ANO A

Jo 13,1-15
Comentário do Evangelho
Serviço fruto do amor
Com a celebração da Ceia do Senhor iniciamos o tríduo pascal. É
na última ceia de Jesus com os seus discípulos que, segundo o evangelho de
João, se dá o gesto simbólico do lava-pés que repetimos na celebração
eucarística. Para a literatura joanina, o tema do amor ocupa um lugar central.
Especificamente, para o quarto evangelho, a paixão de Jesus é expressão do amor
de Jesus pelos seus. A salvação é dom desse amor, e como tal ela precisa ser
compreendida e recebida. O mal que domina o coração de Judas é uma força de
sedução que distorce a realidade e atenta contra a vida (v. 2; cf. Gn 3,1ss). A
resistência a permitir que Pedro lavasse os pés de Jesus é por não reconhecer
no servo a figura do Messias. Mais ainda, é pela dificuldade em aceitar um
Messias que tenha de passar pelo sofrimento e pela morte. A resposta de Jesus a
Pedro afirma que a salvação é dom gratuito e, como tal, precisa ser recebida, e
o gesto simbólico deve se traduzir como atitude permanente na vida do
discípulo. Ser discípulo é ser servidor ao modo de Jesus. O gesto do lava-pés
condensa toda a vida de Jesus, que “não veio para ser servido, mas para servir
e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mt 20,28).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, ajuda-me a superar os esquemas
mundanos que rompem a fraternidade e me reduzem aos esquemas do pecado,
impedindo que eu me faça servidor do meu próximo.
Vivendo a Palavra
João conta a Ceia do Senhor de forma diferente
dos outros evangelistas. Ele nos encanta com o gesto humilde do Mestre, que
toma o lugar reservado aos servos e lava os pés dos amigos, e em seguida
transmite palavras de Jesus, até sua ‘oração sacerdotal’ de despedida. Aproveitemos
este tempo para nossa profunda reflexão, cheia de gratidão e encantamento.
Recadinho

Quando você tem oportunidade de “lavar os pés” (simbolicamente) de seu próximo? - Você reza às refeições? - Se reza, como é sua oração? - Sua presença transmite paz e alegria ao próximo? - Você pode dizer que se sacrifica por seus irmãos? - Você apoia e incentiva os que servem ao próximo com amor?

Quando você tem oportunidade de “lavar os pés” (simbolicamente) de seu próximo? - Você reza às refeições? - Se reza, como é sua oração? - Sua presença transmite paz e alegria ao próximo? - Você pode dizer que se sacrifica por seus irmãos? - Você apoia e incentiva os que servem ao próximo com amor?
Padre Geraldo
Rodrigues, C.Ss.R
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. O Eucaristizado é aquele que se Rebaixa... Para SERVIR!
(O comentário do Evangelho
abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora
Consolata – Votorantim – SP)
Por
acaso em nossas famílias, celebram-se aniversários de grandes tragédias? Que
Mãe iria querer celebrar com os familiares amigos, o dia em que seu Filho foi
preso, condenado injustamente e passou por uma morte vergonhosa e extremamente
humilhante? Coisas assim, a gente quer ESQUECER, apagar da memória para
sempre...
Na
última Ceia, se trocarmos em miúdos, Jesus está dizendo aos seus discípulos que
ele quer que o seu sacrifício, a sua paixão e morte na cruz, seja sempre
lembrada em um ritual. Atentemos para um detalhe dos sinóticos e do escrito
Paulino "Jesus partiu o pão e o deu a seus discípulos dizendo, tomai e
comei, pois este é o meu corpo...". Foi o que sobrou de Jesus na cruz do
calvário: seu corpo, massacrado, despedaçado, sem nenhuma vida, comer o corpo
de um morto e lembrar sempre do jeito que ele morreu. Que ritual macabro é
esse?
João
toma outro rumo em sua reflexão com as comunidades do seu tempo: Aquele ritual,
aquela celebração tem algo de grandioso e belo por trás de tudo. Ser rebaixado
no último degrau do ser humano, aniquilar-se e deixar- esmagar, dar o corpo, a
Vida e o sangue, até a última gota, esse era o Serviço que Jesus prestava á
todos nós, lavou-nos não só os pés, mas todo o nosso ser passou por esse banho
da regeneração. Aquele que sentou com Jesus á mesa, e continua a sentar-se
hoje, aquele que ouve a sua palavra e a guarda em seu coração, querendo junto
com Ele fazer a Vontade do Pai, torna-se homem e mulher Eucaristizado,
cristianizado, é o mistério do Cristo em Nós.
Pois
bem, esse deve ter força e humildade para também rebaixar-se diante de todos,
ser o último, para poder servir. Quando pensamos em nosso status e em nossa
importância, no cargo que ocupamos, na função que exercemos, é difícil servir o
irmão ou a irmã, que precisa de nós. Muitas vezes temos alguns "Bicos de
Papagaio" espiritual, que não nos deixa curvar diante do outro, queremos
servir, mas com certa arrogância e prepotência... de servidores desse naipe, o
inferno está cheio...
Por
isso contemplemos nesse evangelho de João, o sentido real da praxis
Eucarística, que começa com o Vexame de um Deus, Grandioso e Onipotente,
Poderoso, Onipresente e Onisciente, que se abaixa diante do Ser humano, para
lavar-lhes os pés. Muitas vezes como Pedro não aceitamos a ideia de um Deus que
se rebaixa, nós é que devemos nos rebaixar diante Dele... Exatamente isso, só
que esse Deus manifestado em Jesus está sempre bem escondido na vida dos irmãos
e irmãs a quem devemos servir, e que o Senhor coloca diante de nós.
Quem
não vive para Servir, não serve para Viver...
2. É PRECISO CONVERTER-SE!
(O comentário do Evangelho
abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica,
Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
A
recusa de Pedro de deixar-se lavar os pés revelou uma mentalidade da qual devia
abrir mão como pré-requisito para continuar a ser discípulo de Jesus. Sem isto,
era impossível ter parte com ele, e compartilhar de sua vida e missão.
Pedro
comungava com a mentalidade hierarquizada da época, a qual determinava a cada
um o seu devido lugar. A relação entre mestre e discípulo era regulada pela
superioridade, sapiência, respeitabilidade de um, e pela inferioridade,
ignorância e submissão do outro. Ao discípulo competia comportar-se como
servidor do Mestre, por exemplo, lavando-lhe os pés após uma longa caminhada.
O
comportamento de Jesus foi, totalmente, diferente. Foi o do escravo que acolhe
um hóspede que chega de viagem à casa de seu senhor. Lavar os pés do visitante
não cabia ao dono da casa, e sim aos servos.
O
gesto de Jesus pareceu inaceitável a Pedro, pois rompia a hierarquia, podendo
gerar desrespeito. A mentalidade de Pedro era perigosa. Agindo assim, corria o
risco de introduzir na comunidade dos discípulos de Jesus o esquema de
senhor-escravo o qual o Mestre viera abolir. Corria o risco de pôr a perder a
obra de Jesus, contaminando-a com os modelos superados, próprios do mundo do
pecado. Era urgente que Pedro se convertesse e se convencesse de que, no Reino,
a grandeza consiste em fazer-se servidor de todos sem distinção.
Oração
Pai, ajuda-me a superar os esquemas mundanos que rompem a fraternidade e me
reduzem aos esquemas do pecado, impedindo que eu me faça servidor do meu
próximo.
http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm#d5
REFLEXÕES DE HOJE
DIA 17 DE ABRIL -QUINTA
1 - QUINTA-FEIRA SANTA - VÁRIOS
AUTORES
2 - Hoje se
cumpriu esta profecia-Igreja Matriz de Dracena
3 - Amou-os até o
fim. Padre Queiroz
REFLEXÕES DE HOJE
DIA 17 DE ABRIL -QUINTA
1 - QUINTA-FEIRA SANTA - VÁRIOS
AUTORES
2 - Hoje se
cumpriu esta profecia-Igreja Matriz de Dracena
3 - Amou-os até o
fim. Padre Queiroz
4 - O Eucaristizado é aquele que se Rebaixa...para SERVIR - Diac. José da Cruz
http://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/
HOMILIA
“O Espírito do
Senhor me ungiu para anunciar a boa-nova aos pobres”
O evangelho para a liturgia deste
domingo inicia com o prólogo da obra de Lucas (1,1-4). Sua intenção fundamental
é apresentar a prática de Jesus como fato histórico testemunhado por seus
seguidores e suas seguidoras. O destinatário é “Teófilo”, o que significa
“amigo de Deus”. Teófilo é toda a pessoa ou comunidade que vier a ler e a viver
este evangelho, tornando-se sempre mais amigo e amiga de Deus. Portanto, hoje,
“Teófilo” somos nós.
Movido pelo Espírito de Deus...
Na sequência, o evangelho deste
domingo apresenta um resumo da prática de Jesus de Nazaré (Lucas 4,14-15). Ele
vivia em meio a seu povo, participando de sua vida de fé. Ensinava nas
sinagogas da Galileia, na periferia da Palestina. Toda sua missão é movida pelo
dinamismo do Espírito (Lucas 3,22; 4,1.14.18). Para as comunidades de Lucas, a
ação de Jesus é inseparável do Espírito profético, o Espírito de Deus. Convém
que tenhamos presente que a força do Espírito do Senhor também conduziu João
Batista e Maria, Isabel e Zacarias, Simeão e Ana (Lucas 1,15.35.41.67;
2,25-27.36).
Apresentando a missão de Jesus
dinamizada pela força do Espírito, a comunidade lucana nos desafia a que também
nós abramos nosso coração ao Espírito Santo e nos coloquemos a seu serviço, a
serviço da libertação de todas as formas de opressão, promovendo a vida.
... para libertar os pobres...
A narrativa a respeito da leitura de
trechos do profeta Isaías feita por Jesus na sinagoga de Nazaré (Lucas 4,16-21)
insere-se numa narrativa mais ampla, pois, na sequência, Lucas descreve a
reação diante do anúncio desse evangelho (boa-nova) aos pobres. Uns aprovam.
Outros têm dúvidas (Lucas 4,22-23). E há quem rejeita o projeto de salvação
para os mais desamparados (Lucas 4,23-30). O que não é possível é ficar
indiferente. A boa-nova para uns é uma má notícia para quem deseja continuar
vivendo à custa dos pobres. Essa é a razão por que se enfureceram, o expulsaram
e queriam precipitá-lo do cimo da colina (Lucas 4,28-29). Como ontem, ainda hoje
se repete a mesma situação.
Qualquer liderança que assume a
promoção dos mais pobres, de modo que possam ter pelo menos três refeições por
dia e viver com dignidade, continua sendo caluniada e perseguida. E isso não
somente pela mídia comprometida com o poder econômico, mas também por políticos
e até por setores de igrejas e tribunais. Não é por acaso que Jesus vê motivo
de alegria para as pessoas perseguidas por lutarem pela justiça (Mt 5,10-12).
Em Lucas 4,16-21, temos a
apresentação do programa de Jesus num dia de sábado na sinagoga de Nazaré, sua
terra natal. É o projeto do reinado Deus. Na sinagoga, era costume rezar alguns
Salmos, ler e comentar um trecho de algum livro da lei (Pentateuco) e outro de
algum livro profético. Jesus escolhe três fragmentos do livro de Isaías para
anunciar o coração do projeto de Deus.
“O Espírito do Senhor está sobre mim,
pois ele me ungiu para anunciar a boa-nova aos pobres: enviou-me para proclamar
a libertação aos presos (Isaías 61,1) e, aos cegos, a recuperação da vista
(Isaías 35,5); para dar liberdade aos oprimidos (Isaías 58,6) e proclamar um
ano de graça do Senhor” (Isaías 61,2).
Essa missão libertadora vem do Deus
da vida, pois é conferida a Jesus pelo próprio Espírito do Senhor, por quem já
fora ungido como o messias por ocasião do seu batismo (Lucas 3,22).
A missão do messias é de esperança de
vida digna, certamente para todas as pessoas, mas especialmente para quem está
excluído da cidadania. Em quatro afirmações, Jesus faz memória da profecia de
Isaías para descrever em que consiste a sua missão de “anunciar uma boa-nova
aos pobres”.
Primeiro, “anunciar uma boa-nova aos
pobres” é “proclamar a libertação aos presos”. Por um lado, é a libertação de
quem sobrevive em condições subumanas nos presídios, onde a grande maioria está
em consequência dessa sociedade desigual, injusta e de exclusão. E, no tempo de
Jesus, a maioria das pessoas que se encontrava na prisão eram presos políticos
que resistiam contra a opressão e a violência do império romano. Por outro
lado, a proposta de Jesus é libertar-nos de todas as formas de prisão, de tudo
aquilo que nos impede de sermos nós mesmos, de sermos livres, sem deixar-nos
guiar pelo egoísmo, por vícios, pelo individualismo, pela ganância, pelo
consumismo, pela ambição, etc. Senhor, liberta-nos de tudo o que nos aprisiona
e impede de sermos radicalmente livres.
Em segundo lugar, “anunciar uma
boa-nova aos pobres” é levar “aos cegos a recuperação da vista”. É, sim, curar
a cegueira física, mas é muito mais. É também curar a nossa ‘cegueira’ quando
não enxergamos a realidade por estarmos com a visão embaciada ou com ‘viseiras’
que impedem vermos a realidade em toda a sua amplitude. É curar a nossa
‘cegueira’ quando não vemos com nossos próprios olhos, não pensamos com nossa
própria mente, não escutamos com nossos próprios ouvidos e, por isso mesmo, não
dizemos nossa própria palavra, mas reproduzimos as ideias do pensamento
dominante na sociedade. Senhor, recupera as nossas vistas. Dá-nos forças
para alcançarmos clareza em nossas mentes e corações, a fim de ampliar o nosso
discernimento conduzido por teu Espírito.
Em terceiro lugar, “anunciar uma
boa-nova aos pobres” também é “dar liberdade aos oprimidos”, seja diante da
opressão social, mental, econômica, psicológica, política, afetiva ou
religiosa. Senhor, que teu amor mova nossos desejos, possibilitando-nos a graça
de sermos pessoas próximas, solidárias com quem vive na opressão.
Por fim, “anunciar uma boa-nova aos
pobres” é “proclamar um ano de graça do Senhor”. Anunciar o ano de graça do
Senhor é proclamar o ano jubilar que fazia parte da tradição do Antigo Israel.
Nos livros do Deuteronômio e do Levítico fala-se desse jubileu. Primeiro, era
uma reforma feita a cada sete anos (Deuteronômio 15,1-18). Mais tarde, passou
para cada 50 anos (Levítico 25,8-55). Era o ano do perdão das dívidas que,
muitas vezes, levavam à perda da terra, das casas e da própria liberdade. Por
isso, ao anunciar o ano jubilar, além do perdão das dívidas, o Espírito do
Senhor move Jesus para anunciar vida plena, o que também inclui terra para quem
está sem terra, moradia para quem está sem teto e liberdade para quem sofre
trabalho escravo.
... ontem e hoje
No passado, o Espírito animava a
profecia na proclamação da boa-nova da libertação para os pobres (Isaías 61,1).
Fiel à missão que o Espírito lhe confiara no batismo (Lucas 3,22), Jesus
atualiza essa profecia, igualmente movido pela força do Espírito (Lucas 4,18).
É por isso que diz: “Hoje, se cumpriu aos vossos ouvidos essa passagem da
Escritura” (Lucas 4,21).
No nosso batismo, também somos
ungidos pelo mesmo Espírito Santo e assumimos o mesmo programa de Jesus. Por
isso, podemos dizer com ele que, em nós, “hoje, se cumpriu aos vossos ouvidos
essa passagem da Escritura”. Que a graça de Deus nos ajude a colocar-nos no
mesmo caminho da profecia, no caminho do Espírito do Senhor.
Fonte Ildo Bohn Gass é autor de “Quatro Retratos do Apóstolo Paulo”
- PNV 262 CEBI

HOMILIA DIÁRIA
Que aprendamos com Jesus a
lavarmos os pés uns dos outros!
Em vez da soberba, do grito, das brigas,
discussões e das acusações, porque tudo isso é do maligno e dever ser expulso
do meio de nós, que nós aprendamos, contemplando Jesus Crucificado, a lavarmos
os pés uns dos outros!
”Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós
deveis lavar os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma
coisa que eu fiz.” (João 13, 14-15)
Nesta Quinta-feira Santa, nós hoje nos dirigimos às nossas
igrejas, comunidades e paróquias para celebrarmos o Tríduo Pascal de Nosso
Senhor Jesus Cristo. A Páscoa do Senhor começa a ser celebrada na Sua
intensidade nesse dia maravilhoso. A Páscoa do Senhor começa na mesa, mas ela
não começa com o Corpo e o Sangue do Senhor com a instituição da Eucaristia;
ela começa com o mandamento da caridade, o mandamento do amor supremo. Aqueles
que querem se aproximar da mesa, para comer o Corpo e o Sangue do Senhor, devem
primeiro lavar os pés uns dos outros.
Sabem, meus irmãos, não
é teatro aquilo que hoje fazemos em nossas igrejas, aquilo que celebramos hoje
em nossas comunidades, é vida, é condição, é regra para quem quer se tornar um
discípulo de Jesus Cristo e experimentar a profundidade da Sua Paixão e do Seu
amor, por nós, aprender a lavar os pés uns dos outros! Lavar os pés era um
serviço para os escravos, os senhores chegavam de suas missões e por onde quer
que tivessem andado, sentavam-se e os escravos lavavam seus pés.
O Senhor está, hoje, nos
dizendo que ninguém é mais do que ninguém, que ninguém é mais importante do que
ninguém; que ninguém deve ser reconhecido, exaltado e aclamado como se fosse a
pessoa mais importante do mundo.
O mais importante é
aquele que serve; portanto, quem quer ser discípulo de Jesus não deve buscar
ser servido, ao contrário, deve ser aquele que serve! E como hoje precisamos
buscar o rosto do Cristo servidor por meio de uma Igreja servidora, de uma
Igreja e de um povo de Deus que não esperam que o povo venha, apareça, mas que
vão ao encontro dos outros, para que possamos lavar os pés uns dos outros!
Celebre a Páscoa do
Senhor, celebre de verdade a Páscoa na sua vida lavando os pés daqueles de quem
você precisa lavar! Talvez dentro da nossa própria casa seja o marido quem
precise lavar os pés da esposa; ou os pais precisem lavar os pés dos filhos, ou
talvez sejam os filhos que necessitem lavar os pés dos pais.
Nós precisamos lavar os
pés uns dos outros, quando lavamos os nossos pés, estamos nos purificando,
estamos nos reconciliando uns com os outros. Em vez da soberba, do grito, das
brigas, discussões e das acusações, porque tudo isso é do maligno e dever ser
expulso do meio de nós, que nós aprendamos, contemplando Jesus Crucificado, a
lavarmos os pés uns dos outros!
Uma boa Páscoa para
você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
LEITURA ORANTE
Jo 13,1-15 - O amor que serve

Preparo-me para a Leitura Orante,
rezando com todos os que encontram
este momento com a Palavra:
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus
pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e
Vida, tem piedade de nós
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto
do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Jo 13,1-15, e observo pessoas, palavras,
relações, lugares.
Faltava somente um dia para a Festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a hora de deixar este mundo e ir para o Pai. Ele sempre havia amado os seus que estavam neste mundo e os amou até o fim.
Jesus e os seus discípulos estavam jantando. O Diabo já havia posto na cabeça de Judas, filho de Simão Iscariotes, a idéia de trair Jesus. Jesus sabia que o Pai lhe tinha dado todo o poder. E sabia também que tinha vindo de Deus e ia para Deus. Então se levantou, tirou a sua capa, pegou uma toalha e amarrou na cintura. Em seguida pôs água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha. Quando chegou perto de Simão Pedro, este lhe perguntou:
- Vai lavar os meus pés, Senhor?
Jesus respondeu:
- Agora você não entende o que estou fazendo, porém mais tarde vai entender!
- O senhor nunca lavará os meus pés! - disse Pedro.
- Se eu não lavar, você não será mais meu discípulo! - respondeu Jesus.
- Então, Senhor, não lave somente os meus pés; lave também as minhas mãos e a minha cabeça! - pediu Simão Pedro.
Aí Jesus disse:
- Quem já tomou banho está completamente limpo e precisa lavar somente os pés. Vocês todos estão limpos, isto é, todos menos um.
Jesus sabia quem era o traidor. Foi por isso que disse: "Todos menos um."
Depois de lavar os pés dos seus discípulos, Jesus vestiu de novo a capa, sentou-se outra vez à mesa e perguntou:
- Vocês entenderam o que eu fiz? Vocês me chamam de "Mestre" e de "Senhor" e têm razão, pois eu sou mesmo. Se eu, o Senhor e o Mestre, lavei os pés de vocês, então vocês devem lavar os pés uns dos outros. Pois eu dei o exemplo para que vocês façam o que eu fiz.Jesus lava os pés dos discípulos para dizer uma só coisa: amar é servir. Jesus tira o manto, no meio da refeição, e começa a lavar os pés dos discípulos. Tirar o manto significa abrir mão de todo privilégio ou status. Ele faz o que faziam os escravos. Num gesto de infinito amor. No final, diz: "Vocês entenderam o que eu fiz? Vocês me chamam de "Mestre" e de "Senhor" e têm razão, pois eu sou mesmo. Se eu, o Senhor e o Mestre, lavei os pés de vocês, então vocês devem lavar os pés uns dos outros."
Faltava somente um dia para a Festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a hora de deixar este mundo e ir para o Pai. Ele sempre havia amado os seus que estavam neste mundo e os amou até o fim.
Jesus e os seus discípulos estavam jantando. O Diabo já havia posto na cabeça de Judas, filho de Simão Iscariotes, a idéia de trair Jesus. Jesus sabia que o Pai lhe tinha dado todo o poder. E sabia também que tinha vindo de Deus e ia para Deus. Então se levantou, tirou a sua capa, pegou uma toalha e amarrou na cintura. Em seguida pôs água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha. Quando chegou perto de Simão Pedro, este lhe perguntou:
- Vai lavar os meus pés, Senhor?
Jesus respondeu:
- Agora você não entende o que estou fazendo, porém mais tarde vai entender!
- O senhor nunca lavará os meus pés! - disse Pedro.
- Se eu não lavar, você não será mais meu discípulo! - respondeu Jesus.
- Então, Senhor, não lave somente os meus pés; lave também as minhas mãos e a minha cabeça! - pediu Simão Pedro.
Aí Jesus disse:
- Quem já tomou banho está completamente limpo e precisa lavar somente os pés. Vocês todos estão limpos, isto é, todos menos um.
Jesus sabia quem era o traidor. Foi por isso que disse: "Todos menos um."
Depois de lavar os pés dos seus discípulos, Jesus vestiu de novo a capa, sentou-se outra vez à mesa e perguntou:
- Vocês entenderam o que eu fiz? Vocês me chamam de "Mestre" e de "Senhor" e têm razão, pois eu sou mesmo. Se eu, o Senhor e o Mestre, lavei os pés de vocês, então vocês devem lavar os pés uns dos outros. Pois eu dei o exemplo para que vocês façam o que eu fiz.Jesus lava os pés dos discípulos para dizer uma só coisa: amar é servir. Jesus tira o manto, no meio da refeição, e começa a lavar os pés dos discípulos. Tirar o manto significa abrir mão de todo privilégio ou status. Ele faz o que faziam os escravos. Num gesto de infinito amor. No final, diz: "Vocês entenderam o que eu fiz? Vocês me chamam de "Mestre" e de "Senhor" e têm razão, pois eu sou mesmo. Se eu, o Senhor e o Mestre, lavei os pés de vocês, então vocês devem lavar os pés uns dos outros."
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Hoje é o dia da instituição do ministério sacerdotal e da Eucaristia, dia de ação de graças, como diz a própria palavra Eucaristia.
Hoje é o dia da instituição do ministério sacerdotal e da Eucaristia, dia de ação de graças, como diz a própria palavra Eucaristia.
E me pergunto:
sou capaz
de fazer como Jesus fez?
Sou capaz de deixar o manto de meus privilégios mesmo
quando tenho uma posição de chefia?
Sou capaz de viver meu cargo, minha posição
social como oportunidade para servir sem esperar retorno ou vantagens?
Só por
amor?
Os bispos, na Conferência de Aparecida disseram: “A Eucaristia é o lugar privilegiado do encontro do discípulo com Jesus
Cristo. Com este Sacramento, Jesus nos atrai para si e nos faz entrar em seu
dinamismo em relação a Deus e ao próximo. Há um estreito vínculo entre as três
dimensões da vocação cristã: crer, celebrar e viver o mistério de Jesus Cristo,
de tal modo, que a existência cristã adquira verdadeiramente uma forma
eucarística. Em cada Eucaristia, os cristãos celebram e assumem o mistério
pascal, participando n’Ele. Portanto, os fiéis devem viver sua fé na
centralidade do mistério pascal de Cristo através da Eucaristia, de maneira que
toda sua vida seja cada vez mais vida eucarística. A Eucaristia, fonte
inesgotável da vocação cristã é, ao mesmo tempo, fonte inextinguível do impulso
missionário. Ali, o Espírito Santo fortalece a identidade do discípulo e desperta
nele a decidida vontade de anunciar com audácia aos demais o que tem escutado e
vivido.” (DAp 251).
3. Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Hoje farei o possível de estar na comunidade em adoração a Jesus na Eucaristia. E, agora, faço esta oração, sugerida pelo bem-aventurado Alberione:
Hoje farei o possível de estar na comunidade em adoração a Jesus na Eucaristia. E, agora, faço esta oração, sugerida pelo bem-aventurado Alberione:
Jesus, divino Mestre,
Eu te louvo e agradeço
pelo grande dom da Eucaristia.
Teu amor te leva a morar conosco,
E a renovar teu mistério pascal na missa,
Onde te fazes nosso alimento.
Que eu possa tomar dessa água viva
que jorra do teu coração!
Concede-me a graça de conhecer-te sempre mais,
de encontrar-me contigo,
todos os dias, neste Sacramento,
de compreender e viver a missa,
de me alimentar com o teu Corpo com
devoção e fé. Amém.
Eu te louvo e agradeço
pelo grande dom da Eucaristia.
Teu amor te leva a morar conosco,
E a renovar teu mistério pascal na missa,
Onde te fazes nosso alimento.
Que eu possa tomar dessa água viva
que jorra do teu coração!
Concede-me a graça de conhecer-te sempre mais,
de encontrar-me contigo,
todos os dias, neste Sacramento,
de compreender e viver a missa,
de me alimentar com o teu Corpo com
devoção e fé. Amém.
Jesus Mestre, Verdade, Caminho e
Vida, tem piedade de nós.
4. Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é do amor que serve a todos, sem distinção.
Meu novo olhar é do amor que serve a todos, sem distinção.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.
Ir. Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, na nossa comunhão
eucarística, o pão e o vinho assimilados pelo corpo querem significar o Cristo
assumindo a nossa existência. E nós formamos a tua Igreja que, unida à natureza
e à humanidade, entoa o hino de glória à tua Criação. Pelo mesmo Cristo Jesus,
na unidade do Espírito Santo.

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