A história de Nossa
Senhora de Caravaggio surge em 1432 na cidadezinha de Caravaggio, no norte da
Itália próximo de Milão e Veneza. Num momento da história de muita luta,
divisões políticas e religiosas, ódio, heresias, traições e crimes.
Um texto antigo diz: "A terra de caravaggio
é, desde pouquíssimo tempo, verdadeiramente, feliz, por ter-lhe aí aparecido a
Santíssima Virgem Maria, em 1432, enquanto declinava então o dia sexto das
calendas de junho; mas Joaneta é, por disposição divina, mais feliz do que
qualquer pessoa de ambos os sexos, porque mereceu ver a augusta Mãe do
Senhor".
Na primavera de 1432, a camponesa italiana Joaneta
Varoli, filha de Pedro dei Vacchi, vivia numa casa humilde da vila. Temos
poucas referências históricas de sua vida. Ela percorreu as ruas de Cravaggio
dirigindo-se ao campo de Mazzolengo. Sua meta era conseguir pasto suficiente
para alimentar a criação de animais que ela e o marido tinham em sua
propriedade.
Para conhecer melhor Joaneta, é imprescindível
deter-se em seu matrimônio com Francisco Varoli. Foi uma experiência dramática
e violenta, que a tradição não cansa de repetir. Certamente o fato de sofrer
maus-tratos pelo seu esposo é uma das mais fortes características citadas sobre
a vidente do prado de Mazzolengo.
Naquela tarde, Joaneta Varoli saiu de casa para
colher ervas. A cerca de 1.800 metros da vila de Caravaggio, havia um terreno
pantanoso. Ela pôs-se a ceifar as ervas para os animais. Quando decidiu
retornar para casa percebeu que não tinha forças para carregar todo aquele
fardo. Tomada pela aflição, Joaneta caiu no pranto e angustiada, começou a
pedir ajudar do céu, pedindo socorro a Maria, Mãe de Jesus.
Entre a dor e a súplica, a camponesa vê uma bela e
alta senhora. Observou a beleza do rosto e o esplendor das vestes. O rosto
majestoso, alegre e sereno. A beleza da senhora maravilhou Joaneta. Diante da
perplexidade, Joaneta exclama: "Ó Madonna Santíssima!" E a senhora
respondeu: "Sim sou eu mesma. Não temas, ó filha! Consola-te! As tuas
orações foram ouvidas pelo meu Divino Filho e, graças à minha intercessão, já
te estão preparando os eterno tesouros do céu".
Mandou que se ajoelhasse para receber a sua
mensagem. E diz: "Tenho conseguido afastar do povo cristão os merecidos e
iminentes castigos da Divina Justiça, e venho anunciar a paz".
Nossa Senhora pede ao povo que volte a fazer
penitência, jejue nas sextas-feiras e vá orar na Igreja no sábado à tarde em
agradecimento pelos castigos afastados e pede que lhe seja erguida uma capela.
Como sinal da origem divina da aparição e das graças que ali seriam
dispensadas, ao lado de onde estavam seus pés, brota uma fonte de água límpida
e abundante, existente até os dias de hoje e nela muitos doente recuperam a
saúde.
Joaneta, leva ao povo e aos governantes o recado
da Virgem Maria para solicitar-lhes os acordos de paz. Apresenta-se ao Marcos
Secco, senhor de Caravaggio, ao Duque Felipi Maria Visconti, senhor de Milão,
ao imperador do Oriente, de Constantinopla, João Paleólogo, no sentido de unir
a igreja dos gregos com o Papa de Roma. Os efeitos da mensagem de paz logo
apareceram. A paz aconteceu na Pátria e na Igreja.
Joaneta, após cumprir sua missão de levar a
mensagem de Maria ao povo, aos estados em guerra e à igreja católica, os
historiadores pouco ou nada falam. Ela desapareceu no anonimato.
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