
Inácio Maloyan
Bem-aventurado
1869-1915
Bem-aventurado
1869-1915
Choukrallah Maloyan nasceu em Mardin, atualmente,
Turquia, no dia 19 de abril de 1869, filho de pais cristãos piedosos. Desde
criança, dedicava-se a oração, a caridade e a penitência. Recebeu boa formação
acadêmica e religiosa, sendo fluente nas línguas árabe e turca. Descobrindo a
sua inegável vocação para o sacerdócio, em 1883 o arcebispo da comunidade
armênio-católica enviou-o para estudar a religião no Líbano.
Estudos que foram interrompidos por cinco anos, quando voltou para cuidar da
saúde na sua cidade natal. No ano de 1901, já curado, retomou os estudos de
filosofia e teologia no Líbano. Tornou-se membro do Instituto do Clero
Patriarcal de Bzommar e, em 1896, recebeu a ordenação sacerdotal, tomando o
nome de Inácio, a exemplo do seu santo de devoção.
Logo foi nomeado pregador dos sacerdotes e seminaristas do Convento de Bzommar
e depois enviado para o apostolado no Egito. Em seguida, em Istambul, Turquia,
foi eleito secretário-geral do patriarca, e agraciado com o título de
arcipreste. Depois de alguns anos no Egito, regressou a Mardin, onde continuou
o seu abnegado trabalho e, por isso, foi nomeado administrador dos assuntos
temporais e espirituais dessa eparquia, uma vez que o bispo tinha renunciado ao
posto.
Em 1911, viajou para Roma como secretário-geral do sínodo dos bispos
armênio-católicos. No mesmo ano, foi nomeado bispo de Mardin, uma das eparquias
armênio-católicas mais importantes.
Nessa Sede desempenhou um ministério exemplar, melhorando o nível educativo,
cultural e religioso das escolas da comunidade armênia, e difundiu um espírito
de grande piedade. Propagou em todas as paróquias de sua diocese o amor e a
devoção ao Santíssimo Sacramento, ao Sagrado Coração e à Santíssima Virgem
Maria.
O seu patriotismo não passou despercebido ao sultão do Império Otomano, que o
condecorou com a Legião de Honra. Durante a guerra, os soldados turcos
invadiram as igrejas, semearam o terror, aprisionaram e torturam pessoas
inocentes, provocando o vigoroso protesto do bispo Maloyan, que exortava os
seus sacerdotes a rezar pedindo a proteção de Deus.
Preso de maneira arbitrária quando o governo decidiu acabar com os cristãos na
Turquia, foi induzido a professar a fé do islã, mas respondeu energicamente:
"Nunca renegarei Cristo, nem os ensinamentos da Igreja Católica, à sombra
da qual cresci e da qual, sem ser digno, fui um dos seus ardorosos
discípulos", provocando a fúria dos presentes.
Torturado cruelmente na prisão, foi morto no dia 13 de junho de 1915. Porém,
antes de partir para a casa do Pai, tomou algumas migalhas de pão, consagrou-as
e deu-as aos seus companheiros como corpo de Cristo. O papa João Paulo II
beatificou Inácio Maloyan em 2001, e indicou o dia de sua morte para a sua
veneração litúrgica.
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