

Oração
Deus eterno e todo-poderoso, a quem ousamos chamar de Pai, dai-nos cada vez mais um coração de filhos, para alcançarmos um dia a herança que prometestes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
REFLEXÕES
DE HOJE
DIA 13 DE AGOSTO –
QUARTA
HOMILIA
O IRMÃO QUE PECA
Hoje, abordamos uma questão concreta que acontece em todas as comunidades cristãs: o que devemos fazer quando alguém peca contra nós, provocando tristeza no nosso coração?
Sabias que o fato de sermos irmãos, não nos isenta da possibilidade de enfrentarmos divergências nos relacionamentos da família da fé, pois a irmandade não elimina a nossa individualidade: temos diferenças de criação, formação, visão, doutrina, teologia, liturgia, estratégia e outras que, sem desejarmos, colocam-nos na situação de ofendidos por algum de nossos irmãos. Todo pecado é uma doença que precisa ser tratada de maneira ágil e positiva.. Cada situação relacional em que um irmão de forma definida peca contra nós é na verdade uma convocação feita por Deus para que, em amor, responsabilizemo-nos pelo tratamento do irmão. Este é um dos maiores desafios da comunhão do Reino de Deus: o ofendido é o terapeuta separado por Deus para a cura do ofensor!
Uma vez
estabelecido claramente qual foi o pecado o primeiro passo a ser dado é o da
confrontação pessoal: Jesus ensina que é necessário “argüir” = “provar,
argumentar, repreender, fundamentar, esclarecer, demonstrar” num contexto de
discrição, zelando para que não haja uma exposição pública do ofensor. Se o
resultado não for satisfatório o passo seguinte é o da confrontação
representativa informal na tentativa de perseguir a verdade “para que toda
palavra se estabeleça”, ainda num contexto de transparência e privacidade,
devemos buscar o auxilio de testemunhas, ou seja, terapeutas auxiliares que nos
ajudarão no esforço de cura do irmão ofensor.
Persistindo a
resistência em admitir culpa a situação exige uma confrontação comunitária
formal, ou seja, o ofendido deve informar oficialmente e amorosamente a
liderança maior da Igreja para que esta, de maneira ágil e sábia, assuma a
responsabilidade terapêutica de tratamento do irmão em pecado.
Jesus lembra
que a possibilidade do ofensor “recusar” (“obstinar, endurecer o coração,
manter a consciência insensível”) uma mudança é real. Neste caso, a Igreja como
comunidade terapêutica autorizada por Deus deve considerar o ofensor como
“gentio e publicano”, ou seja, deve aplicar nele uma disciplina firme e forte
(Hb 12:4-13) sem qualquer sentimento de culpa, na expectativa de que pela dor
da disciplina haja o retorno à santidade perdida.
Não existe
comunidade sem diversidade, nem diversidade sem divergência. Quando esta for
detectada, os passos pessoais e comunitários precisam ser responsavelmente
tomados na certeza de que é possível construir uma convergência em Deus que
proporciona: unidade para ligar – como discípulos da comunidade de Jesus somos
autorizados a ligar a “terra ao céu”, tudo fazendo para que a vontade do céu
(Deus) prevaleça sobre a vontade da terra (homem); unidade para acordar – a
autoridade deve estar associada a uma espiritualidade que nos impulsiona a
estabelecer parcerias de oração (“acordos”) sobre dificuldades relacionais
específicas para as quais creremos sinceramente que o Pai será capaz de sanar;
unidade para experimentar a presença de Jesus – construído e vivenciado este
acordo terapêutico pela oração Jesus assegura a Sua presença em nosso meio.
A experiência
cristã evidencia que, muitas vezes, não temos nenhum controle sobre o que fazem
conosco, mas temos o controle sobre como reagiremos ao que nos foi feito.
Percorrer o caminho que vai da tristeza da ofensa para a experiência da
plenitude da presença restauradora de Jesus, este é o grande desafio da
comunhão da Igreja que precisamos buscar diligentemente!
Pai, que a presença
de teu Filho ressuscitado na comunidade cristã seja um incentivo para que nós
busquemos pautar nossa ação pela tua santa vontade.
Fonte Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
HOMILIA
A correção fraterna tem que ser movida pelo
amor
A correção fraterna é necessária e é de Deus,
mas tem que ser movida pelo amor e pela intenção de ajudar a quem
errou.
“Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, mas em particular,
a sós contigo! Se ele te ouvir, tu ganhaste o teu irmão” (Mateus 18, 15)
A Palavra de Deus no dia de hoje aponta para nós uma das coisas
mais necessárias – mas também uma das mais difíceis nas relações fraternas,
sobretudo entre nós que vivemos da fé– a chamada
“correção fraterna”. A correção fraterna é necessária, é importante, é útil, é
de Deus, mas é muito difícil corrigir e mais difícil ainda ser corrigido. Tanto
quem vai corrigir como quem vai ser corrigido têm que, em primeiro lugar, tirar
do seu coração o ressentimento, a mágoa e, sobretudo, o orgulho, porque a
correção fraterna tem que ser movida pelo amor.
Em primeiro lugar, não
faça isso no impulso da raiva e do momento; deixe as coisas se acalmarem dentro
de você. E em segundo lugar, não faça isso de forma muito humana; peça a
sabedoria divina para ter as palavras acertadas, corretas, humildes e,
sobretudo, a intenção de ajudar a outra pessoa. Algumas vezes, uma
correção fraterna precisa até de muito tempo para acontecer, mas ela se faz
necessária.
Se você vir o
seu irmão errar não cometa o crime e a barbaridade de falar, de comentar e
de fofocar com o outro sobre esse fato, porque é um mal muito maior ver o outro
errar e em vez de corrigi-lo, de ajudá-lo e de rezar por ele primeiro, você
falar dele para os outros. Não faça isso, meu irmão! Peça a Deus a
disposição e a humildade e vá conversar com o seu irmão, tente mostrar a ele
onde está o erro e que o que ele está fazendo não é correto. Mas, por favor,
não trate dos problemas dos outros nos clubes de fofoca! Não ligue para a outra
pessoa, não vá à barbearia ou então ao salão de beleza e durante as
conversinhas de dona de casa para tratar da vida dos outros.
Quantos mal-entendidos e desentendimentos, quantas coisas se
complicaram na vida, porque em vez de tratarmos as coisas de forma cristã e
fraterna, as tratamos de forma mundana, carnal, pecaminosa, porque a fofoca é
do diabo, ela não é de Deus! Aprenda isso!
Contudo, se você foi
falar com seu irmão ou não teve como falar com ele, porque outras coisas o
impedem de fazer isso, procure a autoridade da Igreja, como diz a Palavra hoje.
Sim, procure a ajuda da Igreja, do padre, do diretor espiritual, mas não trate
a situação no nível da fofoca. Porque mal maior é quem trata o erro dos irmãos
falando para os outros. Isso dói no coração de Deus e provoca males e estragos
para a comunidade, para a sociedade e para a humanidade.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
LEITURA ORANTE
Preparo-me para a Leitura Orante,
rezando, com todos os internautas:
Espírito Santo
que procede do Pai e do Filho,
tu estás em mim, falas em mim,
rezas em mim,
ages em mim.
Ensina-me a fazer espaço à tua palavra,
à tua oração,
à tua ação em mim
para que eu possa realizar
a vontade do Pai.
Amém.
1. Leitura
(Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 18,15-20.
Se o seu irmão pecar contra você, vá e mostre-lhe o seu erro. Mas faça
isso em particular, só entre vocês dois. Se essa pessoa ouvir o seu conselho,
então você ganhou de volta o seu irmão. Mas, se não ouvir, leve com você uma ou
duas pessoas, para fazer o que mandam as Escrituras Sagradas. Elas dizem:
"Qualquer acusação precisa ser confirmada pela palavra de pelo menos duas
testemunhas." Mas, se a pessoa que pecou não ouvir essas pessoas, então conte
tudo à igreja. E, se ela não ouvir a igreja, trate-a como um pagão ou como um
cobrador de impostos. - Eu afirmo a vocês que isto é verdade: o que vocês
proibirem na terra será proibido no céu, e o que permitirem na terra será
permitido no céu. - E afirmo a vocês que isto também é verdade: todas as vezes
que dois de vocês que estão na terra pedirem a mesma coisa em oração, isso será
feito pelo meu Pai, que está no céu. Porque, onde dois ou três estão juntos em
meu nome, eu estou ali com eles.
Às vezes, erramos. Os outros também erram. Ninguém está isento de errar, pecar. Jesus ensina como tratar a pessoa que errou na comunidade. O primeiro passo é
falar com a própria pessoa, dialogando, ouvindo suas explicações e clareando as
causas do erro. Se a pessoa não admite seu erro, o segundo passo: dialogar
sobre o fato tendo como testemunhas uma ou duas pessoas. E se a pessoa, ainda
assim, recusar a se converter, Jesus sugere o terceiro passo: contar tudo à
comunidade. Mas, se ela não ouvir também à Igreja, que seja tratada como um
pagão, ou seja, esta pessoa não é cristã, não vive como cristã, não tem porque
estar no meio da comunidade. E Jesus fala, por outro lado, da maravilha que é
estar juntos, em comunidade, e juntos orar. Ele garante que está no meio deles:
"onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles”
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Em Aparecida, os bispos afirmaram:
“Faz-se, pois, necessário propor aos fiéis a Palavra de Deus como dom do
Pai para o encontro com Jesus Cristo vivo, caminho de “autêntica conversão e de
renovada comunhão e solidariedade” (DAp 248)
É assim que assumo a Palavra de Deus?
É minha referência que me motiva à
conversão, me impulsiona à comunhão e solidariedade?
3. Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, com um grande sacerdote, o bem-aventurado Tiago Alberione:
Jesus, Mestre,
que eu pense com a tua inteligência,
com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém.
4. Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é para reconhecer meus erros, admiti-los e mudar de atitude,
inserindo-me na comunidade.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Sugestão: LEITURA ORANTE NAS CARTAS DE PAULO
Ouça pela Rádio 9 de julho AM 1600, o programa Nos passos de Paulo e
faça a Leitura Orante das cartas de Paulo Apóstolo, de 2ª a 6ª feira, das 20 às
21h
Acesse pela internet: http://www.radiosetvs.com/radio9dejulho.html
ou pelo blog: http://www.nospassosdepaulo.com.br/
Irmã Patrícia Silva, fsp
patricia.silva@paulinas.com.br
Oração Final
Pai Santo, que o Teu Espírito em nós não permita que se
apague a chama da esperança, por muito débil que ela esteja. Faze-nos lembrar
sempre a Boa Notícia de que nossa conversão será acolhida por Ti com alegria.
Nós Te pedimos, Pai amado, pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na
unidade do Espírito Santo.

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