8 de Setembro de 2013
Ano C

Lc 14,25-33
Comentário
do Evangelho
Atitude
radical
Quais são as condições
exigidas para seguir Jesus? O texto do evangelho deste domingo começa pela
informação de que grandes multidões acompanhavam Jesus (cf. v. 25).
O que estas multidões buscavam? O que eles
encontraram? Todos tinham a mesma intenção? Admiravam-se das palavras cheias de
sabedoria, de sua autoridade, da sua compaixão, a ponto de alguns declararem se
tratar da visita salvífica de Deus; outros tantos, porém, não eram capazes de
ultrapassar o que os olhos contemplavam e reconhecer a verdadeira procedência
de Jesus. Tudo isso, e muito mais, é suficiente para seguir Jesus Cristo?
A resposta do evangelho é negativa. É preciso,
para segui-lo, uma atitude radical: “... renunciar a tudo o que tem” (v. 32) –
esta é condição para ser discípulo de Cristo.
Entre os vv. 25 e 33 há uma inclusão, isto é, o
tema que será desenvolvido entre estes dois versículos através das duas
parábolas (vv. 28-30; 31-32). Nas parábolas, trata-se de prever, de medir
forças, de saber calcular os riscos. Trata-se, noutras palavras, de sabedoria,
de adequar as ambições aos meios de que se dispõe.
Para seguir Jesus é preciso fazer uma escolha. Em
primeiro lugar estar disposto ao desapego. Sem desprezar a quem se ama, os
familiares, é preciso não permitir que eles se constituam em obstáculo para o
seguimento de Cristo. Se assim o fosse, não seria amor verdadeiro, mas
possessão.
Mas o desapego tem de ser da própria vida. A
defesa de interesses, privilégios e seguranças pessoais é incompatível com o
seguimento de Cristo. Em segundo lugar é preciso aceitar o risco do seguimento
de Cristo, a saber, a perseguição, o sofrimento. É exatamente isto que
significa “carregar a cruz” (v. 27). Em terceiro lugar é preciso renunciar aos
bens (v. 33). Trata-se, então, de renunciar, como exigência do seguimento de
Jesus Cristo, às seguranças afetivas e materiais.
A quem se dispõe a seguir Jesus, desde o início, é
exigido dele renunciar a tudo que possa ser um obstáculo para se colocar
livremente a serviço do Reino de Deus. A segurança do discípulo é, antes de
tudo, seu Senhor.
Como Santo Inácio de Loyola, podemos suplicar:
“Dá-me o teu amor e a tua graça, e isto me basta. Nada mais quero pedir”.
Carlos
Alberto Contieri, sj
ORAÇÃO
ORAÇÃO
Pai,
reforça minha disposição a ser discípulo de teu Reino, afastando tudo quanto
possa abalar a solidez de minha adesão a ti e a teu Filho Jesus.
Vivendo
a Palavra
Nosso Mestre não propõe um amor menor aos nossos parentes. Amando o
Cristo, estaremos amando nEle e com Ele toda a Criação e a Humanidade – aí
incluídos os parentes e a nossa vida – com o Amor purificado de interesses, de
discriminações e de cobranças de reconhecimento: o mesmo Amor de Jesus.
REFLEXÕES DE HOJE
08 DE SETEMBRO - DOMINGO
1 - AS CONDIÇÕES
PARA SER DISCÍPULO DE CRISTO - José Salviano
2 - “QUEM NÃO CARREGA A SUA CRUZ E NÃO CAMINHA ATRÁS DE MIM NÃO PODE SER MEU DISCÍPULO” - Olívia Coutinho
3 - Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo. Padre Queiroz
4 - Quem pode ser discípulo (a) de Jesus- Helena Serpa
5 - A prática cristã -Diac. José da Cruz
6 - Quem não renunciar a tudo que possuir, não pode ser meu discípulo. -Claretianos
http://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/
Liturgia de 08.09.2013 - 23º DTC - Jesus, Mestre nossa vida!
Liturgia de 08.09.2013 - 23º DTC - Jesus, Mestre nossa vida!
8 de setembro – 23º DOMINGO DO TEMPO COMUM
A SABEDORIA E O REINO
I.
INTRODUÇÃO GERAL
O tema
de hoje é a sabedoria evangélica. Esta não se deve confundir com a sabedoria do
mundo, que, muitas vezes, é uma “safadoria”: calcular e safar-se… A sabedoria
do evangelho é ponderar o nosso empenho pelo Reino de Deus. Não é uma posse
segura, conquistada de uma vez para sempre. Até o sábio rei Salomão teve
de pedi-la a Deus, mas ele a via muito em função do reinado dele. A nós cabe
procurá-la em vista do reinado de Deus.
II.
COMENTÁRIOS DOS TEXTOS BÍBLICOS
1.
Leitura (Sb 9,13-19)
A 1ª
leitura é uma parte da prece da Salomão pela sabedoria, dom indispensável
de Deus para ser um bom rei.
O livro
da Sabedoria é, na realidade, uma obra escrita por um judeu de língua grega,
contemporâneo de Jesus. Foi posto sob o nome do grande rei Salomão, que tinha
fama de sábio porque soube fazer julgamentos prudentes, construir o Templo e
responder às perguntas da rainha do Sul (cf. 1Rs 3,1-18; 5,9-14; 8,22-61;
10,1-13 etc.). Sua sabedoria é o dom do discernimento e ponderação outorgado
por Deus. Foi o que ele pediu a Deus (1Rs 3,9).
Também
no livro da Sabedoria, Salomão pede esse dom e ensina a pedi-lo (9,1-19). O
esforço de nossa inteligência, por si, não é o suficiente. As faíscas do
Espírito de Deus não se deixam programar; devem ser recebidas como dádivas.
O mundo
de hoje carece de sabedoria. Nem mesmo respeita suas próprias fontes de
subsistência, sacrificando tudo à sustentação de obscuros poderes e lucros, com
a cumplicidade de praticamente toda a sociedade, deixando-se envolver no jogo
da competição e do consumo…
2.
Evangelho (Lc 14,25-33)
O
evangelho nos coloca numa nova realidade, que tem como marco zero a cruz de
Cristo. Essa nova realidade exige também uma nova sabedoria. Muitos
pretendem seguir Jesus, mas será que sabem que seu caminho conduz ao Gólgota? Daí
as duras exigências formuladas por Jesus: abandonar a família, o sucesso, a
vida até (Lc 14,25-27), e ponderar sobriamente sua força e disponibilidade
(14,28-32). Em resumo: o discípulo deve largar tudo (14,33). Como isso se
realiza na vida de cada um, não é dito aqui. Ora, uma coisa é certa: Jesus não
pede o impossível, mas a gente deve preparar-se para tudo o que for possível.
A
sabedoria ensina a dar a tudo seu devido lugar, a ponderar o que é mais e o que
é menos importante. Isso pode conduzir a conclusões que, aos olhos de pessoas
superficiais, parecem loucura. As exigências do seguimento de Jesus parecem
loucura: “Odiar (=não preferir) pai e mãe, mulher, filhos, irmãos e irmãs”
(14,26), por causa de Cristo e seu evangelho, não é isso uma loucura? Não. É
a consequência da sabedoria cristã, da ponderação do investimento
necessário para o Reino de Deus. Começar a construir a torre sem o necessário
capital, isso é que é loucura, pois todo mundo ficará gozando da cara da gente
porque não conseguiu concluir a obra! A alusão à torre de Babel, símbolo da
vaidade e da confusão humana, é evidente. O homem sábio faz seu orçamento e
decide quanto vai investir. No caso do cristão, o único orçamento adequado é o
do investimento total, já que se trata do supremo bem, sem o qual os outros
bens ficam sem valor.
A
sabedoria cristã consiste em ousar optar radicalmente pelo valor fundamental,
mesmo se isso exige uma escolha dolorosa contra pessoas muito queridas,
realidade que se repetia diariamente na Igreja no tempo de Lucas. E observe-se
que essas palavras foram dirigidas às “grandes multidões” que seguiam
Jesus (14,25), não a monges e ascetas. Além disso, formam
a sequência da exortação ao convite gratuito e da parábola do grande
banquete, em que Jesus ensina a dar a preferência às pessoas “não
gratificantes” em vez dos familiares e amigos (14,7-14; evangelho de domingo
passado). Assim, “odiar” seus familiares pode referir-se, concretamente, a duas
realidades: 1) num primeiro sentido, muito atual no tempo de Lucas: a perseguição,
que obriga o cristão a preferir o Cristo acima dos laços de parentesco e até
acima da própria vida (sentido primeiro); 2) num sentido mais geral, atual
também hoje: a preferência (por causa do Evangelho) por categorias de pessoas
pouco estimadas, excluídas, mesmo se isso nos custa o afastamento de nossos
círculos sociais preferidos.
Ouve-se,
em nosso ambiente, muitas vezes, a observação de que é preciso ter “bom senso”
em questões de justiça e direito, mas esse “bom senso”, geralmente, não significa
outra coisa senão o medo, ou até a covardia. Quando é claro que o amor de
Cristo está em jogo, a sabedoria cristã exige um investimento radical. Porém,
radicalidade não é imprudência. É liberdade perante aquilo que
nos pode desviar do que é importante. A sabedoria cristã nos ajuda a
estabelecer as opções preferenciais certas. E depois, é preciso realizar na
prática essas opções sabiamente feitas.
Quem
acha que seguir Cristo é fundamental, deve fazê-lo, custe o que custar.
Assim, o sábio cristão não é o sofista brilhante que explica tudo sem jamais se
comprometer. É o homem que, ao mesmo tempo lúcido e convicto, investe tudo no
que julga ser o sentido último da vida e da História, à luz da fé em Cristo
Jesus. O sábio não é aquele que hesita quando se trata de saltar, mas aquele
que salta; o que hesita é o que cai…
3. II
leitura (Fm 9b-10.12-17)
A 2ª
leitura não foi escolhida em função do tema principal, que determina a 1ª
leitura e o evangelho, mas não destoa dele. A carta de Paulo a seu
discípulo Filêmon gira em torno do incidente do escravo Onésimo. Este
fugira de seu dono, Filêmon, para ficar cuidando de Paulo, aprisionado
(provavelmente) em Éfeso, não muito longe de Colossas, a cidade
de Filêmon. Agora Paulo manda-o de volta a Filêmon, não mais na qualidade
de escravo (um escravo fugido poderia ser punido de morte), mas, como ele
recebera o batismo, na qualidade de irmão, “filho” de Paulo, como era o
próprio Filêmon (v. 10). Filêmon o deve receber não mais
como escravo, mas como irmão (v. 16).
No mundo
escravocrata daquele tempo, o que Paulo propõe deve ter parecido loucura;
porém, é a mais pura sabedoria cristã. Mesmo se Paulo não pensava numa
sociedade sem escravos, ele aboliu mentalmente a diferença entre senhor e
escravo, judeu e grego, homem e mulher (cf. Gl 3,28), diante da
perspectiva do encontro com Cristo na Parusia (cf. 1Cor 7,20-23).
Espiritualmente falando, “em Cristo”, ambos, Onésimo e Filêmon, pertencem
a uma nova realidade e são irmãos.
III.
PISTAS PARA REFLEXÃO
Os
cristãos e as estruturas sociais: “Se Deus só serve para deixar tudo como
está, não precisamos dele”, palavras de uma agente da educação
popular. O Deus que é apenas o arquiteto do universo, mas fica impassível
diante da injustiça dos habitantes de sua arquitetura, não tem relevância
alguma. O cristianismo serve ou não para mudar as estruturas da sociedade?
São
Paulo tinha um amigo, Filêmon. Este – como todos os ricos de seu tempo –
tinha escravos, que eram como se fossem as máquinas de hoje. Um dos escravos,
sabendo que Paulo tinha sido preso, fugiu do dono, Filêmon, para ajudar
Paulo na prisão. Paulo o batizou (“o fez nascer para Cristo”).
Depois, mandou-o de volta a Filêmon, recomendando que este o
acolhesse não como escravo, mas como irmão. Mais: como se ele fosse o próprio
Paulo!
Essa
história é emocionante, mas nos deixa insatisfeitos. Por que Paulo não exigiu
que o escravo fosse libertado, em vez de acolhido como irmão, continuando
escravo? Aliás, a mesma pergunta surge ao ler outros textos do Novo Testamento
(1Cor 7,21; 1Pd 2,18). Por que o Novo Testamento não condena a escravidão?
A
humanidade leva tempo para tomar consciência de certas incoerências, e mais
tempo ainda para encontrar-lhes remédio. A escravidão, naquele tempo,
podia ser consequência de uma guerra perdida ou uma forma de compensar as
dívidas contraídas. Imagine que se resolvesse desse jeito a dívida do Brasil!
Seríamos todos vendidos (se já não é o caso…).
Na
Antiguidade, a escravidão fazia parte da estrutura econômica. Na Idade Média,
com os numerosos raptos praticados pelos piratas mouros, surgiram até ordens
religiosas para resgatar os escravos e, se preciso, tomar o lugar deles. Apesar
disso, ainda na Idade Moderna, a Igreja foi conivente com a escravidão dos
negros. A consciência moral cresce devagar, e mudar alguma coisa nas estruturas
é mais demorado ainda, porque depende da consciência e das possibilidades
históricas. As estruturas manifestam lentamente, com clareza, a sua
injustiça, e então levam séculos ainda para transformá-las.
Porém,
a lição de Paulo nos ensina que, não obstante essa lentidão
histórica, devemos viver desde já como irmãos, vivenciando um espírito
novo que vai muito além das estruturas vigentes e que – como uma bomba-relógio
– fará explodir, cedo ou tarde, a estrutura injusta. Novas formas de
convivência social, voluntariados dos mais diversos tipos, organismos não
governamentais, pastorais junto aos excluídos – a criatividade cristã inventa
mil maneiras para viver já aquilo que as estruturas só irão assimilar muito
depois.
Essa é
uma forma da sabedoria do Reino, não para construir um templo ao modo de
Salomão, mas o templo de pedras vivas, fundamentado em Cristo.
Pe. Johan Konings, sj
Nascido na Bélgica, reside há muitos anos no Brasil, onde leciona desde 1972. É
doutor em Teologia e licenciado em Filosofia e em Filologia Bíblica pela
Universidade Católica de Leuven (Lovaina). Atualmente, é professor de Exegese
Bíblica na Faje, em Belo Horizonte. Entre outras obras, publicou: Descobrir a
Bíblia a partir da liturgia; A Palavra se fez livro; Liturgia dominical:
mistério de Cristo e formação dos fiéis – anos A - B - C; Ser cristão;
Evangelho segundo João: amor e fidelidade; A Bíblia nas suas origens e hoje.
E-mail: konings@faculdadejesuita.edu.br
8 de setembro – 23° DOMINGO COMUM
AMAR A JESUS MAIS DO QUE A TODOS…
No
evangelho de hoje, Jesus exige de que quem quiser ser seu seguidor que o ame
mais do que a todas as outras pessoas, mais até do que as mais importantes em
nossa vida, as quais o próprio mandamento da lei de Deus manda honrar. Como
podemos entender isso? Será preciso deixar de amar nossos parentes para seguir
Jesus?
Não!
O mandamento mais importante, que sintetiza todos os outros, que condensa “a
Lei e os profetas” é: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si
mesmo. Parece que Jesus está querendo nos livrar do amor interesseiro. Como
assim? Por exemplo: se você ama uma pessoa pelo que ela lhe faz, pelos
benefícios que lhe traz, esse amor, por mais belo que seja, por mais que mereça
ser conservado, não deixa de ter um pouco de interesse. É um tipo de amor
marcado pela troca. Toma lá, dá cá. Nesses casos, se a pessoa que você ama lhe
traz algum descontentamento ou decepção, logo não a amará tanto, já que ela não
está satisfazendo suas vontades, seus gostos. No entanto, se você ama a Deus
acima de todas as coisas, se ama o evangelho de Jesus acima de tudo, vai amar a
pessoa por ela mesma. Mesmo que ela decepcione você, mesmo que não faça só
aquilo de que você gosta, o amor vai permanecer. E porque esse amor está
baseado em Deus e não no sentimentalismo humano, é um amor mais forte, que vai
além das emoções passageiras.
É
esse tipo de amor que faz um pai ou uma mãe ser firmes e, às vezes, dizer
palavras duras a um filho ou filha que estão caminhando para longe do reino de
Deus. Ainda que possa agradar, o amor a Deus não tem como objetivo principal
agradar, mas causar o bem à outra pessoa. Ninguém gosta de tomar remédios
amargos ou receber medicamentos por injeção, mas, para recuperar a saúde,
muitas vezes é necessário fazer isso. Se um médico só quisesse agradar, curaria
pouca gente.
O
amor a Jesus é um amor firme, que resiste, permanece, passa por tempestades,
perseguições, mas persevera. Não é um sentimento passageiro, só presente quando
tudo está bem, que foge quando aparecem as dificuldades. Amar mais a Jesus não
é desprezar as outras pessoas, mas amá-las de forma profunda, aconteça o que
acontecer. É amor a toda prova!
Jesus,
manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao vosso!
Claudiano
Avelino dos Santos, ssp
Não abandone a sua cruz
Queria que nós entendêssemos que para sermos discípulos de Jesus nós não podemos abandonar a nossa cruz. É o contrário, o discípulo é aquele que abraça a sua cruz, a sua condição de vida.
Disse
Jesus: “Quem não carrega sua cruz e
não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo” (cf. Lc 14,27).
Na
verdade, eu queria que nós entendêssemos que para sermos discípulos de Jesus
nós não podemos abandonar a nossa cruz. É o contrário, o discípulo é aquele que
abraça a sua cruz, a sua condição de vida.
A
tentação faz com que algumas pessoas acreditem que seguir Jesus fará com que
elas não tenham mais sofrimentos, não passará mais por dificuldades e sua vida
será transformada. É verdade que Jesus transforma, muda a nossa vida, mas a
transformação não significa não ter mais aflições, sofrimentos e dificuldades.
Aqui, estamos falando da transformação de mentalidade.
Jesus
abre a nossa mente para não fugirmos de nossas responsabilidades e nos ensinar
a abraçar com amor e ternura aquilo que é próprio da nossa vida. Digo isso,
porque você sabe que ser pai e mãe é uma cruz; sabe que o casamento é uma cruz,
ser padre é também carregar uma cruz a cada dia.
O
trabalho, o emprego, os estudos, a vida que levamos têm as dificuldades
próprias de cada tempo, de cada situação, é por isso que nos bate a tentação do
abandono, da tristeza, da dor, do desânimo, do cansaço e nos faz querer fugir
das responsabilidades e dizer: “Agora eu vou ser de Deus!”.
O
Senhor está nos dizendo: “Não fuja, abrace, carregue o que é seu, o que é da
sua responsabilidade”. Às vezes, por causa das doenças, das enfermidades, das
dificuldades econômicas e de todas as situações que passamos na vida, achamos
que Deus nos abandonou. Muito pelo contrário, quando essas dificuldades baterem
à nossa porta, quando alguma espécie de sofrimento vem ao nosso encontro, só
podemos clamar: “Senhor, ajude-nos a carregar a nossa cruz de cada dia;
ajude-nos a enfrentar esse novo desafio, essa nova aprovação, essa nova
situação de vida pela qual estamos passando. Não nos permita desanimar, Senhor,
nem correr da nossa cruz de cada dia”.
Peço
que o bom Deus, o qual nos convida a um desapego, nos dê condição de olharmos
para Ele e nos tornarmos Seus seguidores. Que esse mesmo Deus nos dê a força e
a graça necessárias para carregarmos a nossa cruz de cada dia.
Que
Deus nos dê ânimo, força, coragem e fortaleza, porque nós queremos ser
discípulos de Jesus, e como bons discípulos, queremos carregar a nossa cruz de
cada dia.
Deus
abençoe você!
LEITURA ORANTE
Lc 14,25-33 - Opção de quem crê: seguir Jesus

Preparo-me para a Leitura Orante, fazendo uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra com todas as pessoas que se encontram
neste ambiente
virtual. Rezamos em sintonia com a Santíssima Trindade.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém
Senhor, nós te agradecemos por este dia.
Abrimos, com este acesso à internet,
nossas portas e janelas para que tu possas
Entrar com tua luz.
Queremos que tu Senhor, definas os contornos de
Nossos caminhos,
As cores de nossas palavras e gestos,
A dimensão de nossos projetos,
O calor de nossos relacionamentos e o
Rumo de nossa vida.
Podes entrar, Senhor em nossas famílias.
Precisamos do ar puro de tua verdade.
Precisamos de tua mão libertadora para abrir
Compartimentos fechados.
Precisamos de tua beleza para amenizar
Nossa dureza.
Precisamos de tua paz para nossos conflitos.
Precisamos de teu contato para curar feridas.
Precisamos, sobretudo, Senhor, de tua presença
Para aprendermos a partilhar e abençoar!
Ó Jesus Mestre, Verdade-Caminho-Vida, tem piedade de nós.
(Ir. Patrícia Silva, fsp)
(Ir. Patrícia Silva, fsp)
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Lc 14,25-33 - As condições para ser seguidor de Jesus
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Lc 14,25-33 - As condições para ser seguidor de Jesus
Certa vez uma grande multidão estava acompanhando Jesus. Ele virou-se
para eles e disse:
- Quem quiser me acompanhar não pode ser meu seguidor se não me amar
mais do que ama o seu pai, a sua mãe, a sua esposa, os seus filhos, os seus
irmãos, as suas irmãs e até a si mesmo. Não pode ser meu seguidor quem não
estiver pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhar. Se um de vocês
quer construir uma torre, primeiro senta e calcula quanto vai custar, para ver
se o dinheiro dá. Se não fizer isso, ele consegue colocar os alicerces, mas não
pode terminar a construção. Aí todos os que virem o que aconteceu vão caçoar
dele, dizendo: "Este homem começou a construir, mas não pôde
terminar!"
- Se um rei que tem dez mil soldados vai partir para combater outro que
vem contra ele com vinte mil, ele senta primeiro e vê se está bastante forte
para enfrentar o outro. Se não fizer isso, acabará precisando mandar
mensageiros ao outro rei, enquanto este ainda estiver longe, para combinar
condições de paz.
Jesus terminou, dizendo:
- Assim nenhum de vocês pode ser meu discípulo se não deixar tudo o que
tem.
Jesus Mestre fala claro sobre as exigências para quem se decide a
segui-lo. Esta decisão supõe prontidão, desprendimento de outros vínculos, e
ainda, a disposição a enfrentar o desconforto. É assim, se quiser seguir o
Senhor. Jesus ilustra isto com duas parábolas: a do homem que decide construir
uma torre e a do rei que se prepara para um combate. Em ambos os casos, o
Mestre fala da necessidade de lançar bases, de preparar. O bem-aventurado
Alberione, na sua inspiração original do carisma paulino, diz que num momento
especial de oração diante do Santíssimo Sacramento, na passagem do século XIX
ao XX, “sentiu-se profundamente obrigado a se preparar para fazer algo pelo
Senhor e pelas pessoas do novo século” (AD, 15). E a partir de então, tudo foi
visto sob esta luz. Jesus Mestre recomenda, através da parábola, a “se sentar e
calcular o quanto vai custar” a torre. “Se sentar” supõe atitude de parada,
reflexão, "preparar-se", como sentiu Alberione, criar convicções,
definir um projeto com metas e estratégias claras. “Calcular o quanto vai
custar”, supõe abrir mão de muitas coisas, optando e investimento em
valores, sendo o primeiro deles “amar a Jesus” mais do que tudo, até
mais que “a si mesmo”. Supõe, como diz o final deste texto, “deixar tudo o que
tem”. O que vale não é o “ter”, mas, o “ser com Jesus”, ou, o deixar que Jesus
seja o meu tudo, a minha vida.
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
O meu Projeto de vida é o do Mestre Jesus Cristo?
Ou tenho olhado noutra
direção?
No Documento de Aparecida, os bispos disseram: “Parecidos com o Mestre. A admiração
pela pessoa de Jesus, seu chamado e seu olhar de amor despertam uma resposta
consciente e livre desde o mais íntimo do coração do discípulo, uma adesão de
toda sua pessoa ao saber que Cristo o chama por seu nome (cf. Jo 10,3). É um
“sim” que compromete radicalmente a liberdade do discípulo a se entregar a
Jesus, Caminho, Verdade e Vida (cf. Jo 14,6). É uma resposta de amor a quem o
amou primeiro “até o extremo” (cf. Jo 13,1). A resposta do discípulo amadurece
neste amor de Jesus: “Te seguirei por onde quer que vás” (Lc 9,57). (DAp 136.)
E
eu me interrogo:
Sinto-me uma pessoa parecida com o Mestre?
Como respondo ao
seu chamado e olhar de amor?
Como é minha adesão, o meu “sim” realmente me compromete
com Jesus Caminho, Verdade, Vida?
Hoje, faço a opção: quero seguir Jesus
por onde Ele for.
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos e concluo com a oração:
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos e concluo com a oração:
Jesus, Mestre:
que eu pense com a tua inteligência, com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém.
(Bv Alberione)
4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Sinto-me discípulo/a de Jesus.
Meu olhar deste dia será iluminado pela presença de Jesus Cristo, a quem me disponho a seguir.
Meu olhar deste dia será iluminado pela presença de Jesus Cristo, a quem me disponho a seguir.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Irmã Patrícia Silva, fsp
Oração
Final
Pai Santo, dá-nos grandeza d’alma para nos entregarmos
inteiramente ao seguimento de Jesus de Nazaré. Assim seremos para os irmãos
testemunhas alegres e confiantes, saboreando desde agora os sinais do Teu
Reino, que um dia teremos em plenitude unidos ao Cristo Jesus, teu Filho e
nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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