27 de Agosto de
2013
Ano C

Mt 23,23-26
Comentário do
Evangelho
A lei visa proteger a vida e a
liberdade Povo de Deus.
O objeto da crítica
de Jesus aos escribas e fariseus é a hipocrisia deles.
Hipócrita é a palavra para dizer do ator de teatro
que representa uma peça. A hipocrisia dos escribas e fariseus consiste, no que
se refere à Lei de Moisés, na dissociação entre dizer e fazer (v. 23).
A Lei é expressão do amor de Deus por seu povo e
visa proteger a vida e a liberdade dos membros do Povo de Deus. É inadmissível
um modo de praticar a Lei que prescinda da misericórdia e do amor – é
distanciar-se do espírito da Lei (cf. vv. 23-24). A prática obsessiva da Lei de
Deus cega e fecha o coração para a necessidade dos outros. Nós sabemos, pelas
controvérsias galileanas de Marcos (2,1-3,6), com suas paralelas em Mateus, o
quanto a misericórdia esteve ausente dos adversários de Jesus: “No dia de
sábado, é permitido fazer o bem ou o mal, salvar uma vida ou perdê-la?” (Mc
3,4). O amor, a fidelidade, a misericórdia precedem e têm precedência sobre
tudo.
O interior, a “pureza de coração” (cf. Mt 5,8; Mc
7,20-23), é mais importante que o exterior, a aparência (vv. 25-26). O que
importa é uma verdadeira purificação interior, uma verdadeira e profunda
conversão.
Vivendo a Palavra
A reiterada condenação de Jesus ao jeito de viver dos fariseus e
doutores da Lei tem sua razão de ser: pelos séculos afora existem sempre os que
mascaram sua omissão dos deveres essenciais da justiça e da fraternidade,
cumprindo as minúcias da Lei – sem dúvida importantes, mas não suficientes.
Jesus mostrou que o Espírito dos Mandamentos é o Amor.
Reflexão
O Evangelho de hoje é a continuação do
de ontem, de modo que a nossa reflexão também é uma continuidade da de ontem.
Um dos meios através dos quais tornamos a nossa religião superficial e
unilateral é o formalismo religioso, que faz com que sejamos capazes de cumprir
até mesmo os menores preceitos, mas tiram da nossa vida o mais importante que
são os ensinamentos fundamentais para a nossa vida como a justiça, a
misericórdia e a fidelidade. Ser verdadeiramente cristão significa ser capaz de
viver os valores do Reino e não simplesmente o cumprimento de rituais e a
capacidade de falar coisas bonitas e poéticas a respeito de Deus.
Meditação
Quem se preocupa com coisas
insignificantes, se esquecendo dos grandes problemas que nos envolvem, alerta
Jesus. Cite algum exemplo concreto.
- Ai de quem cuida de coisas
exteriores secundárias e se esquece do que vai no íntimo de seu coração, alerta
novamente Jesus. Cite algum exemplo. - Sinto-me feliz? Por quê? - Seria porque
sou coerente em meu modo de viver? - Jesus quer nos levar a pensar na grande
distância que existe entre a realidade interior e a aparência. É o tal do
“parece mas não é!”
Padre Geraldo
Rodrigues, C.Ss.R
Comentários do
Evangelho

1 - “AI DE VÓS...” – Olívia - Dia 27 de Agosto de 2013 - Evangelho
de Mt 23,23-2
Estamos
constantemente observando o outro, pena que nesta nossa observância, não
adentramos no seu coração, ficamos somente no seu exterior, e assim, vamos
analisando-o pela aparência.
Observando o outro,
não nos observamos, e no desejo de passar uma imagem que impressiona, não cuidamos do principal: o nosso interior!
Preocupados com a nossa estampa, não regamos a
sementinha do amor, que Deus plantou no mais profundo do nosso ser!
O nosso tempo de vida
terrena é curto, por isso não podemos perder tempo com pormenores que nada nos
acrescenta, que só nos impede de viver as alegrias da fé, da fé que nos
dá a certeza de que nunca estamos sós, de que existe uma força maior que
não nos deixa esmorecer diante às adversidades da vida!
Em todos os seus ensinamentos,
Jesus sempre deixou claro que a vida deve estar em primeiro lugar e
que a lei que deve nos reger é a Lei do amor!
O evangelho que a
liturgia de hoje nos apresenta, chama a nossa atenção para o essencial da vida,
a prática do amor que passa pela justiça. Jesus é muito claro, Ele
condena a hipocrisia daqueles que deveriam cuidar da vida, fazendo
um lamento diante dos líderes que impunham pesados fardos sobre os ombros
do povo, se isentando de quaisquer responsabilidade com eles.
Jesus critica a postura
dos mestres da lei e fariseus, que tentavam mostrar através das aparências, o
que na verdade eles não eram. Diziam-se cumpridores da lei, quando na
verdade, desprezavam o que é de mais precioso para Deus : a vida
humana!“Ai de vós Mestres da lei e fariseus hipócritas!
Para os fariseus e
mestres da lei, religião, era cumprir preceitos, normas, rituais
estéreis, o que aos olhos de Deus não acrescentavam nada.
Observando
rigorosamente os pormenores, eles deixavam de lado o mais importante: a vida! Atrás
de uma aparente pureza, estava escondida a dureza dos seus
corações.
O texto nos convida a
refletir sobre a nossa fé e a nossa vivencia religiosa, devemos ser coerentes
entre o que falamos e o que vivemos.
Deus não nos olha
externamente, para Ele, não importa a nossa cor, nossa posição social e nem
mesmo a nossa religião, para Deus, o que importa é o que
cultivamos de bom no nosso interior.
É de um coração
puro, que brotam as mais belas atitudes de amor!
De nada adianta os nossos
atos externos, se eles não retratam o que na verdade somos interiormente!
Aos olhos de Deus, a
prática exterior só encontra seu verdadeiro sentido, quando é uma expressão do
que realmente se crê e se vive, do contrário, são práticas vazias que nada
significam, pois mostram o que na verdade não se é, e não se vive!
O que verdadeiramente
agrada a Deus é um coração livre das maldades, das ambições...
Deixemos, pois, que
o nosso coração se encha do amor que liberta, que nos torna sinal da presença
de Deus no mundo.
FIQUE NA PAZ DE JESUS! –
Olívia
2 - “Um bem humorado bate papo com
Mateus” -Diac. José da Cruz - TERÇA FEIRA DA 21ª SEMANA DO TC – 27/08/2013
1ª
Leitura - 1 Tessalonicenses 2, 1-8
Salmo 138
(139), - “Senhor, vós me perscrutais e me conheceis”
Evangelho -
Mateus 23, 23-26
Embora pareça tão claro por ser quase que uma
repetição do de ontem, achamos oportuno aprofundar a reflexão em uma
conversa com o autor desse evangelho
Anônimo __São Mateus,
parece que logo de início Jesus está dizendo sobre dízimo, que o pessoal pagava
em espécie, parece que ele não quer que pague o dízimo?
São Mateus __( rindo)
Nada disso, o que o nosso Mestre dizia, em mais esse confronto com os Fariseus,
era exatamente que não adianta só pagar o Dízimo e achar que está muito
bom.
Anônimo _____ Olha que
coisa, pensei mesmo nisso, da pessoa ofertar o dízimo e achar que é uma
prestação paga, para ter direito a ir para o céu!
São Mateus____Bem
pensado, é por aí mesmo, os Fariseus cumpriam a lei ao pé da letra, nos mínimos
detalhes, mas naquilo que lhes interessava. Eles deixavam de lado as coisas
mais importantes.
Anônimo _____
Pagavam o dízimo em espécie até de plantas rasteiras como a hortelã e a erva
doce, mas parece que Justiça, misericórdia e fidelidade, não era com eles?
São Mateus ____ Isso
mesmo, e você sabe o que isso significa?
Anônimo ____ Que falta
sinceridade e coerência, seria isso?
São Mateus
____Exatamente, e quando faltam essas duas coisas, sinceridade e coerência, cai
naquele adágio popular que vocês conhecem “Por Fora bela viola, por dentro pão
bolorento”.
Anônimo ____Ah
entendi...Religião brota aqui de dentro, é coisa do coração, é uma postura
íntima Eu e Deus....
São Mateus_____
Exatamente. Vive-se a Fé e a celebra em Comunidade, mas cada um deve ter para
com Deus essa relação íntima, da qual toda a exterioridade é apenas um sinal.
Anônimo ____Mas São
Mateus, e quando a coisa fica apenas no sinal exterior, porque parece que isso
que está tirando o Mestre do Sério diante dessa gente falsa e fingida?!
São Mateus ____ Certo!
Quando isso acontece você tem o Farisaísmo e a Hipocrisia, em lugar da
sinceridade e do testemunho, apresentando-se uma vida de Fé, mas que é só de
fachada, sem compromisso com os irmãos. Mas você que está aí na Pós
modernidade, diga a palavra final, olhando para a sua comunidade e para você
mesmo....
Anônimo ___Bom, Jesus
pede para que tiremos a máscara, para que pareçamos menos e façamos mais. Vixe!
A coisa não é lá com eles há dois mil anos atrás, o assunto é com nós da Igreja
do ano 2013
3 - Ai de vós escribas e fariseus
hipócritas!- José Salviano - 27 de agosto - Evangelho - Mt 23,23-26
Jesus critica severamente
os escribas e fariseus porque eles desprezavam os preceitos mais
importantes da lei, que era: a justiça, a misericórdia, a fidelidade. A
hipocrisia dos fariseus e escribas com relação à religiosidade era algo que
eles não conseguiam disfarçar, não obstante a sua falsa aparência de santos.
Eles se fecham para não perder prestígio e poder, julgando-se justos e
perfeitos desprezavam o povo humilde e excluído da sociedade. Jesus que enxerga
além das aparências daqueles falsos santos denuncia toda a sua falsidade. Por
outro lado, Jesus, no estilo profético, contradisse a religião da Lei que
oprime e humilha o povo com suas inumeráveis observâncias, favorecendo aqueles
que subjugavam o povo em nome de Deus. E estes mandatários ou representantes da
elite religiosa procuram manter as aparências, porém falta o essencial, que é a
acolhida da pessoa de Jesus, e o seu plano de salvação com seu amor
misericordioso, libertador e vivificante.
Jesus é duro em suas advertências chegando a chamar os Fariseus de cegos e de
hipócritas que limpam o exterior dos seus corpos enquanto por dentro continuava
sujo de pecados.
Prezados irmãos: Será que Jesus no evangelho de hoje está dizendo alguma coisa
para nós? Será que nós também não lavamos muito bem o nosso corpo e até
passamos perfume e deixamos a nossa alma embaçada pelo pecado? Ou será
que nós procuramos manter uma aparência de santos, de quem observa todos os
mandamentos de Jesus, e tudo mais, porém, na realidade, não passamos de
pecadores maiores que aqueles que ao ver as nossas aparências de justos se
sentem pequeninos em relação a nós?
Irmãos: Não sejamos hipócritas como os Escribas e Fariseus. Vamos procurar
viver o que nós ensinamos, pregamos e aparentamos ser perante a comunidade
cristã! Pois não nos esqueçamos que Deus que vê tudo vai um dia nos julgar.
Sal
4- “justiça, a misericórdia e a fidelidade” - Helena Serpa - 27 de agosto -
Evangelho – Mateus 23, 23-26 – “justiça, a misericórdia e a fidelidade”
Penetrando no coração dos mestres da lei e dos
fariseus, com muita sabedoria Jesus denunciava o que havia de escondido por
debaixo da sua aparente “retidão! Sem nenhuma dúvida ou temor Jesus os chamava
de “hipócritas” por causa da sua incoerência de vida. Da mesma forma como
falava para os mestres da lei e para os fariseus, Ele também poderá dirigir-se
a qualquer um de nós que nos enaltecemos em vista das nossas “boas ações” e nos
nomear de hipócrita. Nós também, como os antigos, podemos estar pagando o dízimo
de todos os nossos proventos e até promovendo o bem comum, no entanto, ao mesmo
tempo, poderemos estar agindo como guias cegos, se as nossas atitudes não
estiverem servindo de suporte para alguém. Se, estivermos praticando o bem
apenas para aparecer e chamar a atenção, damos prova de que estão nos faltando
os ensinamentos mais importantes para a nossa vivência cristã, que são, a
justiça, a misericórdia e a fidelidade. Isto poderá estar acontecendo quando
estivermos aproveitando as ocasiões em que todos tomam conhecimento das nossas
boas obras, ou nossa participação em campanhas que têm como objetivo somente a
nossa promoção pessoal. Por isso, o nosso exterior aparece sem manchas, todavia
o nosso interior está cheio de maldade. Por isso, Jesus nos adverte enquanto é
tempo: “limpa primeiro o copo por dentro, para que também por fora fique
limpo”. Podemos enganar a todos, mas não enganamos a Deus que sonda o nosso
coração e conhece o que há de mais camuflado dentro de nós. A justiça, a
misericórdia e a fidelidade, portanto, se constituem em atos concretos de amor.
Somos chamados a dar o dízimo e a fazer o bem, mas tudo com sentido e, por
amor! Que a regra de ouro da nossa vida seja TUDO FAZER POR AMOR! – Com que
finalidade você tem contribuído com o dízimo? – Você acha que Deus está vendo
as suas ações de caridade? – Você tem sido fiel, justo (a) e misericordioso (a)
com as pessoas com quem você convive? – Você faz alguma coisa para aparecer?
Helena Serpa
5 - Somos árvores frutíferas - Alexandre Soledade
Bom dia!
Domingo, Frei Ari disse
uma coisa que muito tocou o coração: “Somos arvores frutíferas, que no fim da
vida, veremos e contabilizaremos em nosso tronco a quantidade de galhos e
brotos quebrados; lascas e pedaços retirados pelas pedradas que levamos, pois
árvores que dão frutos são assim, passamos a vida a levar pedradas, enquanto
aqueles que se preservam inteiros e sem frutos, só lhes restam fazer sombra”.
Muitas pessoas se dizem
incomodadas quando vêem alguém não fazendo coisa alguma, mas como é intrigante
também a quantidade de pessoas que se incomodam ao ver alguém trabalhando, e o
pior, quando o que fazem, da certo!
Brinco muito com a
história do padroeiro de nossa comunidade – São Sebastião. Somos de fato,
espelhos de sua vida. Alguns pensam que ele morreu vítima das flechadas, como a
imagem que conhecemos sugere, mas não. Sebastião foi encontrado semimorto,
recuperou-se e ao invés de sossegar, voltou e morreu apedrejado. Quando falo
que somos o reflexo de nosso padroeiro, digo isso na íntegra. Levamos flechadas
dos “irmãos” no domingo, mas não paramos por isso. – voltamos terça-feira pra
levar as pedradas. (risos).
Eu costumo dizer que as
pancadas (ou pedradas) mais doloridas vêm de “fogo amigo”. Esse termo se refere
a uma denominação militar em que o soldado em campo de batalha é atingido por
uma bala ou bombardeio do mesmo exercito por qual luta. Quantos de nós já não
fomos atacados pelo fogo “invejoso” amigo (da onça)? Quantos de nós, já
pensamos em desistir, largar a coordenação de um movimento ou de uma pastoral
por esses irmãos que ainda não aprenderam como atirar? Até Jesus foi vítima do
fogo amigo de Judas!
“(…) Não te irrites por
causa dos que agem mal, nem invejes os que praticam a iniqüidade, pois logo
eles serão ceifados como a erva dos campos, e como a erva verde murcharão.
Espera no Senhor e faze o bem; habitarás a terra em plena segurança. Põe tuas
delícias no Senhor, e os desejos do teu coração ele atenderá. Confia ao Senhor
a tua sorte, espera nele, e ele agirá. Como a luz, fará brilhar a tua justiça;
e como o sol do meio-dia, o teu direito. Em silêncio, abandona-te ao Senhor,
põe tua esperança nele. Não invejes o que prospera em suas empresas, e leva a
bom termo seus maus desígnios. Guarda-te da ira, depõe o furor, não te
exasperes, que será um mal, porque os maus serão exterminados, mas os que
esperam no Senhor possuirão a terra”. (Salmo 35/36, 1-9)
Esse fim de semana,
digitava eu com uma amiga do Pedregal (comunidade Santo Antonio), relatava ela
do cansaço véspera de um retiro. Um parêntese: O padroeiro é o reflexo do
apadrinhado mesmo. Santo Antonio é reconhecido como aquele que esteve em dois
lugares ao mesmo tempo. O que se esperava de alguém que esta nessa comunidade?
Estou aqui e ali ao mesmo tempo! (risos)
Voltando (…). Divaguei
para ela que precisamos entender um pouco mais de geografia. Quanto maior a
área de pressão maior é a força dos ventos. Quanto maior forem as dificuldades,
a inveja, a cobiça, a ganância, maior será a força dos ventos do Espírito Santo
em nossas obras, em nossa vida e em nossas atitudes.
“(…) Sobreveio a lei para
que abundasse o pecado. Mas onde abundou o pecado, superabundou a graça“.
(Romanos 5, 20)
Quanto aos fariseus,
temos que compreender que não deixarão de existir. Rezemos por eles.
Um imenso abraço
fraterno.
O dízimo da hortelã... (Mt 23,23-26)
Não, a Lei mosaica detalhada pelos rabinos judeus não mandava pagar esse
tipo de dízimo. Esta lembrança é quase uma ironia de Jesus ao fazer distinção
entre as coisas fundamentais da relação com Deus e as minúcias insignificantes
que podem se infiltrar nessa mesma relação.
Eis o comentário da Bíblia de Navarra: “A hortelã, o endro (ou anis) e o
cominho são ervas que os judeus cultivavam e empregavam para aromatizar as
casas ou para condimentar a comida. Sendo produtos insignificantes, não
entravam no preceito mosaico do pagamento dos dízimos (Lv 27,30-33; Dt
14,22ss); este dizia respeito aos animais domésticos e a alguns produtos mais
correntes do campo: trigo, vinho, azeite etc. Não obstante, os fariseus, para
ostentar o seu respeito escrupuloso pela Lei, pagavam os dízimos inclusive
daquelas ervas. Era uma falsa manifestação de generosidade e de acatamento da
Lei. O Senhor não a despreza nem a rejeita, apenas restabelece a ordem das
coisas. É inútil cuidar os pormenores secundários, se não se cuidam as coisas
fundamentais e verdadeiramente importantes: a justiça, a misericórdia e a
fidelidade”.
Aí está: restabelecer a ordem das coisas. Em outros termos, uma
hierarquia de valores na prática religiosa. A celebração eucarística vale mais
que o grupo de oração. Pena que os fiéis só chegaram para o grupo... A
confissão auricular vale mais que a procissão. Pena que o confessionário continua
vazio... A formação catequética vale mais que o bingo paroquial. Pena que só
este último atrai multidões...
Filtramos o mosquito. Engolimos o camelo. Certamente, não é isto que o
Senhor espera da comunidade cristã. Há coisas importantes que - há bom tempo -
estão sendo relegadas a segundo plano em nossa vida religiosa. Os casais que
vão à missa também rezam em casa? Os fiéis que aplaudem o Lecionário no templo
ainda encontram tempo, em casa, para a leitura pessoal da Bíblia? As viagens
aos santuários da Europa substituem a visita aos doentes da comunidade?
Em boa parte, os grupos que se apresentam como “renovados no Espírito”
têm merecido reprovação dos párocos exatamente pela incapacidade de estabelecer
uma adequada hierarquia quanto às práticas religiosas. O aparente entusiasmo
com as coisas de Deus não se traduz no humilde compromisso com as necessidades
imediatas da Igreja.
Ora, o futuro da Igreja (ainda mais com a falta de ministros ordenados e
as restrições e perseguições que se anunciam...) está em pequenas comunidades
reunidas em torno da Palavra de Deus, firmes na oração comum, comprometidas com
a ajuda mútua, autênticos pulmões para a respiração da Igreja. E isto não é
hortelã. É trigo integral...
Orai sem cessar: “Meu coração está pronto, ó Deus!” (Sl 57,8)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova
Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Mulher, jamais perca a esperança
Estou pedindo a Santa Mônica que interceda por você, mulher,
interceda pelas suas lágrimas, pelas suas dores. Nunca perca a esperança,
porque o Senhor está contigo.
A
liturgia de hoje nos apresenta a intercessão de Santa Mônica, mãe de Agostinho,
o qual vamos celebrar no dia de amanhã.
Hoje,
as mulheres têm em Santa Mônica um exemplo de mãe, esposa e mulher de Deus
acima de tudo. Santa Mônica tem as virtudes que uma mulher precisa ter no
exercício da sua missão, e a primeira delas é a paciência. Como ela foi
paciente com os sofrimentos que teve com o marido que não quis saber de Deus!
Paciência com o filho que se perdeu ao longo da vida, apesar de toda boa
educação que Mônica lhe deu! Ele se perdeu nos caminhos da vida. Quantas
lágrimas, quanto suor, quanto trabalho esse filho deu ao coração dessa mãe!
Mônica
é o exemplo da mãe paciente, mas é também o exemplo da mulher de fé. Nunca
desanimou, nunca se desesperou, nunca perdeu a sua confiança em Deus; ela
acreditou que a hora da graça poderia chegar e, por isso, intensificou suas
orações. E quanto mais ela rezava, mais as coisas pareciam piorar. Nem por isso
ela desanimou. Suas lágrimas, convertidas em oração de fé e confiança,
trouxeram a conversão do seu marido no leito ainda da cama, quando ele aceitou
o Senhor na sua vida. Trouxe, sobretudo, a conversão do seu filho, Santo
Agostinho, o qual se tornou uma das maiores referências da Igreja.
Quero
olhar, hoje, para o coração de cada mãe, daquelas que estão tristes,
desanimadas, que se desesperam diante das situações dos seus filhos, e dizer a
elas: “Mãe, não desanime, porque Deus está contigo. Mãe, o Senhor é a sua luz,
sua segurança. Olhe para Ele”.
Ainda
que a situação em sua casa seja difícil, ainda que o seu marido não a ajude
nesse trabalho, conte com a graça de Deus. Estou pedindo a Santa Mônica que
interceda por você, mulher, interceda pelas suas lágrimas, pelas suas dores.
Nunca perca a esperança, porque o Senhor está contigo. Ele é a sua luz, a sua
proteção, é Aquele guia sua vida. Não importa quantos anos você tem passado em
oração, pedindo pela conversão da sua casa e da sua família, o importante é
continuar sendo canal da graça d’Aquele que traz luz, que traz a graça de Deus
para dentro da sua casa.
Que
o Senhor abençoe nossas mulheres, que Ele conceda a cada uma delas a graça da
paciência, da fé e da confiança n’Ele.
Deus
abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.Facebook Twitter
LEITURA ORANTE
Mt 23,23-26 - Jesus condena o farisaismo

Preparo-me para a Leitura Orante, rezando com todos os internautas:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos:
ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida,
tem piedade de nós.
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Mt 23,23-26, e observo pessoas, palavras,
relações, lugares.
Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês dão a
Deus a décima parte até mesmo da hortelã, da erva-doce e do cominho, mas não
obedecem aos mandamentos mais importantes da Lei, que são: o de serem justos
com os outros, o de serem bondosos e o de serem honestos. Mas são justamente
essas coisas que vocês devem fazer, sem deixar de lado as outras. Guias cegos!
Coam um mosquito, mas engolem um camelo!
- Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês lavam o
copo e o prato por fora, mas por dentro estes estão cheios de coisas que vocês
conseguiram pela violência e pela ganância. Fariseu cego! Lave primeiro o copo
por dentro, e então a parte de fora também ficará limpa!
Neste texto estão os "ais" - ao todo, sete "ais" - de Jesus aos mestres da Lei e aos fariseus. Esta forma de dizer significa condenação a qualquer dominação da consciência, com a própria incoerência de vida. Jesus os chama de "guias cegos" que pretendem guiar os outros. Observam coisas mínimas e não enxergam as principais. Por isso, se usa, hoje, o termo "farisaísmo" para quem só aparenta e não vive o que prega. Jesus diz ainda que estes não obedecem ao mandamentos mais importantes da Lei - o amor a Deus e ao próximo - a justiça, a misericórdia e a honestidade. E conclui com a expressão "fariseu cego", lave primeiro o copo por dentro.
Neste texto estão os "ais" - ao todo, sete "ais" - de Jesus aos mestres da Lei e aos fariseus. Esta forma de dizer significa condenação a qualquer dominação da consciência, com a própria incoerência de vida. Jesus os chama de "guias cegos" que pretendem guiar os outros. Observam coisas mínimas e não enxergam as principais. Por isso, se usa, hoje, o termo "farisaísmo" para quem só aparenta e não vive o que prega. Jesus diz ainda que estes não obedecem ao mandamentos mais importantes da Lei - o amor a Deus e ao próximo - a justiça, a misericórdia e a honestidade. E conclui com a expressão "fariseu cego", lave primeiro o copo por dentro.
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
É difícil, mas também eu devo me questionar.
O que significa para mim, para o mundo de hoje, ser fariseu?
Quem é o
fariseu, hoje?
Quem são os "guias cegos"?
Jesus pede justiça,
misericórdia e honestidade.
Tenho facilidade de julgar as outras pessoas e
esqueço-me de ser uma pessoa justa?
Gosto de ser tratado/a com misericórdia e
não sou uma pessoa misericordiosa?
E sou honesta nas minhas relações?
Os
bispos na Conferência de aparecida disseram: "A Igreja é chamada a
repensar profundamente e a relançar com fidelidade e audácia sua missão nas
novas circunstâncias latino-americanas e mundiais. Ela não pode fechar-se
frente àqueles que só vêem confusão, perigos e ameaças ou àqueles que pretendem
cobrir a variedade e complexidade das situações com uma capa de ideologias
gastas ou de agressões irresponsáveis."(DAp 11).
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo,
com a canção do Padre Zezinho,
Verdades
Das verdades que Jesus nos ensinou
Uma delas não consigo esquecer
Que se um homem não tem nada pra comer
e um outro tem demais em sua mesa,
um dos dois vai pro inferno ao morrer.
Uma outra que em meu coração ficou muitas vezes
eu me recordo ao meditar,
quem quiser seguir os passos de Jesus
não se apegue a mais ninguém senão ao Reino
e por ele agarre firme a sua cruz.
Verdades que acredito, verdades de Jesus,
verdades que eu medito e que me trazem tanta luz.
verdades que você procura sem saber,
verdades que nós dois custamos tanto a entender.
Das verdades que ao partir Jesus deixou
eu recordo a do contexto social
que se alguém quiser subir de posição
lave os pés dos seus irmãos com quem convive
e lidere sem pisar no seu irmão.
4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é para dentro de mim, verifico se sou coerente com a
minha fé, nos meus relacionamentos com Deus e com o próximo.
Bênção
O Senhor te abençoe e te guarde.
O Senhor faça brilhar sobre ti sua face,
e se compadeça de ti.
O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz" (Nm 6, 24-26).
Em nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo. Amém.
Irmã Patrícia Silva,
fsp
Oração Final
Pai Santo, dá-nos um coração puro! Que
sejamos acolhedores para todos os irmãos do caminho, especialmente generosos e
atentos às necessidades dos pobres e dos discriminados pela sociedade dos
homens. Nós te pedimos por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do
Espírito Santo.

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