
Deparou-se com a heresia do Gnosticismo, o racionalismo cristão, uma supervalorização do conhecimento, onde bastava isso para a Salvação. Com isso, os méritos de Cristo, os sacramentos e a graça do Senhor ficavam de lado.
Contou muito com a ajuda do filósofo cristão São Justino e do bispo Policarpo. Auxiliado por esses doutores e, com a graça de Deus, combateram esse racionalismo.
A fé e a razão são duas asas que nos levam para a Salvação, Jesus Cristo. Ele que é Caminho, Verdade e Vida. E a vida do santo de hoje demonstrou que aí está a fonte da felicidade.
Santo Aniceto, rogai por nós!
Papa
+166
Aniceto nasceu na Síria e foi sucessor do papa são Pio I, em 155, no tempo em que Antonio era o imperador romano. Entretanto, além da perseguição sistemática por parte do Império, o papa Aniceto teve de enfrentar, também, cismas internos que abalaram o cristianismo.
A começar por Valentim, passando por Marcelina, que fundou a seita dos carpocratitas, considerada muito imoral pela Igreja, e chegando a Marcion, um propagador, com dotes de publicitário, que arregimentou muita gente, e muitos outros.
Sem contar a questão da celebração da Páscoa. Todos eles
formaram seitas paralelas dentro do catolicismo, dividindo e confundindo os
fiéis e até colocando-os contra a autoridade do papa, desrespeitando a Igreja
de Roma. Contudo o papa Aniceto tinha um auxiliar excepcional, Policarpo,
que depois também se tornou um santo pelo testemunho da fé, e o ajudou a
enfrentar todas essas dificuldades. Policarpo exerceu, também, um papel
fundamental para que pagãos se convertessem, por testemunhar que a Igreja de
Roma era igual à de Jerusalém.
Outro de seus auxiliares foi Hegesipo, que escreveu um livro defendendo o papa Aniceto e provando que ele, sim, seguia a doutrina cristã correta, e não os integrantes das seitas paralelas.Mesmo com tão excelente ajuda, o papa Aniceto teve uma árdua missão durante os quase onze anos de seu pontificado, morrendo no ano 166, quase aniquilado pela luta diária em favor da Igreja.
Embora tenha morrido num período de perseguição aos cristãos, a Igreja não cita a sua morte como a de um mártir. Mas pelo sofrimento que teve ao enfrentar, durante todo o seu governo, os inimigos do cristianismo e da Igreja de Roma, por si só se explica o porquê da reverência a seu nome.
O seu corpo – aliás, foi a primeira vez que ocorreu com um bispo de Roma -, foi sepultado nas escavações que depois se transformaram nas catacumbas de São Calisto, na Itália.
Papa Aniceto
Santo Aniceto 11º papa | |
---|---|
Nascimento | Síria 110 |
Eleição | 155 |
Fim do pontificado | 166 (56 anos) |
Antecessor | Pio I |
Sucessor | Sotero |
Aniceto (em latim, Anicetus) foi o décimo primeiro papa católico, entre 154 e 166. Pensa-se que tenha nascido em Emesa (atual Hims) na Síria. Como pontífice, Aniceto destaca-se por ter sido o primeiro papa a condenar oficialmente uma doutrina como heresia, em concreto o montanismo.
Deparou-se com a heresia do Gnosticismo, o racionalismo cristão, uma supervalorização do conhecimento, onde bastava isso para a Salvação. Contou muito com a ajuda do filósofo cristão São Justino e do bispo Policarpo. Auxiliado por esses doutores, combateram esse racionalismo.
Aniceto proibiu ainda os padres de deixar crescer o cabelo, para este não ser um motivo de vaidade. Foi durante o seu pontificado queSão Policarpo visitou Roma e juntos discutiram aspectos disciplinares que atormentavam a unidade da Igreja.
Pensa-se que Aniceto tenha sido martirizado[1], mas não há provas históricas do evento. A data de sua morte é incerta, mas pensa-se que seja dia 16, 17 ou 20 de Abril[2], mas o dia em sua comemoração é o dia 17 de Abril[1].
Referências
- ↑ a b Calendarium Romanum (Libreria Editrice Vaticana 1969), p. 120
- ↑ Martyrologium Romanum (Libreria Editrice Vaticana 2001 ISBN 88-209-7210-7)
Precedido por Pio I | ![]() Papa 11.º | Sucedido por Sotero |
Santo Aniceto, Papa (Mártir)
![]() |
Comememoração Litúrgica: 17 de abril. Também nesta data - São Roberto, Abade e Santo Hermógenes
Pontificado 155 a 166

Natural da Síria, era Aniceto o Sucessor de São Pio I na cadeira de São Pedro. O governo deste Pontífice coincide com o tempo do imperador romano Antônio. Não é certo se morreu mártir pela fé; é, porém, fora de dúvida, que tanto lhe foram os sofrimentos e aflições pela causa de Cristo que a Igreja lhe conferiu o título honroso de mártir. Além das perseguições oficiais por parte do governo romano, existiam perigosas heresias, que faziam periclitar a existência da Igreja. Embora fosse ela edificada sobre rochedo, contra o qual o inferno em vão dirige os ataques, grande número dos fiéis abandonou a fé, correndo atrás do fogo fátuo de seitas errôneas. Grande foram os estragos que o herege Valentim causou ao rebanho de Cristo.
A essa obra perniciosa associou-se uma adepta da seita imoralíssima dos Carpocratitas, Marcelina, a qual levou muitas pessoas a apostasia. Ainda um tal Marción, herege e propagandista temível, propalava o veneno da heresia entre os cristãos, havia tempo.
O Papa Aniceto envidou todos os esforços para impedir o progresso da obra de Satanás e reconduzir ao seio da Igreja os pobres transviados.
Deus lhe enviou um auxiliar de grande valor, na pessoa de São Policarpo. Este discípulo de São João Evangelista, veio a Roma, e em demonstrações públicas, provou que a Igreja de Roma, na doutrina, era idêntica a de Jerusalém. Esta declaração causou a conversão de muitos hereges.
Num ponto, aliás, de ordem secundária, houve divergência entre Policarpo e Aniceto, quanto ao tempo da celebração da Páscoa. Os cristãos do Oriente comemoravam a Páscoa com os Judeus, quando na Igreja Romana não existia este uso. Policarpo, desejoso de ver Roma adotar o uso da Igreja asiática, não conseguiu esta uniformização. Aniceto opinava e com razão, que não devia abolir um costume introduzido e aprovado pelo príncipe dos Apóstolos. Entretanto, deixou aos cristãos orientais toda a liberdade na celebração da Festa da Páscoa, como eram acostumados desde os dias de São João Evangelista.
Santo Hegesipo era outro auxiliar estimável, que eficazmente dirigiu forte campanha contra as heresias. Num livro que escreveu, sobre a tradição, provou que a doutrina passou, pura e inalterada, dos Apóstolos ao Papa Aniceto e demonstrou que a mesma doutrina era conservada e ensinada, sem a mínima alteração.
Reflexões:
Embora São Policarpo e as Igrejas orientais tivessem opinião diferente da sua, relativamente à época da Páscoa, Aniceto manteve com elas relações amistosas. Com os hereges, porém, não acontecia o mesmo. A divergência entre o Oriente e o Ocidente, afetava apenas a ordem disciplinar eclesiástica, enquanto os hereges deturpavam dogmas e doutrinas fundamentais da religião. À disciplina eclesiástica pertencem os usos e práticas religiosas que, não fazendo parte do depósito da fé, podem ser modificadas, conforme as circunstâncias locais ou temporais o aconselharem. Os Apóstolos proibiram aos fiéis comer a carne de animais asfixiados. Os primeiros séculos conheciam só o batismo de imersão, quando hoje está em uso o batismo de ablução. Hoje celebramos festas, que a Igreja primitiva desconhecia. Penitências públicas que os fiéis dos primeiros séculos eram obrigados a fazer, hoje caíram em desuso. Tudo isto e muitos outros usos e cerimônias da Igreja não são coisas essenciais da religião e sua prática depende das determinações da autoridade eclesiástica, que repassam as diretrizes firmadas por Roma. O poder episcopal vem de Deus e é por este motivo que os fiéis devem obedecer as ordens e determinações que os Bispos dão para as dioceses, ordens estas repassadas pelo Papa para a Igreja Universal. "Quem me ouve, a mim ouve; quem vos despreza, a mim despreza". (Lc. 10,16). "Se alguém não ouve a Igreja, seja tido por pagão e publicano". (Mt. 18,17)
Nenhum comentário:
Postar um comentário