24
de Agosto de 2014
ANO A

Mt 16,13-20
Comentário do
Evangelho
O Messias prometido.
O relato da “profissão de fé de Pedro” encontra-se nos três
evangelhos sinóticos. Certamente, o episódio retrata um momento de crise, pois,
não obstante o ensinamento e tudo o que Jesus faz, os seus contemporâneos não
chegam a ultrapassar o umbral do que aparece e, por isso, não são capazes de
reconhecer a manifestação salvífica de Deus na pessoa de Jesus de Nazaré. O
evangelho, considerado no seu todo, mostra que a dificuldade diz respeito não
somente aos opositores de Jesus e à multidão, mas também aos seus próprios
discípulos. É Jesus quem, em Cesareia de Felipe, lugar em que nasce o Rio
Jordão, em cujas águas o povo passou para entrar na “terra prometida”, faz a
dupla pergunta aos seus discípulos: quem dizem que eu sou? E vós quem dizeis
que eu sou? Curiosamente, naquele lugar, prestava-se, no passado, culto ao deus
Pan. É exatamente nesse lugar idólatra que os discípulos são desafiados por
Jesus a professarem a fé num único Messias. A resposta à primeira pergunta
remete simplesmente ao passado. As pessoas não vêm em Jesus a realização da
promessa de Deus, nem o Messias prometido. A resposta de Pedro, expressão da fé
de toda a Igreja, faz com que o leitor compreenda que o Messias deixou de ser
objeto de uma promessa e esperança para adquirir um rosto concreto em Jesus de
Nazaré. A rocha indestrutível sobre a qual a Igreja está construída é a fé de
Pedro; é ela que sustenta a comunidade dos discípulos no seguimento de Jesus
Cristo, o Senhor. Mas a profissão de fé de Simão Pedro não é fruto do esforço
da razão. Ela é dom da revelação gratuita de Deus, prometida aos “pequeninos”
(Mt 11,25). A primazia de Simão Pedro em relação aos demais discípulos vem do
fato de ele professar com exatidão a fé cristã. O silêncio imposto por Jesus
aos discípulos diz respeito à sua identidade como Messias. Esse silêncio tem um
duplo significado: Jesus não pretende ser confundido com nenhuma das correntes
messiânicas de sua época e, ao mesmo tempo, o silêncio oferece ao leitor do evangelho
a oportunidade de ele mesmo responder a pergunta cristológica fundamental: Quem
é Jesus?
O trecho da carta aos Romanos ilustra o que dissemos acima. O
texto é uma doxologia em que se exalta a sabedoria insondável de Deus. Por mais
que o homem queira, a sua capacidade humana estará sempre aquém de poder
compreender o mistério de Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai,
faze de mim um bem-aventurado, como o apóstolo Pedro, revelando-me teu Filho
Jesus, e dando-me força para testemunhar minha fé até o fim.
Vivendo
a Palavra
Nossa fé mostra
qual é a resposta que damos à pergunta de Jesus: «E você, quem diz que eu sou?»
Resposta que não é uma frase bem elaborada, mas transparece no nosso jeito de
conviver com os irmãos peregrinos deste planeta jardim que nos foi emprestado
para desfrute e partilha.
Recadinho

Quem é realmente Jesus para você? - Em sua
comunidade surgem às vezes pessoas que são verdadeiras pedras de tropeço para a
caminhada? - Qual a atuação de Jesus nos evangelhos que lhe fala ao coração de
modo especial? - Na sociedade em que você vive, há respeito para com a imagem
de Jesus? - Que símbolo mais marcante da vida de Cristo você já viu? - Que tipo
de presença de Jesus marcou mais sua vida?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Comentário do Evangelho
Esta narrativa
da "confissão de Pedro" é encontrada nos três evangelhos sinóticos,
de Marcos, de Mateus e de Lucas. Cada um destes evangelistas imprime uma
característica pessoal à sua narrativa. Marcos, que é o primeiro dos evangelhos
canônicos a ser escrito, situa a passagem narrada no momento em que Jesus
encerra seu ministério entre os gentios da Galiléia e das regiões vizinhas,
iniciando o caminho para Jerusalém, em ambiente de exclusividade judaica, onde
se dará o confronto final com os chefes de Israel. Marcos se preocupa em
mostrar que Jesus rejeita o título messiânico, indicativo de ambição e poder,
afirmando-se como o simples e humilde humano, cheio do amor de Deus e
comunicador deste amor que dura para sempre. Um sinal de seu despojamento é a
sua vulnerabilidade à morte programada pelos chefes do Templo e das sinagogas.
Lucas, por sua vez, despreocupa-se com a situação temporal do episódio narrado,
colocando-o em um momento de oração de Jesus. Uma das características de Lucas
é justamente registrar com freqüência estes momentos de oração. Lucas conclui
sua narrativa, como Marcos, registrando a rejeição sumária de Jesus ao título
messiânico. No texto de Mateus, acima, encontramos duas de suas características
dominantes. Mateus acentua a dimensão messiânica de Jesus e já apresenta sinais
da instituição eclesial nascente. Mateus escreve na década de 80, quando os
discípulos de Jesus oriundos do judaísmo estavam sendo expulsos das sinagogas
que até então freqüentavam. Mateus pretende convencer estes discípulos de que
em Jesus se realizavam suas esperanças messiânicas moldadas sob a antiga
tradição de Israel. Daí o acentuado caráter messiânico atribuído a Jesus por
Mateus. Os cristãos, afastados das sinagogas, começam a estruturar-se em uma
instituição religiosa própria, na qual a figura de referência é Pedro, já
martirizado em Roma. Na menção às chaves do Reino dos Céus conferidas a Pedro,
com o poder de ligar e desligar, podemos ver uma recorrência da atribuição das
chaves do palácio de Davi a Eliacim, administrador real, que terá o poder de
abrir e fechar (primeira leitura). A revelação de Deus, atribuída a Pedro no
texto de Mateus, ultrapassa as limitadas formulações da inteligência humana
(segunda leitura). Porém, no ato de amor, à semelhança de Jesus, mergulha-se na
própria vida divina e eterna.
Oração
Ó Deus, que unis os corações dos vossos fiéis num só
desejo, dai ao vosso povo amar o que ordenais e esperar o que prometeis, para
que, na instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde se encontram
as verdadeiras alegrias. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade
do Espírito Santo.
http://www.domtotal.com/religiao/meu_dia_com_deus/evangelho_dia.php?data=2014-8-24
REFLEXÕES DE HOJE

DIA 24 DE AGOSTO – DOMINGO
Canal do Youtube
arqrio
Palavra de Vida Eterna |
São Mateus 16,13-20- 24/08/2014
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Fundação Nazaré de Comunicação
REFLEXÕES DE HOJE

DIA 24 DE AGOSTO – DOMINGO
24 de agosto – 21º DOMINGO DO
TEMPO COMUM
Por
Pe. Johan Konings, sj
I. INTRODUÇÃO GERAL
O acento principal da liturgia de hoje está no “poder das
chaves”, confiado ao líder dos primeiros discípulos de Jesus, Pedro apóstolo. A
chegada do papa Francisco mostrou a importância do serviço que o bispo de Roma
exerce para o bem da Igreja e do mundo. É um exemplo de poder-serviço, o oposto
do poder pelo poder, fenômeno que tão facilmente se infiltra nas estruturas
deste mundo. A comunidade de Jesus deve mostrar uma alternativa.
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1. I leitura (Is 22,19-23)
A primeira leitura narra
a missão de Isaías junto a Sobna, prefeito do palácio (a cidade-templo de
Jerusalém), para o depor do cargo e instalar no seu lugar Eliacim, filho de
Helcias, “pondo sobre seus ombros as chaves da casa de Davi” (v. 22). Ao prefeito
ou mordomo do palácio cabia a tarefa de admitir ou recusar as pessoas diante do
rei, como também a responsabilidade de sua hospedagem; daí ele ser chamado de
“pai para os habitantes de Jerusalém”: aquele que dirigia a casa. Os oráculos
contra o prefeito do palácio, Sobna (cf. também Is 22,24-25), estão, na
verdade, um tanto deslocados no livro de Isaías. Encontram-se inseridos no meio
dos oráculos contra as nações pagãs. Não pertencem ao Isaías original, mas
refletem o interesse de promover a figura de Helcias, homem de confiança do rei
Josias, por volta de 620 a.C. Lembram que o “poder das chaves”, isto é, a
administração da família real, tinha sido transferido de Sobna para Eliacim.
2. Evangelho (Mt 16,13-20)
O evangelho de hoje põe
em cena a profissão de fé em Jesus como Messias. Jesus, primeiro, indaga a
respeito do que o povo diz sobre ele e, depois, pergunta aos doze apóstolos: “E
vós, quem dizeis que eu sou?” (v. 15). Simão toma a palavra e responde,
certamente em nome dos outros: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (v. 16).
Por isso, Jesus confirma Pedro na sua função de porta-voz da fé eclesial. Ele
será, até o tempo da parusia, o rochedo, o fundamento firme da Igreja, que
deverá resistir a muitas investidas.
Jesus felicita Pedro,
porque ele falou o que Deus lhe revelou (“não carne e sangue, mas meu Pai que
está no céu”, v. 17). Depois, dá a Simão um nome novo, que em aramaico soa
Kefas e em grego, Pedro. Significa “rocha”. Na mesma frase, Jesus compara a
Igreja a uma cidade contra a qual a outra cidade, chamada de “portas do
inferno”, não tem poder algum. E confia a Pedro as chaves dessa cidade. À luz
da primeira leitura, podemos dizer que Pedro é o “prefeito” dessa cidade. Ele
tem o poder de ligar (= ordenar, obrigar) e de desligar (= deixar livre),
portanto, o dom do governo, ratificado por Deus: o que o responsável faz aqui
na terra, Deus o ratifica no céu.
Nesse relato, os v.
17-19, dedicados a Pedro, são típicos de Mateus. Não aparecem no texto paralelo
de Marcos (Mc 8,27-30). Mateus traz ainda outros textos sobre Pedro que os
outros evangelhos não trazem (por exemplo, Mt 14,28-31, no evangelho de domingo
retrasado). Mateus insiste que Pedro é quem responde pela fé da Igreja. Este é
o “carisma” de Pedro, não uma inspiração de “carne e sangue”, mas um dom de
Deus mesmo (Mt 16,17). Pedro deve enunciar a palavra decisiva quando é preciso
formular aquilo que a Igreja indefectivelmente assume na sua fé. Essa condição
tem por objeto a fé que a Igreja quer conservar e expressar (mas não a fórmula
considerada de modo meramente verbal). E Pedro, sendo aquele que respondeu à
pergunta de Jesus, responde também pelo governo, embora não em seu próprio
nome, mas como prefeito-mordomo da casa do Cristo.
O texto deixa claro que
Simão se tornou chefe pela iniciativa de Cristo (imposição do novo nome).
Liderar a Igreja não pode ser uma ambição pessoal. Na comunidade cristã não há
lugar para tais ambições (cf. Mt 18,1-4; 20,24-28). Só porque o único Mestre e
Senhor assim o quer, Pedro pode assumir essa responsabilidade; e, do mesmo
modo, os seus sucessores. Por isso, desde o início da Igreja, sob invocação do
Espírito Santo, o papa é escolhido – provavelmente a mais antiga tradição
ininterrupta de governo por eleição que existe no mundo! O salmo responsorialsublinha,
aliás, que Deus olha para os humildes ao distribuir os seus dons.
3. II leitura (Rm 11,33-36)
A segunda leiturade hoje
é o hino pelo qual Paulo conclui a parte doutrinal da epístola aos Romanos,
tendo versado durante onze capítulos sobre o mistério da salvação e da
justificação gratuita pela graça de Deus e pela fé em Jesus Cristo. É o hino à
insondável sabedoria de Deus, manifestada em Jesus Cristo. Nos capítulos 9-11
da carta aos Romanos, Paulo revela seu espanto diante do fato de que não Israel,
mas as nações pagãs foram os primeiros a encontrar a salvação pela fé. Mas ele
mostra também sua convicção de que Israel seguirá, afinal, o caminho das
promessas das quais foi o destinatário primeiro. Considerando agora o plano de
Deus num olhar global, o espanto de Paulo se transforma em admiração. Depois de
ter meditado tanto, só lhe resta exclamar a imensurável profundidade deste
mistério da graça. Deus não fica devendo a ninguém. “Quem primeiro deu-lhe o
dom (a graça), para receber em troca?” (v. 35). Este hino cabe em qualquer
circunstância de nossa vida.
III. PISTAS PARA REFLEXÃO: o “poder das chaves”
Costumamos dizer que o papa detém o “poder das chaves”. Mas que
significa isso? A liturgia de hoje nos ajuda a compreender melhor esse tema.
Pela primeira leitura, aprendemos que “o poder das chaves” significa a
administração da casa ou da cidade. O administrador do palácio do rei, Sobna,
será substituído por Eliacim, que receberá “as chaves da casa de Davi”. No
evangelho, Pedro, em nome dos doze apóstolos, proclama Jesus Messias e Filho de
Deus. Jesus, em compensação, proclama Pedro fundamento da Igreja e confia-lhe
“as chaves do Reino dos Céus”. Dá-lhe também o poder de “ligar e desligar”, o
que significa obrigar e deixar livre, ou seja, o poder de decisão na comunidade
(em Mt 18,18, esse poder é dado à Igreja como tal).
“As chaves do Reino dos
Céus” significam o ministério ou serviço pastoral; portanto, uma realidade no
nível da fé. Nessa expressão, “Reino dos Céus” não é o céu como vida do além,
mas o Reino de Deus (os judeus chamavam a Deus de “os Céus”). Trata-se do Reino
de Deus entendido como comunidade, contraposta às “portas do inferno”, a cidade
de satanás, que não prevalecerá sobre a comunidade cujas chaves Pedro recebe.
Trata-se, pois, de duas cidades que se enfrentam aqui na terra. Pedro é o
prefeito da cidade de Deus aqui na terra. Respondendo pelos Doze, administra as
responsabilidades da fé e da evangelização. Na medida em que a Igreja realiza
algo do Reino de Deus neste mundo, Jesus pode dizer que Pedro tem “as chaves do
Reino dos Céus”, isto é, do domínio de Deus. Ele administra a comunidade de
Deus no mundo. Quem exerce esse serviço hoje é o papa, bispo de Roma e sucessor
de Pedro.
Mas já os antigos
romanos diziam: o prefeito não deve se meter nas mínimas coisas. Pedro e seus
sucessores não exercem sua responsabilidade sozinhos. A responsabilidade
ordinária está com os bispos, como pastores das “igrejas particulares” (=
dioceses). É o que se chama de colegialidade dos bispos. O bispo de Roma, irmão
eleito entre seus pares, deve cuidar especificamente dos problemas que dizem
respeito a todas as igrejas particulares. O papa é o “Servo da Unidade”.
Há quem não goste de que
se fale em “poder” na Igreja, muito menos no poder papal. Mas quem já teve de
coordenar algum serviço sabe que precisa de autoridade, pois senão nada
acontece. No desprezo da “administração pastoral” da Igreja pode haver um quê de
antiautoritarismo juvenil. Aliás, os jovens de hoje, pelo menos de modo
confuso, já estão cansados do antiautoritarismo e percebem a falta de
autoridade. Sem cair no autoritarismo de épocas anteriores, convém ter uma
compreensão adequada da autoridade como serviço na Igreja. O evangelho nos
ensina que essa autoridade está intimamente ligada à fé. Pedro é responsável
pelo governo porque “respondeu pela fé” dos Doze.
Por outro lado, se é
verdade que Pedro e seus sucessores têm a última palavra na responsabilidade
pastoral, eles devem também escutar as “penúltimas” palavras de muita gente.
Devemos chegar a uma obediência adultana Igreja: colaborar com os responsáveis
num espírito de unidade, sabendo que se trata de uma causa comum, não nossa,
mas de Deus. Nem mistificação da autoridade, nem anarquia.
Pe. Johan
Konings, sj
Nascido na Bélgica, reside há
muitos anos no Brasil, onde leciona desde 1972. É doutor em Teologia e mestre
em Filosofia e em Filologia Bíblica pela Universidade Católica de Lovaina.
Atualmente, é professor de Exegese Bíblica na Faje, em Belo Horizonte.
Dedica-se principalmente aos seguintes assuntos: Bíblia – Antigo e Novo
Testamento (tradução), Evangelhos (especialmente o de João) e hermenêutica
bíblica. Entre outras obras, publicou: Descobrir a Bíblia a partir da liturgia;
A Palavra se fez livro; Liturgia dominical: mistério de Cristo e formação dos
fiéis – anos A-B-C; Ser cristão; Evangelho segundo João: amor e fidelidade; A
Bíblia nas suas origens e hoje; Sinopse dos Evangelhos de Mateus, Marcos e
Lucas e da “Fonte Q”.
24 de agosto: 21º
Domingo do Tempo Comum
A RESPOSTA DE UMA
VIDA
Continua a ressoar para nós a pergunta de Jesus aos discípulos: “Quem
sou eu para vocês?” É pergunta que inquieta, se não quisermos responder apenas
com uma fórmula aprendida no catecismo ou com as mesmas palavras de Pedro, sem
necessariamente alcançar todo o significado da mais bela profissão de fé: “Tu
és o Messias, o Filho do Deus vivo”.
Jesus faz a pergunta a cada um de nós e espera também uma resposta
pessoal. Resposta que venha da experiência pessoal com ele, superando meros
conceitos e fórmulas prontas.
Sobre o “Jesus histórico” tantas hipóteses já se levantaram, e ainda
hoje novos livros com antigas teorias fazem sucesso. Querem fazer dele um
guerrilheiro ou então um líder religioso alienado dos problemas sociais de seu
tempo. Mas o Mestre não se enquadrou naquilo que esperavam do Messias. O Deus
que ele veio revelar passava longe da resignação e do poder, e mais longe ainda
do poder movido a força e violência.
A resposta de Pedro mostra que a experiência que fazemos de Jesus, no
fundo, é uma experiência de revelação divina. Seguir Jesus, mais que dizê-lo
com palavras e discursos, é testemunhar sua ação na nossa vida e na vida dos
irmãos. Experimentamos a bondade de Deus sendo bondosos com os outros;
experimentamos sua misericórdia na misericórdia que praticamos; expe-rimentamos
seu amor no amor que vivemos dia a dia. É assim que Deus se revela, também em
nossas fraquezas, porque ao final se trata sempre do dom de Deus, e não de mero
esforço pessoal.
Pedro demonstrou sua fé em Jesus, ainda que sem compreender plenamente
as implicações do que significava seguir aquele Messias diferente e sem igual.
Para além das palavras, o que importou para Pedro e o que importa para nós é a
atitude fundamental: confiar-se nas mãos de Deus, o único que pode dar a
segurança de uma rocha, a pedra firme sobre a qual continuaremos a construir a
comunidade dos filhos do Deus vivo.
Pe. Paulo Bazaglia,
SSP
Dia 24 – 21º
Domingo Comum
QUEM É JESUS PARA
NÓS?
O trecho do
evangelho de hoje apresenta-nos Jesus em companhia de seus discípulos. Enquanto
caminhavam, ele lhes perguntou: “Quem dizem os homens que é o Filho do homem?”
Ao que eles responderam, dando várias opiniões sobre o que os outros pensavam
de Jesus. Então ouviram dele nova pergunta: “E vocês, quem dizem que eu sou?”
Sem hesitar, Pedro tomou a palavra: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”.
Esta é a profissão de fé feita por Pedro; ele reconhece em Jesus o Messias,
aquele que veio realizar o plano salvífico de Deus e levar a humanidade a
aderir ao projeto do reino.
A resposta de Pedro
foi o resultado de sua familiaridade e convivência com Jesus, foi o resultado
de sua experiência pessoal com o Mestre e com o seu projeto de vida. Isso
porque só pode responder bem a essa pergunta aquele que deseja cumprir a
vontade do Pai e fazer dela a norma do próprio viver.
Com o evangelho de
hoje, o Senhor convida-nos – cada um pessoalmente – a responder à mesma
pergunta: E você, quem diz que eu sou? Tanto no passado como no presente, são
muitas as opiniões sobre Jesus. E nossa resposta é fundamental, na medida em
que nenhum discípulo pode se comprometer com o seguimento de seu mestre sem
saber nem compreender quem é ele na sua vida, qual é o seu projeto, quais são
as exigências para segui-lo…
A vida cristã é o
compromisso pessoal com Cristo, assumido sempre dentro de uma comunidade. Por
isso não podemos basear a nossa caminhada somente no testemunho de outros a
respeito da pessoa de Jesus, mas faz-se necessária a nossa própria experiência
e empenho de participar ativamente do projeto do reino. Como? Testemunhando
Cristo ressuscitado e presente no meio de nós por meio de nossas atitudes, de
nosso jeito de viver com os outros na família e na comunidade, de nosso
espírito orante e atento ao que o Senhor deseja falar à nossa vida… .
O reconhecimento de
Jesus é fruto da vivência do seu evangelho, do nosso esforço em buscar
corresponder ao projeto de Deus. Assim a nossa resposta àquela pergunta crucial
precisa brotar da profundidade do relacionamento que temos com Jesus, de nossa
experiência íntima com ele. Que Deus nos ajude.
Pe. Gilbert Mika
Alemick, ssp
Reflexão
Pistas para a
reflexão:
I leitura: O exercício
do poder tem em vista o bem comum.
II leitura: Deus age de
modo sábio e misterioso na história da humanidade.
Evangelho: Conduzir a
Igreja de Jesus requer os fundamentos do amor e da disponibilidade.
Homilia do 21º Domingo do
Tempo Comum, por Pe. Paulo Ricardo
O preço da fé em
Cristo
À pergunta de Cristo sobre quem dizem
os homens ser o Filho do Homem, São Pedro responde, com coragem: “Tu és o
Messias, o Filho do Deus vivo”. A expressão “Filho do Deus vivo”, segundo
alguns exegetas, seria fora de mão. É esse o mesmo Pedro que é chamado de
“pedra de tropeço” mais adiante [1]? O mesmo apóstolo que quer fazer três
tendas, durante a Transfiguração de Cristo, no monte Tabor [2]? O mesmo que
nega Jesus três vezes em Sua Paixão [3]? Sim, é o mesmo Pedro, mas, ao
contrário dessas ocasiões em que mostra sua pouca fé e suas imperfeições,
agora, “não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no
céu”. Realmente, o apóstolo não era capaz de fazer a profissão de fé que
acabara de fazer. Por isso, Cristo diz que foi Deus a inspirá-lo.
Se é verdade que a fé de Pedro é a
pedra em que a Igreja foi edificada, também é verdade que a transmissão do
poder de Cristo ao apóstolo ainda é expressa no futuro: “...sobre esta pedra
construirei a minha Igreja”; “Eu te darei as chaves do Reino...”. Esses fatos
só acontecerão mesmo após a Ressurreição, quando Cristo pede que ele apascente
as Suas ovelhas [4].
O trecho do Evangelho deste Domingo com
certeza aconteceu, e antes da Ressurreição. Em primeiro lugar, não se pode
desconsiderar a historicidade dos Evangelhos. Depois, São Mateus é muito
honesto em seu livro, não pretendendo divinizar a figura de São Pedro, mas
mostrando também narrativas que o desabonam. Além disso, esse trecho do
Evangelho apresenta traços da língua falada por Nosso Senhor, o aramaico, fato
que conta não só para confirmar a solidez da tradição desse acontecimento, como
para respaldar a interpretação católica de que a pedra aludida por Cristo é
realmente Pedro – afinal, como se sabe, a única palavra aramaica para “pedra” é
cefas.
Mas a pedra sobre a qual Cristo edifica
a Sua Igreja é Pedro não enquanto pessoa privada, senão enquanto primeiro
crente, em referência à sua fé na divindade de Cristo, fé que é confirmada ao
longo dos séculos por seus sucessores no trono de Roma. Por isso é sempre
possível aos católicos amarem o Papa, ainda que nem todos tenham sido santos ou
virtuosos: a fé no Romano Pontífice, mais que a reverência a uma pessoa, é a
confiança numa instituição divina, o papado.
Pedro, por exemplo, embora tivesse sido
iluminado em sua resposta, ainda era muito fraco na fé, não estando disposto a
pagar o preço por crer na divindade de Cristo. E que preço é este? A Cruz. A
mesma confissão de São Pedro aparece, em forma de pergunta, na passagem de
Nosso Senhor diante do sinédrio: “O sumo sacerdote disse-lhe: ‘Eu te conjuro,
pelo Deus vivo, dize-nos se tu és o Cristo, o Filho de Deus’” [5]. Ao responder
afirmativamente, Jesus se expõe a cusparadas, bofetões e zombarias. Mesmo
assim, dá testemunho da verdade e não nega a Sua divindade.
Em nossa sociedade, muitos aceitam
Jesus como um “iluminado” ou um “grande líder espiritual”, mas poucos se
mostram dispostos a crer que Ele é Deus feito homem e menos ainda estão prontos
para pagar o preço por essa fé. Mais tarde, São Pedro, imitando Jesus,
enfrentou as consequências daquilo em que cria, sendo também crucificado. E
nós? Como lidamos com essa realidade?
Hoje, no Oriente Médio, os cristãos
estão sendo duramente perseguidos pelo califado islâmico que se tem imposto nas
regiões do Iraque e da Síria. Os muçulmanos, que, assim como muitos de nossos
contemporâneos, veem em Jesus apenas um profeta, têm tentado impor sua religião
a todos os habitantes dos territórios que conquistam. Para permanecerem fiéis a
Cristo, exigem dos cristãos o pagamento de um imposto, o êxodo ou a morte pelo
fio da espada. Tragicamente, enquanto chega a milhares o número de cristãos
desabrigados no Médio Oriente, o mundo inteiro permanece de braços cruzados,
como se nada acontecesse.
Não nos devemos surpreender com as
perseguições. Se Cristo promete que “portae inferi non praevalebunt –
as portas do inferno não prevalecerão” contra a Igreja, é porque certamente as
potências infernais se desencadeariam contra ela. As palavras de Nosso Senhor,
no entanto, são claras: non praevalebunt – não prevalecerão!
Rezemos para que tenhamos coragem e
força de professar a nossa fé. Oremos particularmente por nossos irmãos
perseguidos no Oriente Médio, para que não cedam às facilidades de trair Jesus
e abandonar a própria fé.
Para realizar uma ação mais concreta a
fim de ajudar os cristãos que sofrem no Iraque, basta acessar o
site da CNEWA (Catholic Near East Welfare Association) e realizar
uma doação.
Referências:
Mt 16, 23.
Cf. Mt 17, 4.
Cf. Mt 26, 69-75.
Cf. Jo 21, 15-19.
Mt 26, 63.
XXI Domingo do Tempo Comum - 24 de Agosto de 2014
A MISSÃO DO DISCÍPULO QUE PROFESSA A FÉ EM CRISTO – O FILHO
DE DEUS.
Primeira Leitura: Is 22,19-23;
Salmo Responsorial: Sl
137(138);
Segunda Leitura: Rm 11,33-36;
Evangelho: Mt 16,13-20.
Situando-nos brevementeDomingo da
profissão de fé em Simão Pedro. Animados pela presença do ressuscitado em nossa
caminhada de discípulos, somos convidados a proclamar a fé e a recordar o
sentido de nossa missão.
Jesus
é o Messias inteiramente devotado ao serviço do projeto do Pai, que é o de
salvar a todos. Os que assumem esse projeto tornam-se agentes promotores da
vida e servidores do bem comum, libertando as pessoas das forças do mal. No
exercício da missão, os discípulos de Jesus se vêem envoltos em situações
delicadas que requerem muita fé. O anúncio da Boa-Nova do Reino exige dos
discípulos e missionários convicção profunda, mas em certos momentos, eles
fraquejam e sentem-se importantes.
Celebra-se
o mistério da páscoa de Jesus Cristo que se manifestou em todas as pessoas e
grupos que professam sua fé em Jesus e tornam-se testemunhas do Reino.
Conscientes de nossa pobreza e fragilidade disponhamo-nos à graça de Deus que
nos faz proclamar a mesma fé de Simão Pedro: “Tu és o Messias, o Filho de Deus
vivo”. Recordamos com carinho neste dia os vocacionados para os ministérios e
serviços na comunidade.
Recordemos,
hoje, os catequistas em sua importante missão de educadores da fé.
Recordando a Palavra
Jesus e os
discípulos chegam às imediações de Cesareia de Filipe a cerca de 50 quilômetros
do lago de Genesaré. Cesareia chamava-se Paneas, em honra ao deus Pan, a quem
eram oferecidos cultos numa gruta. Quando Herodes, o Grande, recebeu esta
região do Imperador Augusto, construiu ali um templo consagrado ao culto do
Imperador. Com a morte de Herodes, a região passou a ser governada pelo
tetrarca Filipe.
Este, para cultuar César, passou a chamar a cidade de Cesareia de Filipe. A população, em sua quase totalidade, era pagã. Portanto, Jesus e os discípulos estão fora do centro político, econômico e religioso. Estão em uma verdadeira periferia, se olharmos a partir do sistema dominante de Israel.
Este, para cultuar César, passou a chamar a cidade de Cesareia de Filipe. A população, em sua quase totalidade, era pagã. Portanto, Jesus e os discípulos estão fora do centro político, econômico e religioso. Estão em uma verdadeira periferia, se olharmos a partir do sistema dominante de Israel.
Enquanto
caminhavam próximos da cidade de Cesareia, Jesus interpela os discípulos: “Quem
dizem os homens que é o Filho do Homem?”. Os discípulos, pegos de surpresa,
apresentam as mais diferentes versões. Os testemunhos demonstram que o povo
desconhece e não acredita que Jesus seja o Messias, pois esperava por outro
messias, poderoso e triunfante. Circula entre a gente uma imagem distorcida do
filho do Homem, por causa de sua humanidade. Jesus não se enquadrava nas
expectativas, no imaginário do povo.
Seguindo
em frente na caminhada, o Mestre deseja saber o que eles, os discípulos, pensam
a seu respeito: “E vocês quem dizem que eu sou?” Todos se calam, menos Pedro
que responde: “Tu és o Messias, o Filho do deus vivo”. A confissão do discípulo
reconhece em Jesus a messianidade e a divindade – Messias e Filho de Deus.
Observemos que Jesus será condenado mais tarde por estas realidades proclamadas
por Simão Pedro (cf. Jo 5,18; 10,33).O Mestre felicita o discípulo por sua
resposta: “Você é feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que lhe revelou
isso, mas o meu Pai que está no céu”. A profissão de fé do discípulo é fruto da
revelação do Pai que foi se sedimentando pela escuta dos ensinamentos do
Mestre. “Um ser humano”, sem o auxílio da graça de Deus, jamais chegaria ao
conhecimento da divindade do filho de Deus.
Numa
expressão solene, Jesus proclama: “Você é Pedro, e sobre essa
pedra construirei as minha Igreja, e o poder da morte nunca poderá vencê-la”.
Jesus reconhece que o discípulo é uma “rocha” que dará solidez à Igreja, isto
é, ao novo povo de Deus. Só Mateus usa a palavra “Igreja” para designar a
reunião daqueles que constituíam o verdadeiro povo de Deus, que, pela fé,
formam um reino messiânico. Jesus se apresenta como o “construtor”
(construirei) do edifício que é o novo povo (a Igreja). Pedro, como alicerce,
dará consistência e durabilidade ao novo edifício. A metáfora, mais do que uma
realidade material, refere-se à nova sociedade constituída por todos aqueles
que aderirem aos ensinamentos dos apóstolos. O reino do mal ou o poder da morte
não terá domínio sobre a nova sociedade. O poder do inferno estará sempre
lutando contra o Reino anunciado por Jesus, estará permanentemente pondo a Igreja à prova, mas
não vencerá. O Mestre garante que sua igreja permanecerá viva e será portadora
de vida. Mas, no curso
da história, ela terá que resistir e superar muitas tensões e provações.
“Eu
lhe darei as chaves do reino do céu...” As chaves são símbolos do poder que se
exerce tanto sobre o reino da morte como sobre a Vida. A quem se entregam as
chaves de uma cidade, concede-se a faculdade de governá-la. Jesus reconhece em
Pedro a autoridade de liderança da comunidade do novo povo. Ele, como
administrador da Igreja, exercerá o poder de admitir ou de excluir, de absolver
ou de condenar, de desligar ou de ligar alguém ao
mal. Suas decisões serão ratificadas no Reino dos Céus (Evangelho).
O
profeta Isaías critica severamente o administrador do palácio real encarregado
de “abrir e fechar” as portas da casa do rei, pois ele usava o cargo de
confiança em benefício próprio, enquanto o povo vivia na maior crise. Para
perpetuar sua memória, o administrador manda construir um túmulo de luxo, ele é
substituído. As chaves são entregues a Eliacim, filho de Helcias. A forma como
o Profeta fala da investidura revela que é o Senhor quem incumbe uma pessoa nas
funções de ser “um pai para os habitantes de Jerusalém e para a casa de Judá”.
Eliacim recebe as chaves da administração da casa para o bem comum. Como um
“ministro da casa civil”, a ele cabe administrar os bens do rei e decidir quem
pode ser recebido ou não pelo soberano (1ª Leitura). Assim como Deus olha para
os humildes, quem recebeu as chaves deve agir em favor do povo (Sl 137/138).
O
apóstolo Paulo exalta o sábio agir de Deus. “Como é profunda a riqueza, a
sabedoria e a ciência de Deus!”. Quantos fatos na vida das pessoas e dos povos
são, à primeira vista, imprevisíveis e incompreensíveis. Situações que
humanamente não têm explicação. Depois de certo tempo, deslumbra-se nelas a
ação de deus. O Apóstolo dos Gentios admira-se e bendiz a ação de Deus diante
do fato de “povos pagãos” acolherem a Boa-Nova e, pela fé, encontrarem, antes
de Israel, a salvação. Por isso, “a ele pertence à glória para sempre. Amém!
(2ª Leitura).
Atualizando a Palavra
A
Palavra de Deus, deste domingo, é uma mima de grande valor. Podemos
contemplá-la sob diferentes ângulos. Eliacim e Simão Pedro, por serem pessoas
tementes a Deus, receberam uma missão, ou seja, as “chaves”. Na perspectiva da
fé, qual seria a missão dos discípulos e missionários do Senhor em nossos dias?
Na
caminhada da vida, constantemente Jesus nos interpela: “e vocês quem dizem que
eu sou?”. O povo de Israel assimilara uma imagem distorcida do Messias e não
tinha clareza sobre sua identidade. Hoje, como outrora, as pessoas são presas
fáceis das novas propostas religiosas e pseudorreligiosas. Estes responderão
vagamente à interpelação do Mestre (cf. Estudos da CNBB, 1014, n. 118-128).
Pedro
confessou sua fé no Cristo, Filho de Deus vivo, graças à escuta de sua palavra
e à cotidiana convivência. O Discípulo reconheceu o Messias porque a revelação
do Pai encontrou nele abertura e acolhida. Quer dizer, descobre a verdade dos
desígnios de Deus quem se deixa iluminar pela luz da fé. Com razão, reconhece o
Documento de Aparecida: “A fé em Jesus como Filho do Pai é a porta de entrada
para a Vida. Como discípulos de Jesus, confessamos a nossa fé com as palavras de
Pedro: Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo” (DAp, n.101) . A fé é um dom de
Deus, é uma adesão pessoal a ele. Crer só é possível pela graça e pelos
auxílios interiores do Espírito Santo. Por isso, “a fé cristã nos faz
reconhecer um propósito na existência: não somos frutos do acaso, fazemos parte
de uma história que se desenrola sob o olhar amoroso de Deus” (Diretório Nacional de
catequese, n. 15).
Sem
sombra de dúvida, o grande desafio da Igreja, dos discípulos e missionários é
anunciar a verdade sobre Jesus Cristo; ter a coragem de proclamar ao povo, aos
grupos humanos, às diferentes culturas e realidades quem é o Filho de Deus;
despertar e alimentar a fé no Cristo, não apenas com palavras, mas pelo
testemunho e pela prática solidária da caridade, sobretudo através de
iniciativas que favoreçam a experiência de Jesus Cristo, saber sempre mais
sobre sua pessoa e obra pela leitura e meditação dos Evangelhos e pelos
encontros com ele por meio da ação litúrgica, em particular, dos sacramentos.
“A
vida das pequenas comunidades, revitalizadas pela Palavra e alimentada pela
Eucaristia, será expressão de uma novidade traduzida mais como um novo jeito de
viver a fé cristã de forma comunitária, do que o resultado de novas iniciativas
que passam organizar técnicas e processos que nem sempre qualificarão o ser
cristão” (Estudos da CNBB 104, n. 170).
A grande missão do discípulo e missionário é
“proteger e alimentar a fé do povo de Deus e recordar também aos fiéis que, em
virtude do seu batismo, são chamados a serem discípulos e missionários de Jesus
Cristo. [...] Em período da história, caracterizado pela ordem generalizada que se propaga por novas
turbulências sociais e políticas, pela difusão de uma cultura distante e hostil
à tradição cristã e pela emergência de variadas ofertas religiosas que tratam
de responder, à sua maneira, à sede de deus que nossos povos manifestam” (DAp,
10).
“Sobre
esta pedra construirei a minha Igreja”, - na fé professada por Simão Pedro,
Jesus edificará a Igreja. A fé é o sólido fundamento da comunidade eclesial.
Professando a fé em Jesus Cristo, Filho do Deus
vivo, as pessoas tornam-se membros da Igreja – novo povo de Deus. A Igreja
alicerça-se solidamente sobre Cristo e seu Evangelho.
O
que torna a Igreja um “sólido edifício” contra o qual as forças do mal não
prevalecerão é o testemunho e espírito de comunhão. Comunhão que se alimenta
pelo incentivo às formas associativas e comunitárias que oferecem aos cristãos
experiências de convivência, solidariedade, participação ativa e
corresponsável, comunhão eclesial alimentada pela escuta da Palavra de Deus,
pela oração e pelos sacramentos.
“Eu
darei as chaves do reino do Céu, e o que você ligar na terra será ligado no
céu, e o que você desligar na terra será desligado no Céu.” Jesus concede a
Pedro, à Igreja, o poder de construir a coletividade, para serem “um pai para
todos os habitantes”. Aos discípulos e missionários de Jesus, mais do que
condenar e excluir, cabe acolher e perdoar, absolver e reconciliar em nome de
Jesus Cristo. São chamados a ser construtores de paz entre os povos e nações.
Na pessoa de Pedro, a Igreja é chamada de escola permanente de verdade e
justiça, de perdão e reconciliação para construir uma paz autêntica.
Todos
nós, como pessoas de fé, na Igreja, somamos com Pedro como pequenas pedras. Por
simples ou modestas que sejam estas pedras, todas devem estar densas do dom da
fé. Aderindo a Cristo, Filho do Deus vivo, somos parte do seu corpo. Contudo,
precisamos fortalecer a fé, para encarar os novos desafios, uma vez que estão
em jogo o desenvolvimento harmônico da sociedade e a identidade católica dos povos.
Ligando a Palavra com a ação
eucarística
A
Eucaristia é o lugar privilegiado do encontro do discípulo com Jesus Cristo.
Celebrando a Eucaristia, Jesus nos atrai para si e nos faz entrar em seu
dinamismo em relação a Deus e ao próximo. Há íntima unidade entre crer,
celebrar e viver o mistério de Jesus cristo. Em cada celebração eucarística, a
comunidade celebra e assume o mistério pascal, participando n’Ele. Portanto, os
fiéis devem viver sua fé na centralidade do mistério pascal de cristo, através
da Eucaristia, de maneira que a sua vida seja cada vez mais vida eucarística.
Isto evidencia que “a fonte da nossa fé e da liturgia eucarística
é o mesmo acontecimento: a doação que Cristo faz de si próprio no mistério
pascal. ( SCa, n.34).
Pela
proclamação e pela escuta atenta da Palavra de Deus, a assembleia dos
discípulos reunidos, alimenta e fortalece sua fé, cultiva uma relação de
profunda amizade com Jesus cristo e assume com fidelidade a vontade do pai. “É
tão grande o poder e a eficácia que se encerra na Palavra de Deus, que ela
constitui sustentáculo e vigor para a Igreja, e, para seus filhos, firmeza da
fé e alimento da alma, pura fonte da vida espiritual” (CIgC, n. 131). Todas as
comunidades e grupos eclesiais darão fruto na medida em que a Eucaristia for o
centro de sua vida e a Palavra de Deus for o farol de seu caminho e de sua
atuação na única Igreja de Cristo.
A
Igreja edifica-se como “Corpo de Cristo” pela Eucaristia: “A Eucaristia é
Cristo que se dá a nós, edificando-nos continuamente como seu Corpo”. A pedra
sobre a qual Cristo edifica sua Igreja é sim a fé, mas em relação íntima com a
participação eucarística. “Participando no corpo e sangue de Cristo, sejamos
reunidos pelo Espírito Santo, num só corpo” (Oração Eucarística II).
Em
sua Palavra e na Eucaristia, Jesus nos oferece o alimento para prosseguir na
caminhada da fé como seus discípulos. Participando do banquete eucarístico,
Cristo reforça a comunhão entre os irmãos, estimula na busca do perdão e da
reconciliação, impulsiona ao diálogo e ao compromisso missionário em favor da
justiça e da paz.
Preparando a celebração
Neste domingo da
profissão de fé de Pedro e de todos os que seguem a Jesus, “o Messias, o Filho
de Deus vivo”, a equipe de liturgia é convidada a dar particular atenção:
Ø À acolhida
carinhosa e fraterna das pessoas que chegam para tomar parte da celebração;
Ø Ao clima
orante, antes e durante toda a celebração, que favoreça o encontro da
assembleia com o mistério da salvação revelado pelo Messias e Senhor;
Ø À procissão
de entrada – uma pessoa da equipe de liturgia, junto com os ministros e demais
servidores, entra carregando a vela acesa que será colocada sobre o altar – a
luz da fé que ilumina os batizados nas trevas das tempestades da vida;
Ø À aspersão da
água benta no Ato Penitencial – sublinhando, com este rito, a renovação de
nosso batismo;
Ø À Liturgia da
Palavra iniciada com a entonação de um refrão que disponha a assembleia à
escuta atenta da Palavra proclamada;
Ø À proclamação
do Evangelho – preparar sua proclamação de modo que
possa ser dialogada, precedida pelo canto do Aleluia;
Ø À profissão
de fé (Creio) – segundo a fórmula da Vigília Pascal – a assembleia pode dar uma
resposta cantada (por exemplo: creio
Senhor, mas aumentai a minha fé) estendendo a mão direita em direção ao
Evangeliário ou ao Círio aceso elevado à vista de todos;
Ø À Oração
Eucarística – solenizar a ação de graças pelo canto do Santo, das aclamações e
do Amém do “Por cristo e com Cristo” (a doxologia);
Ø Á comunhão
eucarística – possibilitar que toda a assembleia comungue sob duas sagradas
espécies. Concluída a comunhão, reservar um momento de silêncio para o colóquio
com o Senhor;
Ø Ao rito da
bênção e envio final da celebração – recordar o gesto de Jesus que enviou os
discípulos para a outra margem do lago. Apesar das dificuldades, todos somos
discípulos e missionários da Boa-Nova do Reino. Abençoar, em especial, os
catequistas.
Fonte: Novo povo construindo o Reino de
Deus na justiça! - Roteiros Homiléticos do Tempo Comum I - Junho/Agosto 2014 - Ano
A – Edições CNBB
Tv Franciscanos | 21º
Domingo do Tempo Comum- Reflexão Dominical
Canal do Youtube
Liturgia de 24.08.2014 - 21º Domingo do Tempo Comum
Canal do Youtube
Dermeval NevesA Voz do Pastor - 21º Domingo Tempo Comum - Domingo 24/08/14
Canal do Youtube
arqrio
Canal do Youtube
Fundação Nazaré de Comunicação
REFLEXÃO
Quem é que as
pessoas dizem ser o Filho do Homem? (…) E vós, quem dizeis que eu sou?
Hoje, a profissão de fé de Pedro em Cesareia de
Filipe abre a ultima etapa do ministério público de Jesus preparando-nos para o
acontecimento supremo da sua morte e ressurreição. Depois da multiplicação dos
pães e dos peixes, Jesus decide retirar-se por algum tempo com os seus
apóstolos para intensificar a sua formação. Neles começa a tornar-se visível a
Igreja, semente do Reino de Deus no mundo.
Há dois Domingos atrás, ao contemplar como
Pedro andava sobre as águas e se afundava nelas, escutávamos a repreensão de
Jesus: «Que pouca fé! Porque duvidaste?» (Mt 14,31). Hoje, a repreensão é
trocada por um elogio: «Feliz és tu, Simão, filho de Jonas» (Mt 16,17). Pedro é
ditoso porque abriu o seu coração à revelação divina e reconheceu em Jesus
Cristo o Filho de Deus Salvador. Ao longo da história colocam-se-nos as mesmas
perguntas: «Quem é que as pessoas dizem ser o Filho do Homem? (…) e vós, quem
dizeis que eu sou?» (Mt 16,13.15). Também nós, num momento ou outro, tivemos
que responder quem é Jesus para mim e o que é que reconheço Nele; de uma fé
recebida e transmitida por testemunhos (pais, catequistas, sacerdotes,
professores, amigos…) passamos a uma fé personalizada em Jesus Cristo, da qual
também nos convertemos em testemunhas, já que nisso consiste o núcleo essencial
da fé cristã.
Somente desde a fé e a comunhão com Jesus
Cristo venceremos o poder do mal. O Reino da morte manifesta-se entre nós,
causa-nos sofrimento e apresenta-nos muitas interrogações; no entanto, também o
Reino de Deus se faz presente no meio de nós e revela a esperança; e a Igreja,
sacramento do Reino de Deus no mundo, cimentada na rocha da fé confessada por
Pedro, nos faz nascer à esperança e à alegria da vida eterna. Enquanto houver
humanidade no mundo, será preciso dar esperança e enquanto for preciso dar
esperança, será necessária a missão da Igreja; por isso, o poder do inferno não
a derrotará, já que Cristo, presente no seu povo, assim nos garante.
Comentário: Rev. D. Joaquim MESEGUER García (Sant Quirze del Vallès, Barcelona, Espanha)
Comentário: Rev. D. Joaquim MESEGUER García (Sant Quirze del Vallès, Barcelona, Espanha)
HOMILIA
TU ÉS O FILHO
DO DEUS VIVO Mt 16,13-20
Estamos diante de uma visão pós-pascal, e esta
estaria ligada a uma aparição pessoal de Jesus ressuscitado a Pedro; uma
aparição igual à que Paulo teve no caminho de Damasco. E o múnus conferido pelo
Senhor a Pedro está radicado no relacionamento pessoal que o Jesus teve com o
pescador Simão, a partir do primeiro encontro com ele, quando lhe disse: Tu és
Simão... chamar-te-ás Cefas.
Sempre nos Evangelho, a confissão de Pedro é
seguida pelo anúncio, da parte de Jesus, da sua iminente paixão. Um anúncio
diante do qual Pedro reage, porque ainda não consegue compreender. Contudo,
trata-se de um elemento fundamental, motivo pelo qual Jesus insiste sobre ele
vigorosamente. Com efeito, os títulos atribuídos a Ele por Pedro Tu és Cristo,
Cristo de Deus, o Filho de Deus vivo compreendem-se de maneira autêntica,
unicamente à luz do mistério da sua morte e ressurreição. E também o contrário
é verdade: o acontecimento da Cruz somente revela o seu sentido integral,
porque este homem, que padeceu e morreu na cruz, era verdadeiramente o Filho de
Deus, para utilizar as palavras pronunciadas pelo centurião diante do
Crucificado (cf. Mc 15, 39). Estes textos dizem claramente que a integridade da
fé cristã é dada pela confissão de Pedro, iluminada pelo ensinamento de Jesus
sobre o seu caminho rumo à glória, ou seja, sobre o seu modo absolutamente
singular de ser o Messias e o Filho de Deus. Um caminho estreito, um modo
escandaloso para os discípulos de todos os tempos, que inevitavelmente são
impelidos a pensar em conformidade com os homens, e não segundo Deus (cf. Mt
16, 23). Também hoje, como na época de Jesus, não é suficiente possuir a justa
confissão de fé: é necessário aprender sempre de novo do Senhor, o seu próprio
modo de ser o Salvador e o caminho ao longo do qual segui-lo. Com efeito, temos
que reconhecer que, também para o fiel, a Cruz é sempre dura de aceitar. O
instinto impele a evitá-la, e o tentador induz-nos a pensar que é mais sábio
preocupar-nos em salvar-nos a nós mesmos, do que perdermos a própria vida por
fidelidade ao amor, por fidelidade ao Filho do Deus que se fez homem.
O que era difícil aceitar, para as pessoas às quais Jesus falava? O que continua a sê-lo também para muitas pessoas de hoje? Difícil de aceitar é o fato de que Ele pretende ser não somente um dos profetas, mas o Filho de Deus, e reivindica para si a mesma autoridade de Deus. Ouvindo-o pregar, vendo-o curar os doentes, evangelizar os pequeninos e os pobres e reconciliar os pecadores, gradualmente os discípulos conseguiram compreender que Ele era o Messias, no sentido mais elevado deste termo, ou seja, não apenas um homem enviado por Deus, mas o próprio Deus que se fez homem. Claramente, tudo isto era maior do que eles ultrapassavam a sua capacidade de compreender. Podiam expressar a sua fé com os títulos da tradição judaica: Cristo, Filho de Deus, Senhor. Mas para aderir verdadeiramente à realidade, aqueles títulos deviam de alguma forma ser redescobertos na sua verdade mais profunda: o próprio Jesus, com a sua vida, revelou o seu significado integral, sempre surpreendente, até mesmo paradoxal em relação às concepções correntes. E a fé dos discípulos teve que se adaptar progressivamente. Ela se nos apresenta como uma peregrinação que tem o seu momento primário na experiência do Jesus histórico encontra o seu fundamento no mistério pascal, mas depois deve progredir ainda mais, graças à ação do Espírito Santo. Esta foi, é e será a fé da Igreja ao longo da história; é a nossa fé, meu irmão e minha irmã. Solidamente alicerçada na rocha de Pedro, é uma peregrinação rumo à plenitude daquela verdade que o Pescador da Galileia professou com uma convição apaixonada: Tu és Cristo, o Filho de Deus vivo.
O que era difícil aceitar, para as pessoas às quais Jesus falava? O que continua a sê-lo também para muitas pessoas de hoje? Difícil de aceitar é o fato de que Ele pretende ser não somente um dos profetas, mas o Filho de Deus, e reivindica para si a mesma autoridade de Deus. Ouvindo-o pregar, vendo-o curar os doentes, evangelizar os pequeninos e os pobres e reconciliar os pecadores, gradualmente os discípulos conseguiram compreender que Ele era o Messias, no sentido mais elevado deste termo, ou seja, não apenas um homem enviado por Deus, mas o próprio Deus que se fez homem. Claramente, tudo isto era maior do que eles ultrapassavam a sua capacidade de compreender. Podiam expressar a sua fé com os títulos da tradição judaica: Cristo, Filho de Deus, Senhor. Mas para aderir verdadeiramente à realidade, aqueles títulos deviam de alguma forma ser redescobertos na sua verdade mais profunda: o próprio Jesus, com a sua vida, revelou o seu significado integral, sempre surpreendente, até mesmo paradoxal em relação às concepções correntes. E a fé dos discípulos teve que se adaptar progressivamente. Ela se nos apresenta como uma peregrinação que tem o seu momento primário na experiência do Jesus histórico encontra o seu fundamento no mistério pascal, mas depois deve progredir ainda mais, graças à ação do Espírito Santo. Esta foi, é e será a fé da Igreja ao longo da história; é a nossa fé, meu irmão e minha irmã. Solidamente alicerçada na rocha de Pedro, é uma peregrinação rumo à plenitude daquela verdade que o Pescador da Galileia professou com uma convição apaixonada: Tu és Cristo, o Filho de Deus vivo.
Fonte Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
http://www.liturgiadapalavra.com/
HOMILIA
Quem é Jesus para
você?
Como nós precisamos responder com a vida, com
as nossas atitudes e com o nosso coração quem é Jesus para nós!
“Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16, 16).
No Evangelho de hoje, Jesus, na região de Cesareia de Filipe,
faz um confronto, um interrogatório, aos Seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o
Filho do Homem?” (Mt 16, 13).Uma
pergunta que pode parecer tão simples, mas, na verdade, é a grande interrogação
que os céus fazem a nós hoje.
Já se passaram dois mil
anos da vinda e da vida do Senhor entre nós, e quem dizem os homens ser Jesus?
Aliás, é a pergunta que Deus faz a mim e a você: Quem é Jesus para nós? Pode
ser que para alguns Ele seja um grande profeta – assim O consideram nossos
irmãos muçulmanos. Pode ser que para outros Ele seja um grande rabino, um sábio
e grande conhecedor – assim O consideram nossos irmãos judeus. Para outros,
Jesus foi apenas mais um homem que passou entre nós, dizem talvez aqueles que
não têm fé ou cuja fé não seja voltada para a pessoa de Jesus Cristo.
Mas, e para nós que
vamos à igreja e que participamos das coisas de Deus, será que no fundo da nossa
alma e do nosso coração nós realmente já o descobrimos ou tivemos um encontro
pessoal com esse Mestre Jesus a ponto de responder e dizer quem, na verdade, é
Ele para nós!?
Ah, meus irmãos, como
nós precisamos responder com a vida, responder com as nossas atitudes e com o
nosso coração quem é Jesus para nós, quem Ele é em nossas vidas! Essa não é uma
resposta teórica, não é uma resposta vinda de estudos, de conhecimentos
científicos; nem é uma resposta teológica, teologal! É uma resposta que vem do
fundo da alma que fez uma experiência pessoal com Jesus.
Quem O encontra e
quem experimenta a vida de Jesus pode responder quem, na verdade, Ele é. Pedro,
com seu jeito mais entusiástico e entusiasmado de ser, respondeu com uma
precisão sem igual, ele foi no fundo da experiência que estava fazendo dia a
dia com o Mestre Jesus e disse: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”.
Foi por causa dessa profissão de fé, porque Pedro realmente professou com o
coração, com a vida e reconheceu em Jesus o Messias e o Senhor, que
Jesus confiou a ele a autoridade e a responsabilidade por Sua Igreja (Mt
16, 18 ss).
A nossa fé é
fundamentada na profissão de fé do apóstolo Pedro, no reconhecimento da
messianidade de Jesus, no reconhecimento de que Jesus não é simplesmente o
Jesus de Nazaré, um pregador, um rabino; não! Para nós, Jesus é o Cristo, o
Messias, o Senhor, o enviado, o ungido de Deus. E se Cristo é tudo isso, Ele é
a resposta maior, última, definitiva, por excelência, do amor de Deus para cada
um de nós.
Descubramos Jesus,
tenhamos um encontro pessoal com Ele, permitamos realmente que Ele seja o
Senhor de nossa vida. Não é hora de aprofundarmos os nossos conhecimentos e
teorias a respeito do Mestre; mas sim de crescermos na intimidade, na vida
mística, na oração, na contemplação e na meditação dos valores que Ele mesmo
nos ensinou a viver.
Nós precisamos mostrar
ao mundo quem é Jesus; e mostrar para o mundo quem é Ele não é simplesmente
gritar: “Olha, Ele é o Senhor, Ele é Deus!” Mostrar quem é Jesus, para o mundo,
é mostrar com a nossa vida e por intermédio daquilo que nós vivemos que
Jesus é a razão e o sentido do nosso viver!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. https://www.facebook.com/rogeraraujo.cn
LEITURA ORANTE
Mt 16,13-20- "Quem dizem que eu sou?"
Preparo-me para a Leitura,
renovando minha fé, com todos os que,
neste espaço virtual, buscam a Palavra:
Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Creio, meu Deus, que estou diante de ti.
Que me vês e escutas as minhas orações.
Tu és tão grande e tão santo: eu te adoro.
Tu me deste tudo: eu te agradeço.
Foste tão ofendido por mim:
eu te peço perdão de todo o coração.
Tu és tão misericordioso: eu te peço todas as graças
que sabes serem necessárias para mim.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.
neste espaço virtual, buscam a Palavra:
Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Creio, meu Deus, que estou diante de ti.
Que me vês e escutas as minhas orações.
Tu és tão grande e tão santo: eu te adoro.
Tu me deste tudo: eu te agradeço.
Foste tão ofendido por mim:
eu te peço perdão de todo o coração.
Tu és tão misericordioso: eu te peço todas as graças
que sabes serem necessárias para mim.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto Mt 16,13-20, e observo o diálogo de Jesus com os discípulos.
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto Mt 16,13-20, e observo o diálogo de Jesus com os discípulos.
Jesus foi para a
região que fica perto da cidade de Cesareia de Filipe. Ali perguntou
aos discípulos:
- Quem o povo diz
que o Filho do Homem é?
Eles responderam:
- Alguns dizem que
o senhor é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum
outro profeta.
- E vocês? Quem
vocês dizem que eu sou? - perguntou Jesus.
Simão Pedro
respondeu:
- O senhor é o
Messias, o Filho do Deus vivo.
Jesus afirmou:
- Simão, filho de
João, você é feliz porque esta verdade não foi revelada a você por nenhum ser
humano, mas veio diretamente do meu Pai, que está no céu. Portanto, eu lhe
digo: você é Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e nem a
morte poderá vencê-la. Eu lhe darei as chaves do Reino do Céu; o que você
proibir na terra será proibido no céu, e o que permitir na terra será permitido
no céu.
Então Jesus ordenou
que os discípulos não contassem a ninguém que ele era o Messias.
Aparecem nesta narrativa dois
símbolos relacionados a Pedro: as chaves e a pedra. Revela-se a missão de
Pedro, sendo reconhecido como"porteiro do céu" -" eu lhe
darei as chaves do Reino do Céu; o que você proibir na terra será proibido no
céu, e o que permitir na terra será permitido no céu". Jesus diz a Simão:
"você é Pedro". O Mestre pretende construir um templo
ou uma comunidade nova na qual Pedro será a "pedra"
fundamental." Mesmo assim, o apóstolo continua "pensando como um ser
humano pensa e não como Deus pensa". Isto é, precisa progredir na fé que
acabava de professar.
2.
Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Como vivo a minha fé?
Onde encontro a porta de entrada para o Reino de Deus?
Disseram os bispos, em Aparecida: “A fé em Jesus como o Filho do Pai é a porta de entrada para a Vida. Como discípulos de Jesus, confessamos nossa fé com as palavras de Pedro: “Tuas palavras dão vida eterna” (Jo 6,68); “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16).” (DAp 101).
Disseram os bispos, em Aparecida: “A fé em Jesus como o Filho do Pai é a porta de entrada para a Vida. Como discípulos de Jesus, confessamos nossa fé com as palavras de Pedro: “Tuas palavras dão vida eterna” (Jo 6,68); “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16).” (DAp 101).
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo, com um ato de fé:
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo, com um ato de fé:
Mestre, caminho entre o Pai e nós,
tudo vos ofereço e de vós tudo espero.
Jesus, caminho da santidade, tornai-me vosso fiel seguidor.
Jesus caminho, tornai-me perfeito como o Pai que está nos céus.
Jesus vida, vivei em mim, para que eu viva em vós.
Jesus vida, não permitais que eu me separe de vós.
Jesus Vida, fazei-me viver eternamente na alegria do vosso amor.
Jesus verdade, que eu seja luz para o mundo.
Jesus caminho, que eu seja vossa testemunha autêntica diante das pessoas.
Jesus vida, fazei que minha presença contagie
a todos com o vosso amor e a vossa alegria.
Jesus, caminho da santidade, tornai-me vosso fiel seguidor.
Jesus caminho, tornai-me perfeito como o Pai que está nos céus.
Jesus vida, vivei em mim, para que eu viva em vós.
Jesus vida, não permitais que eu me separe de vós.
Jesus Vida, fazei-me viver eternamente na alegria do vosso amor.
Jesus verdade, que eu seja luz para o mundo.
Jesus caminho, que eu seja vossa testemunha autêntica diante das pessoas.
Jesus vida, fazei que minha presença contagie
a todos com o vosso amor e a vossa alegria.
4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar será renovado a cada
instante pela fé em Jesus Cristo.
Bênção Bíblica
O Senhor o abençoe e guarde!
O Senhor lhe mostre seu rosto brilhante e tenha piedade de você!
O Senhor lhe mostre seu rosto e lhe conceda a paz!' (Nm 6,24-27).
O Senhor o abençoe e guarde!
O Senhor lhe mostre seu rosto brilhante e tenha piedade de você!
O Senhor lhe mostre seu rosto e lhe conceda a paz!' (Nm 6,24-27).
Ir. Patrícia Silva, fsp
patricia.silva@paulinas.com.br
Oração Final
Pai Santo, que quiseste estar tão perto de nós que enviaste
teu Filho Unigênito para se encarnar na humanidade de Jesus de Nazaré, faze-nos
conhecê-lo cada dia melhor para chegarmos mais próximos de Ti e, assim, darmos
graças pelo teu inefável Amor. Pelo mesmo Cristo Jesus, na unidade do Espírito
Santo.

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