ANO A

Lc 1,57-66.80
Comentário do
Evangelho
O que Deus promete, ele o
cumpre.
Na releitura cristã da Escritura predomina o esquema
promessa-cumprimento. Também no interior do evangelho de Lucas esse esquema
aparece com relativa frequência. O que Deus promete, ele o cumpre. É o caso do
evangelho da festa de hoje. Os vizinhos reconhecem a ação de Deus na concepção
e no nascimento de João Batista e se alegram por Isabel, pois o Senhor a tinha
tirado do opróbrio. Essa alegria havia sido objeto de promessa quando o anjo
anunciou o nascimento de João a Zacarias, no Templo de Jerusalém (Lc 1,14).
Outro aspecto é a mudez de Zacarias e o nome imposto ao menino. O nome a ser
dado ao menino é imposição do mensageiro celeste (1,13), uma forma de dizer de
sua eleição divina. A mudez de Zacarias é consequência de sua incredulidade
(1,20) e, ao mesmo tempo, sinal da intervenção de Deus (1,21-22). A língua de
Zacarias se soltará quando da realização da promessa (1,20). O acordo entre
Isabel e Zacarias sobre o nome do menino (vv. 60.63) realiza a promessa e
indica que o nome “João” (= Deus concedeu a sua graça) é de origem divina.
Recebendo essa revelação como Palavra de Deus, a boca de Zacarias se abre e sua
língua se solta para bendizer Deus (v. 67).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, toma-me sob a tua proteção e
robustece-me com o teu Espírito, de modo que eu possa cumprir, com coragem e
fidelidade, as tarefas do Reino que me são confiadas.
Vivendo a Palavra
«O que será que esse menino vai ser?» A história
nos conta que com aquela criança se aproximava a plenitude dos tempos. O Pai
Misericordioso logo enviaria o Filho Unigênito para fazer conosco sua
experiência de humanidade. João Batista nos ensina a honrar o passado, vivendo
o presente na certeza do futuro glorioso junto ao Cordeiro de Deus, que tira o
pecado do mundo.
Reflexão
O nascimento de João Batista nos mostra a atuação
de Deus na história e que nem sempre entendemos esta atuação ou os nossos
projetos são os mesmos dele. Quando existe discordância entre a vontade de Deus
e a nossa vontade, nós nos tornamos limitados e incapazes de viver plenamente
na graça divina e de comunicar esta graça aos nossos irmãos e irmãs, mas quando
a nossa vida é conforme a vontade de Deus, a graça divina atua em nós, a mão do
Senhor está conosco e a nossa boca se abre para anunciar suas maravilhas e
proclamar os seus louvores.
Recadinho

João
Batista é a “voz no deserto!” Você tem muitas oportunidades de ser a voz de
Deus no contexto em que vive? - Você cumpre com amor as tarefas que Deus lhe
dá? - Tem consciência de que Deus está presente nas tribulações de sua vida? -
Você procura levar sempre a Boa Nova do Evangelho? - Em que ambientes atua?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Comentário do Evangelho
SOB A PROTEÇÃO
DO SENHOR
O texto evangélico sublinha a intensa
manifestação divina nos fatos ligados ao nascimento de João Batista, a quem
seria confiada a tarefa de preparar os caminhos do Messias Jesus. E isto, a tal
ponto que, por toda a redondeza, espalhou-se um temor divino, levando o povo a
se perguntar: “O que será que esse menino vai ser?”.
A
mudez inexplicada de seu pai Zacarias foi um evidente indício de que algo
maravilhoso estava acontecendo. Ele só voltou a falar quando cumpriu a ordem
divina de dar ao filho o nome de João, que significa “Deus é favorável”, embora
sua parentela julgasse que o mais normal seria chamá-lo de Zacarias, como o pai.
O
parto de Isabel também foi interpretado como “demonstração de uma grande
misericórdia do Senhor” para com ela. De fato, sem a ajuda divina jamais
poderia conceber e dar à luz, dado a sua idade avançada e sua esterilidade.
A
proteção divina dispensada a João Batista enquadrava-se no projeto de Deus de
confiar-lhe a tarefa de preparar o povo para acolher o Messias, predispondo-o à
conversão. A gravidade desta tarefa exigia que fosse “robustecido” pelo próprio
Espírito, de modo a capacitar-se para o cumprimento do desígnio divino.
João
Batista soube corresponder à ação do Espírito. Sua vida haveria de ser um
testemunho fulgurante de temor a Deus, de cujos caminhos jamais se desviou,
mesmo devendo padecer o martírio.
Oração
Pai, toma-me sob a tua
proteção e robustece-me com o teu Espírito, de modo que eu possa cumprir, com
coragem e fidelidade, as tarefas do Reino que me são confiadas.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório –
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado
neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que suscitastes
são João Batista a fim de preparar para o Senhor um povo perfeito, concedei á
vossa Igreja as alegrias espirituais e dirigi nossos passos no caminho da
salvação e da paz. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo.
Oração Final
Pai Santo, que a nossa
admiração pela vida austera de João Batista nos encoraje a vencer as tentações
da sociedade de consumo: o poder, o prazer e as riquezas desejados por nós
sejam habitar na Tua Morada Santa em todos os dias da nossa vida, com os irmãos
peregrinos que colocaste junto a nós. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso
Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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