
O Vietnã conheceu a Boa-nova de Jesus Cristo no século XVI, e o acolheu em sua integridade: "Então, entregar-vos-ão à aflição, matar-vos-ão, sereis odiados por todos os pagãos por causa do meu nome...mas quem perseverar até o fim, este será salvo". (Mt 24,9-13)
Santo André Dung-Lac, era de família pobre, reconheceu a riqueza do Dom Sacerdotal e foi ordenado Padre em 1823; em meio às perseguições desejava ardentemente testemunhar Jesus Cristo com o martírio, pois dizia que "aqueles que morrem pela fé sobem ao céu".
Na Ásia, iniciou-se grande perseguição aos cristãos. De 1625 a 1886, os governantes tudo fizeram para despertar o ódio e a vingança contra a religião cristã e àqueles que anunciavam o Evangelho ou tornavam-se cristãos. Mas, quanto mais os perseguiam, mais aumentava o fervor dos cristãos. Esse período culminou com a morte de 117 santos: Sacerdotes, Bispos, pais de famílias, jovens, crianças, catequistas, seminaristas, militares. Todos estes mostrando a universalidade do chamado à Santidade com o próprio sangue.
Santo André Dung-Lac e companheiros mártires, rogai por nós!
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Santo André Dung-Lac e companheiros

Santo André Dung-Lac
e companheiros
"Mártires do Vietnã"
Séculos XVI a XX
e companheiros
"Mártires do Vietnã"
Séculos XVI a XX
A evangelização do Vietnã começou no século XVI,
através de missionários europeus de diversas ordens e congregações religiosas.
São quatro séculos de perseguições sangrentas que levaram ao martírio milhares
de cristãos massacrados nas montanhas, florestas e em regiões insalubres.
Enfim, em todos os lugares onde buscaram refúgio. Foram bispos, sacerdotes e
leigos de diversas idades e condições sociais, na maioria pais e mães de
família e alguns deles catequistas, seminaristas ou militares.
Hoje, homenageamos um grupo de cento e dezessete mártires vietnamitas,
beatificados no ano jubilar de 1900 pelo papa Leão XIII. A maioria viveu e
pregou entre os anos 1830 e 1870. Dentre eles muito se destacou o padre
dominicano André Dung-Lac, tomado como exemplo maior dessas sementes da Igreja
Católica vietnamita.
Filho de pais muito pobres, que o confiaram desde pequeno à guarda de um
catequista, ordenou-se sacerdote em 1823. Durante seu apostolado, foi cura e
missionário em diversas partes do país. Também foi salvo da prisão diversas
vezes, graças a resgates pagos pelos fiéis, mas nunca concordou com esse
patrocínio.
Uma citação sua mostra claramente o que pensava destes resgates: "Aqueles
que morrem pela fé sobem ao céu. Ao contrário, nós que nos escondemos continuamente
gastamos dinheiro para fugir dos perseguidores. Seria melhor deixar-nos prender
e morrer". Finalmente, foi decapitado em 24 de novembro de 1839, em Hanói,
Vietnã.
Passada essa fase tenebrosa, veio um período de calma, que durou cerca de
setenta anos. Os anos de paz permitiram à Igreja que se reorganizasse em
numerosas dioceses que reuniam centenas de milhares de fiéis. Mas os martírios
recomeçaram com a chegada do comunismo à região.
A partir de 1955, os chineses e os russos aniquilaram todas as instituições
religiosas, dispersando os cristãos, prendendo, condenando e matando bispos,
padres e fiéis, de maneira arrasadora. A única fuga possível era através de
embarcações precárias, que sucumbiam nas águas que poderiam significar a
liberdade, mas que levavam, invariavelmente, à morte.
Entretanto o evangelho de Cristo permaneceu no coração do povo vietnamita, pois
quanto mais perseguido maior se tornou seu fervor cristão, sabendo que o
resultado seria um elevadíssimo número de mártires. O papa João Paulo II, em
1988, inscreveu esses heróis de Cristo no livro dos santos da Igreja, para
serem comemorados juntos e como companheiros de santo André Dung-Lac no dia de
sua morte.
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