
Nossa Senhora dos Milagres
de
Caacupé
ou Virgem Azul do Paraguai
Imagem original
Maria sabe que só os olhos do
ou Virgem Azul do Paraguai
Imagem original
Maria sabe que só os olhos do
Pai vêem no segredo
e
ultrapassam a porta do coração
de cada ser humano.
Segundo a tradição a cidade nasceu em torno desta devoção mariana. Consta que em 1600, um índio convertido pelos franciscanos, exímio escultor, vivia numa pequena aldeia próxima do povoado de Tabotí. Certo dia ele andava pelas montanhas quando foi capturado pelos temidos índios Mbayes, uma tribo ainda pagã. Mas conseguiu escapar e escondeu-se atrás de um gigantesco tronco. Nestes momentos de aflição e angústia, rezou com fervor à Virgem Imaculada para sair vivo dalí. Enquanto esperava prudentemente o tempo passar, esculpiu duas imagens da Virgem Maria: uma grande para colocar na igreja de Tabotí e uma menor para sua devoção pessoal.
Durante a grande enchente do Lago Tapaicuá, em 1603, todo o vale de Pirayú foi
inundado e a força das águas arrastou tudo por onde passava. Surpresos, os
habitantes da pequena aldeia e o índio escultor trataram de retirar as
crianças, os velhos e os mais fracos. Depois não conseguiram salvar mais nada,
nem mesmo a pequena imagem de Nossa Senhora que viram ser levada pela
correnteza. Quando as águas recuaram, eles pensaram em abandonar o local, pois as
casas estavam quase destruídas. Entretanto desistiram ao constatar que a imagem
da Santíssima Virgem milagrosamente voltara ao mesmo lugar.
Os habitantes reconstruíram a aldeia e começaram a propagar o culto de Nossa
Senhora dos Milagres. Outro índio, carpinteiro de profissão, construiu uma
pequena capela onde a imagem milagrosa foi colocada no altar, e passou a ser
cultuada com o nome de Nossa Senhora dos Milagres de Caacupé.
Ao longo do tempo essa igreja sofreu várias reformas e ampliações, ganhou
vários anexos e chegou à arquitetura do atual Santuário mariano. Nossa Senhora
dos Milagres de Caacupé é venerada anualmente no dia 08 de setembro. A
população lhe dedica uma gratidão tão grande que a padroeira é carinhosamente
chamada de Virgem Azul do Paraguai.
Não existe nenhum registro histórico sobre a imagem maior cultuada na igreja de
Tabotí, talvez tenha sido levada e destruída pelos índios Mbayes, num dos
saques que fizeram contra esse templo.A identidade e o paradeiro do índio
cristão escultor permanecem incertos.
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