Bem-aventurada Josefina Vannini
1859-1911
Giuditta nasceu em 17 de julho de 1859, em Roma,
Itália. Aos sete anos, ficou órfã dos pais, Ângelo Vannini e Anunziata Papi, e
foi separada dos irmãos. O mais novo ficou com um tio; a mais velha, com as
irmãs de São José; e ela foi enviada para o Orfanato das Filhas da Caridade, em
Roma, que a educaram dentro da fé cristã e a prepararam para a vida, com o
diploma de professora.
Aos vinte e um anos de idade, ingressou como noviça das Filhas da Caridade, em
Siena. Não se adaptando às Regras da Congregação, voltou para o orfanato como
professora. Mas sentia o chamado para a vida religiosa, por isso cada vez mais
rezava e fazia penitências. Em 1891, quando participava de um retiro orientado
pelo padre camiliano Luiz Tezza, agora proclamado santo, resolveu aconselhar-se
com ele. Esse padre estava encarregado de renovar as Terciárias Camilianas e
naquele momento teve uma inspiração: afiançar àquela jovem a realização do
projeto. Giuditta, confiando no sinal dado por Deus, aceitou a tarefa.
Tão logo se confirmou seu temperamento de fundadora e religiosa, padre Tezza
informou à Ordem dos Camilianos que obtivera a autorização do cardeal de Roma
para dar seqüência à iniciativa. Em 1892, Giuditta e mais duas religiosas
formaram a primeira comunidade da nova família camiliana. No ano seguinte,
vestiram o hábito e ela foi nomeada superiora, adotando o nome Josefina. As
Regras da Congregação foram formuladas e a finalidade definida: dar assistência
aos doentes, em domicílio também.
No final de 1894, eram quatro casas e as dificuldades financeiras, imensas.
Precisavam da autorização definitiva do Vaticano, com urgência. Naquele ano, o
papa Leão XIII havia decidido não aprovar novas congregações religiosas em
Roma. Para as irmãs tudo parecia perdido. Entretanto madre Josefina agiu como
fundadora e recorreu ao velho conselheiro, padre Tezza. Ele, contando com o
apoio do cardeal de Roma, redirecionou as atividades das religiosas para uma "pia
associação" com dependência total do cardeal, até a aprovação final.
Assim, a Obra pôde continuar.
Em 1900, padre Tezza foi transferido para a América Latina. E manteve apenas
uma correspondência epistolar com a fundadora e a Congregação até morrer, em
1923, na cidade de Lima, Peru. Porém o distanciamento do precioso conselheiro
não esmoreceu madre Josefina. Ela manteve o ânimo das irmãs e o peso do recente
Instituto. Amparada na segurança da ajuda da Divina Providência e confiante na
fé em Cristo, estendeu a Instituição para várias localidades da Europa e da
América do Sul.
Madre Josefina, mesmo com a saúde debilitada por uma doença do coração,
visitava as novas casas acompanhando as irmãs, com amabilidade e vigor. Em
1909, depois de tantas resistências, receberam a tão esperada autorização
eclesiástica e tornaram-se uma Congregação religiosa com o título de
"Filhas de São Camilo".
Após alguns meses de sofrimento ocasionado pela enfermidade, a fundadora morreu
em 23 de fevereiro de 1911. Madre Josefina Vannini foi beatificada pelo papa
João Paulo II em 16 de outubro de 1994, data que ele indicou para a celebração
da festa litúrgica em sua memória.
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