3 de Fevereiro de 2012
Marcos 6,14-29
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As consequências da profecia
Nesta narrativa de Marcos podemos ver a importância de João Batista na tradição das primeiras comunidades. Percebe-se uma ironia sobre o ridículo das motivações de Herodes e os grupos de poder que o cercam.
Em forte contraste, um banquete de aniversário para comemorar a vida termina com a morte: uma cabeça degolada servida em um prato. Marcos faz também um contraste entre este banquete de Herodes com os poderosos e a partilha do pão de Jesus com o povo, que vem narrada a seguir. Pode-se ver aqui, também, uma prefiguração do julgamento e da execução de Jesus.
O poder resiste e mata aqueles que se levantam, comunicando liberdade e vida.
Em forte contraste, um banquete de aniversário para comemorar a vida termina com a morte: uma cabeça degolada servida em um prato. Marcos faz também um contraste entre este banquete de Herodes com os poderosos e a partilha do pão de Jesus com o povo, que vem narrada a seguir. Pode-se ver aqui, também, uma prefiguração do julgamento e da execução de Jesus.
O poder resiste e mata aqueles que se levantam, comunicando liberdade e vida.
Vivendo a Palavra
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php
Reflexão
Todas as pessoas que participam da missão de Jesus, participam também do seu tríplice múnus: sacerdotal, profético e real. Participam do sacerdócio de Cristo através da busca da santificação pessoal e comunitária, da oração, da intercessão, etc. Participa do múnus profético através da palavra que denuncia o pecado e anuncia o Reino e participa do múnus régio pelo serviço aos irmãos e irmãs. A participação no múnus profético exige compromisso com a verdade e os valores morais, que atrai a ira de todos os que são contrários à proposta de Jesus, e, como no caso de João Batista, acarreta em ódio, vingança, perseguição e pode até levar à morte.
Nada deve nos separar do banquete da vida com Deus
Postado por: homilia
fevereiro 3rd, 2012
No Evangelho de hoje, estamos à volta com dois banquetes. Em ambos, há um paradoxo: no banquete da “morte”, celebrava-se o aniversário (a vida) do rei Herodes. O outro banquete que nos é apresentado é o da “vida”, no qual o ponto central é o martírio de São João Batista.
No primeiro banquete – o da morte – os convivas são norteados pela emoção meramente humana e terrena. Fazem contratos e juramentos sem pensar nas consequências, são norteados pela ganância, pelo querer “aparecer” fazendo-se valer do prazer e do poder temporal.
No segundo banquete temos João Batista e os seus discípulos que lutam por uma causa justa e verdadeira. Têm os olhos em Cristo, o Caminho, a Verdade e a Vida. Seus olhos estão fitos no céu de onde lhes vem a salvação, por isso, não temem nada nem ninguém. Desafiam o poder temporal. Defendem a justiça, a honestidade e enfrentam o martírio.
Martírio é uma palavra de origem grega que se traduz em testemunho, profecia e que implica a doação da própria vida.
A vida é sempre um dom de Deus e não deveria nunca ser tirada antes do tempo. Elias, que foi o maior dos profetas, escapou de Jezabel que queria matá-lo: “Elias levantou-se e partiu para salvar a vida” (I Rs 19,3). Jesus também, quando soube que queriam matá-Lo, fugiu diante deles (cf. Lc 4,29-30; Jo 8,59). Portanto, o martírio não deve ser buscado por ninguém. Em última palavra, o martírio é uma graça de Deus. Mas, dele não se deve fugir, se é necessário dar o testemunho e para defender a vida do povo.
Jesus também nos ensina que não devemos ter medo daqueles que matam o corpo (cf. Mt 10,28; Lc 12,4). Por isso, dar a vida é a melhor forma de amor e de tê-la em plenitude, a exemplo de Jesus que nos amou até o extremo (cf. Jo 13,1). O máximo do amor é dar a vida pelos seus. Deste modo, a vida não é tirada, mas é dada livremente (cf. Jo 10,18).
No mundo em que constantemente somos surpreendidos por inúmeras notícias de injustiças sociais, violências, terrorismo, etc., os sinais dos tempos indicam-nos que Jesus está próximo. Sua vinda é iminente. Precisamos nos fazer os santos do derradeiro momento. No momento em que a Igreja vai passar por seus momentos de provação, isto é, de perseguição, urge nossa entrega total a Deus e uma renúncia a tudo o que o mundo nos oferece e que poderá nos separar do banquete da vida com Deus e em Deus.
Fujamos dos inúmeros banquetes da morte que “a torto e a direito” o mundo nos oferece. No momento em que as trevas insinuarão cobrir a Igreja de Deus, precisamos andar na Luz, buscar a Luz. “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo o pecado” (Jo 1,7). O que isso significa senão que participamos do banquete da vida com Deus?
João apontou para Jesus, dizendo àqueles que vinham a Ele que se arrependessem sinceramente a fim de que Deus pudesse fazer neles morada. Empenhemo-nos na busca do Senhor na oração e roguemos a Ele para que sejamos, a exemplo de João Batista, corajosos na fé, dando a nossa vida se preciso for. Entretanto, nossa oração precisa ser um diálogo íntimo com o Senhor capaz de testemunhar com nossa vida – e se for necessário com o martírio do nosso corpo diante das perseguições – que os cristãos passarão nos tempos em que vivemos. Quando um mártir testemunha, pelo sofrimento e morte dos membros de Seu corpo, Cristo sofre, morre e ressuscita novamente.
Será que hoje em dia eu e você temos a coragem de João Batista para dizer aos “Herodes” de hoje: “Pela nossa Lei tu não podes te casar com a esposa do teu irmão“, a ponto de sofrermos prisões e morrermos por Cristo, que é a Verdade e a Vida?
De acordo com Tertuliano “o sangue dos mártires é a semente de novos cristãos”. Estamos prontos para ser “sementes derradeiras” da Igreja ou precisamos ainda por meio da oração deixar o Espírito Santo fazer de nós verdadeiros soldados da fé que, na luta contra as forças malignas que buscam dominar o mundo – personificadas nos governos e atos iníquos – dão sua vida para que o Reino de Deus estabeleça-se, de fato, no mundo?
Pai, que as contrariedades da vida jamais me intimidem e impeçam de ser um seguidor fiel e autêntico, procurando cumprir a minha missão de afastar os homens e as mulheres do banquete da morte e convidá-los a participar plena, consciente e ativamente do banquete da vida.
Padre Bantu Mendonça
Leitura Orante
Preparo-me para a Leitura Orante da Palavra,
rezando com todos que estão na
rede da internet,
invocando o modelo perfeito de comunidade:
invocando o modelo perfeito de comunidade:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
1. Leitura (Verdade)
- O que a Palavra diz?
Leio atentamente, na Bíblia,
Mc 6,14-29.
João Batista foi morto porque pregou a verdade sem meias medidas Ele condenou o casamento ilícito de Herodes com Herodiades. Com tristeza, o fraco Herodes mandou que João fosse executado para realizar o pedido de Herodiades: a cabeça de João Batista.
"Cristo atrai-nos continuamente para dentro do seu Corpo, edifica o seu Corpo a partir do centro eucarístico, que para Paulo é o centro da existência cristã, em virtude da qual todos, como também cada pessoa pode experimentar de modo muito pessoal: ele me amou e entregou-se a si mesmo por mim". (Bento XVI, Basílica de São Paulo fora dos Muros, Abertura do Ano Paulino, 2008.)
2. Meditação (Caminho)
- O que a Palavra diz para mim?
Parece que o caso deste "banquete da morte" se repete hoje, com outras nuances. A dissimulação,as meias verdades, o fazer calar a verdade se repetem. Tenhamos a coragem de nos perguntar:
- Uso de estratégias para fugir da verdade, também em pequenas coisas?
- Prefiro as aparências do que sofrer pelo bem, pelo que é correto?
- Sacrifico alguém para defender uma idéia, um modo de agir, o sentir, que eu sei não é coerente com meu ser cristão/ã?
3. Oração (Vida)
- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
O papa Paulo VI fez uma oração ao Espírito Santo que posso rezar agora:
Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande,
Aberto à Vossa silenciosa
E forte palavra inspiradora,
Fechado a todas as ambições mesquinhas,
Alheio a qualquer desprezível competição humana,
Compenetrado do sentido da santa Igreja!
Um coração grande,
Desejoso de tornar-se semelhante
Ao Coração do Senhor Jesus!
Um coração grande e forte
Para amar todos,
Para servir a todos,
Para sofrer por todos!
Um coração grande e forte
Para superar todas as provações,
Todo tédio, todo cansaço,
Toda desilusão, toda ofensa!
Um coração grande e forte,
Constante até o sacrifício,
Quando for necessário!
Um coração cuja felicidade
É palpitar com o Coração de Cristo
E cumprir humilde, fiel e virilmente
A vontade do Pai.
Amém.
4. Contemplação (Vida)
Viverei cada momento do dia de hoje, de forma transparente, em coerência com a Palavra de Jesus Mestre:
"Diga apenas "sim" quando é "sim"; e "não", quando é "não". O que você disser além disso, vem do Maligno"
(Mt 5,37)
Bênção
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde.
Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós.
Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz.
Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo.
Amém.
I. Patrícia Silva, fsp
I. Patrícia Silva, fsp
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