LEITURA ORANTE DO DIA 16/08/2024



LEITURA ORANTE

Mt 19,3-12 - Família. Amor pleno na doação recíproca


Como é bonito ouvir o coração de Jesus Cristo.
É o que vamos fazer agora.
Preparamo-nos  para a Leitura Orante, rezando,
com todos que se encontram neste momento em torno da Palavra de Deus.
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que  eu conheça Jesus Mestre,
compreenda e viva o seu Evangelho.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

Considerai, Senhor, vossa Aliança e não abandoneis
para sempre o vosso povo.
Levantai-vos, Senhor, defendei vossa causa e não desprezeis
o clamor de quem vos busca. (Sl 73,20.19.22s)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Vamos lê-lo em  Mt 19,3-12, e observar as recomendações de Jesus.
Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
Naquele tempo, 3alguns fariseus aproximaram-se de Jesus e perguntaram, para o tentar: “É permitido ao homem despedir sua esposa por qualquer motivo?” 4Jesus respondeu: “Nunca lestes que o Criador, desde o início, os fez homem e mulher? 5E disse: ‘Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne’? 6De modo que eles já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe”. 7Os fariseus perguntaram: “Então, como é que Moisés mandou dar certidão de divórcio e despedir a mulher?” 8Jesus respondeu: “Moisés permitiu despedir a mulher por causa da dureza do vosso coração. Mas não foi assim desde o início. 9Por isso eu vos digo, quem despedir a sua mulher – a não ser em caso de união ilegítima – e se casar com outra comete adultério”. 10  Os discípulos disseram a Jesus: “Se a situação do homem com a mulher é assim, não vale a pena casar-se”. 11Jesus respondeu: “Nem todos são capazes de entender isso, a não ser aqueles a quem é concedido. 12Com efeito, existem homens incapazes para o casamento porque nasceram assim; outros, porque os homens assim os fizeram; outros, ainda, se fizeram incapazes disso por causa do Reino dos Céus. Quem puder entender, entenda”.
Refletindo
Jesus recorda neste trecho que a lei de Moisés (Dt 24,1-3) tentava proteger os direitos da mulher, mesmo concedendo vantagem ao homem. Os fariseus querem “conseguir uma prova contra ele, Jesus”. Apresentam-lhe a questão, partindo de Moisés, supondo que Jesus negue a lei. Jesus aceita o desafio. Refere-se ao Gênesis e ao Deuteronômio. Reporta-se ao projeto original de Deus (Gn 1,27) que busca a igualdade entre os cônjuges e a entrega total e duradoura que une. “Ninguém separe o que Deus uniu”, diz Jesus. Cônjuge vem de conjugar, significa “unir sob um jugo”, apegar-se e aderir.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Fala-nos de ensinamentos e gestos de Jesus que são fundamentais para uma vida cristã.
Meditando com
Os bispos na Conferência de Aparecida. Disseram eles:
"O fato de sermos amados por Deus enche-nos de alegria. O amor humano encontra sua plenitude quando participa do amor divino, do amor de Jesus que se entrega solidariamente por nós em seu amor pleno até o fim (cf. Jo 13,1; 15,9). O amor conjugal é a doação recíproca entre um homem e uma mulher, os esposos: é fiel e exclusivo até a morte e fecundo, aberto à vida e à educação dos filhos, assemelhando-se ao amor fecundo da Santíssima Trindade. O amor conjugal é assumido no Sacramento do Matrimônio para significar a união de Cristo com sua Igreja. Por isso, na graça de Jesus Cristo ele encontra sua purificação, alimento e plenitude (Ef 5,23-33)." (DAp 117)

3. Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos com o Salmo 77(78)

Das obras do Senhor não se esqueçam.

1. Mesmo assim, eles tentaram o Altíssimo, / recusando-se a guardar os seus preceitos. / Como seus pais, se transviaram e o traíram / como um arco enganador que volta atrás. – R.
2. Irritaram-no com seus lugares altos, / provocaram-lhe o ciúme com seus ídolos. / Deus ouviu e enfureceu-se contra eles, / e repeliu com violência a Israel. – R.
3. Entregou a sua arca ao cativeiro, / e às mãos do inimigo a sua glória; / fez perecer seu povo eleito pela espada / e contra a sua herança enfureceu-se. – R.

4. Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
Nosso novo olhar e oração é orientado para as famílias que sofrem a desintegração e se encontram perdidas.
Queremos que todas se encontrem  na comunhão no amor fiel.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Canto Final: Ilumina, ilumina

Ir. Patrícia Silva, fsp

A Palavra entre nós - 16 de agosto, 6ª feira, 19ª Semana do Tempo Comum


16 de agosto, 6ª feira, 19ª Semana do Tempo Comum


- Hoje é dia 16 de agosto, sexta-feira da 19ª Semana do Tempo Comum

- Como é bom vivermos na presença do Senhor! Acolhemos sua Palavra no dia a dia da nossa vida para alimentarmos a fé e a esperança n’Ele. Se você sente que seu coração está endurecido, peça ao Espírito Santo a graça de transformar tudo que há de barreiras em seu interior em portas para que a ação da Palavra penetre seu interior.

- Escuta o Evangelho segundo Mateus, capítulo 19, versículos 3 a 12:

Naquele tempo, alguns fariseus aproximaram de Jesus, e perguntaram, para o tentar: “É permitido ao homem despedir sua esposa por qualquer motivo?” Jesus respondeu: “Nunca lestes que o Criador, desde o início os fez homem e mulher? E disse: ‘Por isso, o homem deixará pai e mãe, e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne’? De modo que eles já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe”. Os fariseus perguntaram: “Então, como é que Moisés mandou dar certidão de divórcio e despedir a mulher?” Jesus respondeu: “Moisés permitiu despedir a mulher, por causa da dureza do vosso coração. Mas não foi assim desde o início. Por isso, eu vos digo: quem despedir a sua mulher – a não ser em caso de união ilegítima – e casar com outra, comete adultério”. Os discípulos disseram a Jesus: “Se a situação do homem com a mulher é assim, não vale a pena casar-se”. Jesus respondeu: “Nem todos são capazes de entender isso, a não ser aqueles a quem é concedido. Com efeito, existem homens incapazes para o casamento, porque nasceram assim; outros, porque os homens assim os fizeram; outros, ainda, se fizeram incapazes disso por causa do Reino dos Céus. Quem puder entender, entenda”.

- Os fariseus se apresentam a Jesus com uma pergunta astuciosa cujo tema é o divórcio, o questionamento tem como ponto de partida a lei de Moisés. A ideia era fazer com que Jesus, em sua resposta se colocasse contra a lei. Contudo, fazendo uso do texto sagrado Jesus lembra o que o livro do Gênesis diz: “Por isso, o homem deixará pai e mãe, e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne”. Revelando assim aos presentes seu ensinamento, Jesus aponta que a grande questão quando Moisés autoriza a carta de divórcio e a resposta para a pergunta dos Fariseus está, na verdade, na dureza de coração ou no caráter inflexível daqueles que receberam a lei. Peça ao Senhor um coração sempre aberto a acolher sua Palavra.

- Tens a capacidade de compreender o que nos pede o Criador? Tens a abertura de coração necessária para acolher o que Deus espera de você? Sabes valorizar a importância da família para a vida do mundo? Qual o lugar que o Reino de Deus ocupa em tua vida?

- “O que Deus uniu, o homem não separe”, diz Jesus no evangelho. A essência do seu ensinamento quer falar-nos sobretudo, que um coração endurecido não é capaz sequer, de compreender e acolher os gestos mais simples muito menos situações mais complexas e que exigem mais esforço e disposição interior. Diz o Pe. Adroaldo Palaoro:

“Que a “faísca do Amor de Deus”, presente nos corações de todos, se transforme numa labareda, iluminando e aquecendo o cotidiano de suas vidas, inspirando e apontando caminhos para todos aqueles que, em meio às sombras, vivem tateando um sentido para suas existências”.

- Peça ao Senhor um coração sempre capaz de amar mais a cada dia. Peça também pela paz no mundo, tão carente de amor.

- Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo; como era no princípio, agora e sempre. Amém!


Homilia Diária - 16.08.2024 | "Já não são dois, mas uma só carne." - Padre Roger Araújo



Canal do Youtube: Padre Roger Araújo

Publicado em 15 de ago. de 2024

Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 19,3-12

Naquele tempo, 3alguns fariseus aproximaram-se de Jesus, e perguntaram, para o tentar: “É permitido ao homem despedir sua esposa por qualquer motivo?” 4Jesus respondeu: “Nunca lestes que o Criador, desde o início, os fez homem e mulher? 5E disse: ‘Por isso, o homem deixará pai e mãe, e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne’? 6De modo que eles já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe”.
7Os fariseus perguntaram: “Então, como é que Moisés mandou dar certidão de divórcio e despedir a mulher?” 8Jesus respondeu: “Moisés permitiu despedir a mulher, por causa da dureza do vosso coração. Mas não foi assim desde o início. 9Por isso, eu vos digo: quem despedir a sua mulher — a não ser em caso de união ilegítima — e se casar com outra, comete adultério”. 10Os discípulos disseram a Jesus: “Se a situação do homem com a mulher é assim, não vale a pena casar-se”.
11Jesus respondeu: “Nem todos são capazes de entender isso, a não ser aqueles a quem é concedido. 12Com efeito, existem homens incapazes para o casamento, porque nasceram assim; outros, porque os homens assim os fizeram; outros, ainda, se fizeram incapazes disso por causa do Reino dos Céus. Quem puder entender entenda”.

Homilia Diária | A família, uma pedra de escândalo (Sexta-feira da 19.ª Semana do Tempo Comum) - Padre Paulo Ricardo



Canal do Youtube: Padre Paulo Ricardo

Publicado em 15 de ago. de 2024

Ao transmitir hoje seu ensinamento sobre a sacralidade e a indissolubilidade do matrimônio, Nosso Senhor acrescenta: Nem todos são capazes de entender isso, já que, sem a graça divina, o Evangelho é uma palavra dura, motivo de incompreensão para muitos. Eis porque o nosso mundo, privado da luz sobrenatural da graça, tem-se afastado a passos largos da verdade sobre a família e arruinado, assim, tantas vidas pelo divórcio e o aborto, a eutanásia e as “uniões livres”. Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para esta sexta-feira, 16 de agosto, e peçamos a Deus que nos conceda entender e aceitar, de coração dócil e aberto, sua lei sobre a família humana.

HOMILIA DIÁRIA - (CANÇÃO NOVA) – Mt 19,3-12 - 16/08/2024


Dom de Deus: uma reflexão sobre a vocação do matrimônio

“Naquele tempo, alguns fariseus se aproximaram de Jesus e o questionaram: “É lícito ao homem repudiar sua esposa por qualquer motivo?”. Jesus respondeu: “Vocês não leram que, desde o princípio, o Criador os fez homem e mulher? Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. Assim, já não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe. Por isso eu vos digo: aquele que repudiar sua mulher, exceto por causa de união ilegítima, e se casar com outra, comete adultério.” Os discípulos questionaram Jesus: “Se a relação entre o homem e a mulher é tão difícil, então não vale a pena se casar.” Jesus respondeu: “Nem todos compreendem isso, apenas aqueles a quem é concedido. De fato, existem homens que são incapazes para o matrimônio por nascerem assim; outros, porque os homens os tornaram assim; e ainda outros que se tornaram incapazes por causa do Reino dos Céus. Aquele que tem capacidade de compreender, que compreenda.” (Mt 19,3-12)



Irmãos e irmãs, deparamo-nos com duas realidades presentes na Igreja: a realidade natural, representada pelo matrimônio, a primeira vocação de todos nós; e a vocação ao celibato, a entrega total ao Reino dos Céus. Essa entrega é um caminho escolhido por aqueles que se reconhecem incapazes para o matrimônio por causa do Reino dos Céus. São pessoas que se dedicam totalmente a Deus, com toda a sua vida, incluindo sua sexualidade, renunciando à vocação natural do matrimônio.
O desapego necessário para a vocação

É preciso lembrar a frase que ouvimos: “Deixarás pai e mãe”. Muitas vezes, as famílias, quando os filhos se aproximam do casamento ou da saída de casa, que é um processo natural, tentam retê-los, indo contra essa palavra. A vida do filho precisa seguir com sua esposa, a vida da filha com seu esposo. Ou, se a vocação for outra, religiosa ou sacerdotal, o papel dos pais é rezar para que os filhos cumpram seu chamado. Seja a vocação para o matrimônio, seja a vocação para uma vida de entrega total a Deus, em uma vida religiosa ou sacerdotal.
Que, neste dia, elevemos nossas orações pelos pais que têm dificuldade em deixar seus filhos seguirem seu caminho, e pelos filhos que buscam compreender sua própria vocação, seja ela o matrimônio ou a vida sacerdotal ou religiosa.
Sobre vocês desça e permaneça a benção do Deus Todo-poderoso: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

Padre Edson Oliveira
Padre Edson Oliveira é brasileiro, membro da Associação Internacional Privada de Fiéis – Comunidade Canção Nova no modo de compromisso do Núcleo.

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 16/08/2024

ANO B


Mt 19,3-12

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Os dois serão uma só carne


Aí está uma verdade de fé: o homem se casa com a mulher e a mulher se casa com o homem, e os dois se tornam uma só carne. Esta união é feita por Deus, portanto, o homem não pode desfazê-la. Quem se separar de sua mulher e se casar com outra, comete adultério. O mesmo vale para a mulher. Ouvindo isso, os discípulos disseram que, se é assim, é melhor não se casar. Jesus responde que, na vida, as decisões devem ter uma motivação séria, por exemplo, não se casar para se dedicar inteiramente ao Reino do Deus. Há, porém, situações que não dependem da vontade pessoal.
Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.
Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/os-dois-serao-uma-so-carne/ e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/quem-puder-aceitar-isso-que-aceite-16082024

Reflexão

Jesus retoma o plano do Criador: homem e mulher se unirão e formarão “uma só carne” . Essa união supõe respeito mútuo, igualdade, partilha espiritual e material. Jesus não só restitui ao casamento sua integridade original (v. 5), mas o eleva à condição de sacramento (cf. Ef 5,22-33). O matrimônio estabelece comunhão tão profunda e íntima entre esposo e esposa, que exclui a possibilidade de separação. Separados, seriam como um corpo incompleto. A sexualidade, no matrimônio, realiza-se no compromisso entre marido e mulher, abertos para a geração de filhos. Fora do matrimônio, a sexualidade encontra sentido no compromisso com Cristo e com o Evangelho. Na vida matrimonial, mais do que reunir motivos de separação, o casal dará destaque aos aspectos positivos que os mantêm unidos e realizados.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/16-sexta-feira-9/

Reflexão

«Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe»

Fr. Roger J. LANDRY
(Hyannis, Massachusetts, Estados Unidos)

Hoje, Jesus responde às perguntas dos seus contemporâneos sobre o verdadeiro significado do matrimônio, ressaltando a indissolubilidade do mesmo.
Sua resposta, no entanto, também proporciona a base adequada para que nós, cristãos, possamos responder a aqueles cujos corações teimosos os obrigam a procurar a ampliação da definição de matrimônio para os casais homossexuais.
Ao fazer retroceder o matrimônio ao plano original de Deus, Jesus ressalta quatro aspectos relevantes pelos quais só se pode unir em matrimônio a um homem e uma mulher:
1) «O Criador, desde o início, os fez macho e fêmea» (Mt 19,4). Jesus nos ensina que, no plano divino, a masculinidade e a feminilidade têm um grande significado. Ignorar, pois, é ignorar o que somos.
2) «Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe, e se unirá à sua mulher» (Mt 19,5). No plano de Deus não é que o homem abandone os seus pais e vá embora com quem ele queira, mas sim com uma esposa.
3) «De maneira que já não são dois, e sim uma só carne» (Mt 19,6). Esta união corporal vai mais além da pouco duradoura união física que ocorre no ato conjugal. Refere-se à união duradoura que se apresenta quando um homem e uma mulher, através do seu amor, concebem uma nova vida que é o matrimônio perdurável ou união dos seus corpos. Logicamente, que um homem com outro homem, ou uma mulher com outra mulher, não pode ser considerado um único corpo dessa maneira.
4) «Pois o que Deus uniu, o homem não separe» (Mt 19,6). Deus mesmo uniu em matrimônio ao homem e à mulher e, sempre que tentamos separar o que Ele uniu, estaremos fazendo por nossa própria conta e por conta da sociedade.
Em sua catequese sobre Gênesis, o Papa João Paulo II disse: «Em sua resposta aos fariseus, Jesus Cristo comenta aos interlocutores a visão total do homem, sem o qual não é possível oferecer uma resposta adequada às perguntas relacionadas com o matrimônio».
Cada um de nós está chamado a ser o eco desta Palavra de Deus em nosso momento.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «A estatura e os hábitos do homem podem mudar, mas a sua natureza continua idêntica e a sua pessoa é a mesma» (São Vicente de Lerins)

- «Na narração bíblica surge a ideia de que o homem é de alguma forma, incompleto, constitutivamente no caminho para encontrar no outro a parte complementária para a sua integridade, quer dizer, a ideia de que apenas na comunhão com o outro sexo se pode considerar “completo”» (Bento XVI)

- «A estima pela virgindade por amor do Reino e o sentido cristão do matrimónio são inseparáveis e favorecem-se mutuamente» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.620)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-08-16

Reflexão

Sexualidade e matrimônio: são algo sagrado!

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, com o Evangelho, contemplamos a sexualidade como uma realidade central da criação. A diversidade sexual e o matrimônio (onde os esposos se doam mutuamente na sua distinção sexuada) são algo sagrado. Não é mero acaso que: 1. Deus altere a sua linguagem (“fala” na primeira pessoa do plural) quando se dispõe a criar o homem (“Façamos o homem à nossa semelhança”); 2. Cristo dignifique o matrimônio com a categoria de sacramento e assista a uma boda no início do seu ministério.
A palavra de Deus confirma esta tradição da Igreja. Além disso, lemos no “Génesis” que Deus nos criou à sua imagem, fazendo-nos “homem” e “mulher”. Quando duas pessoas se entregam mutuamente e, juntas, dão vida aos filhos, o sagrado também fica atingido: cada pessoa alberga o mistério divino. Assim, a convivência de homem e mulher também se insere no religioso, no sagrado, na responsabilidade perante Deus.
—Deus-Criador: tu és o “nós divino” que inspira e guia o “nós humano” (matrimônio).
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-08-16

Reflexão

O homem esteja “incompleto”, constitutivamente a caminho a fim de encontrar no outro a parte que falta para a sua totalidade

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, Jesus explica que a narração bíblica da criação fala da solidão do primeiro homem, Adão, querendo Deus pôr a seu lado um auxílio. Dentre todas as criaturas, nenhuma pôde ser para o homem aquela ajuda de que necessita, apesar de ter dado um nome a todos os animais selvagens, integrando-os assim no contexto da sua vida. Então, de uma costela do homem, Deus plasma a mulher...
Na base desta narração, é possível entrever concepções semelhantes às que aparecem no mito referido por Platão, segundo o qual o homem originariamente era esférico, porque completo em si mesmo e auto-suficiente. Mas, como punição pela sua soberba, foi dividido ao meio por Zeus, de tal modo que agora sempre anseia pela outra sua metade e caminha para ela a fim de reencontrar a sua globalidade.
—Na narração bíblica, não se fala de punição; porém, a ideia de que o homem de algum modo esteja incompleto, constitutivamente a caminho a fim de encontrar no outro a parte que falta para a sua totalidade.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-08-16

Reflexão

À imagem do Deus monoteísta corresponde o matrimónio monogâmico

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, vemos que só na comunhão com o outro sexo, o homem possa tornar-se “completo”: o “eros” (amor-paixão) está de certo modo enraizado na própria natureza do homem. Adão anda à procura e “deixa o pai e a mãe” para encontrar a mulher (cf. Gn 2,23-24); só no seu conjunto é que representam a totalidade humana, tornam-se “uma só carne”.
O segundo aspecto: numa orientação baseada na criação, o “eros” impele o homem ao matrimônio, a uma ligação caracterizada pela unicidade e para sempre. Deste modo, e somente assim, é que se realiza a sua finalidade íntima. À imagem do Deus monoteísta corresponde o matrimónio monogâmico. O matrimónio baseado num amor exclusivo e definitivo torna-se o ícone do relacionamento de Deus com o seu povo e, vice-versa, o modo de Deus amar torna-se a medida do amor humano.
—Esta estreita ligação entre “eros” e matrimônio na Bíblia quase não encontra paralelos literários fora da mesma.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-08-16

Comentário sobre o Evangelho

O casamento implica amar com um coração nobre e generoso


Hoje, alguns fariseus querem preparar uma armadilha a Jesus. Mas, quanto ao tema do divórcio não se brinca. A dureza de coração, quer dizer, o egoísmo acaba por aprovar o divórcio. Um coração nobre não precisa de divórcios!
- Uma vez que Jesus não admite brincadeiras com o matrimônio, dá-nos uma norma para elevar o nível: se um marido não ama a sua mulher (ou vice-versa) com coração nobre e generoso, também comete adultério (está a abusar da outra pessoa).
https://family.evangeli.net/pt/feria/2024-08-16

Meditação

Jesus fala do amor conjugal que, por graça de Deus, une um homem e uma mulher, e que, por ser amor e vir de Deus, não pode ser rompido. O amor é indissolúvel. Os discípulos não entendem essa exigência de um amor incondicional e indissolúvel. De fato, só podemos compreender isso se formos iluminados pela fé que vem de Deus. Sem a fé não podemos compreender nem o compromisso do celibato nem o compromisso do casamento. Não podemos compreender nem mesmo nossa realidade humana.
Oração
DEUS ETERNO E TODO-PODEROSO, a quem, inspirados pelo Espírito Santo, ousamos chamar de Pai, fazei crescer em nossos corações o espírito de adoção filial, para merecermos entrar um dia na posse da herança prometida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=16%2F08%2F2024&leitura=meditacao