16 de Agosto de 2013
Ano C
Mt 19,3-12
Comentário do
Evangelho
“por
causa da dureza do vosso coração”
A perícope sobre o
divórcio, em Mateus, está construída sobre a de Marcos 10,1-12. Tanto num como
noutro evangelista, o tom é de controvérsia: trata-se de “pôr Jesus à prova”
(Mt 19,3; Mc 10,2).
Como Deuteronômio 24,1-4 não especificava
claramente por que motivo o marido poderia dar à sua esposa uma carta de
divórcio, deixava espaço para interpretações diferentes e divergentes. Jesus
defende com clareza a indissolubilidade do matrimônio, recorrendo ao projeto
original de Deus (Mt 19,4-6; Gn 1,27; 2,24; 5,2). O projeto original de Deus
impede o repúdio: “... o que Deus uniu, o homem não separe” (v. 6).
À pergunta do porquê da prescrição de Moisés,
Jesus responde: “por causa da dureza do vosso coração” (v. 8), isto é, da
incapacidade de compreender e pôr em prática os mandamentos de Deus, da
resistência de amar verdadeiramente. Uma única exceção é feita por Jesus: em
caso de “união ilícita” (v 9), ou seja, em casos de consanguinidade, por
exemplo (ver: Lv 18).
Carlos Alberto
Contieri, sj
ORAÇÃO
Pai, infunde nos casais cristãos o desejo de
experimentarem a santidade do matrimônio, porque tu és a causa e a razão da
comunhão que existe entre eles.
Vivendo a Palavra
O homem não deve separar o que o Deus uniu. Deus
– que é Amor – une em matrimônio dois corpos, corações, mentes e almas numa
relação santa. Torna-se adúltero quem expõe essa relação pura ou introduz nela
sentimentos, sensações, pensamentos ou desejos que traem a prometida fidelidade
mútua.
Quem comete adultério, peca duas vezes.
O primeiro pecado é o da fornicação, do desrespeito da pessoa do outro ou da
outra como templo do Espírito Santo, o que se constitui em profanação do
sagrado, da propriedade divina pela consagração batismal. O segundo pecado é
contra o vínculo matrimonial, é o rompimento de uma promessa que foi feita
diante de Deus e da Igreja. E a causa de tão grave pecado encontra-se na dureza
do próprio coração, que não é capaz de abrir-se à graça divina e aos
verdadeiros valores e se torna escravo da luxúria, fazendo dela o verdadeiro
deus da própria vida.
Meditação
- O que você pode fazer
para o bem do seu casamento? - Qual deve ser o modo de agir de sogros e sogras
na educação dos netos? - E no campo de interferências? - E no que se refere a
autoridade e privacidade? - Pense num exemplo de alguém que não se casou para
se dedicar mais e melhor ao serviço do reino de Deus.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Comentários do
Evangelho
1 - Moisés permitiu despedir a
mulher, por causa da dureza do vosso coração –Claretianos - Sexta-feira, 16 de agosto de 2013
Moisés
permitiu despedir a mulher, por causa da dureza do vosso coração. Mas foi assim
desde o início.
A
lei judaica permitia ao homem repudiar sua mulher, se encontrasse nela “algo
vergonhoso” (Dr 24,1). Nos tempos de Jesus existia uma forte controvérsia
entre escolas: a rabínica de Hillel, interpretava que o homem podia
repudiar a mulher por coisas triviais; a escola de Gamaliel considerava
que somente por infidelidade a mulher poderia ser despedida.
Os
fariseus querem saber a opinião de Jesus, que, passando por alto o Gênesis,
proclama o principio criador e igualitário entre o homem e a mulher. Deus quer
que o homem e a mulher vivam unidos e se respeitem mutuamente. O texto de hoje
é reflexo de uma legislação e uma prática machistas. Jesus toma partido pela
unidade e também pela mulher, excluída na tomada de qualquer decisão. Somente o
homem tinha o direito a repudiar.
A
luta não é entre o homem e a mulher. O chamado de Jesus é à unidade criadora e
igualitária no compromisso de construir, como casal, um projeto de vida
respeitoso e duradouro. Contudo, são muitas as práticas machistas que
discriminam a mulher na família, nas igrejas e na vida social.
2 - Uma só carne - José Salviano
- 16 de
agosto
"O homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à
sua mulher; e os dois formarão uma só carne"
Quem casa quer casa longe da casa onde
casa. É um ditado que se refere à independência que o casal de
jovens deve ter em relação aos pais, porque muitos casamentos já foram
desfeitos pelos pais dos cônjuges, principalmente pela sogra. Aí é
que está o "x" da questão. A sogra, salvo casos especiais, não tem a
menor intenção de prejudicar os recém-casados. Tudo ela faz com a melhor das
intenções, isto é, só para ajudar aqueles jovens inexperientes em matéria de
convivência a dois. Mais para o casal, as atitudes da sogra em relação a eles,
não passam de interferências, ou intrometimentos, que tiram a sua liberdade, e a
sua autoridade com relação aos filhos, e até interrompe a sua
privacidade. É uma situação complicada e geradora de brigas fatais
entre os dois, porque se o marido reclama das interferências da sogra na vida
dele, a esposa se ofende porque está falando da sua querida mãe. Do mesmo modo,
por sua vez, o marido fica aborrecido quando a mulher reclama da sogra que é a
mãe dele. E por aí vão as brigas que se avolumam a ponto de causar uma
separação. Certa vez tive a honra de ser convidado para o casamento de um conceituado
e bem sucedido empresário, da minha cidade, e no final da cerimônia, o
sacerdote chamou as mães dos recém-casados até o altar, e mandou que as duas
repetissem em voz alta, que não iriam se intrometer na vida dos dois. Todos os
presentes levaram aquela cena na esportiva, e muitos até elogiaram a atitude
daquele padre, principalmente quem já teve ou estava tendo algum tipo de
aborrecimento por causa da sogra. Está aqui uma bela sugestão aos
celebrantes de casamentos: Convidar as sogras para fazer um juramento no altar,
diante de Deus, que vão deixar os dois jovens viverem a sua vida, formando uma
só carne. E por formar uma só carne, se entende que a partir do altar, o corpo
de um passa a pertencer ao corpo do outro, o que não dá o direito nem a esse
nem àquele de ter nenhuma aventura com o seu corpo fora do seu compromisso de
casamento celebrado pelo ministro de Deus na presença e com o consentimento de
Deus e tendo a sociedade local como testemunha. É Por isso que o
que Deus uniu, o homem ou a mulher não devem separar. E é bom lembrar
que neste mandamento de Jesus está incluída a sogra
também.
Maria, mãe da Sagrada Família. Rogai a Jesus pelas
nossas famílias. Para que haja paz, amor, união, compreensão e
principalmente a presença de Deus em todas elas. Amém.
Sal
3 - “a integridade do matrimonio”
- Helena Serpa - 16 de agosto - Postado por JOSÉ MARIA MELO
- 1a. Leitura – Josué 24, 1-13 – “retrospectiva de
vida”.
Por
meio de Daniel Deus recorda ao Seu povo a trajetória de vida dos seus pais,
desde Abraão, Isaac e Jacó, sua entrada e saída da escravidão do Egito. Dá-lhe
consciência de todas as maravilhas e prodígios realizados por Ele na travessia
do deserto até a chegada a Jericó, terra prometida. Tudo o que possuíam lhes
foi dado por Deus, terra, cidades, plantações e frutos numa demonstração de que
Ele providencia o essencial para todas as necessidades. Se nós também
fizéssemos o exercício de olhar para trás e enxergar a trajetória da nossa
vida, da vida da nossa família, de todos os acontecimentos da nossa história,
iríamos, com certeza, perceber que a cada instante, e em toda a dificuldade, a
mão de Deus esteve sobre nós. A nossa história não começou em nós, nem tampouco
irá terminar conosco. Antes de nós existiram os nossos ancestrais com quem Deus
fez uma Aliança de Amor. Josué reuniu as tribos de Israel para que tomassem
conhecimento de toda a sua história. Assim também nós poderíamos fazer quando
nos reunimos em família: recordar para os mais jovens o nosso itinerário de
vida dando a eles testemunho da providencia do Senhor. Esta, com certeza, é uma
maneira segura de passarmos para as futuras gerações a nossa experiência, que
lhes serviria como aprendizado. Que nós possamos perceber como este trecho se
torna atual na nossa vida! - Faça uma retrospectiva da vida da sua família e da
sua comunidade e anote o que “os seus olhos veem”.- O que você terá para contar
aos seus filhos e netos? Registre tudo. Você precisa escrever a sua história.
Salmo 135 – “Eterna é a sua misericórdia!”
O amor de Deus é eterno porque é constante e nunca se acaba. Em qualquer
situação que nós estejamos, mesmo em pecado, Deus nos ama e espera por nós. A
misericórdia é uma característica deste amor infinito. Por Amor foi que Jesus
deu a vida por nós e é com Amor que Ele espera pacientemente que nós
reconheçamos a sua bondade infinita. Demos graças ao Senhor, porque ele é bom!
Evangelho – Mateus 19, 3-12 – “a integridade do matrimonio”
“Cada matrimônio é certamente fruto do livre consenso do homem e da mulher, mas
a sua liberdade traduz em ato a capacidade natural inerente à sua masculinidade
e feminilidade. A união realiza-se em virtude do desígnio do próprio Deus, que
os criou homem e mulher, dando-lhes o poder de unir para sempre aquelas
dimensões naturais e complementares das suas pessoas. A indissolubilidade do
matrimônio não deriva do compromisso definitivo dos contraentes, mas é
intrínseca à natureza do "poderoso vínculo estabelecido pelo Criador"
(João Paulo II, Catequese de 21 de Novembro de 1979, n. 2).
O que mantém a integridade do matrimônio são a reciprocidade, a amizade, e a
vivência de um mesmo ideal em conformidade com a Palavra de Deus. Deus faz
aliança com o homem e a mulher para perpetuar a espécie, não apenas procriando,
mas difundindo o Seu amor no mundo e deu a esse homem e a essa mulher o encargo
de se unirem para povoar a terra e nela espalhar a semente do Seu amor, por
meio dos filhos que gerarem. Por isso, Jesus recusa ver o matrimônio a partir
de permissões ou restrições legalistas. Ele reconduz o matrimônio ao seu
sentido fundamental: aliança de amor e, como tal, abençoada por Deus, e com
vocação de eternidade. Marido e mulher são igualmente responsáveis por uma
união que deve crescer sempre. No entanto, Jesus mesmo é quem nos fala:
“existem homens incapazes para o casamento”. Nem todos estão preparados para
enfrentarem os desafios de uma vida a dois, por isso, percebemos que em muitos
casamentos não foi bem aprofundada a questão da complementaridade entre o homem
e a mulher. Jesus adverte para que o compromisso seja conscientemente assumido
diante de Deus que faz dos dois, uma só carne. “O que Deus uniu o homem não
separe”. Esta Palavra deve servir de base para um discernimento muito maior
entre aqueles que escolhem a sua vocação. Uma vez unidos, juntos, completados,
quem poderá separá-los? - Se você escolheu ou ainda não escolheu sua vocação, o
que é que o Espírito lhe revela sobre isso? - Você está certo (a) de que o que
Deus une o homem não separa?
Helena Serpa
4 - Qual é a importância do
sacramento do matrimônio para nós católicos?- Alexandre Soledade - 16 de Agosto de 2013 -
Sexta - Evangelho - Mt 19,3-12
Bom dia!
Qual é a importância do
sacramento do matrimônio para nós católicos? Qual é o grau de seriedade que
temos por ele? Meus irmãos! Talvez o fato, que ao longo dos anos, o casamento
não tenha sido valorizado, seja culpa nossa.
Vemos artistas de TV
(modelos de nossa juventude) casando e descasando inúmeras vezes; vemos ainda
pessoas empurrando seus filhos para fora de casa; vemos ainda pessoas
“escolhendo” maridos e esposas pelo poder aquisitivo, (…); em contra partida
também vemos casais se unindo e juntos construindo ou reconstruindo seus
sonhos.
Quando casamos, fazemos
ou tomamos uma decisão madura: “Sim! É essa pessoa que escolhi e com ela quero
construir uma história”! No entanto muitos casais não abraçam a idéia que agora
sua família se reduziu a uma pessoa. Não tenho mais mãe e nem pai, tenho agora
uma esposa ou um marido. É a ele (a) que tenho que focar meu pensamento, até
que um dia essa família volte aos poucos a crescer com a vinda dos filhos. “Por
isso o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os
dois se tornam uma só pessoa.”
Quantos casais sucumbem
pelo fato de sua família começar com mais gente que o esperado? Não estou
dizendo ou falando dos filhos que por ventura às vezes são concebidos, mas sim
do não abandono de suas casas. Maridos que insistem em comparar sua esposa com sua
mãe, cunhados de ambos os lados, que sugerem como o casal deve se comportar e
sem querer acabam causando intrigas; esposas (os) que não desapegam de suas
casas fazendo com que essa família almoce e jante na casa dos sogros (…).
Como católicos temos que
fazer o possível para não estragar esse sacramento. Mas como? Dando importância
a essa instituição sagrada e frágil que é a família.
“(…) porque, onde dois ou
três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles”. (Mateus 18, 20).
“Estragar” ou
desvalorizar a instituição família é talvez não reconhecer sua importância para
nossa fé cristã. Uma instituição sagrada e também Frágil.
Certo dia em reunião do
nosso grupo de discernimento, quando pedíamos a Deus a direção para o trabalho com
as famílias, uma de nossas irmãs via um pé de pimenta. Talvez nossas crendices
do passado pudessem lembrar-nos do famoso olho-gordo, mas a botânica e a
biofísica comprovam que essa planta sofre muito com a influência externa. Sendo
assim, casais e futuros casais! Coloquemos Deus em nossas relações diárias. Não
nos escondamos Dele; não corramos de sua presença; não vivamos a procura da
eterna adolescência; cresçamos juntos, conquistemos juntos, eduquemos juntos,
(…)
Quem esta namorando ou
procurando, apresente também seu Pai do céu a seu (sua) namorado (a). Não o
apresente como aquele da propaganda da MASTERCARD (um urso), mas como alguém
que tomará conta de nossas vidas. Se preocupe em mostrar aquilo que Deus te deu
e te faz alguém diferente e não uma tatuagem tribal erótica, um piercing no
umbigo, músculos (…)
5 - “A decisão de amar por toda a
vida, não pode ser revogada” -Diac. José da Cruz - SEXTA FEIRA da 19ª SEMANA DO TC
17/08/2013 - 1ª
Leitura Josué 24, 1-13 - Salmo 135(136), 1 “Louvai o Senhor, porque ele é bom,
porque sua misericórdia é eterna”
Evangelho Mateus 19, 3-12
Eis aqui um evangelho que
seria melhor tirar do Novo Testamento, pois falar sobre ele e a verdade que
proclama, é arranjar encrenca até em família. Como é que vamos falar desse
evangelho em família se temos um filho ou uma filha, um sobrinho ou neto, que
está nesta situação? Na própria comunidade, já vi pregadores da Palavra tentar
amenizar a pregação, para não ofender casais em segunda união, levando estes ao
desanimo na Fé. Para a pós modernidade esse ensinamento evangélico é uma
velharia do passado, pois hoje em dia não dá mais para se falar em adultério.
Prestemos atenção nessa
palavra tão pesada “Adultério”, que significa “Falsa” ou que foi adulterada,
mudada, como os ladrões de veículos fazem com o número do chassis, tentam assim,
fazer com que o veículo roubado passe por outro e não mais aquele original em
sua numeração saída da fábrica.
Com dinheiro falso é
também essa atitude, não ficamos escandalizados quando compramos algo e o caixa
examina a nota de cem ou cinquenta á nossa frente, para certificar-se de que
ela não é falsa.. Também na compra de peças para veículos ou outro equipamento,
exigimos originais, porque sabemos que têm qualidade, não são imitação,
não foram adulteradas.
Mas quando tratamos das
coisas de Deus, e principalmente desse ensinamento sobre a vida Conjugal dos
que se uniram um dia na Igreja, deixamos de lado nosso rigorismo e
exigências, e começamos a achar que tanto faz casar-se na igreja ou não, e uma
vez casados, a separação é sempre uma possibilidade, e a união com outra pessoa
também é coisa normalíssima em nossos dias. A confusão e o desconhecimento é
tão grande nessa área, ( com certeza culpa da nossa própria igreja) que
amasiados ou divorciados procuram os Ministros Ordinários do Matrimônio, para
pedir uma bênção, ás vezes em um salão durante a festa. E tem mais ainda,
quando o caso acontece com a filha ou o filho da vizinha, logo alardeamos que
se trata de um adultério, quando, porém, é com o nosso filho ou filha, daí não
é adultério pois temos uma justificativa.
Claro que Bênção também
significa compromisso, mas para a maioria é um modo de envolver o Divino em
nossos interesses humanos, e se ter dele a necessária proteção ou ter “sorte”
no casamento, como me dizia um amigo, nessa situação, e que queria que eu fosse
ministrar a bênção para ele e a sua Terceira esposa...Esse descompromisso total
que têm marcado a vida conjugal de tantos casais, mesmo os cristãos, nada mais
é do que influência do Néo-ateísmo que impera em nossa sociedade, onde se crê
em Deus, mas Ele não tem nada a ver com minha vida da qual faço o que
quiser....
Sacramento do matrimonio
é uma Graça Santificante e Operante, que eleva o amor humano dando a este a
mesma força e grandeza do amor Divino. No altar, homem e mulher dizem o SIM não
para um amor sentimental ou somente do Eros, mas trata-se de uma decisão
sagrada, manifestada naquele sim e que significa “Sei das minhas fraquezas, mas
diante de Deus e da Igreja, tomo a decisão de amar para sempre, até a morte
esta pessoa que Deus colocou na minha vida, confiando que só conseguirei isso
com a Graça de Deus que vou agora receber”.
O SIM dos noivos supõe
exatamente isso, daí que neste evangelho, Jesus manifesta o desejo e a vontade,
de que este projeto original, iniciado para o casal precisamente no dia do
casamento, seja mantido até o fim. Quando ocorre o contrário, e a união com uma
segunda pessoa quebra e rompe este vínculo, esta união foi adulterada,
falsificada e nem por isso Deus manda do céu a sua Ira na vida do casal. E então,
perante a Santa Igreja, que acolheu a decisão dos nubentes no dia do casamento,
a comunhão de vida do casal já não existe, e como a Igreja não pode voltar
atrás em sua decisão, ela precisa sinalizar que a ruptura aconteceu e por isso,
casais em segunda união são orientados a não receberem a Eucaristia, que é a
expressão mais alta e por Excelência, da nossa comunhão com Deus, uma vez que,
recebendo-a, não podem vivê-la na vida conjugal de maneira autêntica, já que a
pessoa com quem se vive, não é aquela que diante de Deus e da Igreja decidiu
amar para sempre.
E se foi um casamento
errado, celebrado diante de Deus em cima de mentiras e falsidades, compete ao
Tribunal Eclesiástico verificar cada caso, dando as pessoas envolvidas o
direito de recomeçar a sua vida conjugal.
Não dá para ser casado e querer viver como solteiro
Não dá para ser casado e querer viver como solteiro. Não dá para
ser casado e pensar em fazer as coisas do seu modo, da sua maneira. Se o casal
tem uma atitude e decide se casar, precisa assumir o matrimônio.
“Por
isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só
carne. De modo que eles já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus
uniu, o homem não separe” (Mt 19,5-6).
Que
mistério maravilhoso o amor de Deus estar presente no coração do homem e da
mulher! Quando os dois se unem para o sacramento e a união matrimonial,
acontece a graça sublime do amor de Deus, o qual une duas naturezas
representadas no feminino e no masculino.
As
tendências, os gostos, as aptidões, o modo de encarar o mundo, as histórias de
vida são tão diferentes entre homens e mulheres. Mas, de repente, em uma
graça sublime, um começa a gostar do outro; e desse gostar cresce um sentimento
que se torna amor, de modo que decidem viver para sempre um para o outro.
Dar-se
em matrimônio é uma graça que exige renúncia, sacrifício. O matrimônio é um
desafio, um mistério; ao mesmo tempo, uma graça sublime de Deus.
O
mistério do amor divino está ali escondido, presente, é um mistério insondável,
impenetrável, mas possível de ser vivido pela união do homem e da mulher. É um
desafio, pois a vida a dois não é fácil, ela exige muita doação, sacrifício e
renúncia.
Não
dá para ser casado e querer viver como solteiro. Não dá para ser casado e
querer pensar só em si. Não dá para ser casado e pensar em fazer as coisas do
seu modo, da sua maneira. Se o casal tem uma atitude e decide se casar, precisa
assumir o matrimônio. Essa é a atitude da humildade, a decisão de renunciar
toda a forma de egoísmo que existe no coração do homem.
O
homem e a mulher se unem e vivem um novo desafio: ser uma só carne, formar uma
única família.
Hoje,
quero pedir a Deus a graça de abençoar os casamentos, abençoar os casais que
vivem essa linda aventura, esse grande desafio de se casarem conforme a vontade
do Senhor. Casar não é fácil, mas é um mistério sublime. Vale a pena o
sacrifício, a doação, no entanto é preciso consciência e responsabilidade.
Que
o Senhor conceda a cada homem e a cada mulher a graça de viverem na intensidade
do amor d’Ele.
Deus
abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.Facebook Twitter
LEITURA ORANTE

Preparo-me
para a Leitura Orante, rezando,
com todos que se
encontram neste ambiente virtual
Espírito de
verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto
do dia?
Leio atentamente o
texto: Mt 19,3-12, e observo as recomendações de Jesus.
Alguns fariseus
chegaram perto dele e, querendo conseguir alguma prova contra ele, perguntaram:
- Será que pela nossa Lei um homem pode, por qualquer motivo, mandar a sua
esposa embora?
Jesus respondeu:
- Por acaso vocês não leram o trecho das Escrituras que diz: "No começo o
Criador os fez homem e mulher"? E Deus disse: "Por isso o homem deixa
o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam uma só
pessoa." Assim já não são duas pessoas, mas uma só. Portanto, que ninguém
separe o que Deus uniu.
Os fariseus perguntaram:
- Nesse caso, por que é que Moisés permitiu ao homem mandar a sua esposa embora
se der a ela um documento de divórcio?
Jesus respondeu:
- Moisés deu essa permissão por causa da dureza do coração de vocês; mas no
princípio da criação não era assim. Portanto, eu afirmo a vocês o seguinte: o
homem que mandar a sua esposa embora, a não ser em caso de adultério, se
tornará adúltero se casar com outra mulher.
Os discípulos de Jesus disseram:
- Se é esta a situação entre o homem e a sua esposa, então é melhor não casar.
Jesus respondeu:
- Este ensinamento não é para todos, mas somente para aqueles a quem Deus o tem
dado. Pois há razões diferentes que tornam alguns homens incapazes para o
casamento: uns, porque nasceram assim; outros, porque foram castrados; e outros
ainda não casam por causa do Reino do Céu. Quem puder, que aceite este
ensinamento.
Jesus recorda neste
trecho que a lei de Moisés (Dt 24,1-3) tentava proteger os direitos da mulher,
mesmo concedendo vantagem ao homem. Os fariseus querem “conseguir uma prova
contra ele, Jesus”. Apresentam-lhe a questão, partindo de Moisés, supondo que
Jesus negue a lei. Jesus aceita o desafio. Refere-se ao Gênesis e ao
Deuteronômio. Reporta-se ao projeto original de Deus (Gn 1,27) que busca a
igualdade entre os cônjuges e a entrega total e duradoura que une. “Ninguém
separe o que Deus uniu”, diz Jesus. Cônjuge vem de conjugar, significa “unir
sob um jugo”, apegar-se e aderir.
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz
para mim, hoje?
Fala-me de
ensinamentos e gestos de Jesus que são fundamentais para uma vida cristã. Os
bispos, em Aparecida, recordaram:
"O fato de
sermos amados por Deus enche-nos de alegria. O amor humano encontra sua
plenitude quando participa do amor divino, do amor de Jesus que se entrega
solidariamente por nós em seu amor pleno até o fim (cf. Jo 13,1; 15,9). O amor
conjugal é a doação recíproca entre um homem e uma mulher, os esposos: é fiel e
exclusivo até a morte e fecundo, aberto à vida e à educação dos filhos,
assemelhando-se ao amor fecundo da Santíssima Trindade. O amor conjugal é
assumido no Sacramento do Matrimônio para significar a união de Cristo com sua
Igreja. Por isso, na graça de Jesus Cristo ele encontra sua purificação,
alimento e plenitude ( Ef 5,23-33)." (DAp
117).
3.Oração (Vida)
O que o texto me
leva a dizer a Deus?
Rezo, a Oração da
Paz pedindo esta paz para as famílias.
Senhor,
Fazei-me um instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre,
Fazei que eu procure mais consolar, que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado,
Pois é dando que recebe,
É perdoando que se é perdoado,
E é morrendo que se vive para a vida eterna.
4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar
a partir da Palavra?
Meu novo olhar e
oração é orientado para as famílias que sofrem a desintegração e se encontram
perdidas.
Bênção
- Deus nos
abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Irmã Patrícia
Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, que os homens e
mulheres ouçam a voz de Jesus e, a cada dia com mais vigor, vençam os desafios
do mundo para manter puras as relações assumidas diante de Ti, Pai amoroso, e
da comunidade. Nós te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que
contigo reina na unidade do Espírito Santo.