
Santa Ema de Gurk
980-1070
980-1070
A vida de Ema de Gurk teve de ser rastreada pela
história com o raciocínio de um pesquisador: contando com poucos traços seguros
e interpretando as mais diversas e seculares tradições austríacas. Os registros
afirmam que seus pais eram nobres cristãos e que ela nasceu em 980, na cidade
de Karnten, Áustria. Depois, só encontraremos informações de Ema quando já
casada, na época do imperador Henriue II.
Ela era esposa do conde de Sann, que pertencia à mais rica nobreza do ducado de
Carantania, uma belíssima região das montanhas austríacas, e que tinha um filho
chamado Guilherme. Era uma senhora refinada, discreta, generosa e muito
religiosa. O marido faleceu em 1016. Vinte anos depois, seu filho também
morreu.
Assim, Ema viu-se sozinha com o imponente patrimônio de uma família que não
existia mais. Com a orientação espiritual do bispo de sua cidade, direcionou
sua vida para auxiliar os pobres e fundar mosteiros, que colocou sob as regras
dos beneditinos. Primeiro fundou o Mosteiro feminino de Gurk e, mais tarde, o
Mosteiro masculino de Admont. Feito isto, em 1043 ingressou para a vida
religiosa em Gurk.
Entretanto não existem informações precisas se ela se tornou abadessa como
outras fundadoras, ou se permaneceu uma simples beneditina. Entrou em tal
reclusão que se tornou impossível pesquisar sobre ela sem usar os textos da
tradição cristã. Alguns deles contam que ela teria morrido em 27 de junho de
1045 Entretanto, em 1200, alguns registros foram descobertos indicando que Ema
faleceu, bem idosa, em 1070, no Mosteiro de Gurk.
Ela foi sepultada na igreja de Gurk, cuja construção havia patrocinado com a herança
do marido. Depois de mais de um século, sempre nessa igreja, seu corpo foi
transferido para o interior de uma cripta ladeada por imponentes colunas
romanas. O calendário daquela diocese mostra que era venerada no dia 19 de
junho.
O fervor dos devotos pelas graças e prodígios alcançados por sua intercessão
propagaram a divulgação de sua santidade. Assim, os bispos e os mosteiros
iniciaram as providências para oficializar o seu culto. De fato, em 1287, a
Igreja beatificou santa Ema de Gurk.
A devoção a ela só aumento ao longo dos tempos, até que, cinco séculos depois,
em 1938, o papa Pio XI decretou sua canonização. O culto foi mantido no dia 19
de junho, como os fiéis continuavam tributando-lhe, e esse pontífice também a
proclamou Padroeira de Gurk.
A generosidade de santa Ema de Gurk ainda continua viva e presente, por meio do
vigor das obras assistenciais desenvolvidas pelos monges beneditinos daqueles
mosteiros, e todos os outros espalhados nos cinco continentes que difundem seu
exemplo de santidade cristã.
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