O símbolo pascal do fogo é sinal da Luz de Cristo, que além de iluminar
no meio das trevas, arde e queima como sinal de purificação.
domingo, 3 de novembro de 2013
TERÇOS – VÍDEOS
TERÇO DA MISERICÓRDIA
TERÇO DA MISERICÓRDIA
"Quando rezarem este Terço junto aos agonizantes, Eu me colocarei entre o Pai e a alma agonizante, não como justo Juiz, mas como Salvador misericordioso".
JESUS, EU CONFIO EM VÓS!!!
APRENDA A REZAR O TERÇO DA MISERICÓRDIA
Para ser rezado nas contas do terço
No começo:
Pai nosso, que estais no céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.
Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.
Creio em Deus Pai, todo poderoso, criador do Céu e da Terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor; que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espirito Santo, na santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna Amém.
Nas contas de Pai Nosso, dirás as seguintes palavras usando o terço de Maria:
Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e o Sangue, a Alma e a Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e dos do mundo inteiro.
Nas contas de Ave Maria rezarás as seguintes palavras:
Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.
No fim, rezarás três vezes estas palavras:
Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro” (Diário, 476)

São Pio Campidelli - 03 de Novembro
São Pio Campidelli | |
Nascimento | 29 de abril de 1868 |
Local nascimento | Ramanha (Trébbio de Póggio) Itália |
Ordem | Padres Passionistas |
Espiritualidade | Desde pequenino mostrava-se inclinado à oração e sua vida escolar era exemplar. Aos 12 anos de idade conheceu a dois padres passionistas e manifestou o desejo de ser sacerdote. Aos 14 anos de idade e, em 30 de abril de 1884, recebeu o hábito passionista. Porém não chegou a se tornar sacerdote pois contraiu tuberculose. Sofreu com resignação e ainda encontrava forças para consolar sua mãe que ia visitá-lo, dizendo: "Coragem, mãe, um dia nos encontraremos no Paraíso!" Foi beatificado em 17 de Novembro de 1985 SÃO MARTINHO DE LIMA (ou DE PORRES) - Dominicano - padroeiro dos moradores de rua, infestação de ratos e Sindicalistas. Nasceu em Lima a 9 de dezembro de 1579 e faleceu em Lima a 03 de Novembro de 1639, Mestiço, filho de um fidalgo espanhol, João de Porres, cavalheiro de Alcântara e de uma mulata panamenha, Ana Velesquez, portanto filho "bastardo", sofreu por sua pele escura e sua origem, a qual consideravam "vergonhosa". Desde pequeno começou a trabalhar como aprendiz de barbeiro. De alma profundamente mística, sensível fazia de sua profissão um exercício de caridade para com os pobres, principalmente quando passou a ser ajudante de um médico. Entrou na Ordem Dominicana como "donato", ou seja, ocupando o nível menor do convento. Suas funções eram as mais humildes e com as esmolas que recebia conseguiu fundar um hospital para meninos abandonados. Tornou-se irmão leigo e de suas mãos brotavam verdadeiros milagres totalmente comprovados. Conta-se que no convento havia ratos e ele, co suavidade os chamava e eles iam saindo um a um para o canto do jardim. Embora vivesse em Lima, fez missões na África, Japão e China. Somente praticando a Caridade, o maior de todos os dons, acabou sendo honrado como santo. Foi beatificado em 1873 e canonizado pelo Papa João Paulo II, em 1962. |
Local morte | Ramanha |
Morte | 2 de Novembro de 1889, com apenas 21 anos |
Fonte informação | Santo nosso de cada dia, rogai por nós |
Devoção | Sua maior devoção era a Eucaristia, o Crucificado e Nossa Senhora |
Padroeiro | Dos tuberculosos |
Outros Santos do dia | São Humberto (protetor contra a Raiva ou Cólera e proteror da Polícia Florestal); Malaquias - Domingo, Eirmino, Hermengádio (bispos); Quarto e Silva (confs); Valentim (presb); Hilário (diác.); Venefrida (virgem); Germano, Teófilo, Cirilo, Mariano, Cesário, Vidal, Engrácia (márts.). FONTE: ASJ |
São Humberto de Liège - 03 de Novembro
Muito
pouco se sabe sobre a vida
de Humberto, que nasceu no ano
656. Pertencia a uma
família da
nobreza, pois seu pai, Beltrão, era
rei da Aquilânia, hoje França.
Desde a infância mostrou prazer
pela caça, crescendo forte e muito
valente
neste esporte.
Muito pouco se sabe sobre
a vida de Humberto, que nasceu no ano 656. Pertencia a uma família da nobreza,
pois seu pai, Beltrão, era rei da Aquilânia, hoje França. Desde a infância
mostrou prazer pela caça, crescendo forte e muito valente neste esporte. Conta
a tradição que ele, na juventude, salvou a vida do rei, seu pai, que fora
atacado por uma fera, numa de suas habituais caçadas.
Santa Sílvia - 03 de Novembro
Santa Sílvia
Século VI
Sílvia era italiana, nascida em Roma em torno de 520, numa família de origem siciliana de cristãos praticantes e caridosos. Os dados sobre sua infância não são conhecidos. Porém a sua adolescência coincidiu com um difícil e turbulento período histórico, o declínio do Império Romano e a tomada do mesmo pelos bárbaros góticos.
LITURGIA DIÁRIA - O Domingo – Crianças
Sejamos santos e santas!
Compromisso da Semana:
Nesta semana, façamos o
propósito de perceber quando agimos como santos e santas no dia a dia. Não nos
esqueçamos de ler os evangelhos.
HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 03/11/2013
03 de Novembro de 2013
Ano C

Mt 5,1-12a
Comentário do
Evangelho
Acolher a presença de Deus
é o caminho da santidade.
A festa de todos os santos
e santas de Deus é uma festa antiga. Já no segundo século, a Igreja celebrava a
memória dos seus mártires para que, tendo presente o seu testemunho, a
comunidade se mantivesse fiel no testemunho de Jesus Cristo. É uma festa para nós.
A porta do céu se abre não para nos abstrairmos do mundo, pois, aqui, é o lugar
de vivermos a nossa vocação à santidade, mas para considerarmos o compromisso
próprio do nosso chamado a partir do céu, inspirados pelo testemunho daqueles
que nos precederam na fé. Em todos os santos e santas de Deus se cumpre a
Palavra do Senhor. À afirmação de Pedro: “Olha, deixamos tudo e te seguimos!”,
que recompensa terão? Jesus responde: “Nessa vida perseguições e tribulações.
Mas, depois, a vida eterna” (Mc 10,28-30).
As bem-aventuranças fazem parte do longo discurso
denominado sermão da montanha (Mt 5–7); fazem parte de um gênero literário
bastante atestado no Antigo Testamento. A primeira bem-aventurança é o
fundamento de todas as demais: “Felizes os pobres no espírito, porque deles é o
Reino dos céus” (v. 3). Há um espírito dentro do ser humano; ele o recebeu de
Deus, que o chamou à existência (cf. Gn 2,7). A pobreza de espírito é uma
pobreza em relação a Deus: diante de Deus o ser humano se encontra “desnudo”. Viver
essa realidade de maneira concreta é assumi-la com um coração puro,
experimentá-la no mais profundo do ser, lá onde aflora a presença de Deus.
Nesse sentido, as bem-aventuranças são um apelo ao discípulo a viver a vida
referida a Deus e na confiança nele, num compromisso efetivo com o Reino de
Deus e na esperança de que a recompensa vem do alto. O que cada bem-aventurança
promete, a realidade escatológica, é o fundamento da vida moral, do modo de
agir do cristão.
O livro do Apocalipse foi escrito com a finalidade
de encorajar os cristãos a que, mesmo na perseguição implacável, guardassem a
palavra de Cristo, não renunciassem à fé e aos valores da vida cristã. Ele tira
para a vida dos cristãos as consequências do mistério pascal do Senhor. O que
encoraja a Igreja peregrina é considerar a Igreja triunfante. A multidão
numerosa vestida de branco são os que por Cristo deram as suas vidas e no
Cristo participam da sua gloriosa ressurreição. São os que confiaram plenamente
no Senhor: “Todo o que espera nele purifica-se, como também ele é puro” (1Jo
3,3).
É preciso, por fim, dizer que o que nos faz santos
é a presença de Deus em nós. Acolher esta presença, deixar-se conduzir por ela,
é o caminho da santidade.
Carlos Alberto Contieri, sj
ORAÇÃO
Pai, move-me pelo Espírito
a trilhar o caminho da santidade, colocando minha vida em tuas mãos e buscando
viver as bem-aventuranças proclamadas por teu Filho Jesus.
Vivendo a Palavra
Assim o Evangelista Mateus inicia o
Sermão da Montanha – o centro, a essência da Mensagem do Mestre de Nazaré. Ele
não descreve virtudes de várias pessoas, mas faz um retrato de corpo inteiro de
Jesus, o Bom Pastor que foi e quer que nós sejamos: pobres, puros de coração,
amantes da justiça, corajosos, alegres e cheios de misericórdia.
Recadinho

Você
é feliz? - Você contribui para que seu próximo seja feliz? Como? - Como você
encara a realidade da pobreza, a material e a espiritual? - Você tem
consciência de que a misericórdia é tudo em nossa vida? - Qual a
bem-aventurança que mais lhe agrada? Explique-se.
Padre Geraldo
Rodrigues, C.Ss.R
REFLEXÕES DE HOJE

03
DE NOVEMBRO – DOMINGO
VEJA AQUI MAIS HOMILIAS PARA O PRÓXIMO
DOMINGO
Liturgia comentada
Assim perseguiram os profetas... (Mt
5,1-12)
Escrevi estas linhas sob o impacto do
assassinato de Irmão Roger Schütz, fundador da Comunidade de Taizé. Um
bem-aventurado? Sim. Pobre e puro de coração? Sim. Manso e pacificador? Sim.
Misericordioso? Sem dúvida. Dedicou toda a sua vida a tecer pontes entre as
Igrejas, semeando a paz e a concórdia. No entanto, para que fosse ainda mais
visível a sua “bem-aventurança”, acabou assassinado por uma mulher
desequilibrada, em plena reunião de oração.
Nesta conhecida passagem do “Sermão da
Montanha”, que emocionava o próprio Mahatma Gandhi, Jesus não ilude o grupo de
seus seguidores: “Foi assim que perseguiram os profetas antes de vós.” Ou seja,
vocês também serão perseguidos. E, quando o forem, aí mesmo é que sereis
verdadeiramente bem-aventurados!
Naturalmente, a “receita de felicidade”
passada pelo Mestre pode decepcionar bastante aqueles que pensavam aproximar-se
de Deus para resolver todos os seus problemas particulares. Com Deus, teríamos
simultaneamente cura física, sossego e dinheiro no bolso. Tanto é assim que
algumas igrejas fazem seu marketing a partir de frases do tipo: “Pare de
sofrer!”
Entre os ingredientes amargos, pobreza
e lágrimas, não-violência e misericórdia, fome e sede, injúria e perseguição.
Sim, mas não em consequência de nossos erros e imprudências, mas “por minha
causa” – diz Jesus. A bem-aventurança é inseparável do compromisso com o
Evangelho de Jesus. Brota do choque entre a mensagem da Boa Nova e os projetos
neopagãos.
Na verdade, a felicidade consiste
exclusivamente no próprio Senhor, na vida em comunhão com ele. Se os primeiros
mártires caminhavam para o cepo entoando alegremente hinos de louvor, é que ali
mesmo tomavam posse da felicidade-em-Deus. Sabiam que faziam um excelente
negócio em trocar a vida que passa pela vida que não passa.
Se ainda julgamos que o homem feliz é
aquele que tem “muito dinheiro no bolso / saúde pra dar e vender” – como na
valsinha natalina, acabaremos discordando de Jesus Cristo. Se, ao contrário,
queremos viver como filhos de Deus (Mt 5, 9), entenderemos o convite à
alegria...
Sou um bem-aventurado?
Orai sem cessar: “Feliz o homem que tem
seu refúgio no Senhor!” (Sl 34,9)
Texto de Antônio Carlos Santini,
da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
3 de
novembro – 31º DOMINGO DO T. COMUM – TODOS OS SANTOS
QUEM MORARÁ NO SANTUÁRIO DO SENHOR?
I.
INTRODUÇÃO GERAL
Cristo
é a fonte da santidade dos cristãos. As situações mencionadas nas
bem-aventuranças foram vivenciadas primeiramente por Jesus e, por isso, ele se
tornou o critério pelo qual discernimos se estamos vivendo ou não de acordo com
a vontade de Deus.
As situações
concretas da vida são, às vezes, carregadas de sofrimento. Feliz é quem
permanece fiel em momentos de angústia e crise. Em linguagem apocalíptica,
feliz é quem alveja suas vestes no sangue do Cordeiro. Essa expressão significa
assumir a veste nova do batismo em situação de grande perseguição, a ponto de
se identificar com o Cristo crucificado. Os santos são aqueles cuja consciência
de pertença a Cristo é tão forte que estão dispostos a tudo por amor a Deus. O
que move as ações deles é o amor ágape, o mesmo que moveu Cristo na oferta da
própria vida na cruz.
II.
COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1.
Evangelho (Mt 5,1-12a): Perseguidos por causa da justiça
As
bem-aventuranças, em seu conjunto, constituem um estilo de vida, uma mensagem
de esperança e uma ordem de batalha para aqueles que lutam pela implantação do
reino dos céus e anseiam por sua chegada definitiva. O ponto de partida das
bem-aventuranças são as condições concretas da vida humana. Há pessoas que
choram, são injustiçadas, perseguidas, injuriadas e caluniadas por causa do
reino dos céus, e ainda assim permanecem mansas, pacificadoras misericordiosas
e puras.
No
idioma de Jesus, o termo geralmente traduzido por “bem-aventurados” ou
“felizes” é o imperativo dos verbos “avançar” e “prosseguir” (cf. Pr 4,14). Em
um contexto de perseguição, as palavras de Jesus também podem ser assim
traduzidas:
“Que
avancem os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus!” Os “pobres em
espírito” são aqueles cujas vidas estão apoiadas em Deus, não nos bens materiais
e, por isso, sua luta não será em vão, mas alcançarão aquilo que esperam, a
saber, o reino dos céus.
Que
avancem os “mansos”, pois, embora atribulados, não agem com violência nem
duvidam do amor de Deus por eles. Estes herdarão a terra, e a usufruirão sem
violência, como o desejam.
Que
avancem os que têm “fome e sede de justiça”, a saber, os decepcionados com a
justiça terrena, a qual não defende os inocentes e favorece os culpados. E,
porque esperam unicamente na justiça divina, não serão decepcionados, mas
alcançarão a vitória, viverão numa terra renovada, alicerçada na justiça.
Que
avancem os misericordiosos, pois como agiram à semelhança do agir divino, serão
tratados por Deus com misericórdia; e viverão num novo mundo, onde a
misericórdia e o amor superam todas as coisas.
Que
avancem os “puros de coração”, os que são transparentes, não enganam e nem são
falsos. Eles verão a Deus.
Que
avencem todos aqueles que “promovem a paz”, ou que produzem o shalom(prosperidade,
bem, saúde, inteireza, segurança, integridade, harmonia e realização). Serão
chamados filhos de Deus, o verdadeiro doador da paz.
Finalmente,
que avancem os “perseguidos por causa da justiça”, os que sofrem perseguição
por causa da fé, por causa do evangelho. Quem sofre por causa de uma
participação ativa na construção do reino não será decepcionado, mas verá o
reino acontecer. Os que se ajustam à vontade de Deus terão lugar no reino dos
céus onde a vontade de Deus é soberana.
Finalmente,
que avancem as pessoas de boa vontade, verdadeiras promotoras dos valores do
reino dos céus na história.
Quando
as pessoas viverem essas situações, devem se lembrar de que foi isso que
aconteceu aos profetas e mártires. É o preço que se paga pela fidelidade ao
evangelho. Essas pessoas não estão sendo castigadas, como poderia afirmar a
teologia da retribuição, mas estão sendo convidadas a ter a mesma atitude de
Jesus diante do “mundo hostil” ao valores do reino dos céus. Estão sendo
convocadas a viver sua fidelidade ao Pai, assumindo todas as consequências
dessa decisão até que brote a vida em plenitude.
2. I
Leitura (Ap 7, 2-4. 9-14): Os que vieram da grande tribulação
O texto
apresenta o destino reservado à Igreja colocada sob a eficaz proteção de Deus
durante um período de perseguição. Isso não significa que os cristãos fiquem
isentos do sofrimento, ao contrário, devem preparar-se para fazer frente a
graves perseguições e, inclusive, a aceitar o martírio. A visão tem, portanto,
o objetivo de animá-los a perseverar até a morte.
O
primeiro quadro se desenrola com base no conceito antigo que considerava a
terra como sendo quadrada, com ventos nocivos originados de seus ângulos (cf.
Jr 49,36). Os anjos recebem a ordem de não permitir que os ventos iniciem sua
obra de destruição até que os fiéis tenham recebido o selo de Deus, que
equivaleria a uma declaração de propriedade (cf. Ez 9,lss). Isso significa que,
em meio à prova, Deus dará aos seus servos fiéis as energias necessárias para
que perseverem até a morte. Em resumo, os que foram associados à cruz de Jesus,
ou seja, os que passaram pela grande tribulação, igualmente compartilham de sua
glória no céu.
Os
cento quarenta e quatro mil (12 x 12.000) assinalados representam os fiéis
provenientes das doze tribos de Israel dispersas sobre a terra. Em novo quadro,
João viu uma multidão incontável, de todas as etnias, diante do trono do
Cordeiro. As palmas que traziam nas mãos evocam as que eram usadas na liturgia
judaica da festa das Tendas (Lv 23,40) para louvar o Deus de Israel.
As
vestes brancas, alvejadas no sangue do Cordeiro (v. 14), significam que os
mártires permaneceram puros, não se deixaram contaminar, seja pela idolatria,
seja pela apostasia, e por isso sofreram a morte. Por causa de sua fidelidade,
agora estão diante do trono do Cordeiro vitorioso, realizando uma liturgia
celeste.
3. II
Leitura (1Jo 3,1-3): Os que esperam no Senhor
Deus
nos amou a tal ponto que não se contentou apenas em nos dar seu Filho único,
mas tornou a nós mesmos seus filhos adotivos. Esse tipo de amor (ágape) é
extraordinário, prodigamente generoso e tem sua fonte em Deus mesmo, é uma
realidade divina da qual nós participamos através da filiação que recebemos.
É de se
esperar que o “mundo”, tomado aqui em sentido pejorativo, designando uma
contraposição a Deus e ao seu propósito, não reconhecerá que somos filhos de
Deus. Em resumo, se o amor (ágape) é o que move nossas ações, então seremos
estranhos ao mundo que é movido por outros “valores”.
A
dignidade de filhos de Deus é desconhecida do mundo e imperfeitamente conhecida
pelos próprios cristãos, porque todos os efeitos dessa nova situação ainda não
se manifestaram. A vida eterna já está em nós, mas se manifestará em plenitude
somente quando o Cristo glorioso voltar na parusia final.
A
esperança segura a respeito da manifestação plena da vocação humana à filiação
divina é a motivação mais eficaz para o empenho em santificar-se. Essa
esperança também é um dom gratuito de Deus a nos impulsionar na purificação. Do
mesmo modo que os israelitas se purificavam com os ritos apropriados antes de
entrarem no templo de Jerusalém, assim também os cristãos devem purificar-se
espiritual e interiormente para entrar na realidade celeste do Cristo
ressuscitado.
Dito de
outra forma, o ser humano não pode ser salvo sem a graça e os méritos de
Cristo, mas, ao mesmo tempo, o esforço pessoal também é necessário no processo
de santificação. Não se trata de uma pureza meramente externa, mas sim de
esforçar-se para configurar-se plenamente à vontade de Deus expressa na vida de
Jesus.
III.
PISTAS PARA REFLEXÃO
Os
textos de hoje têm o objetivo de animar os cristãos e sustentá-los na
perseverança e na fidelidade até a morte. As leituras nos mostram o quanto são
felizes os que permaneceram fiéis até o fim.
A
fidelidade à mensagem de Cristo é o grande desafio de nosso tempo. Muitas
pessoas estão desencantadas com a Igreja por causa de várias razões, a maioria
deles devido à falta de amor que deve ser a marca característica da comunidade
de Jesus. A igreja local, frequentada pelas pessoas em seu cotidiano, pode
atrair mais pela misericórdia, por ser mansa e pacificadora.
É bom
destacar na homilia que nossa preocupação principal deve ser com o testemunho
de vida e não com encher os templos com cristãos desencantados e pouco
comprometidos. O testemunho da igreja local os reencantará para Cristo.
Muitas
pessoas passam por grandes sofrimentos e se afastam da Igreja porque não
encontram explicações, ou porque lhes foram dadas explicações desastrosas para
suas angústias e sofrimentos. Se a igreja é solidária com o sofredor, ele se
sentirá seguro para permanecer fiel, mesmo sem entender o sofrimento que o
sufoca.
Muitas
vezes as desistências ou o distanciamento das pessoas em relação à Igreja é
porque lhes foi prometido um cristianismo fácil e confortável como retribuição
pelas boas obras. Mas quando as dificuldades se anunciam, como é próprio da
vida humana, as pessoas não têm a força interior para manter-se fiéis.
Aíla Luzia Pinheiro Andrade
Graduada em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará e em Teologia pela
Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje - BH), onde também cursou
mestrado e doutorado em Teologia Bíblica e lecionou por alguns anos.
Atualmente, leciona na Faculdade Católica de Fortaleza. É autora do livro Eis
que faço novas todas as coisas – teologia apocalíptica (Paulinas). E-mail:
aylanj@gmail.com
3 de novembro: Todos
os Santos
SANTIDADE
E FELICIDADE
Felizes
são todos os santos, cuja memória hoje celebramos com alegria. O evangelho das
bem-aventuranças mostra que, de fato, aqueles que chegaram à santidade são para
nós inspiração e modelo de felicidade.
As
pessoas, hoje como sempre, infelizmente valem pelas riquezas que têm, pelos
cargos que ocupam. A felicidade é anunciada e buscada a todo custo como
prosperidade econômica. E escandalosamente isso acontece também em Igrejas que
se dizem cristãs, mesmo depois de Jesus ter proclamado o Sermão da Montanha.
Pois as
bem-aventuranças de Jesus vão exatamente em sentido contrário. Felizes são os
pobres em espírito, os que sentem a pobreza na pele, os que renunciam à cobiça,
os simples e pequenos, os que estão vazios de tudo e só têm a Deus como
defensor.
Renunciando
à busca da felicidade que se confunde com comodidade ou mero bem-estar, os
pobres entram em outra dinâmica: a lógica do reino de Deus. Nesse reino,
felicidade é buscar a justiça divina, que supera em tudo o legalismo e a
hipocrisia humana. A felicidade do reino é a que dura pela eternidade, mas
necessariamente começa neste mundo. Ela consiste em se desgastar pelos outros,
em sofrer e chorar com os outros e pelos outros, em construir juntos a paz. É a
felicidade que se confunde com o perdão, porque a graça de Deus é infinita
diante de nossos erros. Que se confunde com a perseverança diante das calúnias,
tribulações e perseguições.
Na
dinâmica do reino, a felicidade é algo que se conquista seguindo o exemplo do
Mestre: doando a própria vida por amor, em tudo o que isso comporta de
sofrimento. Olhando para todos os santos, renovamos hoje a esperança de que
todo o amor que vivemos e doamos seja aceito por Deus, pois só levaremos para a
eternidade o amor que tivermos deixado aqui. Que ele torne plena nossa vida e
eternize nossa felicidade.
Pe. Paulo
Bazaglia, ssp
SOMOS O
POVO SANTO DE DEUS
Hoje
celebramos Todos os Santos e Santas. Quem são eles? Onde estão elas? Muitas
pessoas,quando pensam em “santo”, logo se lembram de uma estátua de gesso ou
madeira que não fala, não ri, não tem sentimentos. As imagens são importantes
para a nossa fé, mas os santos são muito mais do que a representação artística
delas nas pinturas e esculturas. Santo é alguém que ama muito. Santa é a mulher
que gasta a vida buscando ajudar pessoas de quem quase todo o mundo tem nojo e
procura se desviar, passando para o outro lado da rua. Santo é alguém que sabe
ouvir, confortar e mostrar que há sempre uma saída. Santa é a pessoa que
defende o direito dos injustiçados, mesmo sob risco de morte. Santo é alguém
que sabe provocar alegria e entusiasmo na vida dos outros. A pessoa santa sabe
pensar antes de falar; reza a fim de escolher as palavras certas para animar,
repreender e corrigir. Santo é alguém que ensina com as palavras, mas
principalmente com os gestos, a maneira de ser.
Santo é,
contudo, gente de carne e osso. Erra também. Mas não tem vergonha de pedir
perdão. A pessoa santa cai muitas vezes ao longo do caminho, mas sabe levantar
a mão e pedir ajuda. O santo pode exagerar na dureza de suas palavras quando vê
algo errado, mas saberá distinguir a pessoa do erro, pois são os erros que
precisam ser corrigidos para que a pessoa melhore. O santo às vezes pode passar
por tolo ou ingênuo, porque prefere acreditar a condenar de maneira
precipitada, pois sabe que, na verdade, quem está sendo passado para trás é
quem está tentando enganá-lo.
Há muita
santidade no mundo, muitas vezes misturada ao pecado e ao erro, como acontece
com a erva daninha misturada com a planta boa. Basta cada um olhar
primeiramente para o próprio coração e nele vai perceber a existência de sinais
de santidade e também de maldade. Deus não quer que nos desesperemos por causa
da maldade detectada, e sim que nos animemos com os sinais de bondade e façamos
que ocupem mais o espaço do nosso coração e da nossa vida. Olhemos também para
as pessoas de nossa casa e de nossa comunidade e vamos perceber que elas erram
e acertam. Os acertos são sinais de santidade. Vamos fazer a nossa parte para
que a santidade presente em nós possa aumentar, prevalecer. Somos o povo santo
de Deus!
Claudiano
Avelino dos Santos, ssp

TODOS OS SANTOS - Mt 5,1-12
A SUPREMA FELICIDADE
“Esses são os que vieram da grande tribulação. Lavaram
e alvejaram as suas roupas no sangue do cordeiro”. Com esta imagem, o livro do
Apocalipse indica todos aqueles que participaram do sacrifício expiatório de
Cristo, cordeiro sem mancha. Estes, agora, formam a multidão imensa,
simbolizados pelo número 144.000 (12 tribos de Israel x 12 apóstolos x 1.000 =
ideia de multidão, abundância). São todos aqueles que conseguiram a visão
eterna de Deus depois de ter atravessado o tempo da prova, lutando constantemente
contra as ciladas do mal, animados pela coragem e segurança que vem do Senhor.
Estamos falando dos santos.
Os santos são aquelas pessoas canonizadas pela Igreja, depois de uma minuciosa investigação da vida destas. Mas, os santos canonizados constituem uma pequena parte. Há milhares de outros que celebramos hoje, uma multidão que ninguém pode contar, diz o livro do Apocalipse. São aqueles que com humildade se submeteram à vontade de Deus durante a sua vida, e estão na presença do Senhor para sempre. Dentre estes, podem constar nossos amigos e familiares já falecidos. São os santos anónimos, e são santos tanto quanto os canonizados. A única diferença é que estes são declarados oficialmente como modelos de santidade para nós que ainda estamos caminhando.
Também nós não devemos nem duvidar que possamos participar desta comunhão. Cristo não exclui ninguém da salvação. Ele veio para procurar, encontrar e salvar o que está perdido. Porém, Cristo não impõe, ele só propõe. Cada um é livre para aceitar ou rejeitar esta salvação.
O Evangelho de hoje nos apresenta um caminho de santidade humana que abraça todas as etapas da nossa vida, abarcando cada situação e considerando os desafios que a cada dia estamos sujeitos: Deus não quer que fiquemos passivos, há um caminho a seguir. As bem-aventuranças indicam que caminho é este, mostrando o caráter do cristão enquanto herdeiro do Reino de Deus, da suprema plena, da alegria perfeita.
Ser pobre em espírito é ser humilde. É quando reconhecemos nossa necessidade, nossa insuficiência e nossa dependência, nossos limites, e, nos dirigimos a Deus na oração com confiança. Para tal, é necessário arrancar de nós toda soberba, orgulho, presunção, egoísmo, auto-suficiência, superioridade, intolerância. Esta bem-aventurança não diz respeito só aos que são pobres materialmente: um milionário pode reconhecer e confessar que a riqueza material não é tudo para ele e que ele depende de Deus; enquanto, um pobre materialmente pode ser cheio de ganância e esperar tudo da riqueza terrena.
A segunda bem-aventurança parece contraditória, pois o pranto é o contrário de alegria. Os motivos podem ser vários: a morte, a doença, as desgraças, o pecado e a fraqueza, as mudanças drásticas da vida. O aflito é aquele que sofre por sua situação ou pela dor alheia, movido pela compaixão. O pecado contrário é quando somos indiferentes e almejamos uma “vida boa”, cheia de prazeres, confortos, tranquilidades; é o pecado da indiferença com o próximo, da dureza de coração.
Jesus era manso. Ele chama felizes os mansos, que deixemos toda grosseria, desrespeito, desamor, agressões. A santidade deve mostrar-se no modo como tratamos as pessoas. É preciso trabalhar o auto-controle, aceitar o próximo, não querer dominá-lo, controlá-lo, humilhá-lo nem impor-lhe nossas ideias.
Fome e sede são uma necessidade natural, fundamental para vivermos. Felizes são os que tem fome e sede de justiça: ser justo significa ser recto, honesto, correto com relação ao próximo, a Deus e às coisas materiais.
Ser feliz significa ser misericordioso. Significa não ficar indiferente perante o sofrimento alheio nem mostrar um coração duro perante as ofensas que nos foram causadas. Sentir a miséria do outro e perdoá-lo. Só perdoando, seremos perdoados.
O que busca a santidade busca a pureza. Humanamente falando, nos damos conta que é impossível ser totalmente puro, mas o sangue de Jesus nos lava de todo o pecado. O caminho da santidade é uma busca constante de paz. Deus é um Deus da paz. Ele quer que nós também sejamos pessoas de paz. Temos que aprender a lidar com o pecado da maledicência, da intriga, da vingança, da provocação. Somos felizes quando não só fizermos as pazes com os outros, mas também quando formos instrumentos de paz entre duas pessoas ou grupos etc.
Ser bem-aventurado implica ser perseguido ou até morrer por causa de Jesus Cristo. Talvez seja esta uma questão das mais difíceis da santidade: conviver com isto enquanto se segue a Jesus. Talvez alguém possa se enganar pensando que quanto mais próximos a Deus estivermos, mais amados seremos por todos. Errado! Pois, seremos cada vez mais invejados, contrariados, insultados e perseguidos. O diabo fica desconcertado com os que, sinceramente, buscam seguir Cristo. O próprio Jesus Cristo foi odiado e crucificado.
Os santos são aquelas pessoas canonizadas pela Igreja, depois de uma minuciosa investigação da vida destas. Mas, os santos canonizados constituem uma pequena parte. Há milhares de outros que celebramos hoje, uma multidão que ninguém pode contar, diz o livro do Apocalipse. São aqueles que com humildade se submeteram à vontade de Deus durante a sua vida, e estão na presença do Senhor para sempre. Dentre estes, podem constar nossos amigos e familiares já falecidos. São os santos anónimos, e são santos tanto quanto os canonizados. A única diferença é que estes são declarados oficialmente como modelos de santidade para nós que ainda estamos caminhando.
Também nós não devemos nem duvidar que possamos participar desta comunhão. Cristo não exclui ninguém da salvação. Ele veio para procurar, encontrar e salvar o que está perdido. Porém, Cristo não impõe, ele só propõe. Cada um é livre para aceitar ou rejeitar esta salvação.
O Evangelho de hoje nos apresenta um caminho de santidade humana que abraça todas as etapas da nossa vida, abarcando cada situação e considerando os desafios que a cada dia estamos sujeitos: Deus não quer que fiquemos passivos, há um caminho a seguir. As bem-aventuranças indicam que caminho é este, mostrando o caráter do cristão enquanto herdeiro do Reino de Deus, da suprema plena, da alegria perfeita.
Ser pobre em espírito é ser humilde. É quando reconhecemos nossa necessidade, nossa insuficiência e nossa dependência, nossos limites, e, nos dirigimos a Deus na oração com confiança. Para tal, é necessário arrancar de nós toda soberba, orgulho, presunção, egoísmo, auto-suficiência, superioridade, intolerância. Esta bem-aventurança não diz respeito só aos que são pobres materialmente: um milionário pode reconhecer e confessar que a riqueza material não é tudo para ele e que ele depende de Deus; enquanto, um pobre materialmente pode ser cheio de ganância e esperar tudo da riqueza terrena.
A segunda bem-aventurança parece contraditória, pois o pranto é o contrário de alegria. Os motivos podem ser vários: a morte, a doença, as desgraças, o pecado e a fraqueza, as mudanças drásticas da vida. O aflito é aquele que sofre por sua situação ou pela dor alheia, movido pela compaixão. O pecado contrário é quando somos indiferentes e almejamos uma “vida boa”, cheia de prazeres, confortos, tranquilidades; é o pecado da indiferença com o próximo, da dureza de coração.
Jesus era manso. Ele chama felizes os mansos, que deixemos toda grosseria, desrespeito, desamor, agressões. A santidade deve mostrar-se no modo como tratamos as pessoas. É preciso trabalhar o auto-controle, aceitar o próximo, não querer dominá-lo, controlá-lo, humilhá-lo nem impor-lhe nossas ideias.
Fome e sede são uma necessidade natural, fundamental para vivermos. Felizes são os que tem fome e sede de justiça: ser justo significa ser recto, honesto, correto com relação ao próximo, a Deus e às coisas materiais.
Ser feliz significa ser misericordioso. Significa não ficar indiferente perante o sofrimento alheio nem mostrar um coração duro perante as ofensas que nos foram causadas. Sentir a miséria do outro e perdoá-lo. Só perdoando, seremos perdoados.
O que busca a santidade busca a pureza. Humanamente falando, nos damos conta que é impossível ser totalmente puro, mas o sangue de Jesus nos lava de todo o pecado. O caminho da santidade é uma busca constante de paz. Deus é um Deus da paz. Ele quer que nós também sejamos pessoas de paz. Temos que aprender a lidar com o pecado da maledicência, da intriga, da vingança, da provocação. Somos felizes quando não só fizermos as pazes com os outros, mas também quando formos instrumentos de paz entre duas pessoas ou grupos etc.
Ser bem-aventurado implica ser perseguido ou até morrer por causa de Jesus Cristo. Talvez seja esta uma questão das mais difíceis da santidade: conviver com isto enquanto se segue a Jesus. Talvez alguém possa se enganar pensando que quanto mais próximos a Deus estivermos, mais amados seremos por todos. Errado! Pois, seremos cada vez mais invejados, contrariados, insultados e perseguidos. O diabo fica desconcertado com os que, sinceramente, buscam seguir Cristo. O próprio Jesus Cristo foi odiado e crucificado.
Enfim, o caminho indicado por Jesus para nossa felicidade
parece ser uma restrição, uma limitação da liberdade humana. Mas, Jesus não
veio prender, veio libertar. Na verdade, as bem-aventuranças são um caminho
para a liberdade, para a salvação, para a suprema e eterna felicidade que todos
sem excepção poderão herdá-la.
FONTE: Pe. ulrish
pais
Sacerdote de Lisboa
Meu grande amigo e Diretor Espiritual
A santidade como compromisso de vida
Busquemos a santidade como nosso compromisso
de vida e celebremos todos os nossos amigos santos.
“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos
Céus” (Mt
5,3).
Com muito amor e com muita alegria celebramos, hoje, o “Dia de
Todos os Santos”. Ontem, celebramos a Igreja padecente no purgatório; hoje,
celebramos a Igreja triunfante, daqueles que já participam da glória feliz de
Deus por toda a eternidade.
A “Festa de Todos os Santos” tem uma particularidade muito
especial para nós. Existe no Céu uma multidão numerosa de homens e
mulheres que adoram a Deus sem cessar, face a face: é a multidão dos homens e
das mulheres que viveram aqui nesta terra e levaram uma vida de acordo com a
vontade do Senhor. Esses já são santos, já participam da beatitude, da
felicidade suprema junto de Deus, ainda que não tenham sido nem venham a ser
canonizados, porque a Igreja não canoniza todas as pessoas.
Aqueles que nós chamamos de santos, aqueles que são canonizados,
são para nós referenciais de vida, porque viveram a santidade de forma
extraordinária, mas o Céu tem uma multidão “mil vezes maior” do que aquela
lista de santos que todos nós conhecemos na Igreja.
O nosso avô, a nossa avó, talvez nosso pai e nossa mãe,
parentes, amigos, pessoas que nós conhecemos, que viveram uma vida de acordo
com a vontade de Deus, eles já estão no Céu. Hoje, nós estamos celebrando todos
os santos, e desejamos, um dia, fazer parte dessa grande multidão em festa, em
júbilo, participantes da alegria celeste do Senhor.
Temos de corresponder a esse convite para vivermos na santidade.
É um compromisso de vida! A santidade é o passaporte que nos permite entrar no
Céu, ela abre todas as portas do coração de Deus. Santidade é ter uma vida
correta, justa, honesta, é viver mergulhado em Deus, praticando a vontade d’Ele
com tudo aquilo que vivemos. Ela manifesta-se na pobreza do Espírito, na
aflição da alma, na mansidão do coração, na pureza, na misericórdia. Santidade é
promover a paz e saber sofrer por amor a Deus e ao Seu Reino.
Busquemos a santidade como nosso compromisso de vida e
celebremos todos os nossos amigos santos, toda essa legião de homens e mulheres
que estão fazendo parte do coro celeste.
Todos os santos e santas de Deus, rogai por nós!

Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.Facebook Twitter
Liturgia de 03.11.2013
SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS
Canal do youtube: Dermeval Neves
LEITURA ORANTE
Mt 5,1-12a - Código para quem quer ser feliz

- A nós todos, a paz de Deus, nosso
Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor
Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando
o Salmo 111:
- De todo o coração, Senhor, vos
quero louvar, no conselho dos justos e na assembleia.
- São grandes as obras do Senhor,
dignas de estudo para quem as ama.
- A sua obra é esplendor e majestade,
a sua generosidade permanece para sempre.
- Ele fez maravilhas memoráveis.
- O Senhor é piedade e compaixão: dá
alimento aos que o temem, lembrando-se sempre da sua aliança.
- Ao seu povo mostrou a força do seu
agir, entregando-lhe a herança das nações.
-Justiça e Verdade são as obras das
suas mãos, todos os seus preceitos merecem confiança.
- São estáveis para sempre e
eternamente, vão cumprir-se com verdade e retidão.
- Enviou a libertação ao seu povo,
confirmando a sua aliança para sempre.
- O seu Nome é santo e terrível.
- O princípio da sabedoria é o temor
do Senhor. Todos quantos o praticam têm bom senso.
- O louvor do Senhor permanece para
sempre.
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Mt 5,1-12a, na Bíblia e observo o código da felicidade de Jesus Mestre.
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Mt 5,1-12a, na Bíblia e observo o código da felicidade de Jesus Mestre.
Quando Jesus viu aquelas multidões, subiu um monte e sentou-se. Os seus
discípulos chegaram perto dele, e ele começou a ensiná-los. Jesus disse:-
Felizes as pessoas que sabem que são
espiritualmente pobres, pois o Reino do Céu é delas.
espiritualmente pobres, pois o Reino do Céu é delas.
- Felizes as pessoas que choram,
pois Deus as consolará.
- Felizes as pessoas humildes,
pois receberão o que Deus tem prometido.
- Felizes as pessoas que têm fome e sede
- Felizes as pessoas que têm fome e sede
de fazer a vontade de Deus, pois ele as deixará
completamente satisfeitas.
- Felizes as pessoas que têm misericórdia
dos outros, pois Deus terá misericórdia delas.
- Felizes as pessoas que têm o coração puro,
pois elas verão a Deus.
- Felizes as pessoas que trabalham pela paz,
pois Deus as tratará como seus filhos.
- Felizes as pessoas que trabalham pela paz,
pois Deus as tratará como seus filhos.
- Felizes as pessoas que sofrem perseguições
por fazerem a vontade de Deus,
pois o Reino do Céu é delas.
- Felizes são vocês quando os insultam, perseguem e dizem todo tipo de
calúnia contra vocês por serem meus seguidores. Fiquem alegres e felizes, pois
uma grande recompensa está guardada no céu para vocês. Porque foi assim mesmo
que perseguiram os profetas que viveram antes de vocês.
O "Sermão da Montanha" é
como a Constituição do povo de Deus, o manifesto do Mestre Jesus Cristo, um
código de felicidade, talvez bem estranho ao muno de hoje. Os estudiosos da
Bíblia o lêem com Moisés e o Sinai observando as correspondências. Jesus viu as
multidões e sentado - atitude de que ensina - falou a elas. Este discurso é
exigente, um convite a uma constante superação de si mesmo, uma denúncia às
mesquinhezas e infidelidades e, ainda, oferece a misericórdia de Deus. Através
daquela comunidade, Jesus Mestre se dirige a todas as comunidades de todos os
tempos. Viver as bem-aventuranças é ser fermento de uma nova sociedade. É
aceitar o código de Jesus para ser feliz.
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Releio o texto. Reflito e me examino
para ver se me enquadro entre estes felizes de que fala Jesus. Posso me
questionar:
sou espiritualmente pobre?
Humilde?
Procuro fazer a vontade de
Deus?
Tenho o coração puro?
Trabalho pela paz?
Os bispos, em Aparecida, nos
ajudaram a refletir sobre isto: "No seguimento de Jesus Cristo, aprendemos e praticamos as
bem-aventuranças do Reino, o estilo de vida do próprio Jesus: seu amor e
obediência filial ao Pai, sua compaixão entranhável frente à dor humana, sua
proximidade aos pobres e aos pequenos, sua fidelidade à missão encomendada, seu
amor serviçal até a doação de sua vida. Hoje, contemplamos a Jesus Cristo tal
como os Evangelhos nos transmitiram para conhecer o que Ele fez e para
discernir o que nós devemos fazer nas atuais circunstâncias." (DAp 139).
3.Oração (Vida)
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a
Deus?
Rezo a
Oração do Amor:
Senhor, fazei-me instrumento da vossa
paz.
Onde há ódio que eu leve o amor.
Onde há ofensa que eu leve o perdão.
Onde há discórdia que eu leve a
união.
Onde há erro que eu leve a verdade.
Onde há dúvida que eu leve a fé.
Onde há desespero que eu leve a
esperança.
Onde há trevas que eu leve a luz.
Onde há tristeza que eu leve a
alegria.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais
consolar que ser consolado,
compreender que ser compreendido,
amar que ser amado, pois é dando que
se recebe,
é perdoando que se é perdoado, e
é morrendo que se vive para a vida
eterna.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e
Vida, tem piedade de nós.
4.Contemplação
(Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os
olhos de Deus. Vou eliminar do meu modo de pensar e agir aquilo que não vem de
Deus, que não é conforme o Projeto de Jesus Mestre e a sua Constituição, as
bem-aventuranças.
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Ir. Patrícia Silva, fsp
