30 de Setembro de 2013
Ano C

Lc
9,46-50
Comentário do
Evangelho
O maior é o menor no Reino de Deus.
O
evangelho desta segunda-feira é o último episódio da primeira parte do
evangelho segundo Lucas (4,14–9,50), dominado pelo tema da identidade de Jesus
como profeta (ver: 7,16.39).
A discussão entre os discípulos de quem seria o
maior é a sequência do segundo anúncio da paixão-morte-ressurreição (cf. vv.
43b-45), e igualmente expressão da incompreensão dos discípulos (cf. v. 44). A
condição do discípulo é ser servo como seu Senhor, que se fez servo de todos. O
maior é o menor no Reino de Deus.
A “criança” é, aqui, símbolo do próprio Cristo, o
“menor” de todos porque se fez servo de todos (cf. v. 48).
O nome de Jesus, isto é, sua pessoa, não é propriedade
ou monopólio de quem quer que seja (cf. vv. 49-50). Os seus “atos de poder” e o
seu ensinamento, que libertam o homem das cadeias do mal, não se circunscrevem
nos limites de um único grupo. Ninguém pode fazer o bem se Deus não mover o
coração. Dito de outra maneira, Deus está na origem do bem.
Por isso Jesus diz: “... quem não é contra vós,
está a vosso favor” (v. 50). É pela autoridade de Cristo (= no nome de) que o
mal é vencido.
Vivendo a
Palavra
Jesus ensina aqui duas lições:
humildade e acolhimento. Nós devemos nos tornar como crianças para continuarmos
no Reino do seu Pai. Reino que de onde não podemos excluir ninguém, mesmo que
não ande conosco, não seja do nosso grupo... Assim deve ser a Igreja.
Reflexão
A lógica que nos é proposta por Jesus
nos desafia a entender as relações de autoridade e de poder de uma forma
totalmente diferente da proposta pelo mundo: autoridade significa conduzir as
outras pessoas para uma vida melhor e poder significa serviço e humildade. Com
isso, o Evangelho nos mostra que devemos nos afastar da opressão, da dominação
e do autoritarismo do poder pelo poder. O Evangelho de hoje também nos mostra
que o fato de sermos a Igreja de Jesus Cristo não nos dá o direito de nos
apossarmos da sua pessoa e da sua ação, uma vez que ele chama diferentes
pessoas através de modos diferentes para que, de diferentes modos, continue
agindo no meio dos homens.
Meditação
Quer ser grande? Acolha o pequeno, o
simples! - Falando em criança, temos consciência de que o futuro está nas mãos
delas? - Hoje fala-se muito em acolher! Temos consciência de que acolher
significa valorizar a pessoa do outro? - Ser grande significa valorizar o
outro, ser solidário e amigo dos que a sociedade despreza, não é mesmo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
REFLEXÕES DE HOJE

30
de SETEMBRO – SEGUNDA
Liturgia comentada
Este é que é o maior... (Lc 9, 46-50)
O mundo exalta o sucesso e humilha os
perdedores. O mundo celebra os vencedores e prega medalhas de ouro no seu
peito. O mundo aplaude os sabidos e paga caro por seus conselhos e... palpites.
A grande maioria da população do planeta forma a legião dos esquecidos, a
anônima multidão. Exatamente aquela turba que Jesus contemplava condoído,
vendo-a como ovelhas sem pastor...
No Evangelho de hoje, até os seguidores
mais próximos de Jesus surgem comparando sua importância, sem esconder seus
sonhos de grandeza. Coisas da humanidade adâmica, pois não? Natural que venham
a se espantar quando, no Cenáculo, Jesus vestir uma toalha e lavar os pés dos
apóstolos!
Desta vez, Jesus tenta abrir os olhos
de sua troupe para o beco sem saída em que estão entrando. Para isso, traz uma
criança para o centro do grupo e aponta para ela. Naqueles tempos, a criança
era uma espécie de “homúnculo”, um “projeto de homem”, algo que não se contava
nos recenseamentos. Em suma, valia quase nada.
E Jesus causa surpresa ao fazer da
criança a medida de valor: o que vale menos é quem vale mais! Aliás, vivendo
como crianças, nosso fardo se torna mais leve. É notável a reflexão feita por
S. Josemaría Escrivá: “Quando um menino tropeça e cai, ninguém estranha, e seu
pai se apressa em levantá-lo. Quando quem tropeça é adulto, nossa primeira
reação é de riso. Às vezes, passado o primeiro momento, o ridículo dá lugar à
piedade. Mas os adultos têm de se levantar sozinhos...” E o santo conclui: “Não
queiras ser grande, mas menino, para que, quando tropeçares, te erga a mão de
teu Pai-Deus.”
Esperta foi a Pequena Teresa: “Sou
apenas uma criança, impotente e fraca, mas é minha própria fraqueza que me dá a
audácia para me oferecer como Vítima ao teu amor, ó Jesus! (...) Não posso,
Jesus, aprofundar o meu pedido, recearia ver-me acabrunhada sob o peso dos meus
desejos audaciosos... Minha desculpa é ser uma criança, e as crianças não medem
o alcance das suas palavras. (...) A criancinha lançará flores, perfumará o
trono real; com sua voz argentina, cantará o cântico do Amor...” (Man. B, 256,
257.)
Deus é simples e discreto. É bom
desconfiar de projetos grandiosos em nome de Deus...
Orai sem cessar: “Mantenho em calma e
sossego a minha alma, tal como uma criança no seio materno...” (Sl 131, 2)
Texto de Antônio Carlos Santini,
da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Devemos
amar, cuidar e querer bem nossas crianças
Como nós devemos amar, cuidar e querer bem nossas crianças! Elas
são nossa maior riqueza, nosso maior tesouro, é o maior presente que nós temos
em nossas casas.
“Quem
receber esta criança em meu nome, estará recebendo a mim. E quem me receber,
estará recebendo aquele que me enviou” (Lc 9,48).
Hoje,
celebramos o dia de São Jerônimo. No encerramento do mês da Bíblia,
lembramo-nos daquele que é o patrono das Sagradas Escrituras, pois foi ele quem
fez a tradução vulgata delas, a tradução do original para o latim, e foi dessa
tradução que saiu as demais traduções da Palavra de Deus.
Mais
importante que a tradução é a paixão de São Jerônimo pela Palavra do Senhor;
dedicava dias e noites meditando a fundo em cima da Palavra de salvação do
Nosso Deus.
Queremos,
hoje, voltar-nos com um olhar maior, abrir os nossos ouvidos, o nosso coração
para que a Palavra de Deus penetre em nosso ser, para que ela seja o grande
alimento para a nossa vida. Aprendamos com São Jerônimo a amarmos a Palavra de
Deus como o nosso alimento de cada dia.
Aquilo
que diz hoje o Evangelho – “Quem receber esta criança em meu nome, estará
recebendo a mim” – faz-nos lembrar que, na tradição judaica, a criança não
tinha importância, ela não era nem contada, era vista com desprezo e, por isso,
quando os discípulos estão discutindo quem é o maior, é óbvio que, neste grupo,
as crianças não eram nem levadas em consideração. É por essa razão que Jesus,
ao invés de responder quem é o maior, ele mesmo diz: “Se alguém está recebendo
uma criança em Meu nome, é a mim mesmo que está recebendo”.
Como
nós devemos amar, cuidar e querer bem nossas crianças! Elas são nossa maior
riqueza, nosso maior tesouro, é o maior presente que nós temos em nossas casas.
Nós devemos lutar pelos direitos que pertencem a elas e não podemos permitir
que elas sejam corrompidas por este mundo, que percam a dignidade, o respeito,
a estima.
Não
se trata somente das nossas crianças que estão em nossas casas, mas daquelas
que estão na rua, maltratadas, esquecidas, abandonadas. Em cada uma dessas
crianças está a impressão do amor do Pai. Todas as vezes que nós dermos atenção
a uma criança abandonada, a um menino de rua, a uma criança que está sendo
desprezada, desvalorizada, que está sofrendo – acredite – estaremos acolhendo o
próprio Jesus.
Precisamos
abrir o nosso coração para cuidarmos dos nossos pequeninos!
Deus
abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.Facebook Twitter
LEITURA ORANTE
Lc 9,46-50 - Receber uma criança é receber Jesus

Preparo-me para a oração, rezando com todos os internautas:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Creio, Senhor Jesus, que sou parte de seu Corpo.
Trindade Santíssima
- Pai, Filho, Espírito Santo,
presente e agindo na Igreja
e na profundidade do meu ser,
e na profundidade do meu ser,
eu vos adoro, amo e agradeço.
E invoco o Espírito Santo para que me ilumine na Leitura Orante:
- Vinde Espírito Santo,
enchei os corações dos vossos fiéis.
enchei os corações dos vossos fiéis.
E acendei neles o fogo do vosso amor.
- Enviai, Senhor, o vosso Espírito e tudo será criado.
- E renovareis a face da terra.
Oremos: Ó Deus, que instruistes os corações dos fiéis com as luzes do
Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo
Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo Senhor nosso. Amém.
1. Leitura (Verdade)
- O que a Palavra diz?
Começo lendo atentamente o texto do dia, possivelmente, na minha Bíblia:
Lc 9,46-50, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Os discípulos começaram a conversar sobre qual
deles era o mais importante. Mas Jesus sabia o que eles estavam pensando. Então
pegou uma criança e a pôs ao seu lado. Aí disse:
- Aquele que, por ser meu seguidor, receber esta
criança estará recebendo a mim; e quem me receber estará recebendo aquele que
me enviou. Pois aquele que é o mais humilde entre vocês, esse é que é o mais
importante.
João disse:
- Mestre, vimos um homem que expulsa demônios pelo
poder do nome do senhor, mas nós o proibimos de fazer isso porque ele não é do
nosso grupo.
Então Jesus disse a João e aos outros discípulos:
- Não o proíbam, pois quem não é contra vocês é a
favor de vocês.
Os que decidem seguir Jesus Cristo, às vezes, se confundem e podem
desejar coisas e posturas que deixaram, como “ser o mais importante”. É a
tentação da competição, da vaidade, do poder. Jesus sabia disto e fez uma
explicação: pegou uma criança e a pôs a seu lado. Disse que receber uma criança
- o que não acrescenta prestígio nenhum a
ninguém - é receber o Pai. Para Ele, o mais
humilde, a pessoa sem pretensões, desarmada, é a mais importante. E volta
a falar da unidade no nome do Senhor.
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim?
Ao seguir Jesus Cristo, jamais vou me deixar dominar pelo espírito de
competição e pela tentação de julgar, pela tentação do poder. Na Conferência de Aparecida, os bispos lembraram que devemos entrar nesta
dinâmica de Jesus que acolhe os mais fracos e pequenos: "A resposta a seu chamado exige entrar na dinâmica do Bom samaritano (cf.
Lc 10,29-37), que nos dá o imperativo de nos fazer próximos, especialmente com
o que sofre, e gerar uma sociedade sem excluídos, seguindo a prática de Jesus
que come com publicanos e pecadores (cf. Lc 5,29-32), que acolhe os pequenos e
as crianças (cf. Mc 10,13-16), que cura os leprosos (cf. Mc 1,40-45), que
perdoa e liberta a mulher pecadora (cf. Lc 7,36-49; Jo 8,1-11), que fala com a
Samaritana (cf. Jo 4,1-26). (DAp 135).
3. Oração (Vida)
3. Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo:
Jesus Mestre, disseste que a vida eterna consiste
em conhecer a ti e ao Pai.
Derrama sobre nós, a abundância
do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento,
porque és o único caminho para o Pai.
Faze-nos crescer no teu amor,
para que sejamos, como o apóstolo Paulo
testemunhas vivas do teu Evangelho.
Com Maria,
Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos,
guardaremos tua Palavra,
meditando-a no coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.
4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com
os olhos de Deus. Vou entrar na dinâmica de Jesus que acolhe os mais fracos e pequenos. Escolho uma frase ou palavra para memorizar. Vou
repeti-la durante o dia.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Ir. Patrícia Silva, fsp
Oração
Final
Pai Santo, que a glória deste mundo não nos seduza. Faze-nos, Pai amado,
simples e puros como as crianças, receptivos e acolhedores para todos os irmãos
que colocas perto de nós na caminhada por este Planeta encantado que nos
emprestas para que dele cuidemos. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na
unidade do Espírito Santo.

Nenhum comentário:
Postar um comentário