São Daniel Comboni nasceu em Limone (Itália), em 1831. Único
sobrevivente de oito irmãos. Aos dez anos ingressou num internato de Verona.
Quando tinha dezessete anos, ouvindo contar as vicissitudes dos missionários na
África, decidiu dedicar sua vida à evangelização dos africanos.
Em 1854 é ordenado sacerdote, quando contava 23 anos de idade. Depois de uma
cuidadosa preparação, estudando árabe, medicina, música etc., partiu para
África em 1857.
Estando lá, impressionou-se com a terrível situação dos escravos. A prática do
tráfico de escravos estava de tal maneira arraigada que, no Egito e no Sudão, o
único local onde os escravos encontravam asilo eram as missões de Daniel
Comboni.
Após dois anos, teve de regressar à Itália. Mas Comboni não desanima e idealiza
um projeto que ele chamou “Plano para a regeneração da África”. A idéia central
do projeto era salvar a África por meio dos próprios africanos. Propunha-se
fundar escolas, hospitais, universidades, ao longo de toda a costa africana.
Nestes centros formariam-se os futuros cristãos, professores, enfermeiros,
sacerdotes e religiosas, que depois penetrariam no interior, a fim de
evangelizar as populações africanas e promover o seu desenvolvimento.
Fundou em 1867 o Instituto para as Missões na África que deu lugar ao que hoje
são os Missionários Combonianos.
Em 1877 é ordenado Bispo da África Central e logo a seguir ordena sacerdote um
antigo escravo, primeiro padre africano daqueles lugares, quando na Europa
alguns ainda negavam ao africano a evidência de ser pessoa.
Grande missionário, Comboni era capaz de atravessar o deserto para fundar um
centro missionário no sul do Sudão, como também empenhava-se em falar para
associações missionárias, Bispos, em Paris, Colônia (Alemanha) etc, com o
objetivo de arrecadar auxílio econômico e de pessoal, organizando grupos e
equipes de missionários para a Missão na África Central.
Morreu aos 50 anos, a 10 de outubro de 1881, no meio desta gente que tanto
amou. No momento da morte abençoa os seus companheiros dizendo: “Não temais; eu morro, mas a
minha obra não morrerá”.
Beatificado por João Paulo II a 17 de março de 1996, São Daniel Comboni foi
canonizado pelo mesmo Sumo Pontífice em 5 de outubro de 2003.
São Daniel Comboni, rogai por nós!
São Daniel Comboni
São Daniel Comboni
1831-1881
Fundou
o Instituto dos Padres
Missionários Combonianos e o
Instituto das Irmãs
Missionárias
Combonianas
Daniel Comboni era
italiano de Limone sul Garda, na Brescia, tendo nascido, em 15 de março de
1831, numa família cristã, unida, humilde e pobre de camponeses. Os pais, Luis
e Domenica, dedicavam-lhe um amor incontido, pois era o único sobrevivente de
oito filhos.
Por causa da condição econômica, enviaram Daniel
para estudar no Instituto dos padres mazzianos em Verona, quando, então,
despertou sua vocação para o sacerdócio, especialmente para a missão da África
Central, onde os mazzianos atuam. Em 1854, já formado em filosofia e teologia,
Daniel é ordenado sacerdote. Três anos depois, recebe as bênçãos dos pais e
parte para a África, junto com mais cinco missionários.
Após quatro meses de viagem, padre Comboni chega a
Cartum, capital do Sudão. A realidade africana é cruel e choca. As dificuldades
começam no clima insuportável, passam pelas doenças, pobreza, abandono do povo
e terminam com o índice elevado de mortes entre os jovens companheiros. Mas
tudo isso serve de estímulo para seguir avante, sem abandonar a missão e o
entusiasmo.
Pela África e seu povo, padre Comboni regressa à
Itália, numa tentativa de conseguir uma nova tática para evangelizar naquele
continente. Em 1864, rezando junto ao túmulo de são Pedro, em Roma, surge a
luz. Elabora seu plano para a regeneração da África, resumido apenas num tema:
"Salvar a África com a África", um projeto missionário simples e
ousado para a época.
Padre Comboni passa, imediatamente, à ação, pede
todo tipo de ajuda espiritual e material à sociedade européia, vai aos reis,
bispos, ricos senhores e recorre também ao povo pobre e simples. A missão da
África Central precisa de todos engajados no mesmo objetivo cristão e
humanitário. Dedica-se com tanto empenho e ânimo que consegue fundar uma
revista de incentivo missionário, a primeira na Itália.
Além disso, fundou, em 1867, o Instituto dos
Missionários, depois chamados de Padres Missionários Combonianos e, em 1872, o
Instituto das Missionárias, mais tarde conhecidas como Irmãs Missionárias
Combonianas.
No Concílio Vaticano I, ele participa como teólogo
do bispo de Verona, conseguindo que outros setenta bispos assinem uma petição
em favor da evangelização da África Central. Em 1877, Comboni é nomeado vigário
apostólico da África Central e, em seguida, é também consagrado o primeiro
bispo católico da África Central, confirmação de que suas idéias antes
contestadas são as mais eficientes para anunciar a Palavra de Cristo aos
africanos.
Depois de muito sofrimento no corpo e no espírito,
no dia 10 de outubro de 1881 o bispo Comboni morre, em Cartum, em meio ao povo
africano, rodeado pelos seus religiosos, com a certeza de que sua obra
missionária não morreria.
Chamado de "Pai dos Negros" pelo papa
João Paulo II, ao beatificá-lo em 1996, o mesmo pontífice declarou santo Daniel
Comboni em 2003. A sua comemoração litúrgica deve ocorrer no dia de sua morte.
São Daniel Comboni
FUNDADOR DOS
MISSIONÁRIOS COMBONIANOS DO CORAÇÃO DE JESUS - MCCJ
E DAS IRMÃS MISSIONÁRIAS COMBONIANAS
CONGREGAÇÃO DOS COMBONIANOS
Comemoração litúrgica: 10 de outubro
Também nesta data: São Paulino de York, São Gedeão e São Francisco de Bórgia

Daniel Comboni: um filho de camponeses-jardineiros pobres que se tornou o primeiro Bispo católico da África Central e um dos maiores missionários na história da Igreja.
É mesmo verdade: quando o Senhor decide intervir e encontra uma pessoa generosa e disponível, acontecem coisas novas e grandiosas.
Filho único - pais santos
Daniel Comboni nasceu em Limone sul Garda (Brescia - Itália) a 15 de Março de 1831, duma família de camponeses ao serviço de um rico senhor local. O pai e a mãe, Luis e Domenica, eram afeiçoadíssimos a Daniel, o quarto de oito filhos falecidos quase todos em tenra idade. Eles formavam uma família unida, rica de fé e de valores humanos, mas pobre de meios econômicos. E é exatamente a pobreza da família Comboni que obriga Daniel a deixar a aldeia natal para ir freqüentar a escola em Verona, no Instituto fundado pelo sacerdote Don Nicola Mazza.
Nestes anos passados em Verona, Daniel descobre a sua vocação ao sacerdócio, completa os estudos de filosofia e teologia e, sobretudo, abre-se à missão da África Central, fascinado pelo testemunho dos primeiros missionários mazzianos que regressavam do continente africano. Em 1854 Daniel Comboni é ordenado sacerdote e três anos depois parte para a África juntamente com outros cinco missionários do Istituto Mazza, com a benção da mãe Domenica que lhe diz: «Vai, Daniel, e que o Senhor te abençoe».
No coração da África - com a África no coração
Após quatro meses de viagem, a expedição missionária de que Comboni faz parte chega a Cartum, capital do Sudão. O impacto com a realidade africana é enorme. Daniel dá-se imediatamente conta das dificuldades que comporta a sua nova missão. O cansaço, o clima insuportável, as doenças, a morte de numerosos e jovens companheiros, a pobreza e abandono do povo impelem-no cada vez mais a seguir em frente e a não abandonar a missão iniciada com tanto entusiasmo. Da missão de Santa Cruz escreve aos seus pais: «Teremos que sofrer, suar, morrer, mas o pensar que se sofre e morre por amor de Jesus Cristo e da salvação das almas mais abandonadas do mundo é demasiado consolador para nos fazer desistir da grande empresa».
Ao assistir à morte em África dum seu jovem companheiro missionário, Comboni em vez de desanimar sente-se interiormente confirmado na decisão de continuar a sua missão: «Ou Nigrizia ou morte, ou a África ou a morte».
E é sempre a África e a sua gente que levam Comboni, uma vez regressado a Itália, a conceber uma nova estratégia missionária. Em 1864, recolhido em oração junto ao túmulo de São Pedro em Roma, Daniel tem uma iluminação fulgurante que o leva a elaborar o seu famoso Plano para a regeneração da África, um projeto missionário (que se pode sintetizar numa intuição), «Salvar a África com a África», e que é fruto da sua ilimitada confiança nas capacidades humanas e religiosas dos povos africanos.
Um Bispo missionário original
No meio de dificuldades e incompreensões não indiferentes, Daniel Comboni tem a intuição de que a sociedade européia e a Igreja católica são chamadas a tomar em maior consideração a missão da África Central. Com este objetivo dedica-se a uma incansável animação missionária em todos os recantos da Europa, pedindo ajudas espirituais e materiais para as missões africanas, quer aos Reis, Bispos e grandes Senhores, quer ao povo pobre e simples. Como instrumento de animação missionária cria uma revista missionária, a primeira em Itália.
A sua fé inquebrantável no Senhor e na África leva-o a fundar em 1867 e 1872, respectivamente, os seus Institutos missionários, masculino e feminino, posteriormente conhecidos como Missionários Combonianos e Irmãs Missionárias Combonianas.
Como teólogo do Bispo de Verona, participa no Concílio Vaticano I, levando 70 Bispos a subscreverem uma petição em favor da evangelização da África Central (Postulatum pro Nigris Africæ Centralis).
A 2 de Julho de 1877 Comboni é nomeado Vigário Apostólico da África Central e consagrado Bispo um mês mais tarde: é a confirmação de que as suas idéias e as suas ações, por muitos consideradas demasiado arrojadas ou até paranóicas, são extremamente eficazes para o anúncio do Evangelho e para a libertação do continente africano.
Nos anos de 1877-1878 sofre no corpo e no espírito, juntamente com os seus missionários e missionárias, a tragédia duma estiagem e carestia sem precedentes que dizimam a população local e abalam o pessoal e a atividade missionária.
Com a cruz por amiga e esposa
Em 1880, com o entusiasmo de sempre, o Bispo Comboni regressa à África pela oitava e última vez, decidido a continuar, lado a lado com os seus missionários e missionárias, a luta contra a praga da escravatura e a consolidar a atividade missionária através dos próprios africanos. Um ano depois, provado pelo cansaço, pelas freqüentes e recentes mortes dos seus colaboradores e pela amargura de acusações e calúnias, o grande missionário adoece. A 10 de Outubro de 1881, com apenas 50 anos de idade, marcado pela cruz que, qual esposa fiel e amada, nunca o abandonou, morre em Cartum no meio da sua gente, consciente de que a obra missionária não morreria. «Eu morro, mas a minha obra não morrerá».
Daniel Comboni tinha visto bem. A sua obra não morreu; pelo contrario, como todas as grandes obras que «nascem e crescem aos pés da cruz», continua a viver graças à doação da vida feita por tantos homens e mulheres que escolheram seguir Comboni no caminho da árdua e entusiasmante missão entre os povos mais necessitados na fé e mais abandonados pela solidariedade humana.
As datas fundamentais
— Daniel Comboni nasce em Limone sul Garda (Brescia - Itália) a 15 de Março de 1831.
— Consagra a sua vida à África (1849), realizando um projeto que a partir de 1857, ano em que embarca para a África pela primeira vez, o leva várias vezes a arriscar a vida em extenuantes expedições missionárias.
— Em 31 de Dezembro de 1854, ano da proclamação da Imaculada Conceição de Maria, é ordenado sacerdote pelo Bispo de Trento, o Beato João Nepomuceno Tschiderer.
— Com a confiança em que os africanos se tornariam eles mesmos protagonistas da própria evangelização dá vida a um projeto que tem por finalidade«Salvar a África com África» (Plano de 1864).
— Fiel ao seu lema «Ou Nigrizia ou morte», não obstante as dificuldades, prossegue com o seu projeto fundando em 1867 o Instituto dos Missionários Combonianos.
— Qual voz profética, proclama a toda a Igreja, particularmente na Europa, que chegou a hora da salvação dos povos da África. Para isso ele, um simples sacerdote, não exita em se apresentar no Concílio Vaticano I para pedir aos Bispos que cada Igreja local se comprometa na conversão da África (Postulatum, 1870).
— Com coragem pouco comum naqueles tempos, concebe as Irmãs missionárias como plenamente participantes na missão da África Central, e em 1872 funda o seu Instituto de Irmãs exclusivamente consagradas às missões: as Irmãs Missionárias Combonianas.
— Pelos africanos consome todas as suas energias, e luta tenazmente pela abolição da escravatura.
— Em 1877 é consagrado Bispo e nomeado Vicário Apostólico da África Central.
— Morre em Cartum (Sudão) consumido pelas canseiras e pelas cruzes na noite de 10 de Outubro de 1881.
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— Em 17 de Março de 1996 é beatificado em São Pedro por Sua Santidade o Papa João Paulo II.
— Em 20 de Dezembro de 2002 è reconhecido o segundo milagre operado por sua intercessão em favor de uma mãe muçulmana do Sudão, Lubna Abdel Aziz.
— Em 5 de Outubro de 2003 è canonizado em São Pedro por Sua Santidade o Papa João Paulo II.
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