8 de Novembro
de 2013
Ano C

Lc 16,1-8
Comentário do Evangelho
A porta que dá
acesso ao Reino de Deus é o próprio Jesus.
É preciso cuidado para
interpretar bem o que a parábola diz, do contrário poderia induzir a erro,
considerando que Jesus elogia a desonestidade do administrador. O que é louvado
nesta parábola é a habilidade de uma pessoa de empregar os meios para alcançar
determinado fim; ele utiliza sua inteligência para encontrar o meio de
assegurar sua felicidade.
O que preocupa Jesus são os meios para entrar no
Reino de Deus – é exatamente isto que a parábola enfatiza. Não quaisquer meios,
pois é preciso entrar pela “porta estreita”. A porta que dá acesso ao Reino de
Deus é o próprio Jesus. Jesus urge dos discípulos deixarem a passividade e
empreenderem tal “sabedoria” para alcançar o seu objetivo, a saber, entrar no
Reino de Deus. Não é, reiteramos, elogio à desonestidade, mas ao esforço de
buscar os meios para ter a vida salva. Esta é a lição dada aos discípulos e ao
leitor do evangelho: é preciso sair do comodismo; o Reino de Deus exige
empenho, inteligência e discernimento.
Carlos Alberto
Contieri, sj
ORAÇÃO
Pai, torna-me esperto em
relação às coisas do Reino, e sempre misericordioso no trato com o meu
semelhante, pois é assim que alcançarei a comunhão contigo.
Vivendo a Palavra
Nós somos os administradores contratados pelo
Pai. Sabemos que a vida é passageira e logo chegará a hora de prestar contas.
Quais diretrizes adotamos em nosso trabalho – o toma-lá-dá-cá proposto pelo
mundo, ou a Lei do Amor ensinada e vivida pelo Cristo Jesus? É oportuno um bom
exame de consciência.
Reflexão
- Lc 16, 1-8
Neste trecho do Evangelho, Jesus nos
mostra que os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os
filhos da luz. Então podemos perguntar: Por que isso acontece? A resposta é
muito simples: é porque os negócios em geral são regidos pelos valores do
mundo, que são inaceitáveis para quem quer viver na radicalidade os valores do
reino de Deus. Os valores que regem a economia são o lucro desenfreado, a
exploração, o egoísmo, a dureza de coração, só se pensa em si próprio e nos
seus interesses. Essa esperteza não interessa aos que querem viver como filhos
e filhas de Deus.
Recadinho

Será
que não estou pensando que Jesus elogia a malandragem? - Não seria o momento de
me colocar na posição justa? Jesus, com seu exemplo, quer nos ensinar a sermos
espertos para conseguir os bens eternos usando de honesta esperteza. Pensemos
nisto! - Será que às vezes não corro o risco de ser desonesto com os
desonestos? - Nossa comunidade se preocupa e faz algo para combater as
injustiças do mundo? - Vendo seu futuro em jogo, o homem mostra duas coisas: de
rapidez na decisão e grande astúcia. Defendeu a própria pele, como se diz.
Jesus quer que façamos o mesmo, mas para colocar a salvo nosso futuro eterno e
não as coisas deste mundo!
Padre Geraldo
Rodrigues, C.Ss.R
REFLEXÕES DE HOJE

08 DE NOVEMBRO - SEXTA
Liturgia comentada
Presta contas! (Lc 16,1-8)
Esta parábola do administrador
desonesto costuma escandalizar muita gente. De fato, uma leitura superficial do
Evangelho parece dar a entender que o Mestre faz elogios um safado. Claro que
não! A falta de ética do corrupto – para usar termos bem atuais – era (e é)
execrável. Mentira e falsidade jamais receberiam elogios do Mestre da Verdade!
O que Jesus quer ensinar é bem outra
coisa: se os fiéis dedicassem por sua salvação (e pela salvação dos outros!) o
mesmo empenho e inteligência que os homens do mundo dedicam a seus negócios
escusos e duvidosos, pouca gente se perderia.
Mas não é bem sobre isto que eu quero
refletir hoje. Claro que devemos prestar contas de nossa vida ao seu término,
diante do divino Juiz. Mas não devemos cair na ilusão de que seremos capazes de
acumular tantos méritos, a ponto de podermos apresentar a Deus uma fatura e dele
cobrar nosso direito ao céu. A salvação é sempre graça, grátis, dom. Antes,
será com trajes de mendigo que nos apresentaremos ao Senhor.
É exatamente disso que falo – um tema
tipicamente teresiano - em meu soneto “Balanço”:
Quando chegar ao fim a minha vida,
Toda
cheia de curvas e de dobras,
Ah!
não contes, Senhor, as minhas obras
A
ver se a recompensa é merecida!
Minha justiça é logo corrompida...
Minhas boas ações, apenas sobras...
Eu fui um fariseu: minhas manobras
São ruínas em pó, massa falida...
Quando chegar ao fim destes meus dias,
ei
que terei as minhas mãos vazias
E a
túnica bem rota de um mendigo!
E, por saber que tudo logo passa,
Eu me abandono inteiro à tua graça,
Pois só o Amor eu levarei comigo...
Orai sem cessar: “Deus tenha piedade de
nós e nos abençoe!” (Sl 67,1)
Texto de Antônio Carlos Santini,
da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Seja esperto para fazer o Reino de Deus
acontecer
Não sabemos usar da sabedoria evangélica, da
esperteza – no bom sentido da palavra – para fazer o Reino de Deus acontecer.
“Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus
negócios do que os filhos da Luz” (Lucas 16,8).
O Evangelho de hoje parece de difícil compreensão, pois causa um
nó em nossa cabeça, uma certa confusão. Jesus está dando o exemplo de um
administrador que, além de infiel, foi desonesto na maneira como tratou seus
negócios.
O administrador não fez aquilo que lhe foi confiado. Antes ainda
de sair do seu trabalho, ajustou-se com os devedores para depois não ficar “mal
na conta”. Acertou com um e mudou o valor que este devia ao patrão, fez o mesmo
com os outros, de modo que formou muitos amigos, porque agiu com esperteza.
Olhando para essa parábola, perguntamos: “Por que o Senhor nos
conta essa parábola? Justamente para entendermos que os filhos deste mundo,
aqueles que agilizam as coisas, fazem com que elas aconteçam, agem com
esperteza e levam a desonestidade até às últimas consequências. “O importante é
levar vantagem, é ter lucro”, assim pensam os filhos deste mundo. Digo mais:
eles não desanimam. Não deu certo aqui, tentam de outra maneira. Mas nós, que
temos as armas da luz, as armas do Reino dos Céus, as graças do Evangelho, não
temos agilidade e desanimamos com qualquer coisa. Mais ainda: estamos
combatendo uns aos outros.
Não sabemos usar da sabedoria evangélica, da esperteza – no bom
sentido da palavra – para fazer o Reino de Deus acontecer. Veja que as coisas
do mundo vêm envoltas em pacotes, ainda que o produto não seja bom. O pacote
deles é bom demais, pois demonstra alegria, satisfação naquilo que apresentam.
Nós, que apresentamos o Reino de Deus, o levamos com tristeza no
coração, com desânimo, com ar de fracasso, por isso não temos habilidade,
agilidade e eficácia em mostrá-lo às pessoas; assim, as trevas crescem. Nós que
somos chamados filhos da Luz não sabemos usar da esperteza e da sabedoria
evangélica para fazer o Reino acontecer.
Que o Senhor nos conceda agilidade, habilidade e verdadeira
sabedoria para aplicarmos na multiplicação da Sua Palavra.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.Facebook Twitter
LEITURA ORANTE
Lc 16,1-8 - Compromisso com Deus

A esperteza do administrador
Preparo-me para a Leitura Orante,
fazendo uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra com
todas as pessoas que se neste ambiente
virtual.
Graça e Paz a todos os que se reúnem aqui, na web, em torno da Palavra.
Graça e Paz a todos os que se reúnem aqui, na web, em torno da Palavra.
Jesus Mestre, creio com viva fé
que estais aqui presente, junto de
mim,
para indicar-me o caminho que leva ao
Pai.
Iluminai minha mente, movei meu
coração,
para que esta meditação produza em
mim frutos de vida.
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
O que diz o texto do dia?
Leio com atenção, a Bíblia, o
texto de hoje: Lc 16,1-8 que narra a parábola do administrador desonesto.
Jesus disse aos seus discípulos:
- Havia um homem rico que tinha um administrador que cuidava dos seus bens. Foram dizer a esse homem que o administrador estava desperdiçando o dinheiro dele. Por isso ele o chamou e disse: "Eu andei ouvindo umas coisas a respeito de você. Agora preste contas da sua administração porque você não pode mais continuar como meu administrador."
- Aí o administrador pensou: "O patrão está me despedindo. E, agora, o que é que eu vou fazer? Não tenho forças para cavar a terra e tenho vergonha de pedir esmola. Ah! Já sei o que vou fazer... Assim, quando for mandado embora, terei amigos que me receberão nas suas casas."
- Então ele chamou todos os devedores do patrão e perguntou para o primeiro: "Quanto é que você está devendo para o meu patrão?"
- "Cem barris de azeite!" - respondeu ele.
O administrador disse:
- "Aqui está a sua conta. Sente-se e escreva cinqüenta."
- Para o outro ele perguntou: "E você, quanto está devendo?"
- "Mil medidas de trigo!" - respondeu ele.
- "Escreva oitocentas!" - mandou o administrador.
- E o patrão desse administrador desonesto o elogiou pela sua esperteza.
E Jesus continuou:
- As pessoas deste mundo são muito mais espertas nos seus negócios do que as pessoas que pertencem à luz.
Jesus disse aos seus discípulos:
- Havia um homem rico que tinha um administrador que cuidava dos seus bens. Foram dizer a esse homem que o administrador estava desperdiçando o dinheiro dele. Por isso ele o chamou e disse: "Eu andei ouvindo umas coisas a respeito de você. Agora preste contas da sua administração porque você não pode mais continuar como meu administrador."
- Aí o administrador pensou: "O patrão está me despedindo. E, agora, o que é que eu vou fazer? Não tenho forças para cavar a terra e tenho vergonha de pedir esmola. Ah! Já sei o que vou fazer... Assim, quando for mandado embora, terei amigos que me receberão nas suas casas."
- Então ele chamou todos os devedores do patrão e perguntou para o primeiro: "Quanto é que você está devendo para o meu patrão?"
- "Cem barris de azeite!" - respondeu ele.
O administrador disse:
- "Aqui está a sua conta. Sente-se e escreva cinqüenta."
- Para o outro ele perguntou: "E você, quanto está devendo?"
- "Mil medidas de trigo!" - respondeu ele.
- "Escreva oitocentas!" - mandou o administrador.
- E o patrão desse administrador desonesto o elogiou pela sua esperteza.
E Jesus continuou:
- As pessoas deste mundo são muito mais espertas nos seus negócios do que as pessoas que pertencem à luz.
Muitos acham esta parábola desconcertante. Ela diz claramente que o administrador era desonesto. E, no entanto, o patrão o louva. Mais ainda: Jesus o apresenta como modelo. O administrador usa de sua esperteza. Procura se cercar de amigos. E os faz através dos devedores do seu patrão. O recurso que utiliza é engenhoso e desonesto. O patrão admira o seu engenho.
Podemos entender assim: na parábola de Jesus, Deus é o patrão defraudado que nos recebe no seu Reino, apesar de nossa pobre administração.
2. Meditação
(Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Os bispos na Conferência de Aparecida lembraram: “ Dos que vivem em Cristo se espera um testemunho muito crível de santidade e de compromisso. Desejando e procurando essa santidade não vivemos menos, mas melhor, porque, quando Deus pede mais, é porque está oferecendo muito mais: “Não tenham medo de Cristo! Ele não tira nada e nos dá tudo!”(DAp 352).
E eu me interrogo:
O que o texto diz para mim, hoje?
Os bispos na Conferência de Aparecida lembraram: “ Dos que vivem em Cristo se espera um testemunho muito crível de santidade e de compromisso. Desejando e procurando essa santidade não vivemos menos, mas melhor, porque, quando Deus pede mais, é porque está oferecendo muito mais: “Não tenham medo de Cristo! Ele não tira nada e nos dá tudo!”(DAp 352).
E eu me interrogo:
Como é meu testemunho?
De
santidade?
De compromisso?
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos e concluo com a oração:
Jesus Mestre,
agradeço-vos pelas luzes que me
destes nesta reflexão.
Perdoai-me, pelos limites
que me impediram de fazê-la melhor.
Ofereço-vos a resolução que tomei
e que espero viver, com a vossa
graça.
Maria, Rainha dos Apóstolos, rogai
por mim!
São Paulo Apóstolo, rogai por nós!
4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Sinto-me discípulo/a de Jesus.Meu olhar deste dia será iluminado pela presença
de Jesus Cristo, pelo compromisso que assumo com o Reino de Deus.
Rezo com o bem-aventurado Alberione:
Jesus e Maria, dai-me a vossa bênção:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém
Ó Jesus Mestre, Verdade-Caminho-Vida, tem piedade de nós.
Irmã Patrícia Silva, fsp
Rezo com o bem-aventurado Alberione:
Jesus e Maria, dai-me a vossa bênção:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém
Ó Jesus Mestre, Verdade-Caminho-Vida, tem piedade de nós.
Irmã Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai
Santo, a sociedade consumista oferece com facilidade o seu aplauso ao nosso
egoísmo, ao nosso desejo de levar vantagens ilusórias e efêmeras. Dá-nos, Pai
amado, discernimento e coragem para seguir os caminhos do Cristo Jesus, teu
Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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