São
Pio de Pietrelcina fundador do hospital "Casa Alívio do Sofrimento''
Este digníssimo seguidor de S. Francisco de Assis nasceu no dia
25 de maio de 1887 em Pietrelcina (Itália). Seu nome verdadeiro era Francesco
Forgione. Ainda
criança era muito assíduo com as coisas de Deus, tendo uma inigualável
admiração por Nossa Senhora e o seu Filho Jesus, os quais via constantemente
devido à grande familiaridade. Ainda pequenino havia se tornado amigo do seu
Anjo da Guarda, a quem recorria muitas vezes para auxiliá-lo no seu trajeto nos
caminhos do Evangelho.
Conta
a história que ele recomendava muitas vezes as pessoas a recorrerem ao seu Anjo
da Guarda estreitando assim a intimidade dos fiéis para com aquele que viria a
ser o primeiro sacerdote da história da Igreja a receber os estigmas do Cristo
do Calvário. Com
quinze anos de idade entrou no Noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos
em Morcone, adotando o nome de “Frei Pio” e foi ordenado sacerdote em 10 de
agosto de 1910 na Arquidiocese de Benevento. Após
a ordenação, Padre Pio precisou ficar com sua família até 1916, por motivos de
saúde e, em setembro desse mesmo ano, foi enviado para o convento de São
Giovanni Rotondo, onde permaneceu até o dia de sua morte.
Abrasado
pelo amor de Deus, marcado pelo sofrimento e profundamente imerso nas
realidades sobrenaturais, Padre Pio recebeu os estigmas, sinais da Paixão de
Jesus Cristo, em seu próprio corpo. Entregando-se
inteiramente ao Ministério da Confissão, buscava por meio desse sacramento
aliviar os sofrimentos atrozes do coração de seus fiéis e libertá-los das
garras do demônio, conhecido por ele como “barba azul”.
Torturado,
tentado e testado muitas vezes pelo maligno, esse grande santo sabia muito da
sua astúcia no afã de desviar os filhos de Deus do caminho da fé. Percebendo
que não somente deveria aliviar o sofrimento espiritual, recebeu de Deus a
inspiração de construir um grande hospital, conhecido como “Casa Alívio do
Sofrimento”, que se tornou uma referência em toda a Europa. A fundação deste
hospital se deu a 5 de maio de 1956.
Devido
aos horrores provocados pela Segunda Guerra Mundial, Padre Pio cria os grupos
de oração, verdadeiras células catalisadoras do amor e da paz de Deus, para
serem instrumentos dessas virtudes no mundo que sofria e angustiava-se no vale
tenebroso de lágrimas e sofrimentos. Na
ocasião do aniversário de 50 anos dos grupos de oração, Padre Pio celebrou uma
Missa nesta intenção. Essa Celebração Eucarística foi o caminho para o seu
Calvário definitivo, na qual entregaria a alma e o corpo ao seu grande Amor:
Nosso Senhor Jesus Cristo; e a última vez em que os seus filhos espirituais
veriam a quem tanto amavam.
Era
madrugada do dia 23 de setembro de 1968, no seu quarto conventual com o terço
entre os dedos repetindo o nome de Jesus e Maria, descansa em paz aquele que
tinha abraçado a Cruz de Cristo, fazendo desta a ponte de ligação entre a terra
e o céu.
Foi
beatificado no dia 2 de maio de 1999 pelo Papa João Paulo II e canonizado no
dia 16 de junho de 2002 também pelo saudoso Pontífice. Padre
Pio dizia: “Ficarei na porta do Paraíso até o último dos meus filhos entrar!”
São
Pio de Pietrelcina, rogai por nós!
São Pio de Pietrelcina
São Pio de Pietrelcina
(1887-1968)
Padre Pio nasceu no dia 25 de maio de 1887, em Pietrelcina,
Itália. Era filho de Gracio Forgione e de Maria Josefa de Nunzio. No dia
seguinte, foi batizado com o nome de Francisco, e mais tarde seria, de fato, um
grande seguidor de são Francisco de Assis.
Aos doze anos, recebeu os sacramentos da primeira
comunhão e do crisma. E aos dezesseis anos, entrou no noviciado da Ordem dos
Frades Menores Capuchinhos, da cidadezinha de Morcone, onde vestiu o hábito dos
franciscanos e tomou o nome de frei Pio. Terminado o ano de noviciado, fez a
profissão dos votos simples e, em 1907, a dos votos solenes.
Depois da ordenação sacerdotal, em 1910, no
Convento de Benevento, padre Pio, como era chamado, ficou doente, tendo de
voltar a conviver com sua família para tratar sua enfermidade, e lá permaneceu
até o ano de 1916. Quando voltou, nesse ano, foi mandado para o Convento de San
Giovanni Rotondo, lugar onde viveu até a morte.
Padre Pio passou toda a sua vida contribuindo para
a redenção do ser humano, cumprindo a missão de guiar espiritualmente os fiéis
e celebrando a eucaristia. Para ele, sua atividade mais importante era, sem
dúvida, a celebração da santa missa. Os fiéis que dela participavam sentiam a
importância desse momento, percebendo a plenitude da espiritualidade de padre
Pio. No campo da caridade social, esforçou-se por aliviar sofrimentos e
misérias de tantas famílias, fundando a "Casa Sollievo della
Sofferenza", ou melhor, a "Casa Alívio do Sofrimento" em 1956.
Para padre Pio, a fé era a essência da vida: tudo
desejava e tudo fazia à luz da fé. Empenhou-se, assiduamente, na oração.
Passava o dia e grande parte da noite conversando com Deus. Ele dizia:
"Nos livros, procuramos Deus; na oração, encontramo-lo. A oração é a chave
que abre o coração de Deus". Também aceitava a vontade misteriosa de Deus
em nome de sua infindável fé. Sua máxima preocupação era crescer e fazer
crescer na caridade. Por mais de cinqüenta anos, acolheu muitas pessoas, que
dele necessitavam. Era solicitado no confessionário, na sacristia, no convento,
e em todos os lugares onde pudesse estar todos iam buscar seu conforto, e o
ombro amigo, que ele nunca lhes negava, bem como seu apoio e amizade. A todos
tratou com justiça, lealdade e grande respeito.
Durante muitos anos, experimentou os sofrimentos
da alma, em razão de sua enfermidade e, ao longo de vários anos, suportou com
serenidade as dores das suas chagas.
Quando seu serviço sacerdotal foi posto em dúvida,
sendo investigado, padre Pio sofreu muito, mas aceitou tudo com profunda humildade
e resignação. Diante das acusações injustificáveis e calúnias, permaneceu
calado, sempre confiando no julgamento de Deus, dos seus superiores diretos e
de sua própria consciência. Muito consciente dos seus compromissos, aceitava
todas as ordens superiores com extrema humildade. E encarnava o espírito de
pobreza com seriedade, com total desapego por si próprio, pelos bens terrenos,
pelas comodidades e honrarias. Sua predileção era a virtude da castidade.
Desde a juventude, sua saúde sempre inspirou cuidados
e, sobretudo nos últimos anos da sua vida, declinou rapidamente. Padre Pio
faleceu no dia 23 de setembro de 1968, aos oitenta e um anos de idade. Seu
funeral caracterizou-se por uma multidão de fiéis, que o consideravam santo.
Nos anos que se seguiram à sua morte, a fama de
santidade e de milagres foi crescendo cada vez mais, tornando-se um fenômeno
eclesial, espalhado por todo o mundo. No ano 1999, o papa João Paulo II
declarou bem-aventurado o padre Pio de Pietrelcina, estabelecendo no dia 23 de
setembro a data da sua festa litúrgica. Depois, o mesmo sumo pontífice
proclamou-o santo, no ano 2002, mantendo a data de sua tradicional festa.
Este digníssimo seguidor de S. Francisco de Assis
nasceu no dia 25 de maio de 1887 em Pietrelcina (Itália). Seu nome verdadeiro
era Francesco Forgione.
Ainda criança era
muito assíduo com as coisas de Deus, tendo uma inigualável admiração por Nossa
Senhora e o seu Filho Jesus, os quais via constantemente devido à grande
familiaridade. Ainda pequenino havia se tornado amigo do seu Anjo da Guarda, a
quem recorria muitas vezes para auxiliá-lo no seu trajeto nos caminhos do
Evangelho.
Conta a história
que ele recomendava muitas vezes as pessoas a recorrerem ao seu Anjo da Guarda
estreitando assim a intimidade dos fiéis para com aquele que viria a ser o
primeiro sacerdote da história da Igreja a receber os estigmas do Cristo do
Calvário.
Com quinze anos de
idade entrou no Noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos em Morcone,
adotando o nome de "Frei Pio" e foi ordenado sacerdote em 10 de
agosto de 1910 na Arquidiocese de Benevento.
Após a ordenação,
Padre Pio precisou ficar com sua família até 1916, por motivos de saúde e, em
setembro desse mesmo ano, foi enviado para o convento de São Giovanni Rotondo,
onde permaneceu até o dia de sua morte.
Abrasado pelo amor
de Deus, marcado pelo sofrimento e profundamente imerso nas realidades
sobrenaturais, Padre Pio recebeu os estigmas, sinais da Paixão de Jesus Cristo,
em seu próprio corpo.
Entregando-se
inteiramente ao Ministério da Confissão, buscava por meio desse sacramento
aliviar os sofrimentos atrozes do coração de seus fiéis e libertá-los das
garras do demônio, conhecido por ele como "barba azul".
Torturado, tentado
e testado muitas vezes pelo maligno, esse grande santo sabia muito da sua
astúcia no afã de desviar os filhos de Deus do caminho da fé. Percebendo que
não somente deveria aliviar o sofrimento espiritual, recebeu de Deus a
inspiração de construir um grande hospital, conhecido como "Casa Alívio do
Sofrimento", que se tornou uma referência em toda a Europa. A fundação
deste hospital se deu a 5 de maio de 1956.
Devido aos horrores
provocados pela Segunda Guerra Mundial, Padre Pio cria os grupos de oração,
verdadeiras células catalisadoras do amor e da paz de Deus, para serem
instrumentos dessas virtudes no mundo que sofria e angustiava-se no vale
tenebroso de lágrimas e sofrimentos.
Na ocasião do
aniversário de 50 anos dos grupos de oração, Padre Pio celebrou uma Missa nesta
intenção. Essa Celebração Eucarística foi o caminho para o seu Calvário definitivo,
na qual entregaria a alma e o corpo ao seu grande Amor: Nosso Senhor Jesus
Cristo; e a última vez em que os seus filhos espirituais veriam a quem tanto
amavam.
Era madrugada do
dia 23 de setembro de 1968, no seu quarto conventual com o terço entre os dedos
repetindo o nome de Jesus e Maria, descansa em paz aquele que tinha abraçado a
Cruz de Cristo, fazendo desta a ponte de ligação entre a terra e o céu.
Foi beatificado no
dia 2 de maio de 1999 pelo Papa João Paulo II e canonizado no dia 16 de junho
de 2002 também pelo saudoso Pontífice.
São Pio de Pietralcina
O padre Francesco Forgione nasceu em Pietralcina, província do Benevento, em 25 de maio de 1887. Seus pais foram Horacio Forgione e MarIa Giuseppa. Cresceu dentro de uma família humilde, mas como um dia ele mesmo disse, nunca careceu de nada.
Foi um
menino muito sensível e espiritual. Na Igreja Santa MarIa dos Anjos, a qual se
poderia dizer foi como seu lar, foi batizado, fez a Primeira Comunhão e a
Confirmação. Também nesta mesma Igreja foi onde aos cinco anos lhe apareceu o
Sagrado Coração do Jesus. Mais adiante começa a ter aparições da Virgem MarIa
que durariam pelo resto de sua vida.
Ingressou
na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos EM Morcone em janeiro de 1903. Um dia
antes de entrar para o Seminário, Francisco teve uma visão de Jesus com sua
Santíssima Mãe. Nesta visão Jesus pôs sua mão no ombro do Francisco, dando-lhe
coragem e fortaleza para seguir adiante. A Virgem Maria, por sua vez, falou-lhe
suave, sutil e maternalmente penetrando no mais profundo de sua alma.
Foi
ordenado sacerdote em 10 de agosto de 1910 na Catedral de Beneveto, e em
fevereiro desse ano se estabeleceu em São Giovanni Rotondo, onde permaneceu até
sua morte, em 23 de setembro de 1968.
Pouco
depois de sua ordenação, voltaram-lhe as febres e os males que sempre lhe
afligiram durante seus estudos, e é enviado a seu povoado, Pietralcina, para
que se restabelecesse de saúde. Depois de 8 anos de sacerdócio, em 20 de
setembro de 1918, recebe os estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo em suas mãos,
pés e lado esquerdo, convertendo-se no primeiro sacerdote estigmatizado. Em uma
carta que escreve a seu diretor espiritual os descreve assim: "No meio das
mãos apareceu uma mancha vermelha, do tamanho de um centavo, acompanhada de uma
intensa dor. Também debaixo dos pés sinto dor".
Mais
adiante, no ano de 1940 projetou um hospital que se denominou "Casa do
Alívio do Sofrimento" -o mais importante do sul da Itália-, cuja
construção foi terminada em 1956.
Em 20
de setembro de 1968 o Padre Pio fez 50 anos de ter recebido pela primeira vez
os estigmas do Senhor Jesus. O Padre Pio celebrou a Missa na hora acostumada.
Ao redor do altar havia 50 grandes vasos de barro com rosas vermelhas para seus
50 anos de sangue... A dois dias murmurando por longas horas "Jesus,
Maria!", morre o Padre Pio, em 22 de setembro de 1968. Os que estavam
presentes ficaram longo tempo em silêncio e em oração. Depois estalou um largo
e incontido pranto.
O
funeral do Padre Pio foi impressionante já que se teve que esperar quatro dias
para que a multidão de pessoas passassem para despedir-se. Calcula-se que mais
de cem mil pessoas participaram do enterro. Ao morrer desapareceram os estigmas
com o qual o Senhor confirmou sua origem mística e sobrenatural.
Muitas
foram as conversões concedidas pela intercessão do Padre Pio e
inumeráveis milagres foram reportados à Santa Sé.
Em 18
de dezembro, de 1997, Sua Santidade João Paulo II o declarou venerável. Este
passo, embora não tão cerimonioso como a beatificação e canonização, é
certamente a parte mais importante do processo.
Foi
beatificado por João Paulo II em 2 de maio de 1999 em uma solene Concelebração
Eucarística no Praça São Pedro.
Em 16
de junho do 2002 foi declarado São Pio de Pietralcina em presença do Papa João
Paulo II, em uma solene missa na Praça São Pedro.

Abrasado pelo
amor de Deus e do próximo, São Pio de Pietrelcina viveu em plenitude a vocação
de contribuir para a redenção do homem,
segundo a missão especial que caracterizou toda a sua vida
segundo a missão especial que caracterizou toda a sua vida
Tal como o apóstolo Paulo, o Padre Pio de Pietrelcina colocou, no vértice da sua vida e do seu apostolado, a Cruz do seu Senhor como sua força, sabedoria e glória. Abrasado de amor por Jesus Cristo, com Ele se configurou imolando-se pela salvação do mundo. Foi tão generoso e perfeito no seguimento e imitação de Cristo Crucificado, que poderia ter dito: «Estou crucificado com Cristo; já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim» (Gál 2, 19). E os tesouros de graça que Deus lhe concedera com singular abundância, dispensou-os ele incessantemente com o seu ministério, servindo os homens e mulheres que a ele acorriam em número sempre maior e gerando uma multidão de filhos e filhas espirituais.
A vocação
Este digníssimo seguidor de São Francisco de Assis nasceu no dia 25 de Maio de 1887 em Pietrelcina, na arquidiocese de Benevento, filho de Grazio Forgione e de Maria Giuseppa de Nunzio. Foi baptizado no dia seguinte, recebendo o nome de Francisco. Recebeu o sacramento do Crisma e a Primeira Comunhão, quando tinha 12 anos.
Era tido por um menino retraído porque raras vezes brincava com os demais. Quando lhe pediam explicações a este respeito, respondia que "eles blasfemavam". Seus silêncios correspondiam a precoces mas profundas meditações, a momentos de oração entremeados da prática de austeridades as quais já apontavam para a vocação que desde os 5 anos ele percebia claramente: ser capuchinho.
Aos 16 anos, no dia 6 de Janeiro de 1903, entrou no noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, em Morcone, tendo aí vestido o hábito franciscano no dia 22 do mesmo mês, e ficou a chamar-se Frei Pio. Terminado o ano de noviciado, fez a profissão dos votos simples e, no dia 27 de Janeiro de 1907, a dos votos solenes.
Este digníssimo seguidor de São Francisco de Assis nasceu no dia 25 de Maio de 1887 em Pietrelcina, na arquidiocese de Benevento, filho de Grazio Forgione e de Maria Giuseppa de Nunzio. Foi baptizado no dia seguinte, recebendo o nome de Francisco. Recebeu o sacramento do Crisma e a Primeira Comunhão, quando tinha 12 anos.
Era tido por um menino retraído porque raras vezes brincava com os demais. Quando lhe pediam explicações a este respeito, respondia que "eles blasfemavam". Seus silêncios correspondiam a precoces mas profundas meditações, a momentos de oração entremeados da prática de austeridades as quais já apontavam para a vocação que desde os 5 anos ele percebia claramente: ser capuchinho.
Aos 16 anos, no dia 6 de Janeiro de 1903, entrou no noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, em Morcone, tendo aí vestido o hábito franciscano no dia 22 do mesmo mês, e ficou a chamar-se Frei Pio. Terminado o ano de noviciado, fez a profissão dos votos simples e, no dia 27 de Janeiro de 1907, a dos votos solenes.
O Padre Pio é um dos homens extraordinários que Deus envia à terra de vez em quando, para a conversão dos homens" (Papa Bento XV) |
Depois da Ordenação Sacerdotal, recebida no dia 10 de Agosto de 1910 em Benevento, precisou de ficar com sua família até 1916, por motivos de saúde. Em Setembro desse ano de 1916, foi mandado para o convento de Santa Maria das Graças, situado em São Giovanni Rotondo, onde permaneceu até à morte. Foi uma alegria para ele poder dedicar-se à vida de comunidade e seguir a regra dos capuchinhos.
O dia 25 de maio de 1917 merece especial registro em sua longa e santa vida. Ele completava 30 anos. Enquanto rezava no coro da igreja, foi agraciado com os estigmas da crucifixão de Jesus, os quais permaneceram nele por mais de 50 anos.
No convento, começou exercendo a função de diretor espiritual e mestre dos noviços. Além desse encargo, confessava os habitantes do povoado que freqüentavam a igreja conventual. Foram estes que, pouco a pouco, notaram as características especiais do novo padre: suas Missas às vezes duravam três horas, pois com freqüência entrava em êxtase, e os conselhos que ele dava no confessionário revelavam alguém que "lia as almas".
Certa vez chegou uma jovem de Florença, muito atribulada, pois um familiar próximo tivera a desgraça de cometer suicídio, jogando-se no Rio Arno. Já havia ouvido falar do padre de San Giovanni, e depois da Missa dirigiu- se à sacristia para falar com ele . Apenas este viu a moça, inteiramente desconhecida dele, disse-lhe com doçura:
- Da ponte ao rio demora alguns segundos... A jovem, surpresa e chorando, só pôde responder: - Obrigada, padre.
Fatos maravilhosos como esse se repetiam todos os dias. Chegavam incrédulos que saíam arrependidos de sua falta de Fé. Pessoas tomadas de desespero recuperavam a confiança e a paz de alma. Enfermos retornavam curados a seus lares.
A companhia do Anjo da Guarda
Um traço revelador do privilegiado contato dele com o mundo sobrenatural é a estreita relação que manteve durante toda a vida com seu Anjo da Guarda, ao qual ele chamava de "o amigo de minha infância". Era seu melhor confidente e conselheiro. Quando ele ainda era menino, um de seus professores decidiu pôr à prova a veracidade dessa magnífica intimidade. Para tanto, escreveu-lhe várias cartas em francês e grego, línguas que o Pe. Pio então não conhecia. Ao receber as respostas, exclamou estupefato:
- Como podes saber o conteúdo, já que do grego não conheces sequer o alfabeto?
- Meu Anjo da Guarda me explica tudo.
Graças a um amigo como esse, junto ao auxílio sobrenatural de Jesus e Maria, o Santo pôde ir acrisolando sua alma nos numerosos sofrimentos físicos e morais que nunca lhe faltaram.
O amor as almas
Abrasado pelo amor de Deus e do próximo, o Padre Pio viveu em plenitude a vocação de contribuir para a redenção do homem, segundo a missão especial que caracterizou toda a sua vida e que ele cumpriu através da direção espiritual dos fiéis, da reconciliação sacramental dos penitentes e da celebração da Eucaristia. O momento mais alto da sua actividade apostólica era aquele em que celebrava a Santa Missa. Os fiéis, que nela participavam, pressentiam o ponto mais alto e a plenitude da sua espiritualidade.
No campo da caridade social, esforçou-se por aliviar os sofrimentos e misérias de tantas famílias, principalmente com a fundação da «Casa Sollievo della Sofferenza» (Casa Alívio do Sofrimento), que foi inaugurada no dia 5 de Maio de 1956.
Para o Padre Pio, a fé era a vida: tudo desejava e tudo fazia à luz da fé. Empenhou-se assiduamente na oração. Passava o dia e grande parte da noite em colóquio com Deus. Dizia: «Nos livros, procuramos Deus; na oração, encontramo-Lo. A oração é a chave que abre o coração de Deus». A fé levou-o a aceitar sempre a vontade misteriosa de Deus.
Viveu imerso nas realidades sobrenaturais. Não só era o homem da esperança e da confiança total em Deus, mas, com as palavras e o exemplo, infundia estas virtudes em todos aqueles que se aproximavam dele.O amor de Deus inundava-o, saciando todos os seus anseios; a caridade era o princípio inspirador do seu dia: amar a Deus e fazê-Lo amar. A sua particular preocupação: crescer e fazer crescer na caridade.
"Nunca abandonarei o compromisso que assumi, perante Deus e minha consciência, de cuidar de suas almas." |
A máxima expressão da sua caridade para com o próximo, ve-mo-la no acolhimento prestado por ele, durante mais de 50 anos, às inúmeras pessoas que acorriam ao seu ministério e ao seu confessionário, ao seu conselho e ao seu conforto. Parecia um assédio: procuravam-no na igreja, na sacristia, no convento. E ele prestava-se a todos, fazendo renascer a fé, espalhando a graça, iluminando. Mas, sobretudo nos pobres, atribulados e doentes, ele via a imagem de Cristo e a eles se entregava de modo especial.
Exerceu de modo exemplar a virtude da prudência; agia e aconselhava à luz de Deus.
O seu interesse era a glória de Deus e o bem das almas. A todos tratou com justiça, com lealdade e grande respeito. Nele refulgiu a virtude da fortaleza. Bem cedo compreendeu que o seu caminho haveria de ser o da Cruz, e logo o aceitou com coragem e por amor. Durante muitos anos, experimentou os sofrimentos da alma. Ao longo de vários anos suportou, com serenidade admirável, as dores das suas chagas.
Um grande confessor
Quando Pe. Pio cantou sua primeira Missa solene, seu antigo professor, o Pe. Agostinho, fazendo a homilia, dirigiu ao neo-sacerdote estas palavras que se revelaram proféticas: "Não tens muita saúde, não podes ser um pregador. Desejo-te, pois, que sejas um grande confessor" .
Décadas mais tarde, alguém lhe perguntou qual missão havia ele recebido de Nosso Senhor Jesus Cristo, e o santo capuchinho respondeu com simplicidade: "Eu? Eu sou confessor" .
Os prodigiosos dons místicos que recebera da Providência não eram senão um anzol por meio do qual ele arrastava as almas a se purificarem de seus pecados no sacramento da Reconciliação. Passava até 15 horas por dia no confessionário .
A seus pés vinham ajoelhar-se pessoas de todas as idades e condições sociais, inclusive bispos e sacerdotes, em busca de absolvição, conselho e paz de alma. As filas de confissão eram enormes, a ponto de tornar necessária a distribuição de senhas numeradas para ordenar o atendimento.
"Embora cientes de nossa dívida para com Deus, não duvidemos de que nossos pecados são perdoados na confissão. Assim como fez o Senhor, coloquemos sobre eles uma pedra sepucral." |
Ele lia no interior das almas como em um livro aberto. Certo dia, um comerciante pediu-lhe a cura de uma filha muito enferma e recebeu esta resposta:
- Tu estás muito mais doente que tua filha. Vejo-te morto. Como podes sentir-te bem com tantos pecados na consciência? Estou vendo pelo menos trinta e dois...
Surpreso, o homem correspondeu prontamente à graça recebida: ajoelhou-se para se confessar. Quando terminou, disse para quantos quisessem ouvi-lo: "Ele sabia tudo e me disse tudo!"
Em outra oportunidade, um advogado de Gênova, ateu militante, decidiu ir a San Giovanni Rotondo para "desmascarar aquela fraude de frades". Mal entrou na sacristia junto com os peregrinos, o Pe. Pio, que nunca o havia visto antes, interpelou-o, denunciando suas más intenções. Em seguida, sem mais palavras, apontou-lhe o confessionário.
Ante a estupefação geral, o advogado ajoelhou-se, abriu seu coração e, com a ajuda do Santo, examinou toda a sua vida passada, de pecados e de luta contra a Santa Igreja. Ao levantar-se, era outro homem. Permaneceu três dias no convento, degustando a inocência readquirida, antes de regressar à sua cidade natal. A notícia dessa conversão foi objeto de manchetes nos órgãos de imprensa. Pouco depois ele retornou a San Giovanni para receber do Pe. Pio o escapulário da Ordem Terceira Franciscana .
Amor ao sofrimento
Quando o seu serviço sacerdotal esteve submetido a investigações, sofreu muito, mas aceitou tudo com profunda humildade e resignação. Frente a acusações injustificáveis e calúnias, permaneceu calado, sempre confiando no julgamento de Deus, dos seus superiores diretos e de sua própria consciência.
Recorreu habitualmente à mortificação para conseguir a virtude da temperança, conforme o estilo franciscano. Era temperante na mentalidade e no modo de viver.
Consciente dos compromissos assumidos com a vida consagrada, observou com generosidade os votos professados. Foi obediente em tudo às ordens dos seus Superiores, mesmo quando eram gravosas. A sua obediência era sobrenatural na intenção, universal na extensão e integral no cumprimento. Exercitou o espírito de pobreza, com total desapego de si próprio, dos bens terrenos, das comodidades e das honrarias. Sempre teve uma grande predileção pela virtude da castidade. O seu comportamento era, em todo o lado e para com todos, modesto.
Considerava-se sinceramente inútil, indigno dos dons de Deus, cheio de misérias e ao mesmo tempo de favores divinos. No meio de tanta admiração do mundo, ele repetia: «Quero ser apenas um pobre frade que reza».
"Abramos nossos corações à confiança e à esperança. Nossa Senhora vem com as mãos cheias de graças e bênçãos. Devemos amar nossa Mãe celestial com perseverança, e Ela não nos abandonará na dor quando partir daqui". |
Desde a juventude, a sua saúde não foi muito brilhante e, sobretudo nos últimos anos da sua vida, declinou rapidamente.
Minha Mãe, Vós partis e me deixais enfermo!?. . .
As enfermidades de Pe. Pio deixaram desconcertados todos os médicos que dele trataram. Com menos de 30 anos, foi examinado por um especialista em doenças pulmonares o qual prognosticou poucas semanas de vida... e ele viveu ainda mais de meio século. Seus estigmas sangraram diariamente por mais de cinqüenta anos, sem cicatrizar nem causar qualquer infecção .
Em 25 de abril de 1959 os médicos lhe diagnosticaram broncopneumonia complicada com pleurisia, o que o obrigou a um repouso absoluto. Ele sofria com isto, por ver-se privado de exercer seu ministério para o bem das almas.
Nesse mesmo dia, chegou à Itália a imagem de Nossa Senhora de Fátima. Em San Giovanni Rotondo, ela foi recebida pelo Arcebispo e todo o clero da região, junto com uma multidão de fiéis.
O Pe. Pio lhes havia dito: "Abramos nossos corações à confiança e à esperança. Nossa Senhora vem com as mãos cheias de graças e bênçãos. Devemos amar nossa Mãe celestial com perseverança, e Ela não nos abandonará na dor quando partir daqui".
Movendo-se em cadeira de rodas, o Santo tinha podido oscular os pés da imagem sagrada e colocar um Rosário entre suas mãos. Naquela tarde, ela partiu de helicóptero do terraço do hospital, com destino à Sicília, dando três voltas em torno do convento, para uma última bênção à multidão reunida na praça.
Postado numa janela, o Pe. Pio olhava tudo e, não podendo conter-se, exclamou:
- Senhora! Minha Mãe, estou enfermo desde o dia de vossa chegada à Itália... Vós partis agora e me deixais assim!? - No mesmo instante sentiu um "calafrio nos ossos" e disse a seus irmãos presentes:
- Estou curado! - E estava mesmo. No dia 10 de agosto pôde celebrar Missa novamente, e declarou: "Estou são e forte como nunca antes em minha vida".
No final, a glorificação
A irmã morte levou-o, preparado e sereno, no dia 23 de Setembro de 1968; tinha ele 81 anos de idade. O seu funeral caracterizou-se por uma afluência absolutamente extraordinária de gente.
São Pio de Pietrelcina foi, acima de tudo, uma alma crucificada, oferecida como vítima voluntária pelo mundo, escondida em um permanente colóquio com o Senhor. |
No dia 20 de Fevereiro de 1971, apenas três anos depois da morte do Padre Pio, Paulo VI, dirigindo-se aos Superiores da Ordem dos Capuchinhos, disse dele: «Olhai a fama que alcançou, quantos devotos do mundo inteiro se reúnem ao seu redor! Mas porquê? Por ser talvez um filósofo? Por ser um sábio? Por ter muitos meios à sua disposição? Não! Porque celebrava a Missa humildemente, confessava de manhã até à noite e era - como dizê-lo?! - a imagem impressa dos estigmas de Nosso Senhor. Era um homem de oração e de sofrimento».
Já gozava de larga fama de santidade durante a sua vida, devido às suas virtudes, ao seu espírito de oração, de sacrifício e de dedicação total ao bem das almas.
Nos anos que se seguiram à sua morte, a fama de santidade e de milagres foi crescendo cada vez mais, tornando-se um fenômeno eclesial, espalhado por todo o mundo e em todas as categorias de pessoas.
Assim Deus manifestava à Igreja a vontade de glorificar na terra o seu Servo fiel. Não tinha ainda passado muito tempo quando a Ordem dos Frades Menores Capuchinhos empreendeu os passos previstos na lei canónica para dar início à Causa de beatificação e canonização. Depois de tudo examinado, como manda o Motu proprio «Sanctitas Clarior», a Santa Sé concedeu o nihil obstat no dia 29 de Novembro de 1982. O Arcebispo de Manfredónia pôde assim proceder à introdução da Causa e à celebração do processo de averiguação (1983-1990). No dia 7 de Dezembro de 1990, a Congregação das Causas dos Santos reconheceu a sua validade jurídica. Ultimada a Positio, discutiu-se, como é costume, se o Servo de Deus tinha exercitado as virtudes em grau heróico. No dia 13 de Junho de 1997, realizou-se o Congresso Peculiar dos Consultores Teólogos, com resultado positivo. Na Sessão Ordinária de 21 de Outubro seguinte, tendo como Ponente da Causa o Exmo. e Revmo. D. Andrea Maria Erba, Bispo de Velletri-Segni, os Cardeais e Bispos reconheceram que o Padre Pio de Pietrelcina exercitou em grau heróico as virtudes teologais, cardeais e anexas.
No dia 18 de Dezembro de 1997, na presença do Papa João Paulo II foi promulgado o Decreto sobre a heroicidade das virtudes. Para a beatificação do Padre Pio, a Postulação apresentou ao Dicastério competente a cura da senhora Consiglia de Martino, de Salerno. Sobre o caso desenrolou-se o Processo canônico regular no Tribunal Eclesiástico da arquidiocese de Salerno-Campanha-Acerno, desde Julho de 1996 até Junho de 1997. Na Congregação das Causas dos Santos, realizou-se, no dia 30 de Abril de 1998, o exame da Consulta Médica e, no dia 22 de Junho do mesmo ano, o Congresso Peculiar dos Consultores Teólogos. No dia 20 de Outubro seguinte, reuniu-se no Vaticano a Congregação Ordinária dos Cardeais e Bispos, membros do Dicastério, e, no dia 21 de Dezembro de 1998, foi promulgado, na presença do Papa João Paulo II, o Decreto sobre o milagre.
No dia 2 de Maio de 1999, durante uma solene Celebração Eucarística na Praça de São Pedro, Sua Santidade João Paulo II, com sua autoridade apostólica, declarou Beato o Venerável Servo de Deus Pio de Pietrelcina, estabelecendo no dia 23 de Setembro a data da sua festa litúrgica.
Para a canonização do Beato Pio de Pietrelcina, a Postulação apresentou ao competente Dicastério o restabelecimento do pequeno Matteo Pio Collela de São Giovanni Rotondo. Sobre este caso foi elaborado um processo canônico no Tribunal Eclesiástico da arquidiocese de Manfredonia-Vieste, que decorrem de 11 de Junho a 17 de Outubro de 2000. No dia 23 de Outubro de 2000, a documentação foi entregue à Congregação das Causas dos Santos. No dia 22 de Novembro de 2001 é aprovado, na Congregação das Causas dos Santos, o exame da Consulta Médica. No dia 11 de Dezembro de 2001, é julgado pelo Congresso Peculiar dos Consultores Teólogos e, no dia 18 do mesmo mês, pela Sessão Ordinária dos Cardeais e Bispos. No dia 20 de Dezembro, na presença do Papa João Paulo II, foi promulgado o Decreto sobre o milagre; no dia 26 de Fevereiro de 2002, foi publicado o Decreto sobre a sua canonização. Fontes: www.vatican.va / Revista Arautos do Evangelho, Set/2004, n. 33, p. 20 à 23

Veja também:
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Nascimento | 25/05/1887 |
Local nascimento | Pietrelcina, província de Benevento, Itália |
Ordem | Capuchinhos |
Local vida | Itália |
Espiritualidade | Herdeiro espiritual de São Francisco de Assis, o Padre Pio de Pietrelcina foi o primeiro sacerdote a ter impresso sobre o seu corpo os estigmas da crucifixão. Ele é conhecido em todo mundo como o "Frei" estigmatizado. O Padre Pio, a quem Deus deu dons particulares e carismas, se empenhou com todas as suas forças pela salvação das almas. Os muitos testemunhos sobre a grande santidade do Frei chegam até os nossos dias, acompanhados de sentimentos de gratidão. Suas intercessões providencias junto a Deus foram para muitos homens causa de cura do corpo e motivo de renovação do espírito. O Padre Pio de Pietrelcina que se chamava Francesco Forgione, nasceu na Pietrelcina, num pequeno povo da Província de Benevento, em 25 de maio de 1887. Pertencia a uma família humilde tendo como pai Grazio Forgione e a mãe Maria Giuseppa Di Nunzio. O casal tinha outros filhos. Desde muito menino Francesco experimentou em si o desejo de consagrar-se totalmente a Deus e este desejo o distinguia de seus coetâneos. Tal "diferença" foi observada por seus parentes e amigos. Narra a mamãe Peppa: "Não cometeu nunca nenhuma falta, não tinha caprichos, sempre obedeceu a mim e a seu pai; a cada manhã e a cada tarde ia à igreja visitar Jesus e a Virgem. Durante o dia não saía nunca com os seus companheiros. Às vezes eu dizia: - "Francesco vá brincar um pouco". Ele se negava dizendo: - "Não quero ir porque eles blasfemam". Do diário do Padre Agostinho de San Marco em Lamis, que foi um dos seus diretores espirituais, soube-se que o Padre Pio, desde 1892, quando tinha apenas cinco anos, viveu já suas primeiras experiências místicas espirituais. Os Êxtases e as aparições foram freqüentes, mas para o menino pareciam serem absolutamente normais. Com o passar do tempo, realizou-se para Francesco o que foi o seu maior sonho: consagrar totalmente a sua vida a Deus. Em 6 de janeiro de 1903, aos 16 anos, entrou como clérigo na ordem dos Capuchinhos. Foi ordenado sacerdote na Catedral de Benevento, a 10 de agosto de 1910. Teve assim início sua vida sacerdotal que por causa de suas condições precárias de saúde, se passou primeiro em muitos conventos da província de Benevento. Esteve em vários conventos por motivo de saúde, assim, a partir de 4 setembro de 1916 chegou ao convento de San Giovanni Rotondo, sobre o Gargano, onde ficou até 23 de setembro de 1968, dia de seu falecimento. Nesse longo tempo o Padre Pio iniciava seus dias despertando-se à noite, muito antes da aurora e se dedicava á oração e, com grande fervor, aproveitando a solidão e silêncio da noite. Visitava diariamente, por longas horas, a Jesus Sacramentado, preparando-se para a Santa Missa, e daí sempre tirou as forças necessárias para seu grande trabalho com as almas, levando-as até Deus no Sacramento da Confissão. Atendia confissão por até 14 horas diárias e, assim, salvou muitas almas. Um dos acontecimentos que marcou intensamente a vida do Padre Pio foi que se verificou na manhã do 20 de setembro de 1918, quando, rezando diante do Crucifixo do coro da velha e pequena igreja, o Padre Pio recebeu o maravilhoso presente dos estigmas. Os estigmas ou as feridas foram visíveis e ficaram abertas, frescas e sangrentas, por meio século. Este fenômeno extraordinário tornou a chamar sobre o Padre Pio a atenção dos médicos, dos estudiosos, dos jornalistas, enfim sobre toda a gente comum que, no período de muitas décadas foram a San Giovanni Rotondo para encontrar o santo frade. Numa carta ao Padre Benedetto, datada de 22 de outubro de 1918, o Padre Pio narra a sua "crucifixão": O que posso dizer aos que me perguntam como é que aconteceu a minha crucifixão? Meu Deus! Que confusão e que humilhação eu ter o dever de manifestar o que Tu tendes feito nessa mesquinha criatura!" Foi na manhã de 20 de setembro, no coro, depois da celebração da Santa Missa, quando fui surpreendido pelo descanso do espírito, pareceu um doce sonho. Todos os sentidos interiores e exteriores, além das mesmas faculdades da alma, se encontraram numa quietude indescritível. Em tudo isso houve um silêncio em torno de mim e dentro de mim; senti em seguida uma grande paz e um abandono na completa privação de tudo e uma disposição na mesma rotina. Tudo aconteceu num instante. E enquanto isso se passava, eu vi na minha frente um misterioso personagem parecido com aquele que tinha visto na tarde de 5 de agosto. Este era diferente do primeiro, porque tinha as mãos, os pés e o peito emanando sangue. A visão me aterrorizava, o que senti naquele instante em mim não sabia dizê-lo. Senti-me desfalecer e morreria, se Deus não tivesse intervindo sustentar o meu coração, o qual sentia saltar-me do peito. A visão do personagem desapareceu e dei-me conta de que minhas mãos, pés e peito foram feridos e jorravam sangue. Imaginais o suplício que experimentei então e que estou experimentando continuamente todos os dias. A ferida do coração, continuamente, sangra. Começa na quinta feira pela tarde até sábado. Meu pai, eu morro de dor pelo suplício e confusão que experimento no mais íntimo da alma. Temo morrer sem sangue, se Deus não ouvir os gemidos do meu pobre coração, e ter piedade de retirar de mim está situação..." Durante anos, de todas as partes do mundo, os fiéis foram a este sacerdote estigmatizado, para conseguir a sua potente intercessão junto a Deus. Cinqüenta anos passados na oração, na humildade, no sofrimento e no sacrifício, de onde para atuar seu amor, o Padre Pio realizou duas iniciativas em duas direções: uma vertical até Deus com a fundação dos "Grupos de ruego", hoje chamados "grupos de oração", e outra horizontal até os irmãos, com a construção de um moderno hospital: "Casa Alívio do Sofrimento". Em setembro os 1968 milhares de devotos e filhos espirituais do Padre Pio se reuniram em um congresso em San Giovanni Rotondo para comemorar o 50º aniversário dos estigmas e celebrar o quarto congresso internacional dos Grupos de Oração. Ninguém imaginou que às 2h30 da madrugada do dia 23 de setembro de 1968, seria o doloroso final da vida do Padre Pio de Pietrelcina. |
Local morte | San Giovanni Rotondo |
Morte | 23/09/1968 |
Fonte informação | Os cinco minutos dos santos - J. Alves |
Oração | "Jesus, que nada me separe de Ti, nem a vida, nem a morte. Seguindo-Te em vida, ligado a Ti com todo amor, seja-me concedido expirar contigo no Calvário, para subir contigo à glória eterna; Seguirei contigo nas tribulações e nas perseguições, para ser um dia digno de amar-Te na revelada glória do Céu; para cantar-Te um hino de agradecimento por todo o Teu sofrimento por mim. Jesus, Que eu também enfrente como Tu, com serena paz e tranqüilidade, todas as penas e trabalhos que possa encontrar nesta terra; uno tudo a Teus méritos, às Tuas penas, às Tuas expiações, às Tuas lágrimas a fim de que colabore contigo para a minha salvação e para fugir de todo o pecado - causa que Te fez suar sangue e Te reduziu à morte. Destrói em mim tudo o que não seja do Teu agrado. Com o fogo de Tua santa caridade, escreve em meu coração todas as Tuas dores. Aperta-me fortemente a Ti, de maneira tão estreita e tão suave, que eu jamais Te abandone nas Tuas dores. Amém!" (Padre Pio de Pietrelcina) |
Devoção | À confissão |
Outros Santos do dia | Outros santos do dia: São Lino, Adamnano (ab); André, João, Pedro, e Antônio, Bento (ab); Constâncio, Dana, Eresvídia, Matusalém (patr); Padan (bispo); Ulpia e Vitória (márts). FONTE: ASJ |
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