presença também nos mostra a necessidade da nossa presença e da
nossa solidariedade junto a todos os que sofrem e que esta presença deve ser
muito mais do que estar ao lado fazendo alguma coisa. Ela deve ser também a
presença solidária de quem sofre junto, porque temos os mesmos valores,
comungamos as mesmas idéias e lutamos pela realização plena dos mesmos projetos.
FONTE: CNBB
Recadinho
Que lugar ocupa em
sua vida a devoção a Nossa Senhora? - Você também se preocupa em levar a
salvação aos seus irmãos? - Você pode dizer que até agora procurou sempre viver
de acordo com a vontade de Deus? - Em meio às suas dores, procura espelhar-se
na vida de Maria? - Procura preparar-se bem para enfrentar a realidade da morte?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
FONTE: a12 –
santuário-nacional
Comentário do Evangelho
Às várias
características próprias do Evangelho de João junta-se esta: ele é o único que
menciona a presença da mãe de Jesus e de discípulos junto à cruz. Nos
sinóticos, Marcos, Mateus e Lucas, as mulheres permanecem a distância,
observando. A mãe de Jesus é mencionada apenas duas vezes neste Evangelho: no
início do seu ministério, nas bodas de Caná e, agora, no momento de sua
crucifixão. Nas duas vezes é destacada a proximidade entre Jesus e sua mãe. Nas
bodas, quando ainda não era chegada a hora de Jesus, a mãe representa o antigo Israel
fiel, particularmente os samaritanos, que busca o socorro de Jesus e reconhece
que deve ser feito tudo o que ele disser. Agora é a sua hora. É a hora da
glorificação de Jesus, a sua fidelidade plena ao projeto do Pai, até a morte,
tendo, porém, garantida a continuidade de sua missão nas comunidades. Em pé,
junto à cruz, destacam-se sua mãe, Maria Madalena e o discípulo que Jesus
amava. Maria Madalena, procurando por Jesus no horto, em uma alusão ao Cântico
dos Cânticos, representa a comunidade como esposa do Ressuscitado. O discípulo
amado simboliza a comunidade que continuará a missão de Jesus. A mãe, o Israel
fiel, encontrará sua identidade inserindo-se nestas comunidades.
Oração
Senhor Jesus, que eu seja sensível à angústia e aos
sofrimentos do meu próximo, e ajuda-me a devolver-lhe a alegria de viver.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório –
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado
neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, quando o vosso filho foi exaltado, quisestes que
sua mãe estivesse de pé, junto à cruz, sofrendo com ele. Dai à vossa Igreja,
unida a Maria na paixão de Cristo, participar da ressurreição do Senhor. Que
convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
FONTE:
dom total


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