20
de Julho de 2014
ANO A

Mt 13,24-43
Comentário do
Evangelho
Por que da criação boa de Deus
surgiu o mal?
O texto do evangelho é uma sequência de três parábolas, mais a
explicação da parábola do joio e do trigo. Todo o texto está situado no
capítulo treze de Mateus, que, muitos comentaristas, dizem ser o capítulo
central do primeiro evangelho. Esse longo ensinamento em parábolas, às
multidões e aos discípulos, visa fazer compreender a natureza do Reino dos
Céus, a sua situação neste mundo, o seu desenvolvimento e as exigências que ele
impõe aos que aderem a ele. O ensinamento de Jesus em parábolas divide o auditório.
Na resposta à pergunta dos discípulos sobre o motivo do ensinamento em
parábolas às multidões, Jesus faz uma distinção entre eles e as multidões (Mt
13,10-11). Não se trata de discriminação ou exclusão, mas de uma constatação:
há os que aderem ao Reino (os discípulos) e os que o rejeitam. Para os
discípulos o ensinamento de Jesus dá acesso ao mistério de Deus; para os
outros, ele é um enigma. No entanto, essa distinção só existe porque Deus
permite, isto é, Deus respeita profundamente a liberdade do ser humano. O Reino
dos Céus cuja realidade Jesus revela só pode ser acolhido na liberdade. As três
parábolas supramencionadas têm em comum que exigem um engajamento pessoal. A
parábola do joio e do trigo é uma releitura dos três primeiros capítulos do livro
do Gênesis. No campo de Deus, ele semeou a boa semente. O campo é o jardim de
Deus onde ele colocou o ser humano, para que na comunhão com o seu Criador ele
pudesse ser feliz (Gn 2,8-15). A boa semente que se desenvolve e dá fruto é o
ser humano que Deus criou à sua imagem e semelhança e colocou em seu jardim. A
pergunta do homem de ontem continua sendo a mesma da do homem de hoje: Por que
da criação boa de Deus surgiu o mal? Se Deus semeou somente a boa semente do
trigo em seu campo, de onde veio o joio? A resposta: o inimigo de Deus e do ser
humano foi quem o fez. O trigo que germina no meio do joio parece vulnerável,
como a existência humana ameaçada pelo mal. No entanto, aos olhos de Deus,
nossa existência é portadora do projeto de Deus e dará fruto no tempo certo. O
Reino de Deus sofre violência, neste mundo, e bem e mal estão mesclados no
mesmo campo. No entanto, o dono do campo não renuncia à colheita, ele espera
pacientemente.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, reveste-me com o dom do discernimento
e a virtude da paciência que me predispõem a superar as dificuldades que o
Maligno coloca no meu caminho.
Vivendo a Palavra
«Quem tem ouvidos, ouça.» Essa palavra final não
pode ser desprezada. Ouvir, no caso, significa escutar, assimilar, guardar no
coração e fazer da mensagem norma de vida. Comparando-a com sementes, Jesus
quer nos ensinar a aceitar a Vida que nos dá como dom a ser cultivado, até que
produza frutos a serem partilhados com os irmãos.
Recadinho

Respondeu-lhes:
“Foi algum inimigo que fez isto!” E os empregados perguntaram: “Queres que
arranquemos o joio?” O patrão respondeu: “Não! Para que não suceda que, ao
colher o joio, arranqueis também o trigo. Deixai que os dois cresçam juntos até
a colheita; e no momento da colheita direi aos ceifadores: “Arrancai primeiro o
joio e ajuntai-o em feixes para ser jogado ao fogo; e recolhei depois o trigo a
meu celeiro”.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Comentário do Evangelho
SUPORTANDO A
CONTRADIÇÃO
A parábola do joio e do trigo mostra como
devemos, na vida, suportar a coexistência do bem e do mal. É impossível
realizar uma clara separação entre eles. A ação concomitante do senhor do
campo, semeando a boa semente, e a do seu inimigo, semeando a erva daninha, é
inevitável. É preciso contar com esta eventualidade!
Os
discípulos foram alertados quanto à tentação de querer arrancar a erva daninha,
deixando crescer somente o trigo. Seria arriscado, pois juntamente com a erva
má, arrancar-se-ia também a boa. O prejuízo desaconselha uma tal providência.
Diante
desta situação, a atitude correta consiste em ter paciência, misericórdia e
esperança. Paciência,porque, no final das contas, ficará patente a
identidade do bem e do mal, embora, num determinado momento, parecessem
semelhantes. Além disto, fica sempre aberta a possibilidade de conversão do
pecado para a graça, pois a ação de Deus, no coração humano, supera o nosso
entendimento. Misericórdia,porque o discípulo do Reino é chamado a acolher os
pecadores, com a mesma benevolência do Pai, sem pretender excluí-los dos
benefícios do Reino. Trata-se de uma luta constante para libertá-los da
escravidão à qual foram reduzidos pelo pecado. Sem misericórdia, este processo
de aproximação será inviável.Esperança, porque
o mal está fadado a ser derrotado. Pela força de Deus, o bem terá a última
palavra na história humana.
Oração
Espírito de esperança,
encha o meu coração de paciência e de misericórdia que me permitam viver as
contradições da história, confiante na vitória do bem.
(O
comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em
Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, sede generoso
para com os vossos filhos e filhas e multiplicai em nós os dons da vossa graça,
para que, repletos de fé, esperança e caridade, guardemos fielmente os vossos
mandamentos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo.
REFLEXÕES DE HOJE

DIA 20 DE JULHO –
DOMINGO
VEJA AQUI MAIS HOMILIAS
PARA O PRÓXIMO DOMINGO
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20 de julho – 16º DOMINGO DO TEMPO COMUM
I. INTRODUÇÃO GERAL
20 de julho – 16º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Por Pe. Johan Konings, sj
I. INTRODUÇÃO GERAL
O tema principal das leituras
de hoje é a grandeza de Deus. Deus é tão grande, que seu coração tem lugar para
todos, também para os pecadores. Ele “contemporiza” até o momento em que eles
terão de decidir se aceitam a sua graça, sim ou não. Isso nos ensina também
algo sobre o pecado: com o tempo, o pecado se transforma, ou em arrependimento,
ou no orgulho “infernal”, cujo fim é o destino dado ao joio de que fala a
parábola do evangelho.
II.
COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1.
I leitura (Sb 12,13.16-19)
A bela primeira leitura, tomada do livro da Sabedoria (escrito
no tempo em que Jesus nasceu), ensina que o poder de Deus se mostra na
capacidade de perdoar. O israelita piedoso (como também o “bom cristão”) gosta
de dividir os seres humanos em bons e maus e, quando vê que Deus não observa
essa divisão, chega a ponto de acusá-lo! Mas a sabedoria de Deus mostra-se
tanto na paciência quanto no julgamento. Por outro lado, também os “bons”
precisam da misericórdia de Deus. Já vimos, no domingo passado, que ninguém
conhece a profundeza do pensamento de Deus. Incredulidade não significa
necessariamente perdição. Como ainda muitos “bons cristãos” hoje, também os
antigos judeus se admiravam de que Deus deixasse coexistir fé e incredulidade,
justos e injustos. Mas Deus não precisa prestar contas a ninguém. Sua grandeza,
ele a mostra julgando com benignidade, pois tem suficiente poder; Deus não é
escravo de sua própria força (v. 18a)! Contrariando nossa impaciência e
intolerância, Deus aguarda que talvez o injusto ainda se converta ( v. 19; cf.
Lc 13,6-9). Segundo o profeta Oseias, Deus exprime seu direito a ser paciente e
generoso com a expressão: “Eu sou Deus, não ser humano” (Os 11,9). Em sua
automanifestação a Moisés, em Ex 34,5-6, Deus se apresenta antes de tudo como misericordioso,
clemente, lento na ira, mas rico em bondade e fidelidade. O salmo responsorial
de hoje (Sl 86[85]) acentua exatamente esse tema da magnanimidade de Deus.
2.
Evangelho (Mt 13,24-43)
A generosa paciência de Deus de que falamos é também o tema do
evangelho. Em torno desse tema, Jesus bordou uma de suas mais eloquentes
parábolas: a parábola do joio e do trigo. Quando, num campo, no meio do trigo,
é encontrado o joio (erva ruim, cizânia), é muito imprudente extirpá-lo
apressadamente, pois se poderia arrancar também o trigo. Melhor é ter
paciência, deixar tudo amadurecer e, no fim, conservar aquilo que serve e
queimar a cizânia. Deus é tão grande, que no seu Reino há espaço até para a
paciência com os incrédulos e injustos. Ele é quem julga.
Assim como fez com a parábola
do semeador (cf. evangelho de domingo passado), também aqui Mateus provê a
parábola de uma explicação (v. 36-43). O tempo da Igreja é o tempo do
crescimento. No último dia, o joio será separado do trigo. Nem todos os que
estão na Igreja são realmente dela, são “eleitos” dignos do povo de Deus (cf. a
parábola da rede, Mt 13,47-50).
Antes da explicação da parábola
do joio, são inseridas algumas outras parábolas, de semelhante inspiração
campestre (v. 31-33: o grão de mostarda e o fermento). Ambas se referem ao
incrível crescimento do Reino de Deus. Há, porém, diferenças de acento. Na
parábola do grão de mostarda, o enorme crescimento do Reino, incomparável com
seu humilde início, dá uma impressão de amplidão, de expansão, de espaço. Na
parábola do fermento, é a força interior que é acentuada: um pouco de fermento
faz a massa crescer e dá gosto ao todo. Assim, o ouvinte vai combinando os
diversos acentos, para que tenha uma percepção bem rica do mistério do Reino.
Nos versículos 34-35, o
evangelista faz uma consideração sobre a pedagogia de Jesus. Não foi para
confundir o povo que Jesus falou por meio de parábolas. Contudo, sua pregação
confundia, de fato, os que achavam que sabiam tudo (cf. Mt 13,12-15, domingo
passado). Ora, para quem quiser escutar cumpre-se, graças à pedagogia de Jesus,
aquilo que o salmista havia anunciado muito tempo antes: revelam-se as coisas
escondidas desde a formação do mundo (13,35, cf. Sl 78[77],2).
O tema principal para hoje é,
pois, a grandeza de Deus, que tem lugar para todos, também para os pecadores,
até o momento em que estes terão de decidir se aceitam a sua graça ou não. Mas
como viver num mundo onde coexistem fé e incredulidade, justiça e pecado
(muitas vezes, dentro da mesma pessoa e também dentro da Igreja)? Como aceitar
as pessoas, sem aceitar seu pecado nem a estrutura pecaminosa de nosso mundo?
São perguntas candentes, que podem ser meditadas à luz da paciência – não tanto
“histórica”, mas antes escatológica – de Deus: a paciência de Deus não tem fim;
o que tem fim é o nosso tempo…
3.
II leitura (Rm 8,26-27)
A segunda leitura nos ensina algo sobre a “espiritualidade”.
Para muita gente, espiritualidade é uma espécie de conquista de si mesmo, um
treinamento, uma ascese – tanto que, antigamente, nos seminários e institutos
religiosos, “ascese e espiritualidade” eram estudadas no mesmo tratado. Ora,
espiritualidade cristã existe quando o Espírito de Cristo vive em nós, toma
conta de nós. Isso nada tem que ver, de per si, com ascetismo, uma vez que o Espírito
adota até a nossa fraqueza. Nós nem sabemos rezar como convém, mas “o próprio
Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis” (v. 26). O Espírito Santo
auxilia nossa fraqueza. Fé e esperança são antecipações daquilo que ainda não
está aí (cf. Rm 8,24). Assim, nossa vida cristã é uma vida “a amadurecer”, por
enquanto inacabada. O “sopro” (= “espírito”) de Deus, “adotando” nossa
fraqueza, ajuda a alma a se desenvolver desde sua infância espiritual. O
Espírito conhece os dois “abismos”: o ser de Deus e o coração humano. Como não
temos bastante amplidão, seu soprar em nós é um gemido dirigido a Deus. No
entanto, ele já nos faz ser santos. Portanto, o importante é deixar-nos
envolver por esse Espírito e não expulsá-lo pela autossuficiência do nosso próprio
espírito. O Espírito de Cristo é que consegue dar conta da nossa fraqueza; o
nosso, dificilmente…
III.
PISTAS PARA REFLEXÃO: paciência na evangelização
O evangelho de hoje (Mt 13,24-43) apresenta Jesus muito
tolerante. Isso pode até desagradar a quem gostaria de um Jesus mais radical. A
Igreja parece tão pouco radical… Por que não romper, de vez, com os que não
querem acompanhar? Ou será que o radicalismo do evangelho é coisa diversa
daquilo que imaginamos? Neste evangelho, Jesus descreve o Reino de Deus (o agir
de Deus na história) em três parábolas. Na primeira, explica que, junto com os
frutos bons (o trigo), podem crescer frutos menos bons (o joio, a erva ruim); é
melhor deixar a Deus a responsabilidade de separá-los, na hora certa… Na
segunda, ensina que o agir de Deus tem um alcance que sua humilde aparência
inicial não deixa suspeitar (a sementinha). Na terceira, adverte que a obra de
Deus, muitas vezes, é escondida, enquanto, invisivelmente, penetra e leveda o
mundo, como o fermento na massa.
Nós gostamos de ver resultados
imediatos. Somos dominadores e impacientes com os outros. Deus, ao contrário,
tem tanto poder, que ele se domina a si mesmo… Não é escravo de seu próprio
poder. Sabe governar pela paciência e pelo perdão (1ª leitura). Seu “reino” é
amor, e este penetra aos poucos, invisivelmente, como o fermento. Impaciência
em relação ao Reino de Deus é falta de fé. O crescimento do Reino é “mistério”,
algo que pertence a Deus.
No tempo de Mateus, a
impaciência era explicável. Os primeiros cristãos esperavam a volta de Cristo
(a parusia) para breve. Hoje, já não é essa a razão da impaciência. A causa da
impaciência, hoje, bem pode ser o imediatismo de pessoas aparentemente
“superengajadas” – e podemos questionar se muito ativismo é realmente verdadeira
generosidade a serviço de Deus ou apenas autoafirmação. É preciso dar tempo às
pessoas para que fiquem cativadas pelo Reino, e a nós mesmos também. Isso exige
maior fé e dedicação do que certo radicalismo mal compreendido, pelo qual são
rechaçadas as pessoas que ainda estão crescendo.
Devemos ter paciência especial
com aqueles que, vivendo em condições subumanas, não conseguem assimilar
algumas exigências aparentemente importantes da Igreja: os jovens, as pessoas
que “perderam a cabeça” (por causa das complicações da vida moderna urbana ou
por causa da televisão, que pouco se preocupa em propor às pessoas critérios de
vida equilibrada etc.). Devemos dar tempo ao tempo… e entrementes dar força ao
trigo, para que não se deixe sufocar pelo joio.
Em nossas comunidades, importa
cativar os outros com paciência. Fanatismo só serve para dividir. Moscas não se
apanham com vinagre. Importa ter confiança em Deus, sabendo que ele age mesmo.
Então, sentir-nos-emos seguros para colaborar com ele, com “magnanimidade”, com
“grandeza de alma” (pois é assim que se deveria traduzir o termo “paciência”,
tão desvirtuado…). Deus reina por seu amor, e o amor não força ninguém, mas
cativa a livre adesão das pessoas.
Pe. Johan Konings, sj
Nascido na Bélgica, reside há muitos
anos no Brasil, onde leciona desde 1972. É doutor em Teologia e mestre em
Filosofia e em Filologia Bíblica pela Universidade Católica de Lovaina.
Atualmente, é professor de Exegese Bíblica na Faje, em Belo Horizonte. Dedica-se
principalmente aos seguintes assuntos: Bíblia – Antigo e Novo Testamento
(tradução), Evangelhos (especialmente o de João) e hermenêutica bíblica. Entre
outras obras, publicou: Descobrir a Bíblia a partir da liturgia; A Palavra se
fez livro; Liturgia dominical: mistério de Cristo e formação dos fiéis – anos
A-B-C; Ser cristão; Evangelho segundo João: amor e fidelidade; A Bíblia nas
suas origens e hoje; Sinopse dos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas e da
“Fonte Q”.
A PACIÊNCIA QUE
EDIFICA
O papa João XXIII dizia: “A mansidão é a plenitude da força”. Essa
frase parece condizer com a primeira parábola do evangelho deste domingo. O
reino de Deus se manifesta na comunidade aberta e acolhedora, mas convive com
os obstáculos espalhados pelo inimigo. O primeiro impulso da comunidade é
eliminar o diferente e adverso, mas é alertada para que saiba coexistir com
ele.
Em geral, somos exigentes com os outros, intolerantes com suas falhas e
inclinados a justificar com facilidade nossas fraquezas. Até que não nos
reconheçamos corresponsáveis pelo mal presente na comunidade e na sociedade,
não nos converteremos nem experimentaremos a bondade e a gratuidade de Deus. O
mal não está somente fora de nós; nosso coração, com frequência, abriga
maldade, injustiça, corrupção, sonegação. Em cada terreno (coração humano)
habita um pouco de trigo e um pouco de joio. Rezamos na Oração Eucarística V:
“somos povo santo e pecador”. Não podemos, porém, nos resignar e deixar tudo
como está. Contribuímos semeando a boa semente.
O projeto de Deus é um campo aberto que acolhe o trigo e o joio, o bem
e o mal, os bons e os maus. A sabedoria do evangelho recomenda que a separação
seja aguardada até a hora da colheita. O Mestre adverte os que querem antecipar
a separação, os que não têm paciência e tolerância, os que querem fazer justiça
com as próprias mãos e os que se classificam como bons e rotulam os outros de
maus. À paciência de Deus devem corresponder a tolerância, a não violência, a
compreensão e o respeito mútuo.
Jesus nos fala do diabo que “semeia o joio” na seara do Senhor, e hoje
não é diferente: os inimigos estão infiltrados no meio do povo para tentar
ludibriá-lo e desviá-lo dos bons propósitos. Em toda sociedade e em todas as
organizações, encontramos os adversários do reino de Deus. São aqueles que, por
exemplo, agem contra os projetos de promoção humana e as políticas públicas em
favor dos mais pobres. É a luta constante entre o projeto de Deus e os projetos
contrários ao seu reino.
Pe. Nilo Luza, SSP
Dia 20 – 16º
Domingo Comum
PARA ALÉM
DO BEM E DO MAL
O ser
humano geralmente quer dividir pessoas, coisas, a vida, o mundo, em duas
partes: o bem e o mal. Talvez seja uma forma simplificada de resolver a
realidade, que na verdade é bem complexa. Não é fácil entender os fatos, muito
menos as pessoas. É mais fácil criar rótulos, construir abismos intransponíveis
entre pessoas e povos inteiros.
Para
desconstruir esse tipo de mentalidade, Jesus ensina ao seu público por meio de
parábolas. A parábola faz pensar. O Mestre se utiliza desse estilo expressivo
para estimular seu público a pensar, a buscar os significados ou as lições para
além do senso comum ou dos preconceitos.
Jesus
ensinou muitas vezes assim. Usava imagens comparativas de acordo com a
realidade de seu público. De modo simples e profundo, sua mensagem era
acessível. Ele falava bonito, mas não queria ser celebridade, queria que todos
o entendessem, compreendessem a mensagem do reino, a esperança que estava no
meio deles.
O
evangelho de hoje apresenta um bloco de três parábolas que ensinam sobre o
reino de Deus. A primeira é a “do joio e do trigo”. O trigo representa o que é
bom. O joio, a erva daninha, tudo aquilo que atrapalha. A segunda refere-se ao
“grão de mostarda”, uma semente muito pequena, aparentemente insignificante. No
entanto, esconde um segredo: traz em si a potência de uma grande árvore, de
ramos frondosos e sombra agradável. A terceira é a do “fermento”, capaz de
fazer a massa crescer, sem ostentação.
Por meio
dessas parábolas, a comunidade cristã é chamada a olhar para a própria fé. A fé
anda de mãos dadas com o amor. Sendo amiga íntima do amor, alimenta os mesmos
sentimentos. Logo a fé não condena, não fica com o dedo em riste para apontar
os defeitos dos outros. A fé corrige, mas também espera. Tem em seu horizonte a
esperança. A fé age em sigilo, discretamente, feito um grãozinho de uma planta
ou como o fermento, e de suas atitudes nascem frutos de vida feliz.
As
parábolas de hoje são um ensinamento para a comunidade cristã descobrir a
novidade do reino de Deus. É um apelo a não deixar esfriar o entusiasmo da fé.
Cada discípulo deve se deixar guiar pelo exemplo compassivo e misericordioso de
Jesus. O sentimento de vingança e a busca por fazer justiça com as próprias
mãos não devem ser atitudes de quem segue Jesus. Ele perdoou a todos. Quem
somos nós para apontar ou condenar o outro? A colheita pertence a Deus. Ele
sabe a hora certa de colher os frutos. “Deixai crescer um e outro até a
colheita!”
Pe.
Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp
Reflexão
DIA 20 – DOMINGO - 16º DO TEMPO COMUM
Pistas para a reflexão:
I leitura: O poder de Deus se mostra na capacidade de amar e perdoar.
II leitura: O Espírito Santo nos auxilia em nossas fraquezas e dúvidas.
Evangelho: Jesus nos ensina a ser pacientes e perseverantes na construção do
reino.
Homilia do 16º Domingo do Tempo Comum, por Pe. Paulo Ricardo
A paciência de Deus
O Evangelho escrito por São Mateus é
dividido em cinco grandes sermões: o primeiro é o “sermão da montanha” (5-7); o
segundo, o chamado “sermão da missão” (10), é o em que Ele envia os apóstolos
para evangelizar; o terceiro é o “sermão das parábolas” (13); o quarto, o
“sermão eclesiástico” (18); e o quinto, o “sermão escatológico”, é o em que ele
fala das últimas realidades. Com esses discursos, Jesus é apresentado como o
“novo Moisés”, ou melhor, como realização daquilo de que Moisés era somente a
promessa. É sabido que “o Senhor falava com Moisés face a face, como alguém que
fala com seu amigo” [1]. Isso, no entanto, era uma pequena amostra do que
seria, na plenitude dos tempos, a encarnação do Verbo. De fato, “ninguém jamais
viu a Deus; o Filho único, que é Deus e está na intimidade do Pai, foi quem o
deu a conhecer” [2].
Ao falar em parábolas, como faz no
capítulo 13 de São Mateus, Nosso Senhor lança mão de um recurso pedagógico que,
ao mesmo tempo em que revela, deixa algo escondido. É um pouco do que experimentamos
quando nos apresentamos diante de Deus: ao mesmo tempo em que Ele é
extremamente simples, é-nos profundamente misterioso.
A parábola com que Jesus encerra o
Evangelho deste Domingo é a famosa passagem do joio e do trigo. Interessa-nos,
sobretudo, a sua explicação:
“Aquele que semeia a boa semente é o
Filho do Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino.
O joio são os que pertencem ao Maligno. O inimigo que semeou o joio é o diabo.
A colheita é o fim dos tempos. Os ceifeiros são os anjos. Como o joio é
recolhido e queimado ao fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: o
Filho do Homem enviará seus anjos, e eles retirarão do seu Reino todos os que
fazem outros pecar e os que praticam o mal; e depois os lançarão na fornalha de
fogo. Aí haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão como o sol
no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça.”
Ao dizer que se deve deixar crescerem
juntos o joio e o trigo, até a colheita, Jesus aponta para a onisciência divina,
que já sabe quem se vai salvar e quem será condenado. Se, no entanto, isso é
claro aos olhos de Deus, permanece uma incógnita para nós: assim como o joio e
o trigo são plantinhas pequenas e muito semelhantes, neste mundo, é tarefa
árdua distinguir os bons dos maus, sendo necessário, para isso, esperar o
“tempo da colheita”, que “é o fim dos tempos”.
Por isso, a grande protagonista dessa
parábola é a paciência de Deus. Em Sua misericórdia, o Senhor contraria a
pressa dos homens – como a dos filhos de Zebedeu, que perguntaram a Jesus se
não queria que mandassem “fogo do céu” para destruir os ímpios [3] – e deixa
que o joio e o trigo cresçam juntos. Como diz São Paulo, “Ele quer que todos
sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” [4].
Também São Pedro recorda que a
paciência divina é, para todos nós, fonte de salvação: “O Senhor não tarda a
cumprir sua promessa, como alguns interpretam a demora. É que ele está usando
de paciência para convosco, pois não deseja que ninguém se perca. Ao contrário,
quer que todos venham a converter-se” [5]. As demoras de Deus são sinais da Sua
benevolência, da grandeza do Seu coração, que “não deseja que ninguém se
perca”. A virtude da paciência consiste nisto: em carregar um fardo, um peso
sobre as costas. Não foi justamente o que fez Nosso Senhor, ao carregar o fardo
de nossos pecados e o peso da Santa Cruz? Não foi justamente a atitude do pai
da parábola do filho pródigo, que esperou pacientemente a volta de seu filho
mais novo, chegando a fazer uma grande festa com sua chegada?
Muitas vezes, comportamo-nos, diante
dos maus, como aquele filho mais velho, enciumado com o amor do pai por seu
irmão rebelde. Diante das injustiças, somos tomados pelo espírito de Tiago e
João e queremos invocar a justiça divina... Mas, estamos realmente seguros de
estar do lado do trigo? Se Nosso Senhor voltasse hoje para a colheita, não
seríamos os primeiros a ser lançados no inferno, nós, “a quem muito foi dado”
e, portanto, muito será exigido [6]?
A parábola do joio e do trigo é, na
verdade, um resumo de toda a história da salvação. O Senhor desposa o Seu povo
com uma aliança de amor, à qual é integralmente fiel; em troca, no entanto, só
recebe infidelidades e prostituição. E, ao invés de assinar o libelo de
divórcio, Ele é paciente e continua a amar-nos, mesmo em nosso egoísmo e
amor-próprio desordenado. É que, como canta o Apóstolo, “o amor é paciente, é
benfazejo; (...) não se encoleriza, não leva em conta o mal sofrido (...). Ele
desculpa tudo, crê tudo, espera tudo, suporta tudo” [7].
Santa Faustina Kowalska escreve:
“Quando uma vez perguntei a Jesus como
pode suportar tantos delitos e diversos crimes e não os castigar, respondeu-me
o Senhor: – Para os punir, tenho a eternidade, por agora prolongo-lhes o tempo
da Misericórdia (...).” [8]
Vivamos sob a luz dessa caridade, dessa
misericórdia infinita de Deus. E, quando formos tentados a perder a paciência
com os outros, lembremo-nos de somos objeto da paciência divina.
Referências:
Ex 33, 11.
Jo 1, 18.
Lc 9, 54.
1 Tm 2, 4.
2 Pd 3, 9.
Lc 12, 48.
1 Cor 13, 4-5.7.
Diário, 1160.
XVI Domingo do Tempo Comum
20 de Julho de 2014
“PACIÊNCIA” DE
DEUS, A CIÊNCIA DA PAZ!
Leituras:
Sb
12,13. 16-19;
Sl
85 (86), 5-6. 9-10.15-16ª;
Rm
8,26-27;
Mt
13,24-43.
Situando-nos
brevemente
Caros irmãos e irmãs, passada uma
semana que ouvimos o Evangelho do semeador a Igreja insiste positivamente em
nos apresenta modelos de “terra boa” aberta à Palavra semeada . Esta semana
quatro grandes testemunhas do que pode o divino Semeador, rico em paciência,
fazer em favor daqueles que abrem o coração, nos serão apresentadas na sagrada
liturgia: terça-feira próxima celebraremos a memória de Santa Maria Madalena, a
primeira discípula missionária do Cristo ressuscitado. Na sexta-feira 25
celebraremos a festa de São Tiago, chamado Maior; ele que foi testemunha da
transfiguração intercederá em nosso favor para sermos, também nós,
transfigurados em Cristo. E por fim, no sábado 26, celebraremos os santos
Joaquim e Ana, pais da Bem-aventurada Virgem Maria.
Os santos são testemunhas da fé levada
a última consequência, por isso a Igreja, desde tempos remotos, os introduziu
na celebração do ministério pascal de Cristo. Assim como cada domingo, também
esse, nossa Páscoa semanal, nos abre a possibilidade de nos encontrarmos mais
uma vez na casa do Senhor, para sermos nutridos com o Pão da Palavra e da
Eucaristia, elementos que nos dão forças para que também nós nos tornemos suas
testemunhas até os pontos mais extremos da terra e da nossa existência.
Uns fazem esse percurso com mais
rapidez e agilidade, outros com maior lentidão e dificuldades, alguns sob
tantas dificuldades, outros com certa facilidade. O Senhor, que ‘sabe de que
barro somos feitos’ (Sl,102), tem exercido a nosso favor uma paciência em saber
esperar o tempo justo e o momento oportuno para colher nas nossas vidas o que ele
tem plantado com o anúncio da palavra e com a vivência dos sacramentos. Foi
sobre essa paciência divina que a liturgia da palavra nos falou hoje.
Rememoremo-la.
Recordando a
Palavra
Como dito domingo passado, o Evangelho
deste XVI Domingo do tempo Comum, é continuação do capítulo 13 do Evangelho de
São Mateus, e nos apresenta uma série de três parábolas: a do joio, a da
semente de mostarda e a do fermento, ambas ditas por Jesus para ilustrar o modo
de “entender” como se manifesta o Reino de Deus. Das três o texto de Mateus
sublinha a primeira, para a qual “Jesus fez uma homilia”, explicando-a, em
casa, aos seus discípulos, e dando-lhe sentido. Também a nós neste momento,
como aos discípulos “ele nos abre e revela as Escrituras e parte o Pão para
nós”.
Com essas três parábolas Jesus também
traça a situação do reino espalhado pelo mundo, Dio qual a Igreja é um sinal. A
parábola da semente de mostarda que “um homem pega e semeia no seu campo” e
que, “embora seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do
que as outras plantas. E torna-se uma árvore, de modo que os pássaros vêm e
fazem ninhos em seus ramos”, indica o crescimento do reino sobre a terra. Uma
semente pequena, lançada numa terra distante, árida, desértica, confiada a um pequeno
grupo, se estende por toda a terra. Comparar o Reino com o fermento “que a
mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique
fermentado”, equivale também a indicar o crescimento do Reino, não tanto em
extensão, quanto mais em intensidade; indica a força transformadora do
evangelho, que fermenta a massa dos batizados, a Igreja, fazendo-a
transformar-se em pão/alimento/oferenda para a salvação do0s homens seus
irmãos.
A parábola do joio é esclarecida, como
já sublinhamos, pelo próprio Jesus: o homem que semeia a boa semente é Ele
mesmo, o campo é o mundo, a “boa semente semeada são os que pertencem ao
Reino”. O inimigo que veio semear a má semente enquanto todos dormiam, é o
diabo. O trigo, fruto da boa semente e o joio, fruto da má semente, crescem
juntos até o dia da colheita, identificado com o fim do mundo. Naquele se
acolherá primeiro o joio, que são aqueles que “fazem os outros pecar e os que
praticam o mal; depois de que os lançarão na fornalha de fogo”; e depois, então
se colherá o trigo, os justos que “brilharão como o sol no Reino” dos céus. Os
anjos farão essa colheita.
O Apóstolo Paulo na segunda leitura
fala do Espírito Santo, que, “vem em socorro da nossa fraqueza”; ele que
intercede por nós. Colocando-nos diante desse “divino personagem”, Paulo o
apresenta a nós como aquele que foi enviado para nos ajudar a nos aproximarmos
do “divino agricultor” com ânimo confiante na sua virtude por excelência: a
paciência. A “paciência” é a “ciência da paz”, da qual o “divino agricultor” é
o príncipe.
Atualizando a
Palavra
O tema central da parábola do joio é a
paciência de Deus. “A liturgia o sublinha com a escolha da primeira leitura que
é um hino à força de Deus que se manifesta sob a forma de paciência e
indulgência. A paciência de deus não é um esperar o dia do juízo para então
punir com mais satisfação. Ele é verdadeiramente como canta o salmo
responsorial, ‘clemente e fiel, amor paciência e perdão’”. O belo é que a
paciência do patrão deve servir de modo aos servos.
Jesus ao inaugurar o reino não se
apresenta como um juiz que vem para discriminar os homens separando-os por
categorias de bons e maus. Ele não exclui ninguém do reino. “Todos são
convocados, todos podem entrar nele. Por sua atitude durante toda a sua vida,
Jesus encarna a paciência divina em relação aos pecadores. Nenhum pecado
arranca o homem ao poder misericordioso do Pai. A vontade divina de perdão é
ilimitada”. Tamanha generosidade e paciência têm certamente um pano de fundo ou
uma força motriz, um segredo: o amor. Jesus ama aos homens como ele é amado
pelo Pai. A universalidade do amor não permite distinções, ele, o amor convida
e provoca uma perfeita reciprocidade. Para responder generosamente ao amor
dado, uma reciprocidade de amor que seja plenamente verdadeira e livre, exige
tempo. O amor com que os homens são amados por Deus em Jesus Cristo pode ser
qualificado como amor paciente porque se constrói pouco a pouco, o seu percurso
de construção é uma verdadeira aventura espiritual, onde “os avanços andam
juntos com os recuos” e a gratuidade e o doar-se são parceiros constantes do
egoísmo e o voltar-se sobre si.
Essa paciência amorosa de Jesus se
manifesta plenamente na cruz, porque ele ama o homem até quando este está
atolado em seu pecado, mesmo aí o amor é persistente e sobre a cruz
manifesta-se vitorioso; como lembrou alguém, “nenhum pecado pode cortar
irremediavelmente as pontes de comunicação com a força misericordiosa de Deus”.
Sendo a Igreja o corpo de Cristo, ela
tem como missão primeira encarnar entre os homens a paciência de Cristo, o
“divino semeador”. Ela não tem como missão separar ou “categorizar” os homens
entre bons e maus. A sua missão verdadeira é aquela de revelar a fisionomia de
Deus, a verdadeira fisionomia do amor. No seio da Igreja, que está no mundo, o
trigo sempre estará misturado ao joio e entre essas duas categorias não existe
uma clara linha que delimita espaço terreno. Não temos a capacidade de
discernimento que seja correta e segura, a triagem não nos compete. Dentro de
nós também coexistem trigo e joio, é preciso muito tempo, o tempo de Deus para
um verdadeiro discernimento, que também esse não compete a nós. Importa sim que
sigamos o conselho do sábio de que o “justo” seja humano (primeira leitura), ou
seja, haja com humanidade para com os seus próximos, isto significa despojar-se
do velho para passar a uma vida nova (depois da comunhão).
Um grande teólogo do século passado nos
lembrou que “A Igreja é aqui na terra e permanecerá até o fim uma comunidade
mista: trigo ainda na palha, arca contendo animais puros e impuros, embarcação
cheia de maus passageiros que sempre parece a ponto de levá-la ao naufrágio...
Os pecadores que não regeneram continuam a pertencer-lhe, e sabemos muito bem
que eles são a imensa maioria. Sem viverem segundo o Evangelho, ainda creem,
entretanto, por meio dela, no Evangelho, e este elo, que certamente não seria
suficiente para construir a Igreja, é suficiente, mesmo que desabilita quase ao
extremo, para que esses pecadores permaneçam seus membros, ainda que
‘enfermos’, ‘estéreis’, corrompidos’ ou ‘mortos’. A Santa Igreja os conserva
com paciência. Quanto aos melhores de seus filhos, também eles estão a caminho
da santificação, e sua santidade é sempre precária. Todos têm sempre que se
refugiar da malícia do mundo, na misericórdia de Deus... Cada dia esta Igreja
que nós somos, deve dizer sem exceção: “Perdoai-nos as nossas ofensas’ (Mt
6,12), cada dia ela deve implorar a força e a compaixão do seu Salvador. “Cada
dia desta terra é pra ela um dia de purificação; cada dia deve lavar sua veste
no sangue do Cordeiro, ‘até que seja purificada pelo fogo do céu e consumada em
Deus’”.
Ligando a Palavra
com a ação eucarística
Na coleta desta missa imploramos a
Deus: “sede generoso para com os vossos filhos e multiplicai em nós os dons da
vossa graça”, isto é, lhe pedimos que usasse de paciência para conosco, que
redobrasse o amor para conosco, que os dons da sua graça fossem em nós
multiplicados. O dom maior da sua graça é Jesus Cristo que neste altar vem se
fazer comunhão. A Oração Eucarística IV faz memória do Evangelho de São João ao
proclamar que Jesus sabendo que chegara a hora de ser glorificado pelo Pai
“tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” Esse amar-nos até
o fim é o sinal de que ele não se desespera de nós, não nos despreza na nossa
constante mutação e metamorfose trigo/joio.
Eis que a Eucaristia que receberemos,
saída deste altar é a prova concreta do seu amor que não nos obriga não nos
aprisiona, não nos constrange, porque é ele quem livremente se aprisiona sob a
forma de pão e de vinho e por seu aprisionar-se nos liberta das nossas amarras
para respondermos com generosidade e gratuidade o seu amor. A Eucaristia,
abolindo classificações e categorias, se dá a todos os que dela se aproximam
com coração reto e purificada intenção. Dá-se indistintamente a quem vier à sua
presença com as mãos estendidas, porque se estão estendidas é sinal de que
estão vazias e de tudo e se elevam para serem preenchidas do Tudo.
Sugestões para a
celebração
O rito da apresentação das oferendas é
cheio de profunda significação para toda a ação litúrgica. Ele é oração antes
de tudo pelo gesto e depois pelo conteúdo do que se é apresentado porque mais
tarde se torna Salvação.
Dependendo das disposições da
comunidade seria interessante enriquecer esse momento ritual com elementos do
Evangelho que “significam” isto é que representam a Igreja, tais como espigas
de trigo, um grande e substancioso pão fermentado, grãos. Esses “símbolos”
podem ser trazidos processionalmente e organizados de maneira visível ao pé do
altar.
Uma atenção toda especial poderia se
dar ao Cântico para a Apresentação das Ofertas.
http://www.emanarp.com.br/index.php/biblia/comentarios-do-evangelho-dominical/3701-xvi-domingo-do-tempo-comum
Liturgia de 20.07.2014 - O Joio e o Trigo
Liturgia de 20.07.2014 - O Joio e o Trigo
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A voz do Pastor -16º Domingo Comum - Domingo 20/07/2014
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Palavra de Vida Eterna |
São Mateus 13, 24-43 - 20/07/2014
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Reflexão
Domingo do
Tempo Comum
A demora na realização das promessas de Deus
possibilita aos discípulos e a nós, entrarmos em crise. Percebendo essa
situação, Jesus conta para eles e para nós, a parábola das sementes.
A Palavra de Deus é, em si mesma, boa e, se bem
apresentada, produzirá muitos frutos; mas isso não depende só da Palavra;
depende também das diversas situações em que se encontra o terreno onde ela é
depositada, isto é, das diversas respostas.
A Palavra é oferecida e exatamente por ser
oferecida, conserva em si todo o risco da negligência, do descaso, da não
aceitação, da oposição.
De acordo com a parábola, ela poderá ser comida pelos pássaros, poderá cair entre as pedras e não criar raízes e, finalmente, poderá cair entre os espinhos e morrer sufocada.
De acordo com a parábola, ela poderá ser comida pelos pássaros, poderá cair entre as pedras e não criar raízes e, finalmente, poderá cair entre os espinhos e morrer sufocada.
Vamos refletir sobre cada um desses alertas
feitos por Jesus. O primeiro se refere à semente que pode ser ciscada pelos
pássaros. É o nosso medo do sofrimento, em relação ao caminho da cruz, tantas
vezes abordado por Jesus e a busca incessante de realizações, de êxito. É como
aquela pessoa que vê na possibilidade de exercer um serviço eclesial, como uma
ocasião de prestígio, de ter status.
A semente que caiu entre as pedras e não criou
raízes, representa aqueles que só externamente aceitaram a Palavra. Ela não foi
aceita com profundidade. Teme-se que a adesão a Cristo seja ocasião de
constrangimento, de envergonhar-se.
A que caiu entre os espinhos é a semente
sufocada, imagem de muitíssimos cristãos. As preocupações da vida presente, a
atração exercida pelo ter, pelo poder, pelo possuir, pelo ganhar se impõem, são
obstáculos para o acolhimento da Palavra.
A Palavra não é ineficaz, mas falta o
acolhimento. A Palavra se adapta às condições do terreno, ou melhor, aceita as
respostas que o terreno dá e que com freqüência são negativas. É necessário
preparar o terreno, os corações, para que percam o endurecimento causado pelos
ídolos das ideologias, do consumismo, do dinheiro, do prazer, das demais
riquezas.
Se o terreno, se os corações forem trabalhados
pela simplicidade, pela autenticidade, pela educação libertadora daqueles
ídolos, a Palavra descerá qual chuva fina, penetrando a terra e fazendo a
semente frutificar.
Fonte 2014-07-19 Rádio Vaticana
HOMILIA
O PAPEL DO
DIABO É SEMEAR O JOIO Mt 13,24-43
São três as parábolas narradas no evangelho de
hoje: o joio, a semente de mostarda e o fermento. Todas elas oferecem um
aspecto particular ou qualidade do Reino.
A palavra parábola vem do grego cujo
significado é pôr junto duas coisas, é comparar. A definição popular é que é
uma história terrena que demonstra uma verdade celestial. Difere do conto ou da
fábula em que a história da parábola pode ter sucedido ou pode ser real em
qualquer momento futuro; e o conto ou a fábula, não.
O joio é uma planta muito parecida com o trigo
antes de se formar a espiga.
A espiga do joio é muito mais fina do que a do
trigo e frequentemente está infectada com fungos que a tornam negra e venenosa.
Também a própria gramínea tem, como o esporão do centeio, um componente
venenoso. O joio só se distingue do trigo quando a espiga amadurece, sendo que
a espiga do joio é formada por grãos pretos como de carvão.
O termo de comparação das três parábolas é o
Reino dos céus. Apesar do título dos céus, ele tem como assento a terra, não no
sentido geográfico, mas humano, por isso é mais exato traduzi-lo por Reinado. O
povo que o forma não é o conjunto dos bem-aventurados do céu, mas refere-se à
Igreja da terra, formação visível da comunidade dos fiéis que escolheram Jesus
como seu Senhor e que estão misturados no campo do mundo com pessoas que não
são crentes ou têm outras ideologias, sem descartar que dentro da Igreja podem
existir também os escandalosos e os que praticam a iniqüidade. Pois na
explicação dada por Jesus aos discípulos ele transforma a parábola em alegoria.
Jesus se identifica com esta figura que pode
substituir a palavra o Filho do Homem.
Os judeus usavam pois, a frase filho do homem
para se referir a si mesmos. Porém existe um significado que caracteriza a
expressão através do uso de Jesus em conformidade com Daniel 7, 13. Filho do
homem era a figura de Israel como reino a ser instaurado definitivamente com a
vinda do Messias que era o representante máximo do mesmo. Podemos afirmar que o
filho do homem é o Verbo enquanto homem, ou seja Jesus tal e como era visto e
contemplado por seus conterrâneos.
Nas três parábolas com as quais se compara o
Reino: A do joio é própria de Mateus sem que encontremos um paralelo nos outros
evangelhos. Somente em 1 João 3, 10 encontramos a oposição entre filhos de Deus
e filhos do Diabo. Estes são os que não praticam a justiça e não amam o seu
irmão. A explicação da parábola revela, em parte, o mistério da iniquidade de
que fala Paulo em 2Ts 2, 7. Esta iniqüidade é o fruto de rejeitar a lei ou de
ignorá-la e pode ser traduzida por maldade ou perversidade. Quem é o promotor
dessa iniquidade é o Maligno, o Diabo. Nele nasce a maldade e oposição ao Reino.
Porém existe o mistério de por que Deus permite o mal e de como combater o mesmo. Sendo Todo Poderoso e Bondade Infinita, como Ele permite que o mal triunfe de modo a parecer que a parte maligna aparece ser tão forte como a parte que Jesus chama dos filhos do Reino? Por isso existem ideologias em que ao Deus do bem se opõe o deus do mal. Ou será que Satanás é tão forte como Javé? No livro de Jó ela dá uma resposta parcial quando da instigação de satanás, Javé permite a experimentação do justo com a única exceção da vida.
Porém existe o mistério de por que Deus permite o mal e de como combater o mesmo. Sendo Todo Poderoso e Bondade Infinita, como Ele permite que o mal triunfe de modo a parecer que a parte maligna aparece ser tão forte como a parte que Jesus chama dos filhos do Reino? Por isso existem ideologias em que ao Deus do bem se opõe o deus do mal. Ou será que Satanás é tão forte como Javé? No livro de Jó ela dá uma resposta parcial quando da instigação de satanás, Javé permite a experimentação do justo com a única exceção da vida.
Seria melhor chamar de mistério da Bondade ao
que se acostuma expor como mistério da iniquidade. Perguntar a Deus por que não
destrói o mal é o mesmo que perguntar ao Pai por que não mata o filho rebelde.
Deus espera que se torne pródigo e volte um dia arrependido para a casa que
sempre será seu lar. Na realidade, aqueles que agem na anomalia estão
dissipando os seus bens. Não sabem o que fazem, dirá Jesus. O joio não se
distingue do trigo assim como uma árvore estéril não se distingue de uma boa a
não ser na época dos frutos.
Deus é o pai que faz com que o Sol nasça também
para os maus e a chuva fertilize os campos dos incrédulos. No fim e unicamente
no fim a sua justiça acompanhará em parte a sua misericórdia. Para os que
receberão uma eternidade de dor, é justo que recebam uma vida temporal cheia de
triunfos e alegrias. Como Jesus disse na parábola do pobre Lázaro, os papéis
serão invertidos. Lembra-te que tu recebeste os bens e Lázaro pelo contrário só
os males.
A influência do Diabo é a de semear o joio:
propagar que a única maneira de alcançar a felicidade é saber viver na
abundância e no prazer, pois não existe o além a quem tenhamos que dar contas
de nossas condutas. É difícil diante desse programa de vida pregar uma
existência de sacrifício e renúncia, como Jesus pede a seus discípulos. Por
isso o mal se converte em bem aparente e o verdadeiro bem está oculto aos olhos
da multidão.
Livra-me Senhor desta semente e abra-me as
portas da boa semente que é o Filho do Homem!
Fonte Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
HOMILIA
Precisamos transformar
o joio que há no mundo em trigo bom
Nós precisamos transformar cada vez
mais o joio que há no mundo no trigo bom, na boa semente do Reino de Deus!
“Aquele que semeia a boa semente é o
Filho do Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino
de Deus. O joio são os que pertencem ao maligno” (Mateus
13, 37-38).
A parábola do joio e do trigo nos ajuda a compreender melhor o
mundo em que nós vivemos, porque, de fato, olhamos para o mundo em que nós
vivemos e vemos que há o bom trigo de Deus. Graças a Deus por isso!
Quantas pessoas boas, quanta gente com o coração generoso, quanta gente
convertida a Deus, servindo a Deus de coração sincero; quantas famílias
renovadas, curadas e libertas!
O Reino de Deus está acontecendo, os santos não estão
somente no passado; os santos de Deus vivem no meio de nós, hoje, graças a
Deus! Quando escuto essa palavra e olho a boa semente do trigo, eu olho para
tantas mães virtuosas, mulheres maravilhosas, muitas vezes, podadas pelos
sofrimentos da vida, que exemplo e que santidade! Da mesma forma, eu olho para
tantos homens bons de coração, incapazes de fazer o mal.
Nós precisamos exaltar e
reconhecer tantas virtudes que existem no meio de nós; quantos jovens lutando
para viver a santidade e colocar em prática a Palavra de Deus. Quanta gente
levando a bondade para o coração dos homens; é o trigo de Deus no meio de nós.
Mas nós não podemos ser
ingênuos e não percebermos que também existe o joio no meio de nós, existe
muita maldade, existem muitas pessoas que semeiam a discórdia; existem muitas
pessoas que semeiam o mal e corrompem os outros para fazer o mal. Existem
muitas pessoas que se tornam, infelizmente, um sinal do mal no meio de nós e
nem é preciso enumerar as tantas obras e inúmeras maldades que cometem. E não
pense que isso é lá fora, no mundo, até dentro da própria Igreja e onde estamos
isso acontece.
E alguém pode perguntar:
“Por
que Deus não faz nada? Por que Deus não pega todo o joio, queima-o, separa-o e
o joga fora?“. Porque
no Reino de Deus o joio pode se transformar em trigo, o joio pode se
converter e pode mudar de vida. E a função de quem é trigo, de quem tem o trigo
de Deus no seu coração, é querer contagiar os joios deste mundo.
Infelizmente, muitas
vezes, acontece o contrário: os que são do bem se deixam levar pelo mal;
vacilam, são fracos. Mas hoje a Palavra de Deus, semeada em nosso coração, quer
fortalecer o bem que há em nós e nos dar a esperança e, ao mesmo tempo, a
convicção de que nós precisamos transformar cada vez mais o joio, que há no
mundo, no trigo bom, na boa semente do Reino de Deus!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. Facebook Twitter
LEITURA ORANTE
Mt 13,24-30 - Paciência e lucidez com o joio
Preparo-me para a Leitura rezando ao
Espírito, com todos que se encontram neste ambiente:
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos:
ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto Mt 13,24-30.
Jesus contou outra parábola. Ele disse ao povo:
- O Reino do Céu é como um homem que semeou sementes boas nas suas terras. Certa noite, quando todos estavam dormindo, veio um inimigo, semeou no meio do trigo uma erva ruim, chamada joio, e depois foi embora. Quando as plantas cresceram, e se formaram as espigas, o joio apareceu. Aí os empregados do dono das terras chegaram e disseram: "Patrão, o senhor semeou sementes boas nas suas terras. De onde será que veio este joio?"
- "Foi algum inimigo que fez isso!", respondeu ele.
- E eles perguntaram: "O senhor quer que a gente arranque o joio?"
- "Não", respondeu ele, "porque, quando vocês forem tirar o joio, poderão arrancar também o trigo. Deixem o trigo e o joio crescerem juntos até o tempo da colheita. Então eu direi aos trabalhadores que vão fazer a colheita: 'Arranquem primeiro o joio e amarrem em feixes para ser queimado. Depois colham o trigo e ponham no meu depósito.' "
Jesus conta mais uma parábola de cunho agrícola. Compara o reino do céu como um semeador que semeia boas sementes de trigo. Conta que apareceu também um inimigo, à noite, sem que ninguém o visse, e semeou no meio do trigo uma erva ruim chamada joio. E foi embora. Tanto o trigo como o joio cresceram.
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos:
ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto Mt 13,24-30.
Jesus contou outra parábola. Ele disse ao povo:
- O Reino do Céu é como um homem que semeou sementes boas nas suas terras. Certa noite, quando todos estavam dormindo, veio um inimigo, semeou no meio do trigo uma erva ruim, chamada joio, e depois foi embora. Quando as plantas cresceram, e se formaram as espigas, o joio apareceu. Aí os empregados do dono das terras chegaram e disseram: "Patrão, o senhor semeou sementes boas nas suas terras. De onde será que veio este joio?"
- "Foi algum inimigo que fez isso!", respondeu ele.
- E eles perguntaram: "O senhor quer que a gente arranque o joio?"
- "Não", respondeu ele, "porque, quando vocês forem tirar o joio, poderão arrancar também o trigo. Deixem o trigo e o joio crescerem juntos até o tempo da colheita. Então eu direi aos trabalhadores que vão fazer a colheita: 'Arranquem primeiro o joio e amarrem em feixes para ser queimado. Depois colham o trigo e ponham no meu depósito.' "
Jesus conta mais uma parábola de cunho agrícola. Compara o reino do céu como um semeador que semeia boas sementes de trigo. Conta que apareceu também um inimigo, à noite, sem que ninguém o visse, e semeou no meio do trigo uma erva ruim chamada joio. E foi embora. Tanto o trigo como o joio cresceram.
O que
fazer?
Arrancar o joio?
Não, diz o homem. Se arrancar o joio, pode arrancar
também o trigo. Manda que deixem crescer os dois até a colheita. Então, poderão
arrancar primeiro o joio e queimá-lo. Depois colherão o trigo que será armazenado.
O que Jesus quer dizer com esta parábola?
Jesus lembra que é um desafio anunciar o Evangelho. Não devemos nos preocupar com aqueles que divulgam o erro. Deve-se ter o cuidado para não deturpar, distorcer a Palavra, transformando-a em erva daninha.
O grande biblista Carlos Mesters, assim comenta: "O joio e trigo crescem juntos. A Palavra de Deus que faz nascer a comunidade é semente boa, mas dentro das comunidades sempre aparecem coisas que são contrárias à Palavra de Deus.
Jesus lembra que é um desafio anunciar o Evangelho. Não devemos nos preocupar com aqueles que divulgam o erro. Deve-se ter o cuidado para não deturpar, distorcer a Palavra, transformando-a em erva daninha.
O grande biblista Carlos Mesters, assim comenta: "O joio e trigo crescem juntos. A Palavra de Deus que faz nascer a comunidade é semente boa, mas dentro das comunidades sempre aparecem coisas que são contrárias à Palavra de Deus.
De
onde vêm?"
O joio é o inimigo que se infiltra na comunidade.
O joio é o inimigo que se infiltra na comunidade.
Quem é este inimigo?
O
inimigo, o adversário, Satanás ou diabo (Mt 13, 39), é aquele que divide, que
desvia. A tendência de divisão existe dentro de cada um de nós. O desejo de
dominar, de se aproveitar da comunidade para subir e tantos outros desejos
interesseiros divisionistas, são do inimigo que dorme dentro de cada um
de nós e dentro da comunidade, da família, da Igreja.
Paciência e lucidez é o que se recomenda ao constatar a ambigüidade, essa mistura do bem e do mal. Pensavam: “Se deixarmos todo o mundo dentro da comunidade, perdemos nossa razão de ser! Perdemos a identidade!” Queriam expulsar os que pensavam de modo diferente. Mas esta não é a decisão do Dono do terreno. Ele diz: “Deixa crescer juntos até a colheita!” O que vai decidir não é o que cada um fala e diz, mas o que cada um vive e faz. É pelo fruto produzido que Deus nos julgará. A força e o dinamismo do Reino se manifestam na comunidade. Mesmo sendo pequena e cheia de contradições, ela é um sinal do Reino. Mas ela não é dona do Reino, nem pode considerar-se justa. A parábola do joio e do trigo explica a maneira como a força do Reino age na história. É preciso ter paciência e aprender a conviver com as contradições e as diferenças, mesmo tendo uma opção clara pela justiça do Reino.
Paciência e lucidez é o que se recomenda ao constatar a ambigüidade, essa mistura do bem e do mal. Pensavam: “Se deixarmos todo o mundo dentro da comunidade, perdemos nossa razão de ser! Perdemos a identidade!” Queriam expulsar os que pensavam de modo diferente. Mas esta não é a decisão do Dono do terreno. Ele diz: “Deixa crescer juntos até a colheita!” O que vai decidir não é o que cada um fala e diz, mas o que cada um vive e faz. É pelo fruto produzido que Deus nos julgará. A força e o dinamismo do Reino se manifestam na comunidade. Mesmo sendo pequena e cheia de contradições, ela é um sinal do Reino. Mas ela não é dona do Reino, nem pode considerar-se justa. A parábola do joio e do trigo explica a maneira como a força do Reino age na história. É preciso ter paciência e aprender a conviver com as contradições e as diferenças, mesmo tendo uma opção clara pela justiça do Reino.
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
O que o texto diz para mim, hoje?
Os bispos, em Aparecida, assim se expressaram"Desejamos que
a alegria da boa nova do Reino de Deus, de Jesus Cristo vencedor do pecado e da
morte, chegue a todos quantos jazem à beira do caminho, pedindo esmola e
compaixão (cf. Lc 10,29-37; 18,25-43)." (DAp 32.)
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, com toda a Igreja:
Senhor, Deus da vida e do amor,
enviastes o vosso Filho
para nos libertar das forças da morte
e conduzir-nos no caminho da esperança.
Movei-nos pelo dom do vosso Espírito!
Fazei-nos discípulos,
comprometidos com o anúncio do Evangelho,
caminhando ao encontro de nossos irmãos e irmãs,
acolhendo a todos, sobretudo os jovens,
os afastados, os pobres, os excluídos.
Virgem Mãe Aparecida,
Intercedei junto ao vosso Filho,
para que sejamos fiéis ao nosso compromisso
de discípulos missionários . Amém!
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, com toda a Igreja:
Senhor, Deus da vida e do amor,
enviastes o vosso Filho
para nos libertar das forças da morte
e conduzir-nos no caminho da esperança.
Movei-nos pelo dom do vosso Espírito!
Fazei-nos discípulos,
comprometidos com o anúncio do Evangelho,
caminhando ao encontro de nossos irmãos e irmãs,
acolhendo a todos, sobretudo os jovens,
os afastados, os pobres, os excluídos.
Virgem Mãe Aparecida,
Intercedei junto ao vosso Filho,
para que sejamos fiéis ao nosso compromisso
de discípulos missionários . Amém!
4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da
Palavra?
Meu novo olhar coincide com o olhar da Igreja que afirma: "Que a alegria da boa nova do Reino de Deus, de Jesus Cristo vencedor do pecado e da morte, chegue a todos quantos jazem à beira do caminho, pedindo esmola e compaixão (cf. Lc 10,29-37; 18,25-43)." (DAp 32.)
Meu novo olhar coincide com o olhar da Igreja que afirma: "Que a alegria da boa nova do Reino de Deus, de Jesus Cristo vencedor do pecado e da morte, chegue a todos quantos jazem à beira do caminho, pedindo esmola e compaixão (cf. Lc 10,29-37; 18,25-43)." (DAp 32.)
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Ir. Patrícia Silva, fsp
patricia.silva@paulinas.com.br
Sugestão: LEITURA ORANTE NAS CARTAS DE PAULO
Ouça pela Rádio 9 de julho AM 1600, o programa Nos passos de Paulo e
faça a Leitura Orante das cartas de Paulo Apóstolo, de 2ª a 6ª feira, das 20 às 21h
Acesse pela internet: http://www.radiosetvs.com/radio9dejulho.html
ou pelo blog: http://www.nospassosdepaulo.com.br/
Ouça pela Rádio 9 de julho AM 1600, o programa Nos passos de Paulo e
faça a Leitura Orante das cartas de Paulo Apóstolo, de 2ª a 6ª feira, das 20 às 21h
Acesse pela internet: http://www.radiosetvs.com/radio9dejulho.html
ou pelo blog: http://www.nospassosdepaulo.com.br/
Oração Final
Pai Santo, que colocaste em nosso coração a semente do teu
Reino de Amor como um grão de mostarda, coloca em nós também, o teu Espírito
para que saibamos acolhê-la com carinho e levá-la até a maturação de seus
frutos de Amor. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do
Espírito Santo.

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