quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) - 9 de Agosto

A santa de hoje também é conhecida pelo nome de Santa Edith Stein. Juntamente com Santa Brígida e Santa Catarina de Sena é uma das "Patronas da Europa". Beatificada a 1 de Maio de 1987, acabou sendo canonizada 11 anos depois, a 11 de Outubro de 1998, pelo Papa João Paulo II.
Última de 11 irmãos, nasceu em Breslau (Alemanha), a 12 de Outubro de 1891, no dia em que a família festejava o "Dia da Expiação", a grande festa judaica. Por esta razão, a mãe teve sempre uma predileção por esta filha.
O pai, comerciante de madeiras, morreu quando Edith ainda não tinha completado os 2 anos. A mãe, mulher muito religiosa, solícita e voluntariosa, teve que assumir todo o cuidado da família, mas não conseguiu manter nos filhos uma fé viva. Stein perdeu a fé: "Com plena consciência e por livre eleição", ela afirma mais tarde.
Edith dedica-se então a uma vida de estudos na Universidade de Breslau tendo como meta a Filosofia.
Os anos de estudos passam até que, no ano de 1921, Edith visita um casal convertido ao Evangelho. Na biblioteca deste casal ela encontra a autobiografia de Santa Teresa de Ávila. Edith lê o livro durante toda a noite. "Quando fechei o livro, disse para mim própria: é esta a verdade", declarou ela mais tarde.
Em Janeiro de 1922, Stein é batizada e no dia 02 de Fevereiro desse mesmo ano é crismada pelo Bispo de Espira. Em 1932 é-lhe atribuída uma cátedra numa instituição católica, onde desenvolve a sua própria antropologia, encontrando a maneira de unir ciência e fé. Em 1933 a noite fecha-se sobre a Alemanha. Edith Stein tem que deixar a docência e ela própria declarou nesta altura: "Tinha-me tornado uma estrangeira no mundo". E no dia 14 de Outubro desse mesmo ano, entra para o Mosteiro das Carmelitas de Colônia, passando a chamar-se Teresa Benedita da Cruz. Após cinco anos, faz a sua profissão perpétua.
Da Alemanha, Edith é transferida para a Holanda juntamente com sua irmã Rosa, que também é batizada na Igreja Católica e prestava serviço no convento. Neste período do regime nazista, os Bispos católicos dos Países Baixos fazem um comunicado contra as deportações dos judeus. Em represália a este comunicado, a Gestapo invade o convento na Holanda e prendem Edith e sua irmã. Ambas são levadas para o campo de concentração de Westerbork.
No dia 07 de Agosto, ela parte para Auschwitz, ao lado de sua irmã e um grupo de 985 judeus. Por fim, no dia 09 de Agosto, a Irmã Teresa Benedita da Cruz, juntamente com a sua irmã Rosa, morre nas câmaras de gás e depois tem seu corpo queimado.
Assim, através do martírio, Santa Teresa Benedita da Cruz, recebe a coroa da glória eterna no Céu..
Santa Teresa Benedita da Cruz, rogai por nós!

Santa Edith Stein (Tereza Benedita da Cruz)

Edith Stein nasceu na cidade de Breslau, Alemanha, no dia 12 de outubro de 1891, em uma próspera família de judeus. Aos dois anos, ficou órfã do pai. A mãe e os irmãos mantiveram a situação financeira estável e a educaram dentro da religião judaica.
Desde menina, Edith era brilhante nos estudos e mostrou forte determinação, caráter inabalável e muita obstinação. Na adolescência, viveu uma crise: abandonou a escola, as práticas religiosas e a crença consciente em Deus. Depois, terminou os estudos com graduação máxima, recebendo o título de doutora em fenomenologia, em 1916. A Alemanha só concedeu esse título a doze mulheres na última metade do século XX. 
Em 1921, ela leu a autobiografia de santa Teresa d'Ávila. Tocada pela luz da fé, converteu-se e foi batizada em 1922. Mas a mãe e os irmãos nunca compreenderam ou aceitaram sua adesão ao catolicismo. A exceção foi sua irmã Rosa, que se converteu e foi batizada no seio da Igreja, após a morte da mãe, em 1936. 
Edith Stein começou a servir a Deus com seus talentos acadêmicos. Lecionou numa escola dominicana, foi conferencista em instituições católicas e finalizou como catedrática numa universidade alemã. Em 1933, chegavam ao poder: Hitler e o partido nazista. Todos os professores não-arianos foram demitidos. Por recusar-se a sair do país, os superiores da Ordem do Carmelo a aceitaram como noviça. Em 1934, tomou o hábito das carmelitas e o nome religioso de Teresa Benedita da Cruz. A sua família não compareceu à cerimônia. 
Quatro anos depois, realizou sua profissão solene e perpétua, recebendo o definitivo hábito marrom das carmelitas. A perseguição nazista aos judeus alemães intensificou-se e Edith foi transferida para o Carmelo de Echt, na Holanda. Um ano depois, sua irmã Rosa foi juntar-se a ela nesse Carmelo holandês, pois desejava seguir a vida religiosa. Foi aceita no convento, mas permaneceu como irmã leiga carmelita, não podendo professar os votos religiosos. O momento era desfavorável aos judeus, mesmo para os convertidos cristãos. 
A Segunda Guerra Mundial começou e a expansão nazista alastrou-se pela Europa e pelo mundo. A Holanda foi invadida e anexada ao Reich Alemão em 1941. A família de Edith Stein dispersou-se, alguns emigraram e outros desapareceram nos campos de concentração. Os superiores do Carmelo de Echt tentaram transferir Edith e Rosa para um outro, na Suíça, mas as autoridades civis de lá não facilitaram e a burocracia arrastou-se indefinidamente. 
Em julho de 1942, publicamente, os bispos holandeses emitiram sua posição formal contra os nazistas e em favor dos judeus. Hitler considerou uma agressão da Igreja Católica local e revidou. Em agosto, dois oficiais nazistas levaram Edith e sua irmã do Carmelo de Echt. No mesmo dia, outros duzentos e quarenta e dois judeus católicos foram deportados para os campos de concentração, como represália do regime nazista à mensagem dos bispos holandeses. As duas irmãs foram levadas em um comboio de carga, junto com outras centenas de judeus e dezenas de convertidos, ao norte da Holanda, para o campo de Westerbork. Lá, Edith Stein, ou a "freira alemã", como a identificaram os sobreviventes, diferenciou-se muito dos outros prisioneiros que se entregaram ao desespero, lamentações ou prostração total. Ela procurava consolar os mais aflitos, levantar o ânimo dos abatidos e cuidar, do melhor modo possível, das crianças. Assim ela viveu alguns dias, suportando com doçura, paciência e conformidade a vontade de Deus, seu intenso sofrimento, e dos demais. 
No dia 7 de agosto de 1942, Edith Stein, Rosa e centenas de homens, mulheres e crianças foram de trem para o campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau. Dois dias depois, em 9 de agosto, foram mortas na câmara de gás e tiveram seus corpos queimados. 
A irmã carmelita Teresa Benedita da Cruz foi canonizada em Roma, em 1998, pelo papa João Paulo II, que indicou sua festa para o dia de sua morte. A solenidade contou com a presença de personalidades ilustres, civis e religiosas, da Alemanha e da Holanda, além de alguns sobreviventes dos campos de concentração que a conheceram e de vários membros da família Stein. No ano seguinte, o mesmo sumo pontífice declarou santa Edith Stein, "co-Padroeira da Europa", junto com santa Brígida e santa Catarina de Sena.

Santa Teresa Benedita da Cruz, Edith Stein
Nascimento12/12/1891
Local nascimentoBreslavia, Polônia
OrdemCarmelita Descalça
Local vidaColônia, Alemanha
EspiritualidadeQuanto a mim, que eu me glorie somente da cruz do nosso Senhor, Jesus Cristo (Gálatas 6,14a). Estas palavras marcaram a vida de Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), filha de Israel, filha da Igreja, monja carmelita descalça e mártir, que soube, magnificamente, aprender "aos pés" de Jesus Crucificado, a sublime "Ciência da Cruz", e vivê-la até o sacrifício da própria vida, por amor a Deus e ao próximo. Edith Stein nasceu em 12/12/1891 em Breslavia, última de 11 filhos. O pai morreu quando ainda ela não tinha dois anos. Durante a sua vida deslocou-se por vários lugares. Mas, o mais significativo foi o seu itinerário interior na busca da verdade. Mesmo sendo judia, com o tempo perdeu a fé em Deus e parou de orar. Mulher inteligente e estudiosa, muito interessou-se pela filosofia. Estudou com o filósofo Edmund Husserl, que foi seu professor. Tornou-se filósofa. O encontro com o filósofo Max Sceler levou-a ao interesse pelo Catolicismo. Também estudou enfermagem e prestou serviço num hospital militar austríaco durante a I Guerra Mundial. Edith frequentou sinagogas e igrejas protestantes. Mas, Aquele que é a Verdade, na Sua Providência tudo dispunha para atraí-la para si. A leitura do Novo Testamento, do livro dos "Exercícios Espirituais" de Santo Inácio de Loyola, da Autobiografia de Santa Teresa de Jesus e outros fatores, ajudaram-na a converter-se a Cristo. Foi batizada em 01/01/1922. Depois da conversão quis entrar no Carmelo, mas não o pôde de imediato. Trabalhou como professora, conferencista, tradutora e escritora. Mesmo antes de entrar no Carmelo, fez os votos de Castidade, Pobreza e Obediência. Tendo encontrado a Verdade que é Deus, quis ser seu instrumento para conduzir as pessoas a Ele. Em 14/10/1933 entrou no Mosteiro Carmelita de Colônia (Alemanha). Em 14/04/1934 assumiu o nome de Irmã Teresa Benedita da Cruz. Fez a 1ª Profissão Religiosa em 21/04/1935 e os Votos Perpétuos em 21/04/1938. Por causa do ódio nazista contra os hebreus, foi levada em 1938 para o Mosteiro Carmelita de Echt, na Holanda, para estar mais segura. Ela estava abandonada em Deus e aberta para aceitar a própria morte que se aproximava. Também nos mosteiros escreveu obras literárias, como a famosa obra Scientia Crucis ("A Ciência da Cruz"). Em 02/08/1942 foi presa, no convento, pelos nazistas, que a levaram, junto com a sua irmã de sangue, Rosa (que tinha se tornado católica e prestava serviço junto às Carmelitas de Echt), e outros hebreus, para a prisão. Na manhã de 07/08/1942, foi levada para o campo de concentração de Auschwitz aonde, no dia 09/08 do mesmo ano, foi executada na câmara de gás. O Papa João Paulo II beatificou-a em 01/05/1987 em Colônia, na Alemanha e, canonizou-a em 11/10/1998 na Praça de São Pedro, em Roma. "Caros Irmãos e Irmãs! O amor de Cristo foi o fogo que incendiou a vida de Teresa Benedita da Cruz. Antes ainda de tomar consciência dele, ela foi por ele completamente capturada. (...) Descobriu, de fato, que a verdade tinha um nome: Jesus Cristo, e, daquele momento o Verbo Encarnado foi tudo para ela. (...) A nova santa nos ensina, enfim, que o amor por Cristo passa através da dor. Quem ama verdadeiramente não se detém de fronte da perspectiva do sofrimento: aceita a comunhão na dor com a pessoa amada. (...) Santa Teresa Benedita da Cruz nos vem hoje indicada como modelo no qual inspirar-nos e como protetora a quem recorrer" (Da Homilia do Papa João Paulo II na Canonização de Santa Teresa Benedita da Cruz, em 11/10/1998).
Local morteAuschwitz, Polônia
Morte09/08/1942
Fonte informaçãoVaticano - www.vatican.va
OraçãoOh Deus, se é tua Vontade, permita que Santa Teresa Benedita da Cruz, Edith Stein, que acreditou em seu Filho em vida e o seguiu até a morte por martírio, interceda por mim nesta petição (mencionar o pedido). Pedimos-te em nome de Jesus Cristo Nosso Senhor, Amém!
DevoçãoSanta Teresa Benedita da Cruz foi uma ilustre testemunha da presença de Deus e do mistério da Cruz. Foi generosa testemunha da Fé. Com a vida e com a morte testemunhou o Senhor. Ela viveu a experiência da busca. Procurou a verdade através da filosofia e, por fim, descobriu a Verdade que é Cristo. Foi conquistada por Ele. A santa afirmou insistentemente: 'O nosso amor para com o próximo é a medida do nosso amor a Deus. Para os cristãos - e não só para eles - ninguém é 'estrangeiro'. O amor de Cristo não conhece fronteiras'.
PadroeiroDia Mundial da Juventude
Outros Santos do diaOutros santos do dia: João de Alvene; Amor e Viator, Antonino Belina; Benigno, Brecão, Clemente, Domiciano (bispo); Falcão, Firmo e Rústico, Martinho; Maurilio (bispo); Nicolau, Numídico, Raígão (presb); Romão; Sabas, Secundiano, Marcelino e Veriano; Veremundo (bispo); João Feltão.
FONTE: ASJ

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