21 de Fevereiro
de 2014
ANO A

Mc
8,34-9,1
Comentário do Evangelho
O seguimento de Cristo exige entrega total
O reconhecimento do messianismo de Jesus e o modo de realizá-lo têm consequências para a vida dos discípulos. Num primeiro momento, como podemos notar da perícope precedente, foi frustrante para Pedro a consciência de que o Messias que tem diante de si não é o que esperava ter encontrado. A conversão de sua mentalidade exigirá um longo percurso. O seguimento de Cristo exige entrega total, pois é participação na vida do Senhor. A condição do seguimento diz respeito a todos, multidão e discípulos. Renunciar a si mesmo não é a negação do que se é, nem da própria história; é adesão livre e compromisso de viver a existência no dinamismo da entrega a Deus e aos outros. Renunciar a si mesmo é reconhecer a vida como dom e aceitar a vocação de fazer o outro viver, mesmo quando para isso a própria vida é posta em risco, como o foi para a vida de Jesus. Trata-se, portanto, de não se deixar levar pelo instinto de preservar a própria vida, mas ser movido pelo sopro de Deus. Renunciar a si mesmo é desejar e optar por viver a vida do Senhor, sem perder a própria identidade; é viver o caminho do Senhor como um caminho para a vida.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, transforma-me num seguidor fiel de Jesus, que saiba carregar a própria cruz e pôr-se no seguimento dele, mesmo devendo suportar humilhação e até a morte.
Vivendo a Palavra
Quando
Jesus diz para tomarmos nossa cruz e segui-lo, Ele nos pede que não cultivemos
angústias quanto ao passado e nem ansiedades quanto ao futuro. Que vivamos o
presente, inteiros e conscientes de que este tempo que chamamos ‘hoje’ é o
único que temos para descobrir e ‘comprar’ o Reino do Pai que já está dentro de
nós.
Reflexão
O Evangelho de hoje nos mostra um significado fundamental para entendermos o mistério da cruz. Jesus diz: "renuncie a si mesmo e tome a sua cruz". A cruz significa antes de tudo não ser mais nada para si e ser tudo para os outros. De fato, Jesus no alto da cruz já não tinha nada que fosse seu, a não ser a sua própria vida, e até ela nos é dada conforme ele mesmo nos diz: "Ninguém tira a minha vida, eu a dou livremente". Mas esse fato é o coroamento de toda a vida de Jesus que não se apegou ciosamente à sua condição divina, mas se fez homem, obediente até a morte e morte de cruz, vivendo totalmente para servir ao seu Pai e aos seus irmãos e irmãs, numa total oblação.
Entendemos o que significa renunciar a si mesmo? - Deixamos nossos projetos pessoais em segundo plano para dar preferência às coisas de Deus? - Há muito egoísmo. Somos culpados disso? - O que dizer dos que sofrem zombaria, desprezo, por manifestarem publicamente sua fé? - Procura compreender e assumir com firmeza as cruzes de sua vida?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Comentário do Evangelho
O CAMINHO DA CRUZ
O discipulado
comporta três atitudes radicais. Tudo começa com a renúncia de si mesmo. É
preciso abrir mão dos projetos pessoais e submetê-los às exigências do Reino.
Romper com o próprio egoísmo, que faz o indivíduo girar em torno de si mesmo, e
colocar o próximo e suas carências no centro de suas preocupações. Deixar de
lado os preconceitos e formas de pensar que não estão de acordo com o projeto
do Reino. Positivamente, a renúncia do discípulo supõe aceitar a liberdade
própria do Reino, que lhe descortina um horizonte infinito de possibilidades de
amar e fazer o bem.
O
passo seguinte consiste em tomar a sua cruz. Ou seja, ser capaz de enfrentar as
conseqüências de sua opção, sem se intimidar ou deixar arrefecer o entusiasmo
inicial. A cruz do discípulo é a cruz do testemunho verdadeiro de sua fé que,
ao defrontar-se com a iniqüidade, provoca reações de hostilidade, cujo ápice é
a morte cruel e violenta. É também a cruz do desprezo, rejeição, zombaria e
exclusão, por causa da fidelidade ao Reino e pela coragem de não pactuar com as
solicitações do mal.
Por
fim, o discípulo está em condições de aceitar o convite siga-me. E fazer do
caminho de Jesus seu próprio caminho e do projeto de Jesus seu próprio projeto.
Quem perde a própria vida, acaba encontrando a verdadeira vida, a que Jesus tem
para oferecer.
Oração
Senhor
Jesus, confirma em mim o desejo de deixar tudo para te seguir e encontrar a
vida verdadeira que tu tens para oferecer.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta,
Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste
Portal a cada mês)
Oração
Ó
Deus, que prometestes permanecer nos corações sinceros e retos, dai-nos, por
vossa graça, viver de tal modo, que possais habitar em nós. Por Nosso Senhor
Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
REFLEXÕES DE HOJE

21 de
FEVEREIRO - SEXTA
2 - Quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho,
vai salvá-la. Padre Queiroz
3 - O seguimento de Jesus - Igreja Matriz de Dracena
4 - Perder a vida para seguir Jesus -Helena Serpa
5 - Quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho,
vai salvá-la - Claretianos
6 - Siga-me - José Salviano
7 - "Aula de Reforço" - Diac. José da Cruz
HOMILIA
O CAMINHO DA CRUZ E
DA RESSUREIÇÃO
O discipulado comporta três atitudes
radicais. Tudo começa com a renúncia de si mesmo. E preciso abrir mão dos
projetos pessoais e submetê-los às exigências do Reino. Romper com o próprio
egoísmo, que faz o indivíduo ensimesmar-se, e colocar o próximo e suas
carências no centro de suas preocupações. Deixar de lado os preconceitos e as
formas de pensar que não estão de acordo com o projeto do Reino. Positivamente,
d renúncia do discípulo supõe aceitar a liberdade própria do Reino, que lhe
descortina um horizonte infinito de possibilidades de amar e fazer o bem.
O passo seguinte consiste em tomar a
sua cruz. Ou seja, ser capaz de enfrentar as conseqüências de sua opção, sem se
intimidar ou deixar arrefecer o entusiasmo inicial. A cruz do discípulo é a
cruz do testemunho verdadeiro de sua fé que, ao defrontar-se com a iniqüidade,
provoca reações de hostilidade, cujo ápice é a morte cruel e violenta. E também
a cruz do desprezo, da rejeição, da zombaria e da exclusão, por causa da
fidelidade ao Reino e pela coragem de não pactuar com as solicitações do mal.
Por fim, o discípulo está em
condições de aceitar o convite “siga-me”, e fazer do caminho de Jesus seu
próprio caminho e do projeto dele seu próprio projeto. Quem perde a própria
vida, acaba encontrando a verdadeira vida, a que Jesus tem para oferecer.
Jesus foi bem claro quando nos
revelou qual a condição para que sejamos Seus discípulos: renunciar a nós
mesmos (as) e tomar a nossa cruz a fim de segui-Lo. À primeira vista esta
expressão de Jesus é muito dura, porém, se nós pararmos para meditar na
profundidade das Suas palavras iremos descobrir que aí há uma promessa de
salvação incontestável. Jesus nos garante o fim de toda a nossa luta para nos
salvar: basta apenas que nos ponhamos a segui-Lo sem querer tomar para nós a
responsabilidade de sozinhos, conquistarmos a felicidade eterna.
A renúncia a nós mesmos implica na
abdicação das nossas opiniões próprias, dos nossos julgamentos e “maneira de
ver as coisas”. Renunciar a si mesmo é não seguir a própria razão humana que
não entende as coisas de Deus. É deixar-se conduzir com segurança e libertar-se
de si mesmo para ganhar a vida. Seguir a Jesus é seguir os Seus ensinamentos
abandonando as sugestões que o mundo dita e tudo o que a nossa carne decaída
projeta. Se tomarmos o rumo contrário nunca poderemos ser discípulo (a) de
Jesus. Tomar a Cruz significa passar pelas dificuldades assumindo os encargos e
não querendo fugir das responsabilidade por causa do sofrimento.
Muitas pessoas hoje estão preocupadas
com os males do mundo moderno e querem por força e de qualquer maneira se
livrarem do que consideram desgraça. Não querem expor-se nem assumir
compromissos e fogem dos encargos que podem pesar sobre os seus ombros. Quem
não quer sofrer pouco, acaba sofrendo muito e toda a pessoa que quer se livrar
de qualquer maneira dos seus percalços está procurando salvar a sua própria
vida.Não tem vergonha de Jesus aquele ou aquela que tem coragem de assumir
publicamente as suas dificuldades confiando no Seu livramento.
Você é daquelas pessoas que polemizam
a Palavra de Deus e dão a sua própria interpretação segundo lhe convem? – Você
tem usado de algum método ou meio que vai de encontro ao que Jesus ensinou? –
Você tem feito mais para ganhar a vida ou para ganhar o mundo inteiro? – Você
tem medo de enfrentar barreiras e de assumir compromissos? Você se envergonha
de falar de Jesus no meio em que você freqüenta.
Pai, transforma-me num seguidor fiel
de Jesus, que saiba carregar a própria cruz e pôr-se no seguimento dele, mesmo
devendo suportar humilhação e até a morte.
Fonte Homilia Padre Bantu Mendonça
Katchipwi Sayla
HOMÍLIA DIÁRIA
Precisamos ser a presença de Deus para
aqueles que sofrem
As obras de caridade as quais Deus nos chama a viver são: dar de
comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, visitar aquele que está na
prisão, cuidar do oprimido, do órfão, da viúva; ser uma presença de Deus para
aqueles que sofrem.
”Assim
como o corpo sem o espírito é morto, assim também a fé, sem as obras, é
morta” (Tg 2, 26).
Meus amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo, o nosso
Mestre hoje nos chama ao Seu seguimento. E para segui-Lo é necessário que
renunciemos a nós mesmos: sendo menos orgulhosos e menos egoístas e parando de
pensar somente em nós mesmos, para tomar a cruz do Senhor e segui-Lo, e ir
atrás do Senhor aonde quer que Ele vá. Pois quem vive preocupado em cuidar
somente de si, somente de suas coisas, quem procura salvar sua vida vai
perdê-la.
Ao
passo que, quem perde a sua vida em Deus, encontra o sentido pleno para sua
existência! O sentido pleno para a nossa vida é o viver da fé, a fé em Nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo, que deu a vida para nos salvar!
Fé
não é simplesmente um sentimento, fé não é apenas uma convicção religiosa, não
é dizer: ”Eu creio em Deus”. A fé é um consentimento, a fé é uma adesão à
Pessoa de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. E
hoje São Tiago nos chama à atenção para que a nossa fé não seja apenas uma fé
teórica, não seja apenas uma fé de atributos, mas que ela seja concreta. E o
que é uma fé concreta? É uma fé que se traduz em obras, porque
a fé que não mostra obras e não produz frutos é morta, ela não dá vida.
Sabem,
meus irmãos, nós, muitas vezes, procuramos alimentar os nossos gestos e
atitudes na fé ao procurarmos rezar mais. E como é importante isto: ter a nossa
vivência de fé, os nossos atos de fé, a nossa disposição de participar de tudo
aquilo que vai ser um alimento para a nossa fé. Mas não adianta nos enchermos
disso tudo se nós não sairmos de nós para mostrar a nossa fé em obras.
As
obras para as quais Deus nos chama à atenção são sobretudo as obras de
caridade, as obras de cuidado para com o nosso próximo, para com o nosso irmão.
Não adianta falar bonito de Deus se eu não sou capaz de perdoar e de ajudar a
quem precisa. Não adianta falarmos bonito da nossa fé se não somos capazes de
cuidar das necessidades dos mais sofridos. As obras de caridade as quais Deus
nos chama a viver são: dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem
sede, visitar aquele que está na prisão, cuidar do oprimido, do órfão, da
viúva; ser uma presença d’Ele para aqueles que sofrem.
Quando
olhamos Jesus, nós não podemos simplesmente admirar Suas pregações maravilhosas
e Seus exemplos de vida; nós devemos olhar para Jesus e ver n’Ele a caridade em
pessoa, aquele que se compadeceu do mais necessitado e do mais sofrido. Por
isso a nossa fé, para que não seja apenas uma fé de palavras, precisa ser uma
fé de obras, de exemplos e de muita caridade.
Que
Deus abençoe você!
LEITURA ORANTE
Mc 8,34-9,1 -
Chamado e condições para seguir Jesus
Invoco, com todos os internautas,
a luz do Espírito Santo para a Leitura Orante da Palavra.
a luz do Espírito Santo para a Leitura Orante da Palavra.
Ó Espírito Santo,
dá-me um coração grande,
aberto à tua silenciosa e forte
palavra inspiradora.
1. Leitura (Verdade)
- O que a Palavra diz?
Leio na
Bíblia o texto Mc 8,34-9,1
Aí Jesus chamou a
multidão e os discípulos e disse:
- Se alguém quer
ser meu seguidor, que esqueça os seus próprios interesses, esteja pronto para
morrer como eu vou morrer e me acompanhe. Pois quem põe os seus próprios
interesses em primeiro lugar nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a
si mesmo por minha causa e por causa do evangelho terá a vida verdadeira. O que
adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira? Pois não
há nada que poderá pagar para ter de volta essa vida. Portanto, se nesta época
de incredulidade e maldade alguém tiver vergonha de mim e dos meus
ensinamentos, então o Filho do Homem, quando vier na glória do seu Pai com os
santos anjos, também terá vergonha dessa pessoa.
E Jesus terminou,
dizendo:
- Eu afirmo a vocês
que isto é verdade: estão aqui algumas pessoas que não morrerão antes de verem
o Reino de Deus chegar com poder.
Jesus convida a segui-lo e
indica o itinerário:
Primeiro, renunciar a si mesmo.
O que
significa isto?
Significa renunciar a toda ambição de poder, domínio,
prestígio.
Em segundo lugar, o
discípulo deve tomar a sua cruz e segui-lo. Quer dizer: aceitar, até às últimas
conseqüências, as dificuldades, limites, barreiras.
2. Meditação (Caminho)
- O que a Palavra diz para mim?
Como discípulo/a de Jesus, sou capaz
de renunciar a mim mesmo/a, ou seja, não usar a fé, cargos e posições na
comunidade para alimentar minha vaidade e poder?Sou capaz de sofrer,
renunciando ao meu bem-estar em favor de outras pessoas?
Em Aparecida, disseram
os bispos:
" A própria vocação, a
própria liberdade e a própria originalidade são dons de Deus para a plenitude e
a serviço do mundo.
Diante da exclusão, Jesus defende os
direitos dos fracos e a vida digna de todo ser humano. De seu Mestre, o
discípulo tem aprendido a lutar contra toda forma de desprezo da vida e de
exploração da pessoa humana. Só o Senhor é autor e dono da vida. O ser humano,
sua imagem vivente, é sempre sagrado, desde a sua concepção até a sua morte
natural; em todas as circunstâncias e condições de sua vida. Diante das
estruturas de morte, Jesus faz presente a vida plena. “Eu vim para dar vida aos
homens e para que a tenham em abundância” (Jo 10,10). Por isso, cura os
enfermos, expulsa os demônios e compromete os discípulos na promoção da
dignidade humana e de relacionamentos sociais fundados na justiça" (DAp
111-112).
3.Oração
(Vida)
Rezo com o Bem-aventurado Alberione:
Mestre: a tua vida me traça
o caminho;
a tua doutrina confirma e ilumina os
meus passos;
a tua graça me sustenta e me conduz
no caminho do céu.
Tu és perfeito Mestre: dás o
exemplo,
me ensinas e me
animas a seguir-te.
4.
Contemplação (Vida)
- Qual o meu novo olhar a partir da
Palavra?
Renovo o compromisso de seguimento de
Jesus e peço-lhe que abençoe o meu desejo de testemunhar e fazer
o bem.
Bênção
“O Senhor te abençoe e te guarde.
O Senhor faça brilhar sobre ti sua
face, e se compadeça de ti.
O Senhor volte para ti o seu rosto e
te dê a paz” (Nm 6, 24-26).
Em nome do Pai...
I. Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a
peregrinar com alegria e leveza pelos caminhos desta terra encantada que nos
ofereces. Inspira-nos a anunciar aos irmãos nossa confiança no teu Amor
inefável que nos está conduzindo para o abraço eterno. Pelo Cristo Jesus, teu
Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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